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Paper EDUCAÇÂO DE JOVENS E ADULTOS

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA VIDA DOS JOVENS E ADULTOS
Acadêmicos¹
Tutor Externo²
RESUMO
Este trabalho tem como finalidade mostrar a importância da EJA- Educação de Jovens e Adultos no contexto educacional brasileiro. Traz o conceito de EJA, seus amparos legais, destaca conhecimentos sobre os modos de ser do aluno adulto, de agir, como ocorre seu processo de aprendizagem. Destaca a influência do âmbito escolar na vida do aluno adulto. E necessário a Educação de Jovens e Adultos na sociedade atual, com um planejamento de ensino, pois há um número muito grande de jovens e adultos fora das escolas, com isso a EJA se torna um meio para que estes indivíduos se insiram novamente na sociedade. A EJA tem um papel fundamental que e a inserção da pessoa na sociedade em que se vive. Dando a ela a oportunidade da volta desse aluno para o ensino aprendizagem. O principal objetivo da modalidade é formar cidadãos capazes de exercer suas funções na sociedade, além disso, intenciona-se a formação de sujeitos críticos, democráticos, participativos, autônomos e que conheçam seus direitos e deveres. Para alcançar resultados positivos, através da EJA, é preciso uma educação com equidade e qualidade, para que proporcione uma transformação nas vidas dos alunos.
Palavres-chaves: EJA, Aluno Adulto, Papel da Escola.
¹Andrea Lima de Araújo
¹ Ediana Silva Sena
¹Jakeline Oliveira dos Santos
¹Joyce Silva de Sá
¹Raquel Nepomuceno Marques
²Prof. Sandra Mara Acioles
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Licenciatura em Pedagogia (PED 4053) – Educação de Jovens e Adultos -11/03/2022
1. INTRODUÇÃO
O acesso à Educação é fundamental para que todos possam intervir de modo consciente na esfera pública, participar plenamente da vida cultural e contribuir com seu trabalho para a satisfação das necessidades básicas e a melhoria das condições de vida da sociedade. Entretanto, em pleno século XXI, o Brasil ainda possui um enorme contingente de cidadãos privados do mais elementar direito à Educação. O Censo Demográfico de 2010 contabilizou 13,9 milhões de jovens e adultos com idade superior a 15 anos que declararam não saber ler ou escrever. Esse mesmo levantamento indicou que 54,4 milhões de pessoas com 25 anos ou mais tinham escolaridade inferior ao Ensino Fundamental e outras 16,2 milhões haviam concluído o Ensino Fundamental, porém não o Ensino Médio. A EJA é uma modalidade de ensino direcionada para jovens e adultos a parti dos 15 anos de idade, podendo ser presencial ou a distância, que por algum motivo não poderão concluir o ensino na idade correta. As dificuldades desses indivíduos e grande porem se sentem satisfeitos com o resultado, é sujeito que busca a todo instante não ficar fora da sociedade, e que buscam saberes fora da faixa etária.
Empregados domésticos e trabalhadores da agricultura, da construção civil, da segurança e outras funções que requerem pouca qualificação compõem esse imenso contingente que enfrentam toda sorte de preconceitos e dificuldades para prover sua subsistência, educar os filhos e participar de modo mais efetivo na sociedade letrada. 
A educação é a porta de entrada para o mundo do conhecimento, para a troca de ideias, ciclo social e a preparação para o trabalho. Através da educação, todo ser humano é capaz de se socializar, acolher informações criar sua identidade de conquistar seu espaço no mundo. 
O presente artigo tem como objetivo verificar e reconhecer a importância e contribuição da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A modalidade EJA, surgiu para pessoas que não tiveram oportunidade de iniciar ou concluir seu estudos no tempo regular. A EJA, programa Educação de Jovens e Adultos, que permite qualquer pessoa trilhar um novo rumo na vida profissional. 
Com o apoio do Governo Federal pela lei Diretrizes Básicas e Bases da Educação Nacional ( LDB) 9.394/96. Ela tem o intuito de dar acesso à educação para jovens e adultos que não concluíram i ensino fundamental ou médio. O programa é oferecido em módulos e pode ser concluído em tempo curto: dois anos para o fundamental e um ano e meio para o médio.
