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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL AVANÇADA 2022

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AV
AL
IA
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NU
TRICIONAL AVAN
ÇADA
Avaliação Nutricional Aplicada - Unidade I
UNINASSAU
Rafaella de Andrade Silva Cavalcanti
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL AVANÇADA
A avaliação bioquímica do estado nutricional é geralmente
realizada por meio de indicadores laboratoriais, dentre os
quais estudaremos: os indicadores hematológicos,
glicemia, lipídios corporais, proteínas, índice creatinina-
altura e balanço nitrogenado. 
 
Indicadores Hematológicos 
Os parâmetros hematológicos mais utilizados em avaliação
nutricional relativos às proteínas são: hematócrito e
hemoglobina. De acordo com Sampaio et al. (2012), a
hemoglobina é uma proteína de transformação metabólica
muito lenta e sua diminuição ocorre mais tardiamente, na
depleção proteica. É um índice sensível, mas pouco
específico da desnutrição, podendo alterar-se quando há
perda sanguínea, estados de diluição sérica e transfusões
sanguíneas. O hematócrito está mais relacionado com as
anemias, pois seu valor está reduzido nestas condições. 
A classificação da desnutrição dar-se-á de acordo com os
seguintes valores de hemoglobina e hematócrito: 
 
A classificação do diabetes mellitus (DM) permite o
tratamento adequado e a definição de estratégias de
rastreamento de comorbidades e complicações crônicas. A
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda a
classificação baseada na etiopatogenia do diabetes, que
compreende o diabetes tipo 1 (DM1), o diabetes tipo 2 (DM2),
o diabetes gestacional (DMG) e os outros tipos de diabetes.
O diagnóstico de DM deve ser estabelecido pela identificação
de hiperglicemia, conforme estabelecido pela SBD na Diretriz
Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). Para isto,
podem ser usados a glicemia plasmática de jejum, o teste de
tolerância oral à glicose (TOTG) e a hemoglobina glicada
(HbA1c). Em algumas situações, é recomendado
rastreamento em pacientes assintomáticos.
No indivíduo assintomático, é recomendado utilizar como
critério de diagnóstico de DM a glicemia plasmática de jejum
maior ou igual a 126mg/dl, a glicemia duas horas após uma
sobrecarga de 75g de glicose igual ou superior a 200mg/dl ou
a HbA1c maior ou igual a 6,5%. É necessário que dois exames
estejam alterados. Se somente um exame estiver alterado,
este deverá ser repetido para confirmação.
 
GLICEMIA
O perfil lipídico é uma combinação de testes laboratoriais
sanguíneos que inclui o colesterol total, as lipoproteínas de
alta densidade (HDL), as lipoproteínas de baixa densidade
(LDL) e os triglicerídeos. Embora seja usado para estimar o
risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o
perfil lipídico alterado também pode estar associado à
desnutrição.
Estado Nutricional e Lipídeos
Corporais 
Os seus níveis plasmáticos são reflexos da ingestão, da
absorção da alimentação, da condição de síntese
endógena e da capacidade de excreção. Seus valores
baixos, incluindo as frações HDL e LDL, podem indicar
desnutrição.
Especialmente em idosos, o colesterol vem sendo usado
como método de prognóstico, mostrando relação com o
aumento da mortalidade e da permanência hospitalar.
Níveis séricos baixos também são observados na
insuficiência renal, hepática, na má absorção e no câncer.
Apesar de estar relacionada com a desnutrição, a redução
do colesterol sérico manifesta-se apenas tardiamente no
seu curso, o que representa importante limitação do seu
uso na avaliação nutricional.
 
