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FAM - FACULDADE DE AMERICANA BIOMEDICINA RA: 20171925 NOME: Jhennyfer dos Santos Barbosa RELATÓRIO DE ESTÁGIO Bioquímica Americana-SP 2020 FAM - FACULDADE DE AMERICANA BIOMEDICINA RA: 20171925 NOME: Jhennyfer dos Santos Barbosa RELATÓRIO DE ESTÁGIO Bioquímica Relatório de estágio, apresentado a disciplina de bioquímica do curso de Biomedicina da Faculdade de Americana, sob orientação da supervisora Profª.Lisiery Negrini Paiatto. Americana-SP 2020 Sumário 1. PERFIL RENAL: ÁCIDO ÚRICO, CREATININA E ÚREIA............ 7 1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 7 1.2 ÁCIDO ÚRICO .................................................................................. 9 1.2.1 Objetivo ..................................................................................... 9 1.2.2 Materiais e Métodos ................................................................. 9 1.2.3 Resultados e Discussão ........................................................ 10 1.3 CREATININA .................................................................................. 11 1.3.1 Objetivo ................................................................................... 11 1.3.2 Materiais e Métodos ............................................................... 11 1.3.3 Resultados e Discussão ........................................................ 12 1.4 URÉIA ............................................................................................ 13 1.4.1 Objetivo ................................................................................... 13 1.4.2 Materiais e Métodos ............................................................... 13 1.4.3 Resultados e Discussão ........................................................ 14 1.5 CONCLUSÃO ............................................................................. 14 1.6 REFERÊNCIAS ........................................................................... 15 2. PERFIL METABÓLICO: QUANTIFICAÇÃO DE GLICOSE, HEMOGLOBINA GLICADA, LACTATO, COLESTEROL TOTAL, COLESTEROL FRAÇÕES HDL E LDL, QUANTIFICAÇÃO DE TRIGLICÉRIDES, AMILASE, ALBUMINA E PROTEÍNAS TOTAIS. .............. 18 2.1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 18 2.2 QUANTIFICAÇÃO DE GLICOSE ................................................ 23 2.2.1 Objetivo ................................................................................... 23 2.2.2 Materiais e Métodos ............................................................... 24 2.2.3 Resultados e Discussão ........................................................ 24 2.3 TRIGLICÉRIDES ......................................................................... 25 2.3.1 Objetivo ................................................................................... 25 2.3.2 Materiais e Métodos ............................................................... 25 2.3.3 Resultados e Discussão ........................................................ 26 2.4 LACTATO ................................................................................... 27 2.4.1 Objetivo ................................................................................... 27 2.4.2 Materiais e Métodos ............................................................... 27 2.4.3 Resultado e Discussão .......................................................... 28 2.5 COLESTEROL FRAÇÕES HDL E LDL ....................................... 29 2.5.1 Objetivo ................................................................................... 29 2.5.2 Materiais e Métodos ............................................................... 29 2.5.3 Resultado e Discussão .......................................................... 30 2.6 HEMOGLOBINA GLICADA ......................................................... 31 2.6.1 Objetivo ................................................................................... 31 2.6.2 Materiais e Métodos ............................................................... 31 2.6.3 Resultado e Discussão .......................................................... 32 2.7 PROTEÍNAS TOTAIS .................................................................. 33 2.7.1 Objetivo ................................................................................... 33 2.7.2 Materiais e Métodos ............................................................... 33 2.7.3 Resultado e Discussão .......................................................... 34 2.8 ALBUMINA .................................................................................. 34 2.8.1 Objetivo ................................................................................... 34 2.8.2 Materiais e Métodos ............................................................... 34 2.8.3 Resultado e Discussão .......................................................... 35 2.9 AMILASE .................................................................................... 36 2.9.1 Objetivo ................................................................................... 36 2.9.2 Materiais e Métodos ............................................................... 36 2.9.3 Resultado e Discussão ............................................................. 36 2.10 CONCLUSÃO ........................................................................... 37 2.11 REFERÊNCIAS ......................................................................... 37 3. PERFIL HEPÁTICO: BILIRRUBINA TOTAL, BILIRRUBINA DIRETA E INDIRETA, FOSFATASE ALCALINA, TGO, TGP, GGT. ........................ 45 3.1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 45 3.2 FOSFATASE ALCALINA ............................................................. 47 3.2.1 Objetivo ................................................................................... 47 3.2.2 Materiais e Métodos ............................................................... 47 3.2.3 Resultado e Discussão .......................................................... 48 3.3 Y – GLUTAMIL TRANSFERASE ................................................. 49 3.3.1 Objetivo ................................................................................... 49 3.3.2 Materiais e Métodos ............................................................... 49 3.3.3 Resultado e Discussão .......................................................... 50 3.4 TGP ............................................................................................ 51 3.4.1 Objetivo ................................................................................... 51 3.4.2 Materiais e Métodos ............................................................... 51 3.4.3 Resultado e Discussão .......................................................... 52 3.5 TGO ............................................................................................ 53 3.5.1 Objetivo ................................................................................... 53 3.5.2 Materiais e Métodos ............................................................... 53 3.5.3 Resultado e Discussão .......................................................... 54 3.6 BILIRRUBINA TOTAL ................................................................. 55 3.6.1 Objetivo ................................................................................... 55 3.6.2 Materiais e Métodos ............................................................... 55 3.6.3 Resultados de discussão ...................................................... 56 3.7 BILIRRUBINA DIRETA E INDIRETA ........................................... 563.7.1 Objetivo ................................................................................... 56 3.7.2 Materiais e Métodos ............................................................... 57 3.7.3 Resultados e Discussão ........................................................ 57 3.8 CONCLUSÃO ............................................................................. 