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conceitos básicos em imunologia

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conceitos básicos em imunologia
 Imunologia é o estudo das defesas do organismo contra infecção.
· A origem da imunologia é atribuída a Edward Jenner, que observou, no final do século XVIII, que a doença da varíola bovina ou vacínia, relativamente branda, parecia conferir proteção contra a doença da varíola humana, geralmente fatal.
· Jenner cria a vacinação contra a varíola humana.
Vacinação: Inoculação de amostras enfraquecidas ou atenuadas de agentes patógenos em indivíduos sadios, a fim de obter proteção contra doenças.
· No final do século XIX, Rober Koch provou que as doenças infecciosas eram causadas por microrganismos patogênicos.
4 categorias de agentes patogênicos causadores de doenças:
· Vírus;
· Bactérias;
· Fungos patogênicos;
· Parasitas;
Resposta imune: respostas que desenvolvemos contra infecções por patógenos potenciais. 
· Resposta imune adaptativa: Desenvolvida durante a vida de um individuo como uma adaptação a infecção por aquele patógeno.
Em muitos casos, uma resposta imune adaptativa também resulta em um fenômeno conhecido como memória imunológica, o que confere uma imunidade protetora, por toda a vida, contra reinfecções pelo mesmo patógeno.
· Uma resposta imune adaptativa leva tempo para se desenvolver e é altamente especifíca.
· Produz anticorpos;
· Resposta imune inata: ou imunidade inata, nasce com o indivíduo, sem necessidade de introdução de substâncias ou estruturas exteriores ao organismo.
Está sempre imediatamente disponível a combater uma grande gama de patógenos, mas não conduz a uma imunidade duradoura e não é especifica para nenhum patógeno individual.
· Os macrófagos são as células que estão na linha de frente da imunidade inata!
Antígeno: é toda substância estranha ao organismo que desencadeia a produção de anticorpos. O sistema imunológico responde ao antígeno produzindo uma substância chamada anticorpo, e este vai atuar contra o antígeno. É uma substância que pode ser reconhecida e combatida pelo sistema imune adaptativo.
· As proteínas, glicoproteínas e polissacarídeos de patógenos são os antígenos.
Anticorpo: também chamados de imunoglobulinas (Ig), são estruturas proteicas encontradas no plasma sanguíneo. Eles atuam contra organismos invasores do corpo.
· Muitas infecções são controladas com sucesso pela imunidade inata e não causam nenhuma doença, aquelas que não podem ser solucionadas, desencadeiam uma resposta imune adaptativa e, se superadas, geralmente resultam em uma memória imunológica duradoura, o que impede a doença caso ocorra uma reinfecção.
principios da imunidade inata e adaptativa
Funções da resposta imune:
Características do sistema imunológico:
1. Reconhecimento imunológico: a presença de uma infecção deve ser detectada. Esta tarefa é realizada pelas células brancas do sistema imune inato, as quais proporcionam uma resposta imediata, e pelos linfócitos do sistema imune adaptativo.
2. Conter a infecção: traz a ativa as funções imune efetoras.
3. Regulação imune: capacidade do sistema imunológico de se autorregular.
4. Proteção: proteger o indivíduo contra a recorrência de uma doença devida a um mesmo patógeno.
· Quando um indivíduo encontra um agente infeccioso pela primeira vez, as defesas iniciais contra a infecção são barreiras físicas e químicas que impedem a entrada de microrganismos no corpo.
· As primeiras células que respondem a essas invasões são as células branca fagocíticas do sangue.
· A resposta imune inata ocorre rapidamente no momento de exposição a um organismo infeccioso.
· O sistema imune adaptativo é capaz de eliminar as infecções mais eficientemente do que a imunidade inata. Depende das funções de reconhecimento dos linfócitos.
· Os linfócitos possuem receptores para reconhecer e responder a antígenos em suas superfícies.
as células do sistema imunológico derivam de precursores da medula óssea
· As imunidades inata e adaptativa, dependem de atividades das células sanguíneas brancas ou leucócitos.
· Todas estas células são originárias da medula óssea, algumas maturam nesse lugar e migram para cuidar dos tecidos periféricos.
· Muitas células residem nos tecidos, na corrente sanguínea e ou nos vasos linfáticos.
· Todos os elementos do sangue, as plaquetas, ou seja, as células vermelhas e as células sanguíneas brancas do sistema imune, derivam de células tronco hematopoiéticas (Pluripotentes) da medula óssea. Elas dão origem a células-tronco de potencial de desenvolvimento limitado, que são os progenitores imediatos das células sanguíneas vermelhas, plaquetas e as duas principais categorias de células brancas, as linhagens linfoides e mieloide.
a linhagem mieloide compreende a maioria das células do sistema imune inato
· O progenitor mieloide comum é precursor de macrófagos, granulócitos, mastócitos e células dendríiticas do sistema imune inato, e também de megacariócitos e células sanguíneas vermelhas.