2.1 EJA
A Educação de Jovens e Adultos, já se chamou Madureza, Suplência, Supletivo, Alfabetização, entre outros nomes. Era uma modalidade de ensino assumida por voluntários ou mesmo por docentes que usavam os mesmos procedimentos ministrados para crianças e adolescentes. Ao ser instituído o Parecer nº 11/2000 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que regulamentou a Educação de Jovens e de Adultos, foi estabelecido o perfil diferenciado desses alunos. Eles devem ser tratados como tais e não como extensão de crianças e de adolescentes. Os maiores de quinze anos no Ensino Fundamental (C.A. ao 9º ano) e os maiores de dezoito anos no Ensino Médio que não tiveram acesso à educação na idade devida, na maioria das vezes no ensino noturno (Artigo 208, inciso I da Constituição Federal; Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, arte. 37 e 38 seção V; Lei 10.172/2001, que aprovou o Plano Nacional de Educação; Resolução CNE/CEB nº 02/1998 e Parecer CNE/CEB nº 04/1998, que estabelecem as Diretrizes Curriculares Nacionais para Ensino Fundamental). 
A interrupção escolar ocorre por diversos fatores: a necessidade de trabalhar ainda na infância para ajudar no sustento de suas famílias, casamentos precoces, fracasso escolar, entre outros.
A educação de adultos chega ao Brasil com os padres jesuítas em 1549, com o objetivo de catequizar e instruir nativos e colonizadores.
Torna-se oficial no Brasil em 1945, com o Decreto nº 19.513 de 25 de agosto de 1945.
O ensino de jovens e adultos acontece nas escolas das redes pública e privada. Cada fase (como costuma-se denominar cada série) tem duração semestral ou anual, com cursos presenciais e semi-presenciais. Estes são oferecidos nos Centros de Estudos Supletivos (CES) e Núcleos Avançados dos Centros de Estudos Supletivos (NACES), através de uma avaliação contínua, com apostilas como recursos didáticos.
A EJA é vista por muitos como solução para a exclusão e para a desigualdade social, como pagamento de uma dívida da sociedade para com os analfabetos e as pessoas com escolaridade interrompida.
Há uma necessidade de formação acadêmica que privilegie o trabalho do professor com o ensino de jovens e adultos. A formação docente é dirigida para o ensino de crianças e adolescentes e propõe uma metodologia que se torna ineficaz no universo do aluno adulto, pois o mesmo aprende de formas diferentes.
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) parte do princípio de que a constituição de uma educação básica para jovens e adultos deve ser voltada para a cidadania. Essa construção de uma educação básica para jovens e adultos não se resolve apenas garantindo a viabilização de vagas, mas, principalmente oferecendo-se um ensino de qualidade, oferecido por professores aptos a congregar em seu trabalho as inovações nas distintas áreas de conhecimento e de incorporar as mudanças sociais e a suas conseqüências na esfera escolar. Hoje, a EJA é uma modalidade de ensino e componente constitutivo da Educação Básica e não mais um subsistema de ensino, com funções : reparadora, equalizadora e qualificadora obedecendo a princípios de eqüidade, diferença e proporção.
As escolas que possuem o curso de Educação de Jovens e Adultos devem oferecer aos educandos a probabilidade de ampliar as competências necessárias para a aprendizagem dos conteúdos escolares, bem como a possibilidade de aumentar a consciência em relação à interação com o mundo, desenvolvendo a capacidade de participação social, no exercício da cidadania. Ao estabelecer o ato criativo, o ensino da Arte representa–se como indispensável no universo da Educação de Jovens e Adultos, visto que, o conhecimento tem uma atitude de busca de sentido, criação, inovação. Basicamente, por seu ato criador, as formas de conhecimento humano, ou suas vinculações, faz com que o indivíduo ao organizar sua vida considere os desafios que dela procedem, em um invariável processo demodificação de si e da realidade que o cerca desenvolvendo atitudes de responsabilidade, compromisso, crítica, e conceitos de seus direitos e deveres.