58 3.9 REFERÊNCIAS ........................................................................... 58 4. PERFIL CARDÍACO: CREATININA QUINASE, CREATININA QUINASE MB, LACTATO DESIDROGENASE. ............................................. 62 4.1 INTRODUÇÃO ............................................................................ 62 4.2 CREATININA QUINASE MB ....................................................... 63 4.2.1 Objetivo ................................................................................... 63 4.2.2 Materiais e Métodos ............................................................... 63 4.2.3 Resultado e Discussão .......................................................... 64 4.3 LACTATO DESIDROGENASE .................................................... 65 4.3.1 Objetivo ................................................................................... 65 4.3.2 Materiais e Métodos ................................................................. 65 4.3.3 Resultado e Discussão .......................................................... 66 4.4 CREATINA QUINASE ................................................................. 67 4.4.1 objetivo ................................................................................... 67 4.4.2 Materiais e Métods ................................................................. 67 4.4.3 Resultados e Discussão ........................................................ 68 4.5 CONCLUSÃO ............................................................................. 69 4.6 REFERÊNCIAS ........................................................................... 69 7 1. PERFIL RENAL: ÁCIDO ÚRICO, CREATININA E ÚREIA 1.1 INTRODUÇÃO Os rins apresentam importante papel nas funções de excreção, regulação e endócrina. Alterações renais podem levar ao comprometimento de todos os sistemas do organismo, podendo acarretar distúrbios em diversos órgãos (DUSSE et al., 2016). Atualmente a doença renal é um grande problema de saúde pública, que acomete milhares de pessoas no Brasil e no mundo (SODRÉ; COSTA; LIMA, 2007). A avaliação da função renal é de extrema importância na prática clínica, tanto para o diagnóstico quanto para o prognóstico e monitorização das doenças renais, sendo que um dos Indicadores bioquímicos da função renal é o ácido úrico (DUSSE et al., 2016). O ácido úrico é um metabólito das purinas, ácidos nucléicos e nucleoproteínas (LABORLAB, 2013) sendo formado principalmente no fígado a partir da xantina pela ação da enzima xantina oxidase, esse produto final apresenta uma associação com o desenvolvimento de gota (MARION et al., 2011), doença que caracteriza-se por depósitos de cristais de urato e ácido úrico em diferentes órgãos da região visceral (FINK et al., 2018), associado também com outros distúrbios metabólicos, como hiperuricemia, doença cardiovascular, obesidade, dislipidemia, hipertensão arterial (MARION et al., 2011). Os ácidos nucléicos devem ser sintetizados a partir de aminoácidos, estimulando o metabolismo nuclear e contribuir para um aumento do anabolismo das purinas, acarretando no aumento dos níveis séricos de ácido úrico em decorrência de uma elevada ingestão proteica, por um aumento na produção endógena de urato ou pela redução da excreção renal de urato monossódico (MARION et al., 2011). A concentração de ácido úrico em soro varia conforme diversos fatores tais como: sexo, alimentação, origem étnica, constituição genética, gravidez (LABORLAB, 2013), atividade enzimática e também da eficiência de sua excreção renal (MARION et al., 2011). Níveis anormais de ácido úrico indicam desordem no metabolismo das substâncias que o originam, ou defeitos em sua eliminação (LABORLAB, 2013). 8 A avaliação da função renal costuma ser realizada também através da dosagem da creatinina, composto (PINHO; CARVALHO; ARAÚJO, 2011) resultante da degradação da fosfocreatina, um produto metabólico dos aminoácidos, que está localizado no tecido muscular, onde a mesma é filtrada pelos glomérulos e numa taxa constante é excretada pelos rins (REZENDE NETA, 2012). Sua determinação em soro constitui parâmetros importantes para o diagnóstico de variadas afecções renais (LABORLAB, 2013), isto se deve à simplicidade do método. No entanto, este constitui um parâmetro relativamente tardio para detecção da lesão renal (PINHO; CARVALHO; ARAÚJO, 2011). Marcadores renais como a creatinina podem aumentar com a idade, pelo envelhecimento fisiológico dos rins, e ser decorrentes de doenças, tais como diabetes mellitus e hipertensão arterial (SZWARCWALD et al., 2019). Devido à qualidade dessa análise, é considerado um biomarcador quase universal para a avaliação da filtração glomerular, sendo possível não só o diagnóstico de doença renal, como o monitoramento preciso da progressão da doença (KIRSZTAJN; BASTOS; ANDRIOLO, 2011). Entre as provas de rotina mais utilizadas na avaliação da função renal, destacam-se as dosagens de ureia (RIBEIRO et al., 2014). A ureia constitui o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo, sendo que 90% deste analito é excretado pelos rins e o restante eliminado pelo trato gastrintestinal e pela pele (DUSSE et al., 2016). Não é excretada exclusivamente pelos rins, sendo considerada um fraco preditor de filtração glomerular, já que alta porcentagem da mesma retorna ao plasma por difusão passiva tubular, que é dependente do fluxo urinário (BUENO; FRIZZO, 2013). A uréia é sintetizada no fígado a partir da amônia derivada do catabolismo dos aminoácidos e da reciclagem de amônia do rúmen (TEIXEIRA, 2013). Os níveis de uréia podem mudar significativamente sem terem relação com a função renal através de alguns fatores (DUSSE et al., 2016) pois seus níveis são mais vulneráveis a mudanças por razões não relacionadas com a TFG em si, como a dieta com alto consumo de proteínas, destruição tecidual, hemorragia gastrointestinal (RIBEIRO et al., 2014), a taxa de produção hepática, desidratação, trauma, insuficiência cardíaca congestiva, infecção, depleção de sódio e uso de corticosteróides, diuréticos ou tetraciclinas (DUSSE et al., 2016). 9 Dessa forma, deve-se realizar a dosagem quando se suspeitar de redução do funcionamento dos rins (RIBEIRO et al., 2014). A principal utilidade clínica da uréia parece estar na determinação em conjunto com a creatinina, que podem indicar estados patológicos diferentes. Outra utilidade da uréia está na sua dosagem urinária, que pode fornecer informação no campo da nutrição e tem sido utilizada para monitoramento de pacientes com tratamento de dietas especiais (SODRÉ; COSTA; LIMA, 2007). 1.2 ÁCIDO ÚRICO 1.2.1 Objetivo Determinar e analisar a presença de ácido úrico em uma amostra de sangue (plasma) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 1.2.2 Materiais e Métodos 1. Amostra de sangue centrifugada 2. Reagente A 3. Reagente B 4. Reagente Padrão 5. Micropipeta de 20ul 6. Micropipeta de 200ul 7. Ponteiras 8. 3 Tubos 9. Banho-maria 37o C 10. Relógio ou timer 11. Espectrofotômetro Nomeou-se os tubos de B (branco), P (padrão) e A (amostra), no tubo B colocou-se com ajuda de uma micropipeta de 200ul 800ul de reagente A e 200ul de reagente B, no tubo P colocou-se a mesma quantidade de ambos os reagentes e acrescentou-se 20ul do padrão, e no tubo A tambémrealizou-se o 10 mesmo procedimento com os reagentes acrescentando-se 20ul do plasma da amostra. Após misturar-se os solventes, incubou-se a 5 minutos em banho-maria a 37ºC. Tirou-se do banho-maria, esperou-se esfriar e leu-se no espectrofotômetro a 505nm levando-se o aparelho a zero com o B, e anotou-se os resultados obtidos. 