Colesterol Total e Frações
O plasma contém muitos tipos de proteínas com diferentes
funções. O teste bioquímico denominado “proteínas totais” é
a soma de todas essas proteínas presentes, sendo as
principais: a albumina, a transferrina, a pré-albumina e a
proteína transportadora de retinol. Geralmente são
produzidas no fígado e podem ser utilizadas como
marcadores do estado nutricional proteico.
Avaliação do Estado Nutricional
Relativo às Proteínas
Proteínas Totais
A utilização das proteínas séricas como instrumento de
avaliação de desnutrição é um importante e confiável
medidor, uma vez que a síntese das proteínas hepáticas
depende de aminoácidos disponíveis e o paciente com
desnutrição terá essa deficiência em seu organismo.
Comparados a outros métodos de avaliação da alteração
do estado proteico-calórico, a mensuração das proteínas
plasmáticas é rápida, mais precisa e mais barata. 
A albumina é a proteína mais abundante circulante do
plasma e dos líquidos extracelulares. Possui meia-vida longa
(18 a 20 dias) e funções de ligação e transporte de inúmeras
substâncias (cálcio, zinco, magnésio, cobre, ácidos graxos de
cadeia longa, esteroides, drogas etc.), além de ser
responsável pela manutenção da pressão coloidosmótica do
plasma, preservando a distribuição de água nos
compartimentos corporais.
De acordo com Sampaio et al. (2012), a albumina tem baixa
sensibilidade na avaliação da desnutrição aguda e, por
possuir uma meia-vida longa, a concentração plasmática de
albumina aumenta lentamente em indivíduos que se
recuperam de estresse metabólico e desnutrição energético-
proteica, podendo transcorrer vários dias (18 a 20 dias) para
ocorrer uma resposta às variações na ingestão dietético-
proteica. Prediz, acuradamente, a sobrevivência em 90% dos
casos criticamente doentes.
Valores de referência para Albumina sérica:
 
 
Normal > 3,5 g/dl 
Depleção Leve 3,0 a 3,5 g/dl 
Depleção Moderada 2,4 a 2,9 g/dl 
Depleção Grave < 2,4 g/dl
 
Fonte: Blackburn e Thornton (1979).
 
Albumina
A transferrina é uma globulina transportadora de ferro que
possui meia-vida curta (8 a 10 dias) e tem como função
transportar o ferro sérico no plasma. Embora a meia-vida da
transferrina seja mais curta que a da albumina, aquela ainda
não responde de forma rápida nas situações de desnutrição.
De acordo com Sampaio et al. (2012), devido à baixa
especificidade, a proteína se torna somente um pouco mais
útil em relação à albumina, como marcador do estado
proteico-calórico. Além disso, não é um índice apropriado do
estado proteico quando ambas, a anemia por deficiência de
ferro e a desnutrição energético-proteica, estão presentes.
Valores de referência para transferrina:
 
 
Normal: 200 a 400mg/dl 
Depleção: Leve 150 a 200mg/dl 
Depleção Moderada: 100 a 150mg/dl 
Depleção Grave: < 100mg/dl
 
Fonte: Lima e colaboradores (2001).
 
 
Transferrina
A pré-albumina tem como função transportar hormônio
tireoidiano (tiroxina) e formar um complexo com a proteína
ligante de retinol. É uma proteína de rápido turnover, com
uma vida-média curta (2 a 3 dias). Por sua meia-vida curta, a
pré-albumina é considerada um melhor indicador das
mudanças nutricionais do que a transferrina e a albumina. Os
valores se alteram em função da disponibilidade de tiroxina,
para a qual funciona como proteína de transporte e na
deficiência de zinco, responsável por sua síntese e secreção
hepática (Sampaio et al., 2012).
Valores de referência para Pré-albumina:
 
Normal: >20mg/dl 
Depleção Leve: 10 a 15mg/dl 
Depleção Moderada: 5 a 10mg/dl 
Depleção Grave: < 5mg/dl 
 
Fonte: Lima e colaboradores (2001).
 
Pré-Albumina (Transtirretina) 
Tem a função de transportar a forma alcoólica da vitamina A
(retinol) no plasma. Possui uma meia-vida curta (12 horas),
sendo, portanto, considerada aquela que tem o índice mais
sensível às mudanças nutricionais, em comparação às outras
proteínas plasmáticas (pré-albumina, transferrina e albumina)
(Sampaio et al., 2012).
Valores de referência para a Proteína Transportadora de Retinol:
Normal: 3 a 5mEq/dl 
Depleção: < 3mEq/dl 
 