2.3. O ALUNO ADULTO
O aluno adulto possui faixa etária diversificada: uma mesma classe recebe desde adolescentes até idosos. Esses educandos têm níveis de ensino diferentes e são trabalhadores, desempregados, donas-de-casa, portadores de necessidades especiais, de origem rural e urbana, de etnias diferentes, entre outras, que buscam diferentes objetivos: realização pessoal, aumento da autoestima, afirmação e promoção profissional, continuidade nos estudos até chegar ao Ensino Superior, aquisição de leitura da Bíblia, participação políticosocial em seu meio, etc. Tiveram parte de suas vidas roubada por uma sociedade desigual, excludente e, como todos, eles merecem a chance de recomeçar. É aquele que tem capacidade de decidir o que fazer com sua vida e de assumir as responsabilidades pelos seus atos, pois tem maturidade suficiente para tais atitudes adquirida através de experiências vividas negativas e positivas. É válido lembrar que maturidade ocorre independente de idade cronológica, isto é, existem adolescentes quarentões e adultos com apenas quinze anos de idade. É aquele que tem sede de conhecer, decide o que quer conhecer, possui senso crítico, ou seja, é um ser pensante, capaz de produzir ideias que surgem nas mais diversas conversas e observações. Quer ter alguém que ouça, aceite e avalie suas produções; alguém que reconheça suas capacidades. Muitas vezes suas ideias não aparecem porque se sentem inibidos diante de pessoas mais cultas.
O número de jovens na EJA é crescente desde a década de 90, devido à legislação que permitiu a entrada desses jovens a partir dos quinze anos de idade.Por isso, existem nesse meio alguns alunos que vão à escola por imposição da família, mas não é maioria.
O homem está sempre em processo de se educar, pois a sociedade  sofre mudanças constantes e velozes, ou seja, o aumento da procura por educação formal está vinculado ao dinamismo atual do mercado de trabalho, o que exige domínio da ciência e outros conhecimentos sobre produção e consumo.
Logo, a sociedade educa o homem conforme seus interesses, a fim de que o mesmo busque fins coletivos, ou seja, benefícios para si e para seu meio, o que faz com que a capacidade de trabalho e a reflexão acerca do cotidiano também sofram mudanças cada vez mais rápidas. Daí a necessidade de cursos organizados com uma metodologia que promova a união entre os conteúdos curriculares e as experiências pessoais do indivíduo, com o intuito de estimular o prazer pelo saber, propiciar-lhe uma melhor compreensão e visão da realidade, condições de transformá-la e de transformar a sua trajetória de vida.
As mudanças velozes no mundo do trabalho fazem o trabalhador, também, ampliar sua escolaridade (desde a alfabetização até o ensino superior) não só para conseguir ascensão profissional, mas para não perder seu emprego. Para o aluno da EJA o trabalho é, quase sempre, um motivo de abandonar a escola e, ao mesmo tempo, um motivo de retomada dos estudos.
A educação formal proporciona ao aluno adulto níveis culturais mais altos que se aliarão às suas idéias enriquecidas pela sua atuação no processo político da sociedade. Assim, ainda que seja educado para buscar fins comuns, esse indivíduo aprende por que e como deve participar mais ativamente de seu meio, além de colaborar para a transformação desse meio. Ainda que analfabeto, tal condição não impede seu cumprimento de dever social. A educação faz com que esse se torne importante como um ser consciente de seus direitos e deveres na sociedade. A escola deve ser um espaço para a formação de cidadãos, pois a
aluno, ainda que adulto, além de aprender os conteúdos curriculares, aprende lições de cidadania, solidariedade, justiça social e postura crítica diante de sua realidade, aprendendo a se relacionar com o seu próximo e a respeitá-lo, bem como ao meio que os cerca.
Tornando-se gente, o indivíduo qualifica-se como ser social, pronto a contribuir para o seu país, para a sociedade: um ser livre e criativo que busca, critica, renova, entende, pensa e possui as estruturas necessárias para que possa integrar-se à sua família, ao seu Estado. Enfim, ele é um ser que se relaciona em uma trama de desafios, cooperações e, principalmente, competições. (SALTINI, 2008, p. 126).
Há aqueles que, infelizmente, não desejam mudar de vida positivamente. Procuram a escola visando outros benefícios, inclusive materiais, sem o menor interesse pelo conhecimento ou deixam a escola esquecida. Atitude que merece respeito, o que não significa omissão de idéias por parte do ensinante, idéias que dão oportunidades ao aprendente de comparar, escolher e decidir.
