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(C) UNIDADE I - O ALUNO DOCENTE_POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO ESTÁGIO



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Nome:
	RAUL GOMES SOARES DA SILVA
	RGM:
	30645077
	Curso:
	R2 – FÍSICA
	Semestre:
	1º SEMESTRE
ATIVIDADE REFLEXIVA- UNIDADE I
· Descrição da atividade: 
“Quando pensamos o ensino de ciências na atualidade, a primeira palavra que nos surge à mente é: desafios. Isso porque a realidade complexa impõe dificuldades àqueles que pretendem adentrar-se pelos caminhos da educação cientifica. Por outro lado, a Didática das Ciências, nas últimas décadas, tem se constituído uma profícua área de pesquisa, cujos principais resultados podem orientar os professores de Ciências ao enfrentamento desses desafios da prática”.
De acordo com essa ideia de Martins (2005), discuta a importância da prática de Ensino em Ciências para superar esses desafios e como o estágio supervisionado poderá ajudá-lo na prática docente. Além disso, reflita sobre o seguinte questionamento: Professor de Ciências: uma atividade fácil ou difícil de ser realizada? Para embasar melhor sua reflexão, você pode trazer exemplos, ao menos, algum dos itens a seguir: um artigo científico com um breve comentário sobre o mesmo, correlacionado ao tema proposto, três comentários crítico-reflexivos, dois vídeos relacionados ao tema e com uma breve descrição de cada um e uma notícia que relate alguma prática de ensino que permitiu superar os de safios da atuação docente (pode ser um estudo de caso também). 
Texto Resposta: 
Quando se trata da prática do ensino, é importante entender que, tal prática possui diversos fatores de grande importância na formação do professor. Uma vez que, a compreensão da formação de uma união entre a teoria e a prática, se faz necessária de tal forma que mitiga a transformação do processo educativo um processo de decora de conteúdo, onde o aluno não entenda e não veja a utilidade do que aprendeu [1]. 
Em um país como o Brasil, onde menosprezo da área científica e o desmonte progressivo do poder científico da nação estão arraigados na cultura brasileira. Os desafios para o professor só aumentam, em especial na educação pública. Surgindo assim, para o educador, o grande desafio de tornar a educação de ciências atrativa e eficiente para os alunos. A maioria das unidades educacionais brasileiras não possui a infraestrutura essencial para o desenvolvimento de atividades laboratoriais experimentais e tampouco, permite que o educador disponha de tempo para o desenvolvimento das aulas de forma mais tranquila e participativa para os alunos [2].
Diante todas essas dificuldades que são sabidamente pesadas e realmente árduas de serem sobrepujadas, o educador jamais deve desistir de seus alunos e abraçar a causa com amor. Entre as ações importantes a serem tomadas é estabelecer relações dialógicas de ensino e aprendizagem, onde o professor, ao passo que ensina, aprende juntamente com o aluno. Estabelecendo um encontro democrático e afetivo, que permita a expressão de todos. Ainda, é possível elencar que a missão de um professor é instigar o estudante a desenvolver o amor ao conhecimento e a paixão por aprender [3]. 
Durante o estágio e ao desenvolver a profissão de professor de educação básica para o ensino médio e fundamental, é perceptível a precarização de a inviabilização do ensino por parte dos governantes brasileiros. É de suma importância atentar-se aos indicadores educacionais de sondagem, se o conteúdo administrado está sendo realmente compreendido por parte dos alunos. Caso contrário, é necessário o desenvolvimento de uma nova forma de atrair e se fazer claro. 
Quando iniciei as atividades este ano como professor da categoria O, pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, me foram atribuídas turmas na unidade Educacional Zoraide de Campos Helu, no Jardim Jaraguá. A escola é localizada numa região muito carente e de difícil acesso, tendo uma estrutura bem debilitada e insuficiente para o aprendizado. Diferentemente de escolas da própria rede estadual em bairros nobres, a escola não dispõe de laboratórios ou de uma estrutura que facilite o desenvolvimento das atividades que leciono nas disciplinas de Física (Ensino Médio) e Ciências da Natureza (Ensino Fundamental II). Apesar de toda essa situação, sempre que possível elaboro equipamentos próprios, utilizando de materiais de baixo custo, com o intuito de demonstrar o que ensino. Além de utilizar de equipamentos tecnológicos próprios para demonstrar através de vídeos e apresentações o que eu desejo ensinar.
Cito com exemplo, as últimas aulas onde introduzi às turmas do ensino médio o conceito da Cinemática aos alunos, onde expliquei como funciona o radar de velocidade, o computador de bordo de um automóvel ao calcular o tempo de trajeto e outras formas de demonstrar o conceito de movimento e referenciais físicos. Já aos alunos do Ensino Fundamental, iniciamos momentos de observação de fenômenos naturais e os tipos de plantas, onde neste último, foi iniciado em conjunto com os alunos o desenvolvimento de uma mini horta em um terreno baldio da própria unidade. Permitindo que explique o desenvolvimento das plantas e o ecossistema local que se formará em meio a esta mini horta.
O processo de aprendizagem, segundo o Educador Paulo Freire, não se resume a somente despejar conteúdo. O processo de educação envolve trazer o conhecimento a ser desenvolvido para a realidade do aluno e mergulhá-lo em um universo novo [3]. 
Posto isto, lecionar ciências em nossa nação brasileira, infelizmente é sim algo muito difícil e, normalmente, devido à falta de infraestrutura e ao pouco tempo disponível para trabalho, está nas mãos do professor compensar a ausência do Estado e das Instituições Privadas de Ensino fazer com que o aluno não tenha seu tempo de aprendizado desperdiçado. Tal situação deixa o aluno refém de ter a sorte de encontrar um professor que esteja realmente preocupado com o aprendizado dele e que este professor esteja disposto à tudo por sua missão de educar.
REFERÊNCIAS
1. BARROS, José Deomar de Souza; SILVA, Maria de Fátima Pereira da; VÁSQUEZ, Silvestre Fernández. A PRÁTICA DOCENTE MEDIADA PELO ESTÁGIO SUPERVISIONADO. Atos de Pesquisa em Educação, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 510-520, ago. 2011. ISSN 1809-0354. Disponível em: <https://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/view/1661>. Acesso em: 18/04/2022. 
2. PORTO, Paulo Alves; QUEIROZ, Salete Linhares; DESMONTE DA EDUCAÇÃO E DA PESQUISA NO BRASIL. Para o QNESC. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc41_3/02-Editorial-41-3.pdf>. Acesso em 18/04/2022.
3. CENTRO DE REFEÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL; PROFESSOR MEDIADOR, publicado em 12/12/2013. Disponível em: < https://educacaointegral.org.br/glossario/professor-mediador/ >. Acesso em: 18/04/2022.