1.2.3 Resultados e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro para o branco foi de 0.300 para absorbância, no padrão a absorbância foi de 0.627 e na amostra a absorbância foi de 0.491, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculo: F= 10mg/dl : Padrão F= 10mg/dl : 0.627 F= 15,94 Absorbância . Fator = 0,491.15,94 = 7,82mg/dl Valores de referência segundo Laborlab (2013): Homem: 3,5 --- 7,2mg/dl Mulher: 2,6 --- 6,0mg/dl Apesar de o ácido úrico ser um composto antioxidante no plasma humano, quando apresenta níveis elevados no sangue pode se tornar em pró-oxidante, que supera a atividade antioxidante através de efeitos pró-inflamatórios do acúmulo de espécies reativas de oxigênio, promovendo um aumento do risco de desenvolvimento de distúrbios (MARION et al., 2011). Se tratando de uma amostra de um paciente do sexo feminino e de acordo com os valores de referência dados pelo pop do Laborlab (2013) o resultado está 11 levemente alterado, sendo necessário a repetição do teste para descarte de hiperuricemia, que é uma alteração metabólica caracterizada pelo excesso de ácido úrico no sangue (ABREU; FONSECA; SANTOS, 2011), que está relacionada à artrite gotosa, os tofos de ácido úrico e os cálculos renais (BASTOS et al., 2009), diferente de casos com ácido úrico diminuído que é denominado hipouricemia, que não apresentas sintomas, porem pode estar relacionada a tubulopatias primárias ou secundárias e outras doenças de base (MARTÍN; GARCÍA NIETO, 2011). 1.3 CREATININA 1.3.1 Objetivo Determinar e analisar as concentrações dos níveis de creatinina em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 1.3.2 Materiais e Métodos 1. 2 Tubos 2. Reagente de trabalho 3. Padrão 4. Amostra de sangue centrifugada 5. Pipeta graduada 6. Pera 7. Micropipeta 200ul 8. Ponteiras 9. Água destilada 10. Espectrofotômetro 11. Timer Nomeou-se os tubos de P (padrão) e A (amostra), em ambos os tubos colocou-se com ajuda de uma pipeta graduada e uma pera 2,4ml de reagente de trabalho, zerou-se o espectrofotômetro a 500nm com água destilada, 12 acrescentou-se 400ul de padrão no tubo P e disparou-se o timer imediatamente realizando-se a primeira leitura a 30 segundos, aguardou-se mais 4 minutos e 30 segundos e realizou-se a segunda leitura, no tubo A adicionou-se 400ul de plasma da amostra e realizou-se a leitura do mesmo modo que foi feito com o tubo P anotou-se os resultados obtidos. 1.3.3 Resultados e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro o padrão apresentou absorbância de 0.180 na primeira leitura e 0.349 na segunda e na amostra a absorbância foi de 0.251 na primeira leitura e de 0.371 na segunda, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculos: F= 2,0 ml/dl : (P2-P1) F= 2,0 ml/dl : (0.349 - 0.180) F= 2,0 ml/dl : 0,169 F= 11,83 (A2-A1) . F = (0,371 - 0,251) . 11,83 = 0,12 . 11,83 = 1,41 ml/dl Valores de referência segundo Laborlab (2013): Homem: 0,7 --- 1,3 mg/dl Mulher: 0,6 --- 1,1 mg/dl Se tratando de uma amostra de um paciente do sexo feminino e de acordo com os valores de referência dados pelo pop do Laborlab (2013) o resultado está levemente alterado, sendo necessário a repetição do teste para descarte de insuficiência renal. A dosagem de creatinina é um ótimo biomarcador possuindo assim grande qualidade, sendo utilizado tanto na estimativa da filtração glomerular quanto na de proteinúria. Apresenta grande importância no diagnóstico de 13 doença renal, como também no monitoramento preciso da progressão da doença (KIRSZTAJN; BASTOS; ANDRIOLO, 2011). 1.4 URÉIA 1.4.1 Objetivo Determinar e analisar a presença de uréia em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 1.4.2 Materiais e Métodos 1. 3 Tubos 2. Padrão 3. Amostra de sangue (soro) 4. Urease Tamponada 5. Oxidante de uso 6. Pipeta graduada 7. Pera 8. Micropipeta 20ul 9. Ponteiras 10. Incubadora 11. Água destilada 12. Espectrofotômetro 13. Timer Nomeou-se 3 tubos de B (branco), P (padrão) e A (amostra), em ambos tubos foi colocado com o auxílio de uma pipeta graduada e pera 2ml de urease tamponada, no tubo P com ajuda de uma micropipeta de 20ul acrescentou-se 20ul de padrão, e no tubo A 20ul de soro, homogeneizou-se e incubou-se a 37° por 5 minutos, novamente com auxílio da pipeta graduada e da pera colocou-se 2ml de oxidante de uso em ambos os tubos, equalizou-se e incubou-se a 37° por 14 5 minutos, leu-se P e A no espectrofotômetro a 600nm levando-se o aparelho a zero com o B e anotou-se os resultados obtidos. 1.4.3 Resultados e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 600nm para o padrão a absorbância foi de 0.694 e na amostra a absorbância foi de 0,178, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculos: (absorbância do teste: absorbância do padrão) . 70 (0,178 : 0,694) . 70 0,256 . 70 17,92mg/dl Valor de referência para teste realizado com soro segundo Labtest (2013): Adultos: 15 a 45mg/dl Se tratando de uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop Labtest (2013) o resultado está dentro do valor de referência. A concentração de uréia pode estar aumentada em alimentação com excesso de proteína ou dietas que possuem fontes de nitrogênio não proteico, o jejum prolongado pode causar aumento da proteólise endógena para utilizar aminoácidos como fonte energética, o que causando também o aumento na concentração de uréia (TEIXEIRA, 2013). 1.5 CONCLUSÃO Avaliar adequadamente a função renal é fundamental para realizar o diagnóstico e proceder ao tratamento adequado para a doença renal, consequentemente minimizar a morbi-mortalidade advinda da doença 15 (REZENDE NETA, 2012), se possível, deve ser sempre avaliada em seus estágios iniciais, quando a doença renal é ainda assintomática, para que não haja comprometimento renal (SILVA et al., 2010). 1.6 REFERÊNCIAS ABREU, Estela; FONSECA, Maria João; SANTOS, Ana Cristina. ASSOCIAÇÃO ENTRE A HIPERURICEMIA E A RESISTÊNCIA À INSULINA. Acta Med Port, [S. l.], ano 2011, v. 24, n. 2, p. 565-574,2011. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/a06b/7072045453f2488d090e636b7e14eb713 0ab.pdf. Acesso em: 1 mar. 2020. BASTOS, Rita Maria Rodrigues et al. Hiperuricemia: Um Marcador para Doença Renal Crônica Pré-Clínica?. [S. l.], v. 31, n. 1, p. 32-38, 2009. Disponível em: https://bjnephrology.org/article/hiperuricemia-um-marcador-para-doenca-renal- cronica-pre-clinica/. Acesso em: 13 ago. 2020. BUENO, Cristiane Schmalz; FRIZZO, Matias Nunes. Anemia na doença renal crônica em hospital da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, v. 36, n. 3, p. 304-314, 19 nov. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 28002014000300304. Acesso em: 16 mar. 2020. DUSSE, Luci Maria Santana et al. Biomarcadores da função renal: do que dispomos atualmente?, Belo Horizonte, MG, 6 jun. 2016. DOI 10.21877/2448- 3877.201600427. Disponível em: http://www.rbac.org.br/artigos/biomarcadores- da-funcao-renal-do-que-dispomos-atualmente/. Acesso em: 16 mar. 2020. FINK, D. et al. Gota úricavisceral em bobo-pequeno (Puffinus puffinus) no sul do Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., Belo Horizonte, ano 2018, v. 70, n. 2, p. 486- 490, Mar./Abr. 2018. DOI https://doi.org/10.1590/1678-4162-9916. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 09352018000200486&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 1 mar. 2020 16 KIRSZTAJN, Gianna Mastroianni; BASTOS, Marcus G.; ANDRIOLO, Adagmar. Dia Mundial do Rim 2011. Proteinúria e creatinina sérica: testes essenciais para diagnóstico de doença renal crônica, Rio de Janeiro, v. 47, n. 2, p. 100-103, 1 abr. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676- 24442011000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 7 mar. 2020. LABORLAB (SP). Creatinine. [S. l.: s. n.], 2013. Disponível em: http://laborlab.com.br/wp/wp-content/uploads/2013/11/Creatinine.pdf. Acesso em: 7 mar. 2020. LABTEST (Minas Gerais). Uréia CE. Lagoa Santa, Minas Gerais, outubro 2013. 6 p. Disponível em: https://labtest.com.br/wp- content/uploads/2016/09/Ur%C3%A9ia_CE_27_Port.