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SISTEMA DE ENSINO
ECONOMIA
Microeconomia - Parte II
Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado 
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – 
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, 
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – 
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do 
Brasil) em 1998.
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ECONOMIA
Microeconomia - Parte II
Prof. Manuel Piñon
Microeconomia – Parte II .............................................................................5
1. Teoria Elementar de Funcionamento do Mercado .........................................6
1.1. Conceito, Histórico e Componentes .........................................................6
1.2. Divisão do Campo de Estudo da Microeconomia ........................................8
1.3. Classificação dos Bens ..........................................................................9
2. Teoria Elementar da Demanda ................................................................15
2.1. Introdução ........................................................................................15
2.2. Demanda X Quantidade Demandada .....................................................16
2.3. Função Procura ..................................................................................18
2.4. Fatores Determinantes da Demanda .....................................................22
2.5. Os Deslocamentos da Curva de Demanda ..............................................24
3. Teoria Elementar da Oferta ....................................................................28
3.1. Introdução ........................................................................................28
3.2. Função Oferta ....................................................................................29
3.3. Os Deslocamentos da Curva de Oferta ..................................................32
4. Teoria do Equilíbrio de Mercado ...............................................................35
4.1. A Lei da Oferta e da Procura e a Tendência ao Equilíbrio ..........................35
4.2. Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado .................................41
5. Elasticidades ........................................................................................43
5.1. Elasticidade-Preço da Demanda ...........................................................43
5.2. Elasticidade-Renda da Demanda ..........................................................50
5.3. Elasticidade-Preço da Oferta ................................................................51
Resumo ...................................................................................................55
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Microeconomia - Parte II
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Mapa Mental ............................................................................................58
Questões Comentadas em Aula ..................................................................59
Questões de Concurso ...............................................................................63
Gabarito ..................................................................................................72
Gabarito Comentado .................................................................................73
Referências ..............................................................................................97
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ECONOMIA
Microeconomia - Parte II
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MICROECONOMIA – PARTE II
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje nessa aula é adentrar efetivamente no estudo da 
microeconomia e conhecer melhor como funciona uma economia de mercado 
típica de um sistema econômico capitalista, analisando seus componentes e 
conhecendo conceitos importantes sobre esse tema.
Vamos nos esforçar bastante hoje pois, como diria Michael John Bobak: “Todo 
progresso acontece fora da zona de conforto”.
Lembre-se de nos avaliar ao final e boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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Microeconomia - Parte II
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1. Teoria Elementar de Funcionamento do Mercado
1.1. Conceito, Histórico e Componentes
Amigo(a), você sabe o que significa a palavra “mercado” para a economia?
Antes de conceituarmos o que vem a ser “mercado” e quais são seus componen-
tes, vamos entender um pouco como chegamos até aqui, como passamos a viver 
numa economia de mercado.
O desenvolvimento das Economias de Mercado faz parte de um processo que 
evoluiu ao longo da história, à medida que ocorreu a gradativa especialização da 
atividade produtiva. Essa divisão/ especialização do trabalho foi acompanhada 
pela consolidação da troca como atividade chave do funcionamento da econo-
mia.
Amigo(a), as pessoas/empresas que produzem bens e serviços têm necessida-
de de recorrer a outras pessoas/empresas (mercados) para, em troca dos seus 
excedentes, obter bens e serviços que necessitam e não produzem.
Com o passar do tempo, quando as trocas se tornam mais complexas em nú-
mero e qualidade, a troca direta (o escambo) revelou múltiplas dificuldades. Ima-
ginem, uma pessoa produz milho e a outra produz roupas. Como definir um padrão 
de troca?
Complicadíssimo!