É errôneo o adulto analfabeto ser visto como atrasado e infantilizado porque, culturalmente, seu crescimento mental parou durante a infância. Isso é negar que o adulto já possui sua consciência a respeito da sociedade adquirida através do seu trabalho na mesma e que o adulto possui capacidade de aprender, ainda que não tenha domínio das letras. Tal visão leva ao uso de métodos de ensino inadequados, como cartilhas infantis para alfabetização, por exemplo.
Partindo do princípio de que o adulto analfabeto é um ser pensante e atuante no mundo, é um erro, também, concluir que o analfabeto não sabe ler. A necessidade de conhecer as letras é algo imposto pelo trabalho, para conhecimento das técnicas do mesmo. O indivíduo não chega analfabeto à idade adulta por vontade própria, e sim por imposição da sociedade. É de caráter social. O conhecimento de mundo que o aluno adulto leva para a escola vem da observação deste mundo e da reflexão, que forma opiniões. É a chamada leitura de mundo.
Para que haja sucesso na educação infantil, uma das condições necessárias é incentivar o ensino de adultos, pois o adulto escolarizado torna-se mais produtivo para o seu meio e compreende melhor a importância da educação formal para seus filhos. Conclui-se que a educação de adultos deve ser feita paralelamente à educação infantil para que esta última tenha êxito, tanto para o educando quanto para o futuro da humanidade.
O aluno adulto traz em sua bagagem as mais diversas experiências adquiridas dentro e fora da escola, através das suas mediações com o ambiente, das experiências de outras pessoas e em frequências escolares anteriores, pois, apesar de seu prestígio social, a escola não é a detentora do saber, o que faz com que o ensino mútuo entre professor e aluno seja mais amplo quando ambos têm grande liberdade para compartilhar experiências. Histórias essas que, em alguns casos, deixam marcas profundas em seu interior e repercutem em seu caminhar ao longo da vida, fazendo com que o mesmo desvalorize a si mesmo e não perceba sua capacidade de conhecer e transformar a si mesmo.
Esse ser independente, autodirecionável, deseja um aprendizado voltado para os seus interesses, o que inclui o aluno adulto estar bem consigo mesmo, conhecer e acreditar em seu potencial intelectual. Precisa ser elogiado para ter auto-confiança e otimismo. Precisa ter a sua sede de saber estimulada, pois exercita o raciocínio lógico e a reflexão. O sentido da aprendizagem para o aluno adulto está em ter alguém para valorizar seus conhecimentos anteriores, usá-los e alcançar novos conhecimentos que sejam úteis para sua vida e façam com que o adulto conquiste seus objetivos.
 [...] Respeitando os sonhos, as frustrações, as dúvidas, os medos, os desejos dos educandos, crianças, jovens ou adultos, os educadores e educadoras populares têm neles um ponto de partida para a sua ação. Insista-se, um ponto de partida e não de chegada. (FREIRE, 1993, p. 16).
Entre exemplos de motivação externa encontram-se as classificações escolares e as apreciações do professor. Já entre as motivações internas encontram-se qualidade de vida, satisfação, autoestima, etc. O trabalho com esta implica o despertar, no aluno adulto, o desejo pela aprendizagem através da motivação emocional, fazendocom que o adulto sinta-se aceito por todos e com as mesmas capacidades intelectuais e emocionais. Uma boa autoestima resulta num bom desempenho. Este, por sua vez, contribui para uma boa autoestima.Portanto, ambos caminham de mãos dadas num percurso onde não há um início nem um fim.
Toda a sociedade pode contribuir para uma boa autoestima do cidadão, mas esse trabalho deve iniciar-se na família e na escola desde a infância, cultivando o amor e o respeito na criança, ensinando-a a transmitir esses sentimentos e estimulando suas mais diversas potencialidades, inclusive a sua sensibilidade, com bons conselhos e palavras de encorajamento. Deus utilizou a palavra para criar, para encorajar. O poder da palavra edifica, renova, anima, eleva a autoestima e o amor-próprio do indivíduo.