Fonte: Adaptado de Rosa (2008).
Proteína Transportadora de Retinol
A proteína C reativa possui meia-vida de algumas horas e é
considerada indicadora de fase aguda, em situações de estresse
metabólico. Seus valores estão relacionados com a intensidade
da resposta metabólica, ou seja, quanto mais intensa for a
agressão, maiores serão os níveis de proteína C reativa, sendo
considerados valores normais < 0,9mg/dl. Seus valores elevados
persistentes são considerados como mau prognóstico, pois
indicam quea resposta metabólica está sendo de difícil controle,
o que aumenta os riscos de morbimortalidade dos pacientes.
Seus valores retornam ao normal de forma espontânea com o
fim da fase aguda. Assim, a proteína C reativa é considerada útil
para monitorar o progresso das reações de estresse e iniciar
uma intervenção nutricional mais agressiva quando este
indicador mostrar que as reações inflamatórias estão
diminuindo.
Proteína C Reativa
O Balanço Nitrogenado (BN) permite avaliar o grau de
equilíbrio nitrogenado, verificando a eficácia da terapia
nutricional, não sendo considerado, portanto, um indicador
do estado nutricional. O BN é extremamente valioso no
monitoramento da ingestão de indivíduos que recebem
nutrição parenteral total ou alimentação por sonda enteral. O
BN deve ser medido, no mínimo, semanalmente, naqueles
que recebem suporte nutricional de curta duração. O cálculo
do BN baseia-se no fato de que, aproximadamente, 16% da
massa proteica é nitrogênio e que a perda ocasionada pelo
suor, fezes, mais o nitrogênio não proteico é de
aproximadamente 4g/dia.
Balanço Nitrogenado 
Índice de Creatinina-Altura 
O índice de creatinina-altura (ICA) é a medida indireta da
massa muscular e do nitrogênio corporal. É utilizado para
estimar a massa proteica muscular, sendo assim um
indicador de catabolismo proteico, apresentando correlação
positiva entre ICA, Área Muscular do Braço (AMB) e Massa
Corporal Magra. É calculado a partir do volume urinário de 24
horas.
Os indicadores bioquímicos fornecem medidas
objetivas das alterações do estado nutricional, tendo
como vantagens principais: a confirmação das
deficiências nutricionais; a identificação precoce de
problemas nutricionais antes que qualquer sinal e/ou
sintoma clínico nutricional de deficiência e/ou excesso
de nutrientes seja percebido pelo indivíduo ou
nutricionista, e o monitoramento do indivíduo em
tratamento. No entanto, tais indicadores possuem
limitações por sofrerem influência de várias doenças;
pela sua baixa especificidade para os problemas
nutricionais; pela interação droga/nutriente e pela
ingestão recente, entre outras razões. Assim,
recomenda-se não utilizar, isoladamente, os
indicadores bioquímicos para estabelecer o diagnóstico
nutricional. (SAMPAIO et al., 2012).
SAIBA MAIS 
Como aponta Silva (2000), a avaliação subjetiva global (ASG)
analisa o estado nutricional de um paciente, a partir de dados
como sintomas gastrointestinais, hábitos alimentares, perda
de peso, exame físico e alterações funcionais. Ela classifica os
pacientes em nutridos, com desnutrição suspeita ou
moderada, ou gravemente desnutridos, sendo uma avaliação
que, além de facilitar o diagnóstico da desnutrição, também
possibilita o prognóstico, identificando pacientes que
apresentam maior risco de complicações associadas ao
estado nutricional. 
 
A Avaliação Nutricional Subjetiva Global tem sido
amplamente utilizada, por se tratar de método de fácil
execução, dispensando recursos dispendiosos, que se torna
útil não só para uso hospitalar, mas também para monitorar
pacientes domiciliares.
 
A avaliação subjetiva global é dividida em três partes, a
primeira é composta por cinco questões relacionadas aos
dados já mencionados com o objetivo de identificar um
possível histórico de perda de peso e doenças relacionadas à
ingestão de nutrientes. A segunda parte é o exame físico que
mensura, através de palpação e inspeção dos membros, a
perda de gordura, de massa muscular e a presença de
líquido no espaço extravascular. Por fim, a terceira parte é a
classificação quanto à nutrição desse paciente.
Avaliação Nutricional Subjetiva Global
Figura 5 - Avaliação subjetiva global segundo DETSKY et al (1987).
Apesar de ser considerado padrão-ouro das avaliações
subjetivas por conter certa abrangência nas perguntas, a
avaliação subjetiva global é um método qualitativo, não
sendo eficaz no acompanhamento de pacientes em curto
prazo.
De acordo com Silva (2002), a avaliação nutricional subjetiva
global é um método clínico de avaliação do estado
nutricional, que considera não apenas alterações da
composição corporal, mas também alterações funcionais do
paciente. É processo simples, de baixo custo e não invasivo,
podendo ser realizado à beira do leito. Embora tenha sido
desenvolvida para avaliar pacientes cirúrgicos, vários estudos
mostram seu uso em outras situações clínicas, como
pacientes com insuficiência renal, pacientes oncológicos,
hepatopatas, geriátricos e HIV positivos. Existem adaptações
da avaliação nutricional subjetiva para seu uso em pacientes
com insuficiência renal, pacientes oncológicos e hepatopatas,
com bons resultados neste grupo de pacientes. Em pacientes
oncológicos, a avaliação nutricional subjetiva global tem sido
utilizada para identificar pacientes de maior risco nutricional
e que necessitam de terapia nutricional agressiva.
 