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020 LABORLAB (SP). Uric Acid, São Paulo, p. 1-2, 2013. Disponível em: http://laborlab.com.br/wp/wp-content/uploads/2013/11/Uric-Acid.pdf. Acesso em: 1 mar. 2020. MARION, Mariana et al. Ácido úrico como fator de risco para doenças cardiovasculares e síndrome metabólica, Santa Maria-RS, ano 2011, v. 92, n. 1, p. 3-8, 14 fev. 2011. Disponível em: http://rbfarma.org.br/files/rbf-2011-92-1- 1.pdf. Acesso em: 1 mar. 2020. PINHO, Cláudia Porto Sabino; CARVALHO, Bárbara Stéfanny de Sá; ARAÚJO, Maria Lúcia Diniz. Sensibilidade da creatinina sérica como marcador da função renal em pacientes coronariopatas, Pernambuco, v. 9, n. 5, p. 343-349, 31 ago. 2011. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679- 1010/2011/v9n5/a2247.pdf. Acesso em: 7 mar. 2020. REZENDE NETA, Dinah Sá. Avaliação renal de hipertensos pela clearance de creatinina num centro de saúde de Teresina-PI, Brasil.Teresina-PI, v. ser III, n. 6, p. 25-31, 1 mar. 2012. Disponível em: 17 http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0874- 02832012000100003&script=sci_arttext&tlng=en. Acesso em: 7 mar. 2020. RIBEIRO, João Antônio Machado et al. AVALIAÇÃO LABORATORIAL DE UREIA E CREATININA NO MUNICÍPIO DE FIRMINÓPOLIS -GOIÁS, Montes Belos, ano 2015, v. 8, n. 1, p. 1-16, 2014. Disponível em: http://www.fmb.edu.br/revistaFmb/index.php/fmb/article/view/20/17. Acesso em: 16 mar. 2020. SILVA, Amilcar Bernardo Tomé da et al. Correlação entre a depuração plasmática de creatinina utilizando urina coletada durante 24 horas e 12 horas, Espirito Santo, v. 32, n. 2, p. 165-172, 22 fev. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101- 28002010000200005&script=sci_arttext. Acesso em: 7 mar. 2020. SODRÉ, Fábio L.; COSTA, Josete Conceição Barreto; LIMA, José Carlos C. Avaliação da função e da lesão renal: um desafio laboratorial, [S. l.], v. 43, n. 5, p. 329-337, out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v43n5/a05v43n5.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020. MARTÍN, N. Esparza; GARCÍA NIETO, V. Hipouricemia y manejo renal del ácido úrico. Nefrología (Madr.), Cantabria, v. 31, n. 1, p. 44-50, 1 ago. 2011. Disponível em: http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S0211- 69952011000100007&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 13 ago. 2020. SZWARCWALD, Célia Landmann et al. Valores de referência para exames laboratoriais de colesterol, hemoglobina glicosilada e creatinina da população adulta, [S. l.], v. 22, p. 1-12, 7 out. 2019. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rbepid/2019.v22suppl2/e190002.supl.2/pt/. Acesso em: 7 mar. 2020. TEIXEIRA, Liege. INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL. INDICADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL, Rio Grande do Sul, p. 1- 17, 2013. Disponível em: https://www.ufrgs.br/lacvet/site/wp- content/uploads/2013/10/renalLiege.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020. 18 2. PERFIL METABÓLICO: QUANTIFICAÇÃO DE GLICOSE, HEMOGLOBINA GLICADA, LACTATO, COLESTEROL TOTAL, COLESTEROL FRAÇÕES HDL E LDL, QUANTIFICAÇÃO DE TRIGLICÉRIDES, AMILASE, ALBUMINA E PROTEÍNAS TOTAIS. 2.1 INTRODUÇÃO O perfil metabólico é composto por testes que fornecem atuais informações sobre o funcionamento dos rins, glicemia, eletrólitos e equilíbrio ácido-básico de um indivíduo (LAB TESTS, 2009). O pâncreas é o órgão que produz o hormônio denominado insulina, que é o responsável por permitir a entrada da glicose nas células, quando comprometido a produção de insulina passa a ocorrer de maneira insatisfatória, alterando a captação da glicose pelas células (LABVIDA, 2018). A patologia mais frequente relacionada com o metabolismo dos hidratos de carbono é a diabetes mellitus (LABORLAB, [entre 2001 e 2020]), caracterizada pelo aumento dos níveis glicêmicos devido à deficiência na produção ou resistência à insulina (ARAÚJO; SOUZA; NASCIMENTO, 2013). Atualmente, esta doença representa um importante problema de saúde pública com alta morbidade, mortalidade e repercussões econômicas significativas (ARAÚJO; SOUZA; NASCIMENTO, 2013) por isso se faz necessário o diagnóstico precoce e o controle dos pacientes diabéticos, têm por objeto evitar a cetoacidose e as complicações resultantes da hiperglicemia (LABORLAB, [entre 2001 e 2020]). Os valores da glicemia plasmática de jejum e os níveis de hemoglobina glicada são fundamentais para o diagnóstico da diabetes (SÁ; NAVAS; ALVES, 2014). A glicose é considerada o principal substrato oxidável para a maioria dos organismos, utilizado como fonte de energia, todas as células têm capacidade de atender a suas demandas energéticas apenas a partir desse açúcar (MARZZOCO; TORRES, 2018). Quando a glicose está baixa ela é classificada como hipoglicemia que é uma condição que ocorre quando a taxa de glicose no sangue diminui para valores inferiores ao normal, não sendo tratada como uma doença, entretanto 19 está relacionada com o agravamento do diabetes, principalmente do tipo 1. Enquanto que a glicose alta é classificada como hiperglicemia, que ocorre quando pessoa não possuir insulina suficiente no organismo para quebrar as moléculas de glicose e transformá-las em energia, elevando assim a sua taxa (LABVIDA, 2018).Os permanentes níveis elevados de glicose no sangue podem ocasionar dano ou falência de vários órgãos (FARIA; MENDOZA, 2015). A dosagem bioquímica de glicose é de suma importância para testes de rotina e monitoramento de portadores de diabetes, contribuindo para o controle de futuras alterações em seus níveis glicêmicos (LIMA et al., 2017), bem como para acompanhar o tratamento e prevenir as complicações do Diabetes Mellitus (ARAÚJO; SOUZA; NASCIMENTO, 2013). Hemoglobina glicada estabelece um grupo de substâncias formadas a partir da reação entre a hemoglobina A (HbA) e um açúcar (COSTA et al., 2014). A análise cromatográfica da HbA1 revela três subespécies, HbA1a HbA1b e HbA1c (POP LABORCLIN), o componente mais importante deste conjunto é a fração A1C, na qual há um resíduo de glicose ligado ao grupo amino terminal (COSTA et al., 2014) formando a chamada hemoglobina glicosilada (POP LABORCLIN). A quantidade de glicose ligada à hemoglobina é diretamente proporcional à concentração média de glicose no sangue, Fazendo com que a glicação ocorra em maior ou menor grau conforme o nível de glicemia, fornecendo uma avaliação do controle glicêmico médio em um período de 60 a 90 dias que precedem a coleta para o exame devido a meia vida de aproximadamente 120 dias dos eritrócitos (SUMITA; ANDRIOLO, 2008). A dosagem da hemoglobina glicada (HbA1c) é fundamental na monitorização do controle glicêmico em pacientes diabéticos (BEM; KUNDE, 2006), uma vez que avalia a média glicêmica do paciente nos últimos 3 meses (SÁ; NAVAS; ALVES, 2014) Estudos do Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) eUnited Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS) determinou que os níveis de A1C alterados estão associados ao risco maior de complicações crônicas (PIMAZONI NETTO et al., 2009) por esta razão o teste de A1C deve ser realizado a cada três meses nos casos de diabetes mal controlado ou a cada seis meses, nos casos de diabetes estável e sob controle dos níveis glicêmicos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2014). 