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21/02/2022 1 ATENÇÃO A SAÚDE DO RN E DA CRIANÇA Camila Santos 2021 Assistência de Enfermagem ao RN exposto ao HIV e a COVID-19 Professora: Camila Santos 2022 Atenção a Saúde do Recém-nascido e da Criança 21/02/2022 2 NOTIFICAÇÃO DE CASOS HIV • A infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e em criança exposta ao risco de transmissão vertical (TV) é de notificação compulsória desde o ano 2000, no Brasil. • A cobertura global de gestantes com acesso aos antirretrovirais (ARV) para prevenção da TV do HIV aumentou significativamente. • Como resultado, as novas infecções por HIV em crianças diminuíram. (BRASIL, 2021) CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO HIV NO BRASIL De 2007 até junho de 2021 foram notificados no SINAN: 381.793 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 165.247 no Sudeste (43,3%), 75.165 no Sul (19,7%), 75.618 no Nordeste (19,8%), 29.545 no Centro Oeste (7,7%) e 36.218 na Região Norte (9,5%). De 2007 até junho de 2021 foram notificados no SINAN segundo sexo, um total de 266.360 (69,8%) casos em homens e 115.333 casos em mulheres (30,2%). A razão de sexos para o ano de 2020 foi de 2,8 (M/F). (BRASIL, 2021) 21/02/2022 3 CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO HIV NO BRASIL De 2007 até junho de 2021 foram notificados no SINAN segundo às faixas etárias, a maioria dos casos de infecção pelo HIV encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos, com percentual de 52,9% dos casos. Com relação à escolaridade, no mesmo período, observou-se um elevado percentual de casos ignorados (25,1%), o que dificulta uma melhor avaliação dessa variável nos casos de infecção pelo HIV. (BRASIL, 2021) CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO HIV NO BRASIL De 2007 até junho de 2021 foram notificados no SINAN com relação à raça/cor autodeclarada, a ocorrência de 39,4% entre brancos e 51,7% entre negros e pardos. No sexo masculino, 40,9% dos casos são entre brancos e 50,3% entre negros; entre as mulheres, 35,9% dos casos são entre brancas e 55,1% entre negras. (BRASIL, 2021) 21/02/2022 4 CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO HIV NO BRASIL De 2007 até junho de 2021 foram notificados no SINAN os casos de infecção pelo HIV registrados em indivíduos maiores de 13 anos de idade, segundo a categoria de exposição. Entre os homens verificou-se que 52,1% dos casos tiveram exposição homossexual ou bissexual, 31% heterossexual e 1,9% em usuários de drogas injetáveis (UDI); entre as mulheres, nessa mesma faixa etária, observa-se que 86,8% dos casos se inserem na categoria de exposição heterossexual, e 1,3% na de UDI. (BRASIL, 2021) CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO HIV NO BRASIL De 2000 até junho de 2021 foram notificadas 141.025 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 37,4% das gestantes residiam na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (29,5%), Nordeste (18,3%), Norte (8,9%) e Centro-Oeste (5,9%). (BRASIL, 2021) 21/02/2022 5 TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV • O primeiro caso de Transmissão Vertical (TV) do HIV registrado no Brasil, ocorreu em 1985, no estado de São Paulo. (BRASIL, 2006) TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV • A transmissão vertical (TV) do HIV acontece pela passagem do vírus da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou pela amamentação. • Em gestações planejadas, com intervenções realizadas adequadamente durante o pré-natal, o parto e a amamentação, o risco de transmissão vertical do HIV é reduzido a menos de 2%. • No entanto, sem o adequado planejamento e seguimento (WHO, 2016), está bem estabelecido que esse risco é de 15% a 45%. (BRASIL, 2021) 21/02/2022 6 TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV • A gestante deve ser orientada sobre a importância da testagem no pré-natal e os benefícios do diagnóstico precoce, tanto para o controle da infecção materna quanto para a prevenção da transmissão vertical. • No momento da testagem, faz-se necessário um ambiente de confiança e respeito, que favoreça o vínculo e a avaliação de vulnerabilidades. • A testagem para HIV deve ser realizada no