Buscar

líquido cefalorraquidiano

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

líquido cefalorraquidiano: 
O LCR é um fluido biológico que está em íntima relação com o SNC e as meninges – límpido e incolor; 
É produzido pelos plexos coroides; 
Está presente nos ventrículos cerebrais e espaço subaracnóideo; 
O LCR ou LCE deve ser obtido por punção lombar, de cisterna ou lateral-cervical ou por meio de desvios ou 
cânulas ventriculares; 
Pode haver comprometimento respiratório em crianças que estejam com a cabeça flexionada; 
A amostra geralmente é coletada em 3 tubos estéreis, sendo: 
» 1: para exame bioquímico e imunológico; 
» 2: para análise microbiológica; 
» 3: para contagens celulares e diferenciais; 
» OBS: em alguns casos pode haver troca dos tubos, dependendo da importância do principal exame 
e qualidade da amostra, porém NUNCA o tubo 1 pode ser destinado para exame microbiológico 
(pois pode estar contaminado com bactérias da pele); 
O teste de glicose e proteínas totais no líquor são classificados como testes de rotina; 
Mais de 80% do conteúdo de proteínas do LCR deriva do plasma sanguíneo, em concentrações inferiores a 
1% dos níveis plasmáticos – a principal é a ALBUMINA; 
Alterações nas concentrações de proteínas totais servem de parâmetros ainda que INESPECÍFICOS, para 
doença meníngea ou do SNC; 
Níveis de proteínas em bebês são maiores do que crianças maiores e adultos; 
» Níveis mais altos de proteínas podem estar relacionados, por exemplo ao aumento da 
permeabilidade da barreira hematoencefálica; 
» Geralmente utiliza-se o método da ELETROFORESE; 
» Pode utilizar o método CBB – azul brilhante de Comassie (colorimétrico) – rápido, altamente sensível 
e pode ser aplicado para amostras de pequenos volumes; 
A glicose de jejum no LCR normalmente é encontrada em níveis de 50-80mg/dL, e corresponde a cerca de 
60% dos valores plasmáticos; 
Os resultados obtidos devem ser comparados aos níveis plasmáticos, idealmente após um jejum de 4h; 
A HIPOGLICORRAQUIA (pouca glicose no líquor) é um achado característico da MENINGITE 
BACTERIANA, TUBERCULOSA E FÚNGICA – sensibilidade pode ser de até 55%, já na VIRAL, os níveis 
tendem a estar NORMAIS; 
 
 
Níveis aumentados de glicose no LCR são desprovidos de significado clínico – refletem o aumento dos 
níveis de glicose no sangue 2 horas após a realização da punção lombar. 
É um produto da metabolização da glicose; 
Os níveis de lactado no LCR e no sangue são bem independentes um do outro – os níveis estão muito mais 
relacionados com sua produção intratecal; 
Os níveis de lactato em RN tendem a ser maiores do que de crianças mais velhas e adultos; 
Em adultos, os níveis são entre 9-26mg/dL (pode variar); 
Os níveis de lactato estão sendo empregados como teste adjuvante para diferenciar meningite bacteriana, 
fúngica, tuberculosa e meningite viral; 
» MENINGITE VIRAL: geralmente os níveis de lactato estão abaixo de 25mg/dL, quase sempre abaixo 
de 35mg/dL; 
» MENINGITE BACTERIANA: os níveis tipicamente estão acima de 35mg/dL; 
Usando como valor de cutoff - valor numérico, utilizado em análises toxicológicas e análises clínicas onde, 
os resultados das amostras que estão abaixo deste valor, são considerados negativos (não detectado); e 
os resultados acima desse valor são considerados positivos (detectado), uma concentração entre 30-
36mg/dL para os casos de meningite bacteriana é possível obter uma sensibilidade de 80% e uma 
especificidade de 90%. 
A dosagem de lactato no LCR é limitada para diagnóstico diferencial de meningite tuberculosa, meningite 
viral e meningite bacteriana parcialmente tratada – pois com frequência são percebidos níveis de lactato 
intermediários que se sobrepõem; 
OU SEJA: meningite bacteriana tem o aumento de lactato e diminuição de glicose, pois a bactéria 
consome glicose e produz lactato.

Outros materiais