A partir de tudo o que vimos até aqui, podemos afirmar que
a avaliação nutricional na práxis clínica deve ser prática, fácil
de ser realizada, não invasiva, sem necessidade de aparelhos
ou exames complementares, realizável à beira do leito, com
sensibilidade e especificidade apropriadas e com resultado
imediato. Com o propósito de complementar os métodos
usuais de avaliação nutricional, vários autores têm utilizado a
Avaliação Nutricional Subjetiva Global como uma opção para
a detecção de pacientes com risco de desnutrição.
saiba mais
O envelhecimento é um processo contínuo que começa no
momento da concepção e só termina com a morte. Com o
passar dos anos, houve no Brasil um crescimento na taxa de
idosos, e hoje o nosso é um dos países que mais apresenta
esse público. Isso se deve à transição demográfica, em que
existe uma redução da mortalidade global e da fecundidade,
sendo possível observar, portanto, o envelhecimento da
população.
De acordo com Fernandes (2020), o processo de
envelhecimento traz diversos fatores que afetam o estado
nutricional do idoso, como a redução dos sentidos,
problemas mecânicos na mastigação devido à falta dos
dentes (as dores podem causar recusa de alimentos ou
ingestão reduzida) e fatores fisiológicos e patológicos. Assim,
são necessárias ferramentas que ajudem a identificar como
está o estado físico e nutricional do idoso, e assim focar em
suas necessidades, atentando para sua alimentação e para a
identificação dos fatores que os afetam negativamente.
 
Como apontam Najas, Yamatto e Nestlé, (2009), a Mini
Avaliação Nutricional (MAN) é uma ferramenta de avaliação
nutricional que pode identificar, em pacientes com idade
maior ou igual a 65 anos, se eles estão desnutridos ou com
risco de desnutrição. Consiste em um questionário que pode
ser completado em 10 minutos. 
Avaliação Nutricional Subjetiva do
Idoso
avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço,
circunferência da panturrilha e perda de peso); 
avaliação global (perguntas relacionadas com o modo de
vida, medicação, mobilidade e problemas psicológicos); 
avaliação dietética (perguntas relativas ao número de
refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia
na alimentação); 
e autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição
nutricional). 
Ele é dividido, além da triagem, em quatro partes: 
 
1.
2.
3.
4.
Avaliação Nutricional Subjetiva do
Idoso
A soma dos escores da MNA permite uma identificação do
estado nutricional além de identificar riscos.
Para a triagem, o máximo de pontos a ser atingido é de 14. O
score de 12 pontos ou mais considera o idoso como normal,
sendo desnecessária a aplicação de todo o questionário;
para aqueles que atingem 11 pontos ou menos, deve ser
considerada a possibilidade de desnutrição e, portanto, o
questionário deve ser continuado.
Para o questionário total da MNA, os escores que devem ser
considerados são:
 
avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço,
circunferência da panturrilha e perda de peso); 
avaliação global (perguntas relacionadas com o modo de
vida, medicação, mobilidade e problemas psicológicos); 
avaliaçãodietética (perguntas relativas ao número de
refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia
na alimentação); 
e autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição
nutricional). 
Ele é dividido, além da triagem, em quatro partes: 
 
1.
2.
3.
4.
Avaliação Nutricional Subjetiva do
Idoso
A soma dos escores da MNA permite uma identificação do
estado nutricional além de identificar riscos.
Para a triagem, o máximo de pontos a ser atingido é de 14. O
score de 12 pontos ou mais considera o idoso como normal,
sendo desnecessária a aplicação de todo o questionário;
para aqueles que atingem 11 pontos ou menos, deve ser
considerada a possibilidade de desnutrição e, portanto, o
questionário deve ser continuado.
Para o questionário total da MNA, os escores que devem ser
considerados são:
 
Estado nutricional adequado: MNA ≥ 24.
Risco de desnutrição: MNA entre 17 e 23,5.
Desnutrição: MNA < 17.
 