primeiro trimestre, idealmente na primeira consulta do pré-natal, e no início do terceiro trimestre de gestação. (BRASIL, 2019) TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV • Está recomendada a realização de testagem rápida também na admissão da mulher na maternidade, hospital ou casa de parto, devendo ser ofertada, nessa ocasião, a testagem combinada para HIV, sífilis e hepatite B (se gestante sem esquema vacinal completo). (BRASIL, 2019) 21/02/2022 7 FATORES PARA A TRANSMISSÃO DO HIV • Fatores obstétricos: via de parto, tempo de ruptura das membranas, hemorragia intraparto; • Fatores inerentes ao RN: baixo peso, prematuridade; • Aleitamento Materno. MEDIDAS PREVENTIVAS DE TV • Uso de antirretrovirais (ARV) combinados promovendo a queda da carga viral materna para menos que 1000 cópias/ml ao final da gestação; • Realização de cesariana eletiva em gestantes que não realizaram TARV combinada na gestação, que usaram apenas monoterapia com Zidovudina (AZT), ou que tenham sua carga viral com 34 semanas ou mais IG desconhecida ou superior a 1.000 cópias/ml 21/02/2022 8 MEDIDAS PREVENTIVAS DE TV • Todas as gestantes, independentemente do tipo de parto, devem receber AZT intravenoso (IV) desde o início do trabalho de parto ou pelo menos 3 horas antes da cesárea eletiva, a ser mantido até o clampeamento do cordão umbilical, segundo as doses preconizadas pelo MS. • Iniciar quimioprofilaxia com AZT+NVP (niverapina) para todos RN de mães com diagnóstico de infecção pelo HIV que não receberam ARV na gestação, mesmo que a mãe tenha recebido AZT injetável no momento do parto. Cuidados com o RN exposto ao HIV A sequência de atividades recomendadas abaixo dependerá das condições de nascimento do RN. 1. Sempre que possível, realizar o parto empelicado, com a retirada do neonato mantendo as membranas corioamnióticas íntegras. 2. Clampear imediatamente o cordão após o nascimento, sem qualquer ordenha. 21/02/2022 9 Cuidados com o RN exposto ao HIV 3. Imediatamente após o nascimento (ainda na sala de parto), realizar o banho, preferencialmente com chuveirinho, torneira ou outra fonte de água corrente. Limpar com compressas macias todo sangue e secreções visíveis no RN. A compressa deve ser utilizada de forma delicada, com cuidado ao limpar as secreções, para não lesar a pele delicada da criança e evitar uma possível contaminação. 4. Se necessário, aspirar delicadamente as vias aéreas do RN, evitando traumatismos em mucosas. 5. Aspirar delicadamente o conteúdo gástrico de líquido amniótico (se necessário) com sonda oral, evitando traumatismos. Se houver presença de sangue, realizar lavagem gástrica com soro fisiológico. Cuidados com o RN exposto ao HIV 6. Colocar o RN junto à mãe o mais breve possível. 7. Iniciar a primeira dose do AZT solução oral (preferencialmente ainda na sala de parto), logo após os cuidados imediatos ou nas primeiras 4 horas após o nascimento. 8. Quando indicado, administrar a NVP o mais precocemente possível, antes das primeiras 48 horas de vida. 9. Orientar a não amamentação e inibir a lactação com medicamento (cabergolina). Orientar a mãe para substituir o leite materno por fórmula láctea até 6 meses de idade. O aleitamento misto também é contraindicado. Pode-se usar leite humano pasteurizado proveniente de banco de leite credenciado pelo MS (p. ex., RNPT ou de baixo peso). Se, em algum momento do seguimento, a prática de aleitamento for identificada, suspender o aleitamento e solicitar exame de CV para o RN. 21/02/2022 10 Uso de ARV no RN exposto ao HIV Zidovudina (AZT) Solução Oral 10mg/mL: RN com 35 semanas de idade gestacional ou mais: 4mg/kg/dose, 12/12 h; RN entre 30 e 35 semanas de idade gestacional: 2mg/kg/ dose de 12/12h por 14 dias e 3mg/kg/dose de 12/12h a partir do 15º dia; RN com menos de 30 semanas de idade gestacional: 2mg/kg/dose, de 12/12h; A dose do AZT IV, quando necessária, é 75% da dose VO, com o mesmo intervalo entre as doses. Uso de ARV no RN exposto ao HIV Lamivudina (3TC) Solução Oral 10mg/mL: RN com 32 semanas de idade gestacional ou mais: Donascimento até 4 semanas de vida: 2mg/kg/dose, de 12/12h. Raltegravir (RAL) 100 mg granulado para suspensão oral: 1ª semana: 1,5 mg/kg 1x por dia; A partir da 2ª semana