O afeto é necessário para impulsionar a busca pelo conhecimento, estabelece a aproximação entre o indivíduo e seu objeto de estudo. A emoção mobiliza o pensamento que, por sua vez, faz gerar o conhecimento. O afeto exerce influência, também, no ato do indivíduo buscar ou evitar pessoas e experiências. Esse despertar da afetividade precisa ser visto com muita atenção na EJA, pois essa recebe alunos que são filhos de lares conflituosos e que tiveram (ou têm) conflitos familiares em seus próprios lares, ambientes que não são saudáveis para ninguém, entre outras situações que geram baixa autoestima. O resultado desses desajustes é a carência afetiva, dificuldade de adaptação em grupo, desconhecimento de seus direitos e seus deveres, rejeição e dificuldades de concentração. Tais desajustes têm como consequência as dificuldades de aprendizagem.
O ponto de partida de qualquer trabalho pedagógico deve ser a emoção. Como vimos, a emoção do aprendente apropria-se do que será apreendido e, desta forma, o afeto atua no início do processo de aprendizagem para canalizar a atenção e no final para ajudar a memória no resgate das informações. (CUNHA, 2008, p. 44).
Jornada de trabalho excessiva, situações de subemprego e de desemprego são situações desestimulantes e fazem com que o adulto não planeje seu futuro.
É necessário que o aluno da EJA tenha em mente que ele não é inferior ao aluno do Ensino Regular, pensamento que impera na mente de muitos e deve ser grande motivo de preocupação. Tal pensamento deve-se ao fato de que a EJA tem uma carga horária menor quando é constituído de fases semestrais e, consequentemente, oferece menos conteúdo, o que não significa que a EJA tenha uma oferta de ensino inferior. Ele deve ter em mente que merece a mesma qualidade de ensino e a mesma atenção que merece o aluno de qualquer outra modalidade de ensino.
 
FIGURA 01 – UMA MESMA CLASSE RECEBE DESDE ADOLESCENTES ATÉ IDOSOS
FONTE: www.pensareeducacao.com
2.4 O papel da escola
A ida à escola para muitos alunos adultos é um projeto de vida, uma busca pelo crescimento pessoal. Ao mesmo tempo, a EJA recebe, também, alunos adultos que vão à escola por imposição da família, do patrão, para conseguir benefícios oferecidos pelo governo, como carteira escolar e uniforme, requisitos necessários para viagens gratuitas em transportes coletivos, por exemplo.
Muitos alunos adultos veem a escola como espaço ideal para a sua ressocialização, ou seja, para a realização de seus sonhos, que são construídos ao longo da vida e são suas motivações de aprendizagem, bem como para a construção de relacionamentos. O aspecto social da escola é oferecer ao aluno da EJA a possibilidade de construir relacionamentos dentro e até fora da escola através de grupos de estudos e passeios, o que amplia seu círculo de amizades (aluno/aluno, aluno/professor), favorece a vida social e a troca de experiências, fortalecendo, assim, a autoestima.
(...). É um aluno que pode estar voltando à escola para a realização de um sonho, ou porque se deparou com um mercado de trabalho que está cada vez mais exigente, ou ainda por motivação de familiares e até mesmo para driblar a solidão. (MURANETTI, 2007, p. 1).
O aluno adulto utiliza sua maturidade na hora de aprender e demonstra mais interesse pelo conhecimento porque quer recuperar um tempo perdido. Busca o saber a partir do seu espaço cultural. Um desses espaços é a sala de aula.
Atualmente, a família busca os mais diversos tipos de interesses, em especial os interesses profissionais. Isso resulta em pouco tempo para seus filhos. Estes, embora tenham casa, comida, roupas, etc., sentem-se desamparados emocionalmente e procuram na escola (principalmente na figura do professor) o carinho e a atenção que não têm em seus lares, fato que não é diferente numa classe de jovens e adultos. A importância do relacionamento entre ensinante e aprendente dá-se no sentido de permitir que o aprendente exponha seus sentimentos e, consequentemente, explore suas próprias fantasias e transforme-as em conhecimento.
O grau de afetividade que envolve a relação do(a) professor(a) com seus pares representa o fio condutor e o suporte para a aquisição do conhecimento pelo sujeito. O aluno, (...), precisa sentir-se integralmente aceito para que alcance plenamente o desenvolvimento de seus aspectos cognitivo, afetivo e social. (BALESTRA, 2007, p. 50, apud JUSANI, 2009, p. 3).