20 O lactato é considerado também substrato energético importante para o organismo, como para as fibras musculares do tipo I, coração, e o fígado (PEREIRA et al., 2011). É o produto final da degradação da glicose anaeróbica e é produzido pela redução do piruvato. Sua concentração no sangue depende das taxas de produção e metabolismo no fígado e nos rins (LABTEST, 2016). O lactato sanguíneo, constitui um importante parâmetro fisiológico relacionado à fadiga muscular, após exercício de alta intensidade (BARONI et al., 2010). Níveis elevados de lactato sérico no sangue estão relacionados a um grande aumento nos riscos de morbidade e mortalidade (ROCHA et al., 2010), pois aponta um decréscimo do fluxo sanguíneo para os tecidos, com consequente diminuição do fornecimento de oxigênio (LABTEST, 2016). A distribuição inadequada de oxigênio, proveniente de hipovolemia, choque ou insuficiência ventricular esquerda pode predispor o indivíduo à acidose láctica dos tipos A ou B, sendo que a do tipo B está relacionada a doenças como diabetes mellitus, neoplasia e doença hepática (LABTEST, 2016). Colesterol, ésteres do colesterol, triglicerídeos, fosfolipídios e ácidos graxos não-esterificados, constituem os principais lipídeos do plasma humano. Esses são diferenciados de acordo com a sua densidade como quilomícrons, em seguida as lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL), lipoproteínas de densidade intermediária (IDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de alta densidade (HDL) (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). A lipoproteína de baixa intensidade tem como função transportar o colesterol, exógeno para dentro das células, enquanto as de alta intensidade é a incumbido de retirar o colesterol não utilizado pelas células e transportá-lo até o fígado para sua deterioração (WIENER LAB., 2000). Quando LDL está elevado no plasma pode acumular-se na parede dos vasos sanguíneos, levando à formação de estruturas compostas especialmente por colesterol e tecido fibroso, denominadas de ateromas, levando a obstrução do vaso sanguíneo (CYMBRON, 2013). O aumento da HDL retarda o aparecimento dessas estruturas, diminuindo assim o risco de progressão de doenças da artéria coronária, pois possui papel antiaterogênico (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). 21 Os triglicerídeos são absorvidos na alimentação e também produzidos a partir de carboidratos em resposta a diferentes estímulos (LABORLAB, [entre 2001 e 2020]). Elevados níveis de triglicerídeos no soro estão associados com a diminuição dos níveis de HDL no soro e pequena elevação na LDL, relacionados a patologias que podem acelerar a aterosclerose, relacionado a hipertrigliceridemia com prognóstico para doenças coronarianas, devido a efeito aterogênico direto das lipoproteínas ricas em triglicerídeos, contribuindo assim para o desenvolvimento de cardiopatias (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). A quantificação de triglicérides se faz necessário para controlar os níveis de triglicérides que podem ser facilmente alterados com mudanças nos hábitos de vida, dieta equilibrada, aumento da atividade física e restrição ao álcool, limitando assim seu avanço para doenças cardíacas (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). Nosso organismo é capaz de sintetizar seu próprio colesterol, obtendo também uma parte extra através da dieta. Este lipídeo faz parte das membranas de nossas células, e tem função precursora de todos os hormônios esteroides, ácidos biliares e vitamina D (SAAVEDRA et al., 2012). Assim como as triglicérides o colesterol sérico acima dos níveis recomendados pode acarretar na formação de ateromas visto que as complicações arterioscleróticas prevalecem em indivíduos hipercolesterolêmicos (LABORLAB, 2013), podendo ocorrer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Esse aumento pode ocorrer por meio da ingestão excessiva de alimentos ricos em colesterol e/ou por mutações genéticas no rLDL (SAAVEDRA et al., 2012). A determinação de colesterol em forma isolada, tem utilidade diagnóstica limitada (LABORLAB, 2013), sendo necessário montar um perfil lipídico com os valores de colesterol total, colesterol de HDL e colesterol de LDL (WIENER LAB., 2000). O significado clínico do aumento de colesterol depende da quantificação das lipoproteínas, que tem a regulação dos seus níveis afetados por fatores genéticos, ambientais, fisiológicos ou patológicos, podendo influenciar e alterar os valores de colesterol total perto da zona normal. Como já relatado o excesso de colesterol LDL e a diminuição do HDl estão associados a fator de risco para 22 o desenvolvimento de doenças cardíacas coronária (WIENER LAB., 2000; WIENER LAB., 2000). Por isto, tanto a determinação de LDL colesterol quanto a HDL colesterol são ferramentas úteis na identificação de indivíduos de alto risco (WIENER LAB., 2000; WIENER LAB., 2000). A amilase é uma enzima proveniente do pâncreas, das glândulas salivares, órgão de reprodução e fígado (LABTEST, 2016). É utilizada com grande potencial como marcador de inflamação pancreática (FERREIRA et al., 2008), tanto a sérica quanto a urinária são os testes mais úteis para o diagnóstico de pancreatite (LABTEST, 2016), que é uma condição inflamatória caracterizada pela destruição do parênquima pancreático e dos tecidos peripancreáticos por meio de ativação intracelular e extravasamento inapropriado de enzimas proteolíticas (CUNHA et al., 2014). Contudo sua elevação não é um achado específico para a pancreatite podendo estar relacionado com doenças intra-abdominais como doenças do trato biliar, processos de oclusão ou isquemia intestinal, apendicite aguda, entre outras. E sua dosagem pode aparecer reduzida em casos de insuficiência renal, doença hepática, abuso de álcool e várias doenças extra abdominais (FERREIRA et al., 2008). A dosagem de amilase pode aparecer normal mesmo em pacientes com pancreatite, como em casos de diagnóstico tardio, tendo em vista que os níveis de amilase se normalizam dias após a evolução; hipertrigliceridemia; e surtos de agudização de pancreatite crônica (GUIMARÃES-FILHO et al., 2009). O uso de drogas como morfina e analgésico análogo, diurético tiazídicos, provocam elevações transitórias da amilase sérica (LABTEST, 2016). A albumina é a proteína mais importante do plasma humano (LABTEST, 2016), tem como função manutenção do volume plasmático circulante, é responsável por 80% da pressão coloidosmótica, manutenção do equilíbrio ácido-básico, está envolvida no transporte de várias substâncias fisiológicas e reservatório de aminoácidos. O fígado é o único órgão capaz de sintetizar albumina (SANTOS et al., 2004), devido a isso os níveis plasmáticos de albumina são utilizados com maior frequência como parâmetros para avaliação do estado nutricional e função hepática (LABTEST, 2016). A dosagem diminuída da albumina está ligada a doenças hepáticas como cirrose, alcoolismo crônico, na gravidez associada ao uso de contraceptivos 23 orais, em doenças crônicas abrangendo neoplasias, síndrome nefrótica, enteropatias, doenças inflamatórias como doenças autoimunes, imobilização prolongada, falência cardíaca, entre outros estados catabólicos. Enquanto sua dosagem elevada está associada apenas com a desidratação (LABTEST, 2016). A albumina é o marcador bioquímico mais utilizado, devido sua facilidade de medição e à sua associação com eventos clínicos (KUBRUSLY et al., 2012),no entanto, fatores como idade, comorbidades, hipervolemia e perdas corpóreas podem influenciar as concentrações séricas de albumina (SANTOS et al., 2004). As proteínas denotam grande importância por serem macromoléculas biológicas que são constituintes dos aminoácidos que são encontrados tanto dentro como fora das células. Apresentam funções como catálise de reações químicas, transporte de moléculas, transmissão de impulsos nervosos, proteção imunológica e função hormonal (BRITO; FREITAS, 2018). A dosagem isolada da proteína total não apresenta grande valor, pois uma alteração em uma das frações poderia ser compensada por alteração oposta de outra fração (LABTEST, 2014), contudo este teste é considerado rápido, sensível, reprodutível, possui simplicidade de execução e custo relativamente baixo (ABREU , 2008), e a sua é útil para o monitoramento de mudanças produzidas por diferentes doenças (WIENER LAB., 2000). Alterações na dosagem da proteína total são comuns, elas se apresentam elevadas em neoplasias, macroglobulinemia, doenças autoimunes, doenças granulomatosas, leishmaniose visceral, endocardite bacteriana e linfogranuloma, doenças hepáticas crônica. Enquanto o seu decréscimo está relacionado em casos como gravidez, hiperhidratação, desnutrição grave, doenças hepáticas, imobilização prolongada, insuficiência cardíaca, nefrite, insuficiência renal, hipertireoidismo, deficiência de cálcio e de vitamina D e na síndrome da má absorção (LABTEST, 2014). 