As principais células da linhagem mieloide são:
Monócitos e macrófagos
· Os monócitos se diferenciam em macrófagos. Juntos, compõem um dos três tipos de fagócitos no sistema imune;
· Células de vida longas;
· Os macrófagos engolfam e matam microrganismos;
· Importante defesa de primeira linha na imunidade inata;
· Descartam os patógenos e as células-alvo infectadas na resposta imune adaptativa;
· É os macrófagos que realizam a proteção nos tecidos contra as infecções;
· Coordena as respostas imunes;
· Induzem a inflamação;
· Secretam proteínas que ativam outras células do sistema imune e recrutam para a resposta imune;
· Os macrófagos atuam como células limpadoras do organismo, eliminando células mortas e restos celulares;
granulócitos
· Granulócitos é um termo coletivo para as células sanguíneas brancas chamadas de neutrófilos, eosinófilos e basófilos e as células dendricas e que podem serem identificados pelas diferentes colorações dos seus grânulos;
· Possuem grânulos densamente corados em seu citoplasma;
· Também chamado de leucócito polimorfonucleaes, devido ao seu núcleo de forma estranha;
· De vida curta;
· São produzidos em maiores quantidades durante as respostas imunes, quando eles deixam o sangue e migram para os locais de infecção ou inflamação;
Neutrófilos 
· São as células mais numerosas e importantes da imunidade inata;
· Capturam e destroem por fagocitose microrganismos com a ajuda de enzimas de degradação;
· Deficiências na função dos neutrófilos podem levar a infecções bacterianas fatais;
eosinófilos e basófilos
· Proteção;
· Liberam proteínas e enzimas tóxicas quando a célula é ativada;
· Importantes na defesa contra parasitas;
· Envolvimento nas reações inflamatórias alérgicas, em que seus efeitos são prejudiciais do que protetores;
células dendriticas
· Terceira classe de células fagocitárias;
· Elas capturam substâncias particuladas por fagocitose e ingerem continuamente grandes quantidades de fluido extracelular e seu conteúdo, por um processo conhecido como macropinocitose.
· Eliminação de microrganismos;
· Ativam os linfócitos T;
· Células que podem apresentar antígenos para inativar e ativar os linfócitos T são conhecidas como células apresentadoras de antígenos (APCs) e formam uma ligação entre a imunidade inata e imunidade adaptativa.
· Iniciam a resposta imune adaptativa.
mastócitos
· Diferenciam-se nos tecidos;
· Coordena as respostas alérgicas;
· Atuam na proteção das superfícies internas do organismo contra patógenos;
· Envolvidos nas respostas contra vermes parasíticos;
os linfócitos do sistema imune adaptativo e as células matadoras naturais da imunidade adaptativa perterncem á linhagem linfoide
· O progenitor linfoide comum da origem aos linfócitos antígenos-específicos do sistema imune adaptativo e as células matadoras natural (célula NK).
· As células NK reconhecem e matam algumas células anormais;
· Os linfócitos possuem em sua superfície receptores de antígenos altamente variáveis, através dos quais eles reconhecem e ligam os antígenos.
· Os linfócitos são pequenas células que apresentam poucas organelas e possuem grande parte da cromatina nuclear inativa.· Os linfócitos não desenvolvem atividade funcional até encontrarem seu antígeno-específico.
· Os linfócitos que ainda não foram ativados pelo seu antígeno são conhecidos como linfócitos virgens.
· Os linfócitos que já encontraram seu antígeno, tornaram-se ativados, e diferenciaram-se em linfócitos totalmente funcionais são conhecidos como linfócitos efetores.
tipos de linfócitos
linfócitos B (células B)
· Diferenciam-se em células plasmáticas (forma efetora).
· O antígeno que ativa uma determinada célula B se torna alvo dos anticorpos produzidos pela progênie desta célula.
· As moléculas de anticorpos como uma classe são conhecidas como Imunoglobulinas (Ig), e os receptores de antígenos dos linfócitos B são, também, conhecidos como Imunoglobulina de membrana (mIg) ou Imunoglobulina de superfície (sIg). 
linfócitos T (células T)
· Possui como função: morte, ativação e regulação.
· As células T citotóxicas matam as células que estão infectadas com vírus ou outro tipo de patógeno intracelular.
· As células T auxiliares produzem outros sinais adicionais essenciais que ativam as células B ativadas por antígenos a diferenciar e produzir anticorpos.
· As células T reguladoras suprimem a atividade de outros linfócitos e auxiliam a controlar as respostas imunes.
· Durante o desenvolvimento de uma resposta imune, algumas células B e T são ativadas pelo antígeno, diferenciando-se em células de memória.
· Estas são os linfócitos responsáveis pela imunidade de longa duração, que são produzidos após uma doença ou vacinação.
órgãos linfoides
As principais estruturas que participam da resposta imunitária são os órgãos linfáticos: timo, baço, lifonodos e nódulos linfáticos. 
Os nódulos são agregados de tecido linfóide localizados nas mucosas dos aparelhos digestório, respiratório e urinário. O conjunto desses tecidos linfóides associados à mucosa chama-se MALT (Mucosa-Associated-Lymphoid-Tissue). A ampla distribuição das estruturas lifáticas e a constante circulação das células imunitárias no sangue, na linfa e no tecido conjuntivo proporcionam ao organismo um sistema muito eficiente de defesa.