Neste sentido, o surgimento da moeda como meio de troca aceito e pa-
dronizado veio simplificar significativamente as trocas e a consolidar a espe-
cialização, acelerando a possibilidade de se efetuarem transações na economia e 
“turbinando” o desenvolvimento da chamada economia de mercado. Veja a repre-
sentação a seguir:
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GOVERNOS
Salários
Trabalho
EMPRESASFAMÍLIAS
Bens
Bens
Despesas
Despesas
Impostos
Trabalho
Salários
Impostos
Bom, acho que já nos situamos. Vivemos numa economia de mercado e já sa-
bemos como chegamos até aqui. Vamos agora então finalmente conceituar “mer-
cado”.
Eu sempre tive comigo um conceito de mercado muito simples: “o local (seja 
físico ou virtual) onde oferta e procura se encontram”.
Temautores que o definem assim: o mercado é o ambiente social ou virtual 
propício às condições para a troca de bens e serviços.
Um conceito bastante usado para mercado é: o ambiente em que compradores 
(demanda) e vendedores (oferta) realizam transações.
Desse conceito, podemos identificar os dois elementos fundamentais do 
mercado: a demanda (procura/compradores/consumidores), e a oferta (produto-
res/vendedores)!
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1.2. Divisão do Campo de Estudo da Microeconomia
Baseada nesse conceito de mercado e em seus componentes, a microeconomia, 
didaticamente falando, divide o seu campo de estudo nos seguintes tópicos.
1.2.1. Análise da Demanda
Estuda-se a Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço e 
subdivide-se em Teoria do Consumidor (demanda individual) e Teoria da De-
manda de Mercado para aquele produto ou serviço.
1.2.2. Análise da Oferta
Estuda-se a Teoria da Oferta de um bem ou serviço e subdivide-se em Teoria 
da Oferta da Firma Individual e Teoria da Oferta Mercado para aquele produ-
to ou serviço. Importante registrar que a Teoria da Oferta da Firma Individual é 
ainda dividida em Teoria da Produção, que foca na relação entre as quantidades 
produzidas e a utilização dos fatores de produção, e Teoria dos Custos de Pro-
dução, que incorpora o preço dos insumos.
1.2.3. Análise das Estruturas de Mercado
Considerando o equilíbrio de mercado existente entre a oferta e a demanda, em 
termos de preço e quantidade dos fatores de produção e dos bens e serviços, po-
dem ser feitas classificações tanto para o mercado de bens e serviços quanto para o 
mercado dos fatores de produção em função do nível de competitividade existente.
1.2.4. Teoria do Equilíbrio Geral e Teoria do Bem-Estar
A Teoria do Equilíbrio Geral estuda as inter-relações entre todos os merca-
dos, diferente do equilíbrio parcial, que analisa um mercado isoladamente, sem 
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considerar suas inter-relações com os demais. Assim, analisa o comportamento 
independente de cada agente e o seu efeito no equilíbrio global.
Já a Teoria do bem-estar estuda como alcançar soluções socialmente eficien-
tes, em termos de alocação e de distribuição de recursos.
1.2.5. Falhas de Mercado
Estuda-se as situações em que o mercado isoladamente não promove a perfeita 
alocação dos recursos escassos na economia de modo eficiente.
1.3. Classificação dos Bens
Para a Teoria Econômica os bens podem ser classificados em função do efeito 
provocado em sua demanda pelo aumento na renda e pelo efeito que o aumento 
de preço de um bem gera na demanda de outro bem.
1.3.1. Classificação dos Bens quanto ao Efeito Provocado em sua De-
manda pelo Aumento na Renda
Quando a renda de um consumidor aumenta, o normal é que ele consuma mais 
os bens que normalmente compra. Com base nessa linha de raciocínio, podemos 
classificar os bens da seguinte forma:
Bem normal é aquele cuja quantidade demandada normalmente aumenta 
quando aumenta a renda”. Aqui, o aumento de renda faz com que o consumidor 
aumente o consumo, como no caso da carne de 1ª. O deslocamento da curva de 
demanda por carne de 1ª é para a direita.