2.2 QUANTIFICAÇÃO DE GLICOSE 2.2.1 Objetivo Determinar e analisar os valores de glicose presente em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 24 2.2.2 Materiais e Métodos 1. 3 Tubos 2. Micropipeta de 20ul 3. Pipeta graduada 4. Pera 5. Amostra (soro) 6. Padrão 7. Reagente A 8. Incubadora 9. Espectrofotômetro Nomeou-se 3 tubos de B (branco), P (padrão) e A (amostra), em ambos tubos foi colocado com o auxílio de uma pipeta graduada e pera 2ml de reagente A, no tubo P com ajuda de uma micropipeta de 20ul acrescentou-se 20ul de padrão, e no tubo A 20ul de soro, homogeneizou-se e incubou-se a 37° por 5 minutos, leu-se P e A no espectrofotômetro a 505nm levando-se o aparelho a zero com o B e anotou-se os resultados obtidos. 2.2.3 Resultados e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 505nm para o padrão a absorbância foi de 0,412 e na amostra a absorbância foi de 0,445, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculos: F = 100mg/dl : P F = 100 : 0,412 F = 242,718 25 A . F 0,445 . 242,718 108,009mg/dl Valor de referência para teste realizado com soro ou plasma segundo Laborlab [200-?]: Adultos: 74 - 106mg/dl Se tratando de uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop Laborlab [200-?] o resultado está levemente alterado, sendo necessário refazer o teste, tendo em vista que o diagnóstico prévio da diabetes favorece a aplicação de medidas terapêuticas que possam evitar seu surgimento (LIMA et al., 2017). 2.3 TRIGLICÉRIDES 2.3.1 Objetivo Determinar e analisar os valores da quantificação de triglicérides presente em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.3.2 Materiais e Métodos 1. 2 Tubos 2. Micropipeta de 20ul 3. Pipeta graduada 4. Pera 5. Amostra (soro) 6. Padrão 7. Reagente A 8. Incubadora 9. Espectrofotômetro 26 10. Água destilada Nomeou-se 2 tubos de P (padrão) e A (amostra), em ambos tubos foi colocado com o auxílio de uma pipeta graduada e pera 2ml de reagente A, no tubo P com ajuda de uma micropipeta de 20ul acrescentou-se 20ul de padrão, e no tubo A 20ul de soro, homogeneizou-se e incubou-se a 37° por 5 minutos, leu- se P e A no espectrofotômetro a 505nm levando-se o aparelho a zero com água destilada e anotou-se os resultados obtidos. 2.3.3 Resultados e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 505nm para o padrão a absorbância foi de 0,355 e na amostra a absorbância foi de 0,152, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculos: F = 200mg/dl : P F = 200 : 0,355 F = 563,380 A . F 0,152 . 563,380 85,63mg/dl Valor de referência para teste realizado com soro ou plasma segundo LABORLAB, [entre 2001 e 2020]: Ótimo: < 150mg/dl Moderado elevado a elevado: 150 - 199mg/dl Elevado: 200 - 499mg/dl Muito elevado: >= 500mg/dl 27 Se tratando de uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop LABORLAB, [entre 2001 e 2020] o resultado está satisfatório, sendo possível descartar o desenvolvimento de cardiopatias, tendo em vista que aterosclerose, hipertrigliceridemia e doenças coronarianas, que levam a este desenvolvimento, estão associadas ao elevado nível de triglicérides (SCHIAVO; LUNARDELLI; OLIVEIRA, 2003). 2.4 LACTATO 2.4.1 Objetivo Definir e examinar os valores da quantificação de lactato presente em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.4.2 Materiais e Métodos 1. 2 Tubos 2. Amostra pré corrida (soro) 3. Amostra pós corrida (soro) 4.Micropipeta de 20uL 5. Pipeta 6. Pera 7. Reagente A 8. Incubadora 9. Espectrofotômetro 10. Reagente B Para a realização do teste a paciente precisou realizar uma corrida de 5 minutos. Rotulou-se os tubos como Tubo 1 (pré) e Tubo 2 (pós), no tubo 1 pipetou-se 20uL de da amostra pré corrida e 1,5mL de reagente A e no tubo 2 pipetou-se 20uL de amostra pós corrida e 1,5mL de reagente A. Incubou-se ambos os tubos por 3 min a 37°, leu-se em 540nm, zerando com H2O destilada e anotou-se os resultados obtidos. 28 Acrescentou-se nos dois tubos 300uL do reagente B, incubou-se por 5min a 37°, leu-se em 540nm e anotou-se os resultados. 2.4.3 Resultado e Discussão A primeira leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 540nm para o tubo 1 a absorbância foi de 0,115 e para o tubo 2 0,18, já na segunda leitura o tubo 1 apresentou resultado igual a 0,346 e o tubo 2 0,430, os resultados foram aplicados nos cálculos. Calculo: [] padrão . A2 – A1 : absorbância padrão [] padrão = 40mg/dL Absorbância padrão = 0,739 Tubo 1 A2 – A1 0,346 – 0,115 0,231 40 . 0,231 : 0,739 12,50mg/dL Tubo 2 A2 -A1 0,430 – 0,187 0,243 40 . 0,243 : 0,739 13,15mg/dL Valor de Referência Plasma: 4,5 - 19,8 mg/dL (WIENER LAB, 2000) 29 Por ser uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop WIENER LAB (2000) que indica valores entre 4,5 e 19,8 mg/dL como referência, assim o resultado obtido está satisfatório, sendo possível descartar acidose láctica. 2.5 COLESTEROL FRAÇÕES HDL E LDL 2.5.1 Objetivo Estabelecer e avaliar os valores da quantificação de HDL colesterol existente em uma amostra de sangue (soro) através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.5.2 Materiais e Métodos 1. 4 Tubos 2. Amostra (soro) 3. Micropipeta de 500uL 4. Micropipeta de 50uL 5. Ponteiras 6. Refrigerador 7. Centrifuga 8. Reagente de Trabalho 9. Incubadora 10. Espectrofotômetro 11. Reagente Precipitante 12. Micropipeta de 20uL 13. Pipeta 14. Pera 15. Micropipeta de 100uL 30 Em um tubo colocou-se 500uL de amostra e adicionou-se 50ul de reagente precipitante. Homogeneizou-se sem inverter durante 20 segundos e deixou-se 30 minutos sob refrigeração a 2º e centrifugou-se a 3.000 r.p.m por 15 minutos. Nomeou-se3 tubos de B (branco), P (padrão) e A (amostra), no tubo B colocou-se 2mL de reagente de trabalho, no tubo P 20uL de padrão e 2mL de reagente de trabalho e no tubo A colocou-se 100ul do sobrenadante limpo e 2mL de reagente de trabalho. Misturou-se e incubou-se durante 15 minutos a 37°, esperou-se esfriar, leu-se em 505nm no espectrofotômetro e anotou-se os resultados. 2.5.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 505nm para o padrão a absorbância foi de 1,277 e na amostra a absorbância foi de 0,485, os resultados foram aplicados nos cálculos. Calculo: Absorbância amostra . [] padrão. Fator : absorbância padrão [] padrão = 200mg/dL Fator = 1,1 0,485 . 200 . 1,1 : 1,277 106,7 : 1,277 83,55mg/dL Valor de Referência acima de 0,40-0,60 g/l (WIENER LAB, 2000) Por ser uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop WIENER LAB (2000) que indica valores maiores de 0,40 g/l recomendáveis, no entanto, aqueles casos que os valores se encontraram acima de 0,60 g/l consideram-se de proteção, sendo assim o 31 resultado está satisfatório, sendo possível descartar o desenvolvimento de para cardíacas coronárias. 2.6 HEMOGLOBINA GLICADA 2.6.1 Objetivo Estabelecer e analisar os valores da quantificação de hemoglobina glicada existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.6.2 Materiais e Métodos 1. 4 Tubos 2. Micropipeta de 500uL 3. Reagente lisante 4. Amostra 5. Padrão 6. Micropipeta de 100uL 7. 2 Tubos com resina 8. 2 Filtros separadores 9. Cubeta 10. Espectrofotômetro 11. H2O destilada 12. Micropipeta de 20uL Preparou-se o hemolisado, identificou-se tubos como padrão e outro como amostra, colocou-se 500uL do reagente lisante em cada um deles, adicionou-se 100uL do sangue no tubo amostra, homogeneizou-se até completar a lise e deixou-se em repouso por 5 minutos. 32 Para a separação da hemoglobina glicosilada identificou-se os tubos com resina como padrão e amostra, colocou-se 100uL do hemolisado preparado, introduziu-se neles os filtros separadores, deixou-se a bonacha da extremidade do filtro 1cm acima do nível do líquido. Homogeneizou-se todos os tubos continuamente durante 5 minutos por inversão. Empurrou-se os filtros separadores para dentro do tubo até o final. O sobrenadante obtido foi transferido para uma cubeta, realizou-se as leituras a 415nm, utilizou-se a H2O destilada para zerar e anotou-se os valores da hemoglobina glicosilada. Nomeou-se tubos como padrão e amostra, dispensou-se 5,0mL de H2O deionizada, colocou-se 20uL de hemolisado dentro dos respectivos tubos, homogeneizou-se, realizou-se a leitura a 415nm, zerou-se com o branco, obteve- se assim os valores para hemoglobina total. 