Devido à ansiedade que o processo de aprendizagem provoca no sujeito diante de novas situações, o ensinante deve contribuir para uma interação entre conhecimento e afeto, e para que esta resulte no desenvolvimento científico e pessoal do sujeito. Para isso, é preciso que o educador faça com que o educando sinta-se envolvido, antes afetivamente para, depois, fazer com que ele sinta-se atraído pelo objeto de estudo.
Quando o aluno não aprende, ele passa a ter uma imagem marginalizada pela sociedade e pela instituição que não solucionam o problema, o que gera o tão famoso fracasso escolar, oriundo, na maioria das vezes, da escola, devido às deficiências nas mais diversas áreas: o relacionamento com professores e com colegas, adaptação do aluno ao ambiente escolar, seu interesse pelo objeto de estudo, a estrutura da escola, o projeto pedagógico, etc., o que deixa marcas profundas na personalidade do indivíduo e causa indiferença em relação às aulas, indisciplina, timidez e nervosismo diante das avaliações, comportamentos que acompanham o indivíduo em seu retorno à escola, além de afetarem a identidade do aluno adulto e de gerarem a baixa autoestima, que faz o adulto voltar à escola sentindo-se inseguro e desvalorizado diante dos novos desafios. Mergulha num poço profundo sem expressar a menor reação. Recebe a notícia da recuperação e até mesmo da reprovação com um sorriso no rosto. Alunos com histórico de fracasso escolar, mesmo quando obtêm sucesso nos estudos, não acreditam que conseguiram tal sucesso por suas capacidades. Atribuem essas aos professores, à sorte ou à facilidade das questões. Já os alunos com bom desempenho escolar assumem a responsabilidade quando o fracasso chega.
A Psicopedagogia surgiu para dar conta das dificuldades de aprendizagem não solucionadas pela Psicologia nem pela Pedagogia. Apresentase como parceira da Educação. Não provoca ameaças aos professores, aos demais profissionais da Educação nem de áreas próximas, mas faz surgir o indivíduo aprendiz, compreendido como tal o aprendente e o ensinante, levando os alunos ao auto-conhecimento como seres pensantes e autores de sua própria história. Investiga como o indivíduo age para aprender, como ocorre sua aprendizagem, o que aprende e o que não aprende.
A Psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana, que adveio de uma demanda – o problema da aprendizagem, colocado num território pouco explorado, situado além dos limites da Psicologia e da própria Pedagogia – e evoluiu devido à existência de recursos, ainda que embrionários, para atender a essa demanda, constituindo-se, assim, numa prática. Como se preocupa com o ‘problema de aprendizagem’, deve ocupar-se inicialmente do ‘processo de aprendizagem’. Portanto, vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como essa aprendizagemvaria evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratálas e ‘previni-las’. (BOSSA, 2000, p. 21).
Visando trabalhar o domínio afetivo dos seus alunos, a Psicopedagogia aposta na afetividade como o caminho para o alcance da aprendizagem, ou seja, o ensinante deve ser um amigo que caminha com eles na estrada do aprendizado, isto é, deve ouvir o que seus alunos têm a dizer não somente sobre os conteúdos aplicados, mas sobre seus anseios, suas necessidades, seus gostos, suas confissões; transmitir confiança, esperança e força ao ouvir e guardar segredos; orientá-los a respeito de tudo aquilo que ouviu e contar suas experiências (se puder) sobre os assuntos em pauta. Fazer com que o aprendente sinta-se bem aceito no ambiente escolar estimula a sua autoestima e o seu interesse pelos estudos.
Para que a falta de afetividade não seja mais um sintoma escolar na vida do aluno, é necessário que não só o corpo docente, mas toda a instituição de ensino trabalhe com uma prática pedagógica que possibilite o aluno trabalhar com prazer, tenha prazer em estar dentro de sua escola, buscando maneiras atraentes de transmitir os conteúdos. Em se tratando da EJA, utilizar técnicas que prendam a atenção dos educandos até o fim da aula, pois o adulto tem uma mente acelerada pela velocidade do dia-a-dia e, por isso, dispersa-se com mais facilidade. É bom dar oportunidade de exporem suas realizações. Deve, também, valorizar todo o conhecimento do aluno trazido para a sala de aula: seus saberes culturais, profissionais, suas experiências de vida, bem como sua origem étnica, as características de seu local de origem, sua gente, seu modo de vida, pois os saberes antigos ajudam na busca de novos saberes. Além disso, o educador deve cuidar de sua aparência pessoal e de sua postura em sala de aula, atitudes que revelam o bem-estar do professor que, também, precisa estar em alta e fazem com que o educando se sinta alguém que tem importância para os outros. Isso garante uma vasta autoestima, além de facilitar o processo ensinoaprendizagem.