Figura 6 – Mini avaliação nutricional.
Fonte: Najas; Yamato e Nestlé, 2009
Mudanças características da idade avançada podem se
relacionar com problemas de saúde. Algumas doenças
podem interferir na alimentação e no estado nutricional do
paciente, como doenças no trato digestório, alteração no
paladar, dificuldade para deglutir (disfagia), problemas na
mastigação (devido a problemas bucais ou dentários), efeitos
colaterais de medicamentos e fatores emocionais
(depressão).
 
A desnutrição no idoso predispõe a algumas complicações:
maior risco de infecções, deficiência no processo de
cicatrização, problemas com a respiração, aumento do risco
de complicações cirúrgicas, aumento do risco para câncer e
desidratação (CAMPOS, 2000).
 
A RESOLUÇÃO CFN Nº 306, de 24 de março de 2003 resolve no
Art. 1º que compete ao nutricionista a solicitação de exames
laboratoriais necessários à avaliação, à prescrição e à evolução
nutricional do cliente/paciente. No entanto, para definir a melhor
conduta nutricional, deve-se utilizar a combinação de vários
métodos de avaliação nutricional, além de utilizar indicadores
bioquímicos para a avaliação nutricional, deve-se utilizar
também a avaliação nutricional subjetiva global com atenção a
faixa etária dos indivíduos/pacientes para aplicar métodos
específicos para cada faixa etária, como, por exemplo, os idosos
que precisam de atenção para as modificações decorrentes do
processo de envelhecimento.
CURIOSIDADE
BLACKBURN, G. L.; THORNTON, P. A. Nutritional assessment of the hospitalized
patients. Medical Clinics of North America. Maryland Heights, U.S.A, v. 63, p.
1103-1115, 1979.
CAMPOS, M. T. F. de S.; MONTEIRO, J. B. R.; ORNELAS, A. P. R. de C. Fatores que
afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Revista de Nutrição [online].
ISSN 1678-9865. https://doi.org/10.1590/S1415-52732000000300002.v. 13, n. 3,
2000.
DETSKY, A. S. et al. What is subjective global assessment of nutritional status? JPEN J
Parenter Enteral Nutr, 11:8-13, 1987.
FERNANDES, C. S.; PEREIRA, Y. M. A importância da Mini Avaliação Nutricional (MAN)
em idosos moradores de casas de repouso. Revista Científica Multidisciplinar
Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 04, Vol. 01, pp. 05-13. Abr, 2020.
KAMIMURA, M. A. et al. Avaliação nutricional. In: CUPPARI, L. (Ed.). Guia de nutrição:
nutrição clínica no adulto. Barueri: Manole, 2002. p. 71-110. cap. 5.
LIMA, A. O. et al. Métodos de laboratório aplicados à clÍnica. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2001.
NAJAS, Y.; HATSUMI, T. H. Nutrição na Maturidade. Avaliação do Estado Nutricional
de Idosos. NESTLÉ NUTRITION INSTITUTE. MNA®. 2009. 
ROSA, G. et al. Avaliação nutricional do paciente hospitalizado: uma abordagem
teórico-prática. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2008.
SAMPAIO, L.R.; SILVA; M.C.M.; OLIVEIRA, A.N.; SOUZA, C.L.S. Avaliação bioquímica do
estado nutricional. In: SAMPAIO, L.R. (org). Avaliação nutricional [online].
Salvador: EDUFBA, 2012.
SAUBERLICH, H. E.; SKALA, J. H.; DOWDY, R. P. Laboratory tests for the
assessment of nutritional status. Cleveland, Ohio: CRC Press, 1974.
SILVA, M. C. G. B. Avaliação Subjetiva Global. In: Waitzberg DL, editor. Nutrição Oral,
Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: Atheneu; 2000.
SILVA, M. C. G. B. Utilização da avaliação nutricional subjetiva e bioimpedância como
fatores prognósticos para complicações pós-operatórias em cirurgia do aparelho
digestivo. Tese. Orientador: Aluisio J. D. Barros. – Pelotas: UFPel, 2002. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de
Diabetes (2022). Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/?
utm_source=google-
ads&utm_medium=search&gclid=Cj0KCQjw8_qRBhCXARIsAE2AtRbriqiUIyue2NNImw-
TIrNsIulTnIvMtTRVlUk29w1A-1euH2eyVPgaArcyEALw_wcB. Acesso em: 19 de mar. de
2022.
Referências Bibliográficas
https://diretriz.diabetes.org.br/?utm_source=google-ads&utm_medium=search&gclid=Cj0KCQjw8_qRBhCXARIsAE2AtRbriqiUIyue2NNImw-TIrNsIulTnIvMtTRVlUk29w1A-1euH2eyVPgaArcyEALw_wcB.%20Acesso%20em:%2019%20de%20mar.%20de%202022
Avaliação Nutricional de Idosos
https://www.youtube.com/watch?v=eg3PMWuAbLs
Avaliação Subjetiva Global (ASG) com Prof. Lucas Guimarães
https://www.youtube.com/watch?v=4266CcnvenQ
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS
https://www.youtube.com/watch?v=gPGkv-orD2s
Vídeos
https://www.youtube.com/watch?v=eg3PMWuAbLs
https://www.youtube.com/watch?v=4266CcnvenQ
https://www.youtube.com/watch?v=gPGkv-orD2s
RESOLUÇÃO CFN Nº 306, DE 24 DE MARÇO DE 2003
Dispõe sobre solicitação de exames laboratoriais na área de Nutrição
Clínica, revoga a Resolução CFN nº 236, de 2000 e dá outras
providências.
 