até 4ª semana: 3 mg/kg 2 x por dia. 21/02/2022 11 Cuidados com o RN exposto ao HIV Dada a possibilidade de ocorrência de anemia no RN em uso de AZT, recomenda-se a realização de hemograma completo, possibilitando avaliação prévia ao início da profilaxia e o monitoramento após 6 e 16 semanas. Cuidados com o RN exposto ao HIV Todas as crianças nascidas de mães vivendo com HIV deverão receber ARV como umas das medidas de profilaxia para TV. RN deve receber AZT solução oral, preferencialmente ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras quatro horas após o nascimento, devendo ser mantido o tratamento durante as primeiras quatro semanas de vida. 21/02/2022 12 Cuidados com o RN exposto ao HIV Para mães com CV-HIV maior que 1.000 cópias/ml registrada no último trimestre ou com CV-HIV desconhecida, a NVP deverá ser acrescentada ao AZT, e deve ser iniciada até 48 horas após o nascimento. A indicação da quimioprofilaxia após 48 horas do nascimento da criança deverá ser discutida caso a caso, preferencialmente com o médico especialista. Cuidados com o RN exposto ao HIV SITUAÇÕES ESPECIAIS Excepcionalmente: • Nos casos de impossibilidade de deglutição do RN e se houver indicação de NVP, poderá ser avaliada administração por sonda nasoenteral (SNE), pois esse medicamento não apresenta formulação injetável. 21/02/2022 13 Maternidade: cuidados antes da alta hospitalar Recomendado o alojamento conjunto em período integral, com o intuito de fortalecer o vínculo mãe-filho. Iniciar precocemente (ainda na maternidade ou na primeira consulta ambulatorial) o monitoramento laboratorial em todas as crianças expostas (independentemente de serem pré-termo ou não), considerando a possibilidade de eventos adversos aos ARV utilizados pela mãe. Maternidade: cuidados antes da alta hospitalar • Contraindicados o aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz), e o uso de leite humano com pasteurização domiciliar. • Orientar a mãe a substituir o leite materno por fórmula láctea até a criança completar 6 meses de idade. • Anotar no resumo de alta do RN as informações do pré-natal, as condições do nascimento, o tempo de uso do AZT injetável na mãe, o momento do início do AZT xarope e da NVP no RN, dose utilizada, periodicidade e data de término, além das mensurações antropométricas, tipo de alimento fornecido à criança e outras informações importantes relativas ao parto. 21/02/2022 14 Maternidade: cuidados antes da alta hospitalar • A alta da maternidade é acompanhada de consulta agendada em serviço especializado para seguimento de crianças expostas ao HIV. • O comparecimento a essa consulta necessita ser monitorado. Em caso de não comparecimento, contatar a puérpera. • A data da primeira consulta não deve ser superior a 15 dias a contar do nascimento, idealmente na primeira semana de vida. COVID-19 Recomendações atuais para o cuidado na sala de parto a recém-nascidos de mulheres com COVID-19, suspeita ou confirmada. (PRN/SBP, 2020) A infecção humana causada pelo SARS-CoV-2, denominada COVID-19, provoca um quadro de Síndrome Gripal cujo quadro clínico pode variar de uma apresentação leve e assintomática, principalmente em jovens adultos e crianças, até uma apresentação grave, incluindo choque séptico e falência respiratória. 21/02/2022 15 RN COM SUSPEITA DE COVID-19 Estudos publicados sugerem não haver transmissão vertical do SARS- CoV-2 durante agestação ou no período neonatal, pela amamentação. Ainda não há evidências de que recém-nascidos acometidos por COVID-19 apresentem risco aumentado de complicações graves. A via de transmissão pessoa a pessoa do novo coronavírus (SARS- CoV-2) é por gotículas respiratórias ou contato. Recém-nascidos apresentam risco de infecção por contato com mãe infectada após o nascimento, independentemente do tipo de parto. (PRN/SBP, 2020) ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO Definição de casos de recém-nascidos suspeitos • RN de mães com histórico de infecção suspeita ou confirmada por COVID-19 entre 14 dias antes do parto e 28 dias após o parto OU • RN diretamente exposto a pessoas infectadas pelo COVID-19 (familiares, cuidadores, equipe médica e visitantes) Diante deste cenário, a preocupação no atendimento ao RN cuja mãe tem a suspeita ou a comprovação da infecção pelo SARS-CoV-2 está voltado a duas vertentes: Evitar a infecção do RN após o nascimento e Evitar a infecção dos profissionais de saúde que atuam na sala de parto. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 21/02/2022 16 ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO Caso confirmado no recém-nascido (RN): Resultado positivo para o COVID-19, através de RT-PCR, em amostras do trato respiratório com coleta de “swab” (1 amostra de cada nasofaringe e 1 amostra de cavidade oral). (MS- Nota técnica nº 6 de 27/03/2020) portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO Recomendações para o cuidado em sala de parto ao recém- nascido de mãe suspeita ou confirmada para COVID-19 Os procedimentos de cuidado ao RN devem ser realizados conforme as diretrizes atuais do Programa de Reanimação Neonatal (PRN/SBP). 1. Equipe • A equipe neonatal deve ser comunicada da internação do caso suspeito ou confirmado. • Organizar o menor número de profissionais para o atendimento ao recém- nascido, paramentados com Equipamento de Proteção Individual (EPI) recomendados. *SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO 21/02/2022 17 portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO Recomendações para o cuidado em sala de parto ao recém-nascido de mãe suspeita ou confirmada para COVID-19 Os procedimentos de cuidado ao RN devem ser realizados conforme as diretrizes atuais do Programa de Reanimação Neonatal (PRN/SBP). 1. Equipe • Todos os profissionais envolvidos nos cuidados com o RN devem utilizar EPI para precauções de contato, gotículas e aerossol (risco de aerossol no cuidado com a mãe e/ou RN) - avental descartável e impermeável, luvas, máscara (N95 ou PFF2 para o profissional responsável pela aspiração de vias aéreas e intubação e máscara cirúrgica para os demais), óculos de proteção e gorro. *SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO 1. Equipe (continuação) • Fazer anamnese detalhada para identificar fatores de risco perinatais associados à possibilidade de o RN precisar de ajuda para fazer a transição respiratória e cardiocirculatória ao nascer ou de procedimentos de reanimação neonatal. • Realizar frequentemente a higiene das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica (70%). • Os cuidados com a paramentação e retirada da paramentação, seguem a orientação da ANVISA (NT ANVISA N.º 04/2020). • A presença de acompanhante durante o trabalho de parto poderá ser permitida, baseada na Lei nº 13.979 de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, desde que este acompanhante seja assintomático, não pertença ao grupo de risco para morbidade da doença e não coabite com pessoas com suspeita ou diagnóstico de COVID-19. https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/covid-19-orientacoes-da-anvisa-para-servicos-de-saude/21/02/2022 18 ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 3. Preparo para a Assistência Local de Atendimento ao Recém-Nascido: Sempre que possível, prestar os primeiros cuidados ao RN em sala separada da que está a mãe. Quando não for possível, manter distância mínima de 2 metros entre a mãe e a mesa de reanimação neonatal. RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO 4. Cuidados específicos • Clampeamento do cordão umbilical: deverá ser realizado em momento oportuno, de acordo com as diretrizes do Programa de Reanimação Neonatal da SBP. • Em RN com idade gestacional ≥34 semanas com respiração adequada e tônus muscular em flexão ao nascimento, clampear o cordão umbilical 1 a 3 minutos depois da sua extração completa da cavidade uterina. O neonato NÃO DEVE ser posicionado no abdome ou tórax materno durante esse período. • Em RN com idade gestacional <34 semanas que começou a respirar ou chorar e se está ativo, indica-se aguardar 30 a 60 segundos antes de clampear o cordão umbilical. • Se a circulação placentária não estiver intacta (descolamento prematuro de placenta, placenta prévia ou rotura ou prolapso ou nó verdadeiro de cordão) ou se o RN não inicia a respiração ou não mostra tônus muscular em flexão, recomenda-se o clampeamento imediato do cordão. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO 21/02/2022 19 ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 4. Cuidados específicos (continuação) • Banho do recém-nascido O RN pode ser secado com o cordão intacto, não sendo necessário banho logo após o nascimento. • Contato pele a pele e amamentação Visando à prevenção da contaminação do RN, o contato pele a pele e a amamentação poderão ocorrer após realização dos cuidados de higiene da parturiente incluindo banho no leito, troca de máscara, touca, camisola e lençóis. RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 5. Amamentação Considerando as recomendações atuais de que as mães infectadas pelo novo coronavírus provavelmente já colonizaram seus filhos e dos benefícios do leite materno quanto à passagem de anticorpos maternos protetores ao recém-nascido: Puérperas em bom estado geral devem manter a amamentação, utilizando máscaras de proteção e realizando a higienização das mãos antes e após a mamada. RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO 21/02/2022 20 ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br 5. Amamentação Nos casos em que a mãe não tiver condições de amamentar, seu leite poderá ser ofertado após a extração manual ou mecânica, preferencialmente por copinho, colher ou xícara, observando os seguintes cuidados: Higienização das mãos e uso de gorro e máscara para extração de leite humano. A bomba para extração de leite humano deverá ser de uso exclusivo da mãe, procedendo-se sua lavagem e desinfecção de acordo com as especificações do fabricante. Seguir as recomendações específicas para extração do leite. RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: RECOMENDAÇÕES PARA A SALA DE PARTO Cuidados com o RN pré-termo tardio e de termo clinicamente bem • Manter junto à mãe em regime de alojamento conjunto, com restrição de visitas. • Quarto privativo com precaução de contato e gotículas, procurando manter distanciamento de 2 metros entre o leito materno e o berço do RN. • Uso de máscara e higienização das mãos pela mãe antes e após os cuidados com o RN. • Durante a amamentação a mãe deverá utilizar máscara cirúrgica e higienizar as mãos antes de tocar no RN. • A equipe de saúde deve utilizar precaução de contato e gotículas para cuidar do binômio. Recomenda-se, também, o uso de luvas para realização das trocas de fraldas, pelo potencial risco de eliminação de vírus pelas fezes. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br RECOMENDAÇÕES PARA ALOJAMENTO CONJUNTO 21/02/2022 21 Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: manual de bolso/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico HIV AIDS. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância. Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Sociedade Brasileira de Pediatria. Grupo Executivo do Programa Nacional de Reanimação Neonatal. Recomendações para Assistência ao Recém-Nascido na Sala de Parto de Mãe com COVID-19 Suspeita ou Confirmada. Nota de alerta. Abril de 2020. Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Neonatologia. Prevenção e Abordagem da Infecção por COVID-19 em mães e Recém-Nascidos, em Hospitais- Maternidades. Nota de Alerta. Março 2020. Referências Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Neonatologia. Recomendações sobre os cuidados respiratórios do recém-nascido com COVID-19 suspeita ou confirmada. Documento científico. Março de 2020. Sociedade de Pediatria de São Paulo. Departamento Científico de Neonatologia. Recomendações para cuidados e assistência ao recém-nascido com suspeita ou diagnóstico de COVID-19. Abril de 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Nota Técnica Nº 04/2020. Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (COVID-19 ). www.portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br http://www.portaldeboaspraticasfiocruz.com.br/ 21/02/2022 22 Obrigada!!!! Camila Santos camila.santos@cienciasmedicasmg.edu.br É proibida a reprodução total ou parcial deste conteúdo, através de quaisquer meios, sem a prévia autorização da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Copyright © 2020 - Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Todos os direitos reservados.
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