2.6.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 415nm para o padrão a absorbância foi de 1,202 e na amostra a absorbância foi de 1,022 para a hemoglobina glicosilada, já para a hemoglobina total com o espectrofotômetro também a 415nm a leitura para o padrão a absorbância foi de 0,644 e na amostra a absorbância foi de 0,980, os resultados foram aplicados nos cálculos. Calculo: Absorbância Padrão: Absorbância do padrão da hemoglobina glicosilada : Absorbância do padrão da hemoglobina total 1,202 : 0,644 = 1,86 Absorbância Amostra: Absorbância da amostra da hemoglobina glicosilada : Absorbância da amostra da hemoglobina total 1,022 : 0,980 = 1,04 Absorbância da Amostra : Absorbância do Padrão . Concentração do Padrão (10%) 33 1,04 : 1,06 . 10 0,55 . 10 5,5 % Valor de referência segundo Interlab (2001) 6,0 - 8,3% Por ser uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop (INTERLAB, 2001) que indica valores entre 6,0 e 8,3% recomendáveis, sendo assim o resultado está levemente alterado, sendo necessário a repetição do teste. 2.7 PROTEÍNAS TOTAIS 2.7.1 Objetivo Estabelecer e analisar os valores da quantificação de proteínas totais existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.7.2 Materiais e Métodos 1. 3 Tubos 2. Micropipeta de 20uL 3. Reagente A 4. Amostra 5. Padrão 6. Pipeta de 2mL 7. Incubadora 8. Espectrofotômetro Nomeou-se três tubos como branco (B), padrão (P) e amostra (A), no tubo B colocou-se apenas 2,0mL do reagente A, no tubo P colocou-se20uL de padrão e acrescentou-se 2,0mL do reagente A e no tubo A colocou-se 20ul de amostra 34 e adicionou-se 2,0mL do reagente A. Misturou-se e incubou-se por 15 minutos a 37°. Leu-se os resultados no espectrofotômetro a 540nm e aplicou-se ao cálculo. 2.7.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 540nm para o padrão a absorbância foi de 0,137 e na amostra a absorbância foi de 0,189, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculo: F = 4,8g/dL : P F = 1,8g/dL : 0,137 F = 35,03g/Dl A . F 0,189 . 35,03 6,62 g/dL Valor de Referência: 6,1 – 7,9g/dL segundo o pop Laborlab (2013). Como a amostra pertence a um paciente de acordo com os valores de referência dados pelo pop Laborlab (2013), a amostra não apresenta nenhuma alteração assim descartando possibilidade de hipoproteinemias ou hiperproteinemias. 2.8 ALBUMINA 2.8.1 Objetivo Estabelecer e analisar os valores da quantificação da albumina existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.8.2 Materiais e Métodos 1. 3 Tubos 35 2. Micropipeta de 20uL 3. Reagente A 4. Amostra 5. Padrão 6. Pipeta de 4mL 7. Espectrofotômetro Nomeou-se três tubos como branco (B), padrão (P) e amostra (A), no tubo B colocou-se apenas 3,5mL do reagente A, no tubo P colocou-se 20uL de padrão e acrescentou-se 3,5mL do reagente A e no tubo A colocou-se 20ul de amostra e adicionou-se 3,5mL do reagente A. Misturou-se e manteve-se os tubos em temperatura ambiente por 10 minutos. Leu-se os resultados no espectrofotômetro a 625nm e aplicou-se ao cálculo. 2.8.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 625nm para o padrão a absorbância foi de 0,461 e na amostra a absorbância foi de 0,575, os resultados foram aplicados nos cálculos. Cálculo: F = 3,2g/dL : P F = 3,2g/dL : 0,461 F = 6,94g/dL A . F 0,575 . 6,94 3,9g/dL Valor de referência: 3,5 – 4,8g/dL segundo (WIENER LAB., 2000). Se tratando de uma amostra de um paciente adulto e de acordo com os valores de referência dados pelo pop (WIENER LAB., 2000) o resultado se 36 apresenta satisfatório sendo possível descartar hiperalbuminemia e hipoalbuminemia. 2.9 AMILASE 2.9.1 Objetivo Estabelecer e analisar os valores da quantificação da amilase existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 2.9.2 Materiais e Métodos 1. 1 Tubo 2. Pipeta de 1mL 3. Reagente A 4. Incubadora 5. Micropipeta de 20uL 6. Amostra 7. Espectrofotômetro Colocou-se 1mL do reagente A no tubo, incubou-se por 4 minutos a 37°, adicionou-se 20uL da amostra, misturou-se rapidamente e leu-se a absorbância a 405nm nos tempos de 1 e 2 minutos. Determinou-se a diferença entre a primeira e a segunda leitura. 2.9.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 405nm para a primeira leitura a absorbância foi de 0,465 e para a segunda leitura a absorbância foi de 0,468, os resultados foram aplicadosnos cálculos. 37 Cálculo: Quadro 1 – Calculo da diferença absorbância amilase Amostra Diferença Absorbância 1 0,465 Absorbância 2 0,468 0,003 Fonte: Elaboração própria. Abs2 – Abs1 0,468 – 0,465 = 0,003 37° F = 3.953 Diferença da amostra . F 0,003 . 3.953 11,859U/L Valor de referência: até 125U/L (LABORLAB, 2014) Como foi uma amostra de soro pré-incubada a 37° de acordo com o valor de referência dados pelo pop Laborlab (2014), sendo assim o resultado está satisfatório, sendo possível descartar o desenvolvimento de pancreatite aguda. 2.10 CONCLUSÃO A avaliação do perfil metabólico é fundamental para o diagnóstico, prognóstico e monitoramento de transtornos metabólicos e desequilíbrios nutricionais, onde deve-se interpretar cuidadosamente os perfis para que não ocorra erros devido a variações fisiológicas e patológicas (GONZALEZ, 1997). 2.11 REFERÊNCIAS ABREU, Clarice Lima do Canto. AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE INDUZIDA POR PRODUTOS COSMÉTICOS PELO MÉTODO DE QUANTIFICAÇÃO DE 38 PROTEÍNAS TOTAIS EM CÉLULAS 3T3. 2008. 122 p. Dissertação (Pós- Graduação em Vigilância Sanitária) - Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2008. 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A bilirrubina é um composto produzido pela degradação do grupo heme, podendo derivar-se de hemoglobinas envelhecidas, por eritropoiese ineficaz dos eritrócitos ou a partir da degradação de complexos protéicos (MARTELLI, 2012). A conjugação da bilirrubina junto do ácido glicurônico por meio da ação da glicuronil transferase ocorre no interior do hepatócito. Assim a bilirrubina pode ser classificada de duas maneiras: conjugada ou direta, sendo essa hidrossolúvel e em não-conjugada ou indireta, sendo está insolúvel com grande capacidade de se ligar às proteínas, principalmente a albumina (MORO; SILVESTRI; SILVA, 2004). A bilirrubina é captada pelo fígado para sua conjugação e excreção biliar. Alterações hepatocelulares e obstruções biliares levam a hiperbilirrubinemias (WIENER LAB., 2000), relacionadas a elevação de produção da bilirrubina atingindo assim a capacidade máxima de ligação ao pigmento pela albumina (MARTELLI, 2012). A elevação da bilirrubina indireta é comumente vista em recém-nascidos com icterícia fisiológica, e tal elevação pode desencadear um quadro de encefalopatia bilirrubínica. E em casos hereditários nas síndromes de crigler - najjar e de gilbert (LABTEST, 2014). Tal elevação pode indicar hemólise, diminuição do transporte,defeito da captação e defeito da conjugação (LABTEST, 2014). O aumento de bilirrubina está relacionado com doenças hepatobiliares e obstrução da árvore biliar (colestase) (LABTEST, 2014). Fosfatase alcalina é uma isoenzima produzida pelos ossos, fígado, intestinos e placenta, e é excretada pela bile (LABTEST, 2009). Seus níveis séricos dependem do mecanismo e da velocidade com que que a fosfatase 46 alcalina serão eliminadas da circulação sanguínea, dependendo assim de situações fisiológicas e patológicas (NEGRÃO et al., 2002). A Fosfatase alcalina é um marcador de formação óssea (GAW et al., 2015), devido a sua função de auxiliar na mineralização dos ossos (NELSON; COX, 2014). Pode diferenciar doença óssea ou hepática, principalmente pacientes com suspeita de metástase no osso ou fígado (GAW