O Conselho Federal de Nutricionistas, no exercício das competências
que lhe são conferidas no art. 9º, incisos II e XII da Lei nº 6.583, de 20
de outubro de 1978, consoante deliberação adotada na 141ª reunião
plenária, realizada em 11 e 12 de outubro de 2002;
 
Considerando o princípio da integralidade da assistência à Saúde
previsto no art. 6º, inciso I, alínea “d” e art. 7º, inciso II da Lei nº 8.080,
de 19 de setembro de 1990;
 
Considerando que a cada profissional da equipe de Saúde deve ser
garantida a necessária autonomia técnica, no seu campo específico
de atuação, em obediência à Constituição da República Federativa do
Brasil e observados os preceitos legais do exercício profissional;
 
Considerando que o inciso VIII do art. 3º da Lei nº 8.234, de 17 de
setembro de 1991, dispõem como atividade privativa do nutricionista
a assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e a nível de
consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando,
analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos;
 
Considerando que o inciso VIII do art. 4º da Lei nº 8.234, de 17 de
setembro de 1991, atribuiu também ao nutricionista competência
para a solicitação de exames laboratoriais necessários ao
acompanhamento dietoterápico;
ANEXO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6583.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8234.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1989_1994/L8234.htm
Considerando as normas de conduta para o exercício da profissão
do nutricionista, constante no Código de Ética dos Nutricionistas,
aprovado pela Resolução CFN nº 141, de 22 de setembro de 1993;
Considerando que a Dietética e a Dietoterapia, ramos da ciência da
Nutrição, cujo objetivo é preservar, promover e recuperar a saúde
através da aplicação de métodos e técnicas próprios, integram o
currículo específico da formação do nutricionista; e
Considerando que a atuação do nutricionista na área de Nutrição
Clínica abrange o atendimento ao cliente-paciente na internação,
ambulatório, consultório e domicílio;
RESOLVE:
Art. 1º Compete ao nutricionista a solicitação de exames
laboratoriais necessários à avaliação, à prescrição e à evolução
nutricional do cliente/paciente.
Art. 2º O nutricionista, ao solicitar exames laboratoriais, deve avaliar
adequadamente os critérios técnicos e científicos de sua conduta,
estandociente de sua responsabilidade frente aos
questionamentos técnicos decorrentes.
Parágrafo único. No contexto da responsabilidade que decorre do
disposto no caput deste artigo, o nutricionista deverá:
I. considerar o cliente-paciente globalmente, respeitando suas
condições clínicas, individuais, sócio-econômicas e religiosas,
desenvolvendo a assistência integrada junto à equipe
multiprofissional;
http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_141_1993.htm
II. considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais
membros da equipe multiprofissional, definindo com estes, sempre
que pertinente, outros exames laboratoriais;
III. atuar considerando o cliente-paciente globalmente,
desenvolvendo a assistência integrada à equipe multidisciplinar;
IV. respeitar os princípios da bioética;
V. solicitar exames laboratoriais cujos métodos e técnicas tenham
sido aprovados cientificamente.
Art. 3º Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de
Nutricionistas.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação,
revogando-se a Resolução CFN nº 236, de 17 de março de 2000.
ROSANE MARIA NASCIMENTO DA SILVA
Presidente do Conselho
http://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_236_2000.htm

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