Bem de primeira necessidade é aquele em que ao aumentar a renda, a quan-
tidade demandada do bem aumenta em menor proporção, como no caso do sal, 
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por exemplo. Em tese, você não vai comprar mais sal ou menos sal em função do 
seu preço.
Bem de luxo é aquele que ao aumentar a renda, a quantidade demandada do 
bem aumenta em maior proporção, como o caso de roupas de marca. Aqui também 
o aumento de renda faz com que o consumidor aumente o consumo de bens de 
luxo. O deslocamento da curva de demanda é para a direita.
Bem inferior é aquele cuja quantidade demandada diminui quando au-
menta a renda, ou seja, com o aumento da renda a demanda tende a diminuir. 
Um bom exemplo é a carne de 3ª. Quando o consumidor consegue aumentar sua 
renda ele passa a consumir carne de 1ª em vez de consumir carne de 3ª.
Assim, o aumento de renda faz com que o consumidor reduza o consumo de 
carne de 3ª e aumente o consumo de carne de 1ª (bem de valor mais elevado). 
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Como o deslocamento da curva de demanda por carne de 3ª é para a esquerda, 
então este bem é inferior.
Bem de Giffen é uma “elocubração” da teoria econômica e caracteriza um bem 
cujo consumo aumenta quando os preços são aumentados, e cujo consumo diminui 
quando os preços são diminuídos.
Apresenta, portanto, uma curva de procura crescente, sendo, desse modo uma 
exceção à lei da procura.
Questão 1 (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, jul-
gue o item que se segue.
Um bem é denominado inferior se o aumento do seu preço induzir o consumidor a 
reduzir a quantidade demandada deste bem.
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Errado.
A princípio temos o impulso de julgar a assertiva como correta, mas depois vemos 
que ela está errada!
Tenha em mente que um bem inferior é aquele que o consumo cai quando a renda 
aumenta, independente da alteração do seu preço.
Lembre-se da carne de 2ª ou de 3ª!
Questão 2 (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) De acordo com a teoria econômica, jul-
gue o item que se segue.
Bem normal é aquele em que o aumento de sua demanda dependa do aumento da 
renda do consumidor.
Errado.
Questão conceitual excelente! Amigo(a), um bem classificado como normal peran-
te a teoria econômica, é aquele que tem elasticidade renda positiva. É o caso do 
exemplo do filé mignon!
Mas cuidado!
Isso não significa dizer que o aumento do seu consumo dependa exclusivamente 
do aumento de renda.
Eu lhe pergunto, no caso do filé, o que acontece se o preço cair e a renda dos con-
sumidores não for alterada?
O consumo aumenta, ceteris paribus, com a queda de preço.
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Questão 3 (CESPE/FUB/TÉCNICO/NEGÓCIOS/IMOBILIÁRIOS/2015) De acordo 
com a teoria econômica, julgue o item que se segue.
Todo bem inferior é um bem de Giffen, mas nem todo bem de Giffen é um bem 
inferior.
Errado.
Nunca é demais lembrar a você concurseiro(a) que tenha MUITO CUIDADO em pro-
vas com expressões como “todo, sempre, nunca etc.”
O bem de Giffen é uma espécie da classe dos bens inferiores. Assim todo bem de 
Gíffen é inferior, mas a recíproca não é verdadeira.
1.3.2. Classificação dos Bens quanto ao Efeito na Demanda por Ou-
tros Bens
Existem alguns tipos de bens que tem as suas quantidades demandadas altera-
das em função de mudanças nos preços de outros bens, mesmo com o seu preço 
sendo mantido constante. Além de existir, esse efeito pode ainda ser positivo ou 
negativo, podendo esses bens serem classificados como substitutos, complemen-
tares ou independentes.
Bens substitutos: são aqueles bens que atendem a necessidade do consumi-
dor no mesmo nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.
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Ex.: bem “x” e “y”; manteiga e margarina; batata e aipim (ou macaxeira); entre 
outros.
Bens Complementares: São aqueles bens que dependem um do outro para 
satisfazer a necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, necessa-
riamente.