et al., 2015). Seus níveis elevados indicam um aumento da atividade osteoblástica como osteíte deformante, raquitismo, osteomalácia, hiperparatireoidismo, metástase óssea, sarcoma osteogênico e doença de Paget, podem estar relacionados também com doenças obstrutivas biliares e doenças hepatocelulares. Enquanto seus níveis diminuídos são encontrados na desnutrição crônica, hipofosfatemia, hipertireoidismo e anemia perniciosa (LABTEST, 2009). Pode se sugerir que o fígado é a fonte do aumento de fosfatase alcalina e as altas concentrações de bilirrubina e fosfatase alcalina indicam a presença de colestase, um bloqueio no fluxo de bile (GAW et al., 2015). Sendo assim dosagem sérica desta enzima se faz útil na investigação das doenças hepatobiliarese ósseas (LABTEST, 2009). Lesões hepatocelulares causadas por intoxicação do álcool levam a icterícia e aumento na atividade de enzimas hepáticas (TELLI; FRIGER; MELLO, 2016), como alanina-aminotransferase (ALT; também denominada transaminase glutâmico-pirúvica, TGP), aspartato-aminotransferase (AST; também denominada transaminase glutâmico-oxaloacética, TGO) (NELSON; COX, 2014) e a Gama-glutamil transpeptidase (GGT; também denominada GGTP, Gama GT ou GTP) (LAB TESTS, 2010). Os testes TGP e TGO são de extrema importância no monitoramentode pacientes com degeneração hepática, como em casos de Hepatite (viral e toxica), na mononucleose, cirrose, colestase, carcinoma hepático primário ou metastático, pancreatite, traumatismo extenso e no choque prolongado. Nas hepatopatias agudas, na maioria das vezes, o valor da TGP excede o da TGO (LABTEST, 2009), e por isso a TGP é considerado um ótimo marcador de lesão hepática (TELLI; FRIGER; MELLO, 2016). Enquanto que a GGT é considerado o principal marcador bioquímico para avaliação diagnóstica e evolução clínica do alcoolismo (TELLI; FRIGER; MELLO, 47 2016), sendo mais sensível a alterações na função hepática e o mais sensível para detectar problemas nos dutos biliares, por ser a primeira enzima hepática a a sofrer elevações em seus níveis quando qualquer dos dutos hepáticos que transporta bile do fígado para os intestinos é obstruído (LAB TESTS, 2010). 3.2 FOSFATASE ALCALINA 3.2.1 Objetivo Determinar e avaliar os valores da quantificação da fosfatase alcalina existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 3.2.2 Materiais e Métodos 1. 1 Tubo 2. Pipeta de 2mL 3. Pera 4. Reagente Úrico 5. Incubadora 6. Micropipeta de 20uL 7. Amostra (soro) 8. Cronometro 9. Espectrofotômetro Em um tubo colocou-se 2,0mL do reagente úrico, realizou-se uma pré- incubação por 4 minutos, acrescentou-se 20uL do soro, misturou-se rapidamente no mesmo tempo o cronometro, esperou-se 20segundos e leu-se a absorbância inicial, com o espectrofotômetro a 405nm. Foi registrado a absorbância após 1,2 e 3 minutos da primeira leitura. Anotou-se os valores para determinação da diferença e do promécio para a realização dos cálculos. 48 3.2.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 405nm para a amostra a absorbância foi de 0,330 para a leitura inicial, 0,350 na segunda, 0,377 na terceira e 0,400 na quarta leitura, os resultados foram aplicados aos cálculos. Quadro 2 – Cálculo do promédio fofatase alcalina Amostra Diferença Promédio Absorbância A1 0,330 Absorbância A2 0,350 0,02 Absorbância A3 0,377 0,027 Absorbância A4 0,400 0,023 0,023 Fonte: Elaboração própria. Diferença: A2 – A1 0,350 – 0,330 = 0,02 A3 – A2 0,377 – 0,350 = 0,027 A4 – A3 0,400 – 0,377 = 0,023 Promédio: 0,02 + 0,027 + 0,023 : 3 = 0,023 Calculo: Promédio . 6.812 0,023 . 6.812 = 156,67U/L Valor de refecia para amostra de adulto pré-incubada a 37°: 65-300U/L (LABORLAB, 2014). 49 Por se tratar de uma amostra de soro de um paciente adulto pré-incubada a 37° de acordo com o valor de referência dados pelo pop Laborlab (2014), o resultado está satisfatório, sendo possível descartar o desenvolvimento de carcinomas metastásicos em fígado e em ossos, colestase biliar, fenômenos osteoblásticos, transtornos de má-absorção seguida de lesões ulcerosas, enfarte agudo do miocárdio e enfarte pulmonar ou renal. 3.3 Y – GLUTAMIL TRANSFERASE 3.3.1 Objetivo Definir e avaliar os valores da quantificação da Glutamil Transferase existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 3.3.2 Materiais e Métodos 1. 1 Tubo 2. Pipeta de 1mL 3. Pera 4. Reagente Úrico 5. Incubadora 6. Micropipeta de 100uL 7. Amostra (soro) 8. Cronometro 9. Espectrofotômetro Em um tubo colocou-se 1,0mL do reagente úrico, realizou-se uma pré- incubação por 3 minutos a 37°, acrescentou-se 100uL do soro, misturou-se rapidamente no mesmo tempo o cronometro, esperou-se 20segundos e leu-se a absorbância inicial, com o espectrofotômetro a 405nm. Foi registrado a 50 absorbância após 1,2 e 3 minutos da primeira leitura. Anotou-se os valores para determinação da diferença e do promécio para a realização dos cálculos. 3.3.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 405nm para a amostra a absorbância foi de 0,308 para a leitura inicial, 0,319 na segunda, 0,325 na terceira e 0,337 na quarta leitura, os resultados foram aplicados aos cálculos. Quadro 3 – Cálculo do promédio da Glutamil Transferase Amostra Diferença Promédio Absorbância A1 0,308 Absorbância A2 0,319 0,011 Absorbância A3 0,325 0,006 Absorbância A4 0,337 0,012 0,009 Fonte: Elaboração própria. Diferença: A2 – A1 0,319 – 0,308 = 0,011 A3 – A2 0,325 – 0,319 = 0,006 A4 – A3 0,337 – 0,325 = 0,012 Promédio: 0,011 + 0,006 + 0,012 : 3 = 0,009 Calculo: Promédio . 1.158 0,009 . 1.158 = 10,42U/L 51 Valores de referência segundo Laborlab (2014): Homens 11-50 U/L Mulheres 7-32 U/L Se tratando de uma amostra de um paciente do sexo feminino e de acordo com os valores de referência dados pelo pop do Laborlab (2014) o resultado está dentro do valor de referência, podendo descartar o desenvolvimento de doenças hepáticas. 3.4 TGP 3.4.1 Objetivo Definir e avaliar os valores da quantificação da Transaminase Glutâmico – Pirúvica (TGP) existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 3.4.2 Materiais e Métodos 1. 1 Tubo 2. Micropipeta de 200uL 3. Micropipeta de 50uL 4. Substrato n°1 5. Incubadora 6. Micropipeta de 50uL 7. Amostra (soro) 8. Reagente de cor n°2 9. Micropipeta de 1.000uL 10. Micropipeta de 500uL 11. NaOH de uso 52 12. Espectrofotômetro 13. Água destilada Em um tubo colocou-se 250ul de substrato n°1, incubou-se em banho maria a 37° durante 2 minutos. Acrescentou-se 50ul de soro, misturou-se e incubou-se em banho maria por 30 minutos. Adicionou-se 250ul do reagente de cor n°2, misturou-se e deixou-se em temperatura ambiente durante 20 minutos. Inseriu-se 2,5ml de NaOH de uso, misturou-se, esperou-se 5 minutos e realizou- se a leitura no espectrofotômetro a 505nm zerou-se com água destilada e anotou-se o resultado obtido. 3.4.3 Resultado e Discussão A Leitura realizada no equipamento espectrofotômetro a 505nm para a amostra a absorbância foi de 0,293, o resultado foi aplicado ao cálculo para a determinação da concentração de TGP e assim realizar a curva de calibração em gráfico. Cálculo: 0,293 = 0,018x+0,239 0,293 – 0,239 = 0,0018x 0,054 = 0,0018x X = 0,054:0,0018 X = 30 U/mL O Valor de Referência segundo Labtest (2016) de TGP é 4 a 32 U/mL. 53 Gráfico 1 – Curva de calibração TGP Fonte: Elaboração própria. O valor obtido foi de 30u/mL, de acordo com os valores de referência dados pelo pop (LABTEST, 2016) que indica valores entre 4 a 32 U/mL recomendáveis, é possível descartar o desenvolvimento de lesão hepática. 3.5 TGO 3.5.1 Objetivo Definir e avaliar os valores da quantificação da Transaminase glutâmico- oxalacética (TGO) existente em uma amostra de sangue através do manuseio do espectrofotômetro, certificando se o resultado obtido está de acordo com os valores de referência. 3.5.2 Materiais e Métodos 1. 1 Tubo 2. Micropipeta de 200uL 3. Micropipeta de 50uL 4. Substrato n°1 5. Incubadora 6. Micropipeta de 50uL
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