A escola deve trabalhar não só com os conteúdos curriculares, mas também com assuntos ligados à Deus, à família, à ética e à cidadania. Quem tem conhecimento sobre a Palavra de Deus, deve aproveitar as oportunidades de aplicá-la às mais diversas situações presentes no cotidiano. Assim, o educando será transformado num indivíduo de boa índole, consciente de seus direitos e deveres na sociedade e capacitado a lidar com os sucessos e os fracassos da vida.
Todo esforço está em estabelecer um clima favorável a uma mudança dentro do indivíduo, isto é, a uma adequação pessoal às solicitações do ambiente. (LIBÂNEO, 1990, p.p. 13-14).
A sala de aula deve ser um lugar democrático, de troca de idéias, de acúmulo de conhecimentos e de liberdade.
Mas, como o profissional da educação pode estimular a auto-estima dos seus alunos se a sua autoestima também anda baixa, devido aos baixos salários, às precárias condições de trabalho e à falta de capacitação profissional, como é o caso do professor da EJA? Todos esses problemas, infelizmente, tornam o trabalho difícil e necessitam de soluções urgentes para o êxito de todo o sistema educacional. Mas o profissional deve pensar que tem em suas mãos, vidas que dependem dele para construírem condições futuras com dignidade, cidadãos que merecem a oportunidade de se tornar mais conscientes e, assim, construírem uma sociedade mais justa através da educação. As dificuldades que rodeiam a profissão não podem ofuscar a responsabilidade do educador.
FIGURA 02 – Empodere os alunos com o uso das tecnologias
 
FONTE: https://novaescola.org.br/empodere-os-alunos-com-o-uso-das-tecnologias
FIGURA 03 – ALFABETIZAR UM ADULTO É LIBERTAR UMA PESSOA.
 FONTE: NOVO Saber. Rio de Janeiro, Ed.103, p. 38, fev. 2003
 
3. METODOLOGIA
 O presente trabalho recorreu ao método bibliográfico, fundamentando a tese nas diversas abordagens teórica – científicas aqui apresentadas, as quais foram buscadas em livros e artigos da internet, sobre a importância da escola na educação de joven e adultos (EJA). Temos como objetivo por meio desse trabalho mostrar que as estratégias pedagógicas contribuem no desenvolvimento integral da criança, permitindo que a criança expresse a si mesma e explore o ambiente onde está inserida. Que exercem um papel importante na Vivência Pedagógico, no desenvolvimento cognitivo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
 Com o término deste trabalho, após as análises das citações, levar em consideração a experiência da pesquisa e discussões sobre a importância do tema, concluímos que a EJA é importante para incluir o indivíduo na sociedade em que vive, a utilidade da formação fica cada dia mais instantâneo em um país onde as diferenças culturais e sociais demonstram ser o impedimento para o sucesso. Tais alunos necessitam dessa modalidade de ensino para a busca de um emprego melhor para que eles se sintam realizados, dando a ele a oportunidade de ser inserido novamente. Acreditamos que a sociedade, escola, família e educadores devem instigar os adultos que não tiveram acesso a educação na idade considerada adequada, estimulando a aprendizagem. 
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS
ARBACHE, Ana Paula R. B. A formação de educadores de pessoas jovens e adultos numa perspectiva multicultural critica. Disponível em Acesso 15. Mar 2017. As 21:57. 
 FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 47 ed. São Paulo: Cortez, 2006. p, 31.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2010. p. 27 - 29.
LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Afetividade e letramento na educação de jovens e adultos EJA. São Paulo: Cortez, 2013.
PORCADO, Rosa Cristiana. Os desafios enfrentados pelo educador de jovens e adultos no desenvolvimento de seu trabalho decente. Disponível em < http://www.redalyc.org/pdf/715/71521708003.pdf> acesso 25 Abr. 2017.Ás 13:00. 
BROUGÉRE, Gilles. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
VIGOTSKI, Lev Semionovich. A construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2006

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