  Principais células do tecido linfóide
 Linfócitos: Se originam na medula óssea, mas os linfócitos T completam sua maturação no timo, quanto os linfócitos B saem da medula já como células maduras. Por este motivo, a medula óssea e o timo são chamados de órgãos linfáticos centrais (primários). 
Através do sangue e da linfa, os linfócitos migram dos órgãos linfáticos centrais para os órgãos linfáticos periféricos (secundários) (baço, linfonodos e MALTs), onde se proliferam e continuam sua diferenciação.
 Os linfócitos T localizam-se predominantemente na região denominadas timo-dependentes (paracortical (córtex inerno) dos linfonodos, bainhas periarteriais da polpa branca do baço e partes das placas de Peyer). Os linfócitos B predominam nas demais regiões dos tecidos lifóides.
 Células apresentadoras de antígenos: São células de distribuição geral, sendo encontradas na maioria dos órgãos. Derivam da medula óssea e constituem uma população heterogênea que inclui as células derivadas dos monócitos do sangue (por exemplo: Macrófagos, células de Langerhans da epiderme, células de Kupffer do fígado) e não-derivadas dos monócitos do sangue (Linfócitos B, células dendríticas, células retículo-epiteliais do timo). Independente de sua origem ou localização, a função destas células é capturar, digerir e apresentar através moléculas de membrana (MHC = complexo de histocompatibilidade principal) os epítopos (fragmentos específicos do antígeno que o identificam). O processamento do antígeno é essencial para a ativação dos linfócitos T, uma vez que elas não reconhecem as moléculas antigênicas nativas, enquanto os linfócitos B reconhecem diretamente.
 Órgãos linfóides Primários
 Timo: 
Órgão lifoepitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Possui dois lobos, envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Desta cápsula partem septos que dividem o parênquima em lóbulos. Ao contrário dos outros órgãos lifóides, o timo não apresenta nódulos. 
Cada lóbulo é formado por uma parte periférica (cortical) e uma central (medular), mais clara. A cortical cora-se mais fortemente, pois possui mais linfócitos. Na medula encontram-se os corpúsculos de Hassall - característicos do timo - formados por células reticulares epiteliais achatadas, com arranjo concêntrico. As células mais abundantes do timo são os linfócitos T.
Medula óssea
É um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. No adulto normal, além de produzir os eritrócitos e plaquetas, também produz os linfócitos, sendo que eles se originam dos lifoblastos e prolinfócitos. Também é lá que se originam os monócitos, a partir dos promonócitos. A partir daí os linfócitos partem para os órgãos linfóides secundários e para o timo, onde se multiplicam e diferenciam.
 Órgãos linfóides secundários
 Linfonodos
 Também chamados de gânglios linfáticos, são órgãos encapsulados constituídos por tecido linfóide e que aparecem espalhados pelo corpo, sempre no trajeto dos vasos linfáticos. Tem, em geral, um formato de rim, com um lado convexo e outro côncavo, onde se encontra o hilo - local de aferência e eferência de vasos e nervos. 
Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os linfonodos e envia trabéculas para o seu interior. O parênquima do linfonodo está dividido em uma região mais externa subcapsular (cortical) e uma região interna (medular). Entre essas duas regiões encontra-se a cortical profunda (região paracortical). A região da cortical subcapsular é constiotuída por tecido linfóide frouxo, que forma os seios subcapsulares e pertrabeculares, e por nódulos (ou folículos) linfáticos, que podem apresentar centros germinativos em seu interior. A região paracortical não apresenta nódulos linfáticos. A região medular é constituída por cordões medulares, formados principalmente por linfócitos B. Separando os cordões medulares encontram-se os seios medulares.
 Baço
É o órgão que concentra maior quantidade de tecido linfóide no corpo humano, sendo também o único órgão linfóide interposto na circulação sanguínea. 
Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso, da qual partem trabéculas que dividem o parênquima (polpa esplênica) em compartimentos incompletos. 
A superfície medial do baço apresenta um hilo, do qual partem as veias originadas na polpa esplênica e os vasos linfáticos originados nas trabéculas (na polpa esplênica humana não há vasos linfáticos). Mesmo quando observado a olho nu, é possível observar pontos esbranquiçados, que são nódulos linfáticos fazendo parte da polpa branca, que é descontínua. 
 
Tecido linfático associado às mucosas (MALT)
Localizados na mucosa e submucosa dos tratos respiratório, digestório e gênito-urinário. Em certos pontos esses tecidos de arranjo difuso tornam-se bem estruturados como as tonsilas e as placas de Peyer do intestino delgado. Assim, vale destacar as tonsilas palatinas, faringiana e as linguais. 
· Os tecidos primários não formam células ativas na resposta imune, formam até o estágio de pró-linfócitos. Os tecidos linfoides secundários são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral ou celular.
Referências:
Imunologia de Janeway
https://www.foa.unesp.br/#!/ensino/departamentos/dcb/histologia/atlas-de-histologia-geral/sistema-linfoide/
https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&authuser=0&ogbl

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