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Ex.: bem “x” e bem “y”; arroz e feijão; pão e manteiga; sapato e meia; entre 
outros.
DICA
Os bens são complementares se o aumento do pre-
ço de um deles reduz a quantidade demandada do ou-
tro (arroz e feijão) e os bens são substitutos se o 
aumento do preço de um deles eleva a quantidade de-
mandada do outro, qualquer que seja o preço (carne 
bovina e suína; chá e café).
Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, 
nem negativa nem positiva. São os chamados bens independentes.
Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada 
do bem “x” não se altera, e vice-versa.
2. Teoria Elementar da Demanda
Vamos começar pela conceituação do que é, tecnicamente falando, Demanda.
2.1. Introdução
A Demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores es-
tão aptos e dispostos a adquirir, em determinado período de tempo, aos diversos 
preços alternativos.
Pode-se entender como a quantidade de um bem ou serviço que os consu-
midores desejam adquirir por um preço definido em um mercado.
A demanda pode ser interpretada como procura, mas não necessariamente 
como consumo, uma vez que é possível querer e não consumir um bem ou serviço, 
por diversos motivos.
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Assim, podemos dizer que Demanda é o desejo, intenção, vontade de comprar 
e não sua realização ou compra propriamente dita.
O comportamento da Demanda obedece à chamada Lei Geral da Demanda! Cal-
ma, não estamos num curso de Direito. É uma, digamos assim, lei “de mercado” à 
qual a demanda segue: a quantidade demandada de um determinado bem é 
inversamente proporcional ao seu preço, tudo o mais permanecendo constan-
te (o velho coeteris paribus).
2.2. Demanda X Quantidade Demandada
Existe uma distinção sutil, mas muito importante, entre os termos Demanda e 
Quantidade Demandada.
A demanda é toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determi-
nadas quantidades demandadas de um bem ou serviço.
Assim, quando falamos que demanda de um bem é alterada, estamos falando 
de um deslocamento da reta de demanda para a direita (aumento de demanda) ou 
para a esquerda (redução da demanda), quando uma das variáveis “coeteris pari-
bus” (preço do produto substituto ou complementar, renda ou gosto e preferência 
do consumidor) sofre alteração. Ou seja, estamos falando da demanda de forma 
global para aquele produto e o seu deslocamento é explicado pelo efeito total (efei-
to renda + efeito substituição).
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O termo quantidade demandada é um ponto específico na curva que relaciona um 
preço a uma quantidade demandada de um bem ou serviço.
Sofre alterações somente quando é alterado o preço do produto que está sendo 
estudado.
Assim, o consumidor se desloca para cima (↑P e ↓Qd) e para baixo (↓P e ↑Qd) 
ao longo da curva de demanda do produto. Ou seja, estamos falando da demanda 
para aquele produto nos seus vários níveis de preços dentro da mesma curva.
Calma! Mais adiante explicarei melhor!
Mas fique ligado, pois essa situação é muito explorada e colocada como 
pegadinha em provas!
DICA
Por enquanto fique com a ideia de que o termo deman-
da é mais amplo que o termo quantidade demandada!
Nesse sentido, quando falamos que a demanda de um bem é alterada, 
ocorreu um deslocamento da reta de demanda para a direita (aumento de deman-
da) ou para a esquerda (redução da demanda), quando uma das variáveis “coeteris 
paribus” (preço do produto substituto ou complementar, renda ou gosto e preferên-
cia do consumidor) sofre alteração. Porém, o preço do bem em estudo permanece 
constante.
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Vamos conhecer a curva da demanda e o seu deslocamento mais adiante.
A Teoria da Demanda é relacionada à escolha do consumidor entre diversos 
bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual seria determina-
da pelo preço do bem; o preço de outros bens; a renda do consumidor e seu gosto 
ou preferência.
A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço 
que os compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado.
2.3. Função Procura
A Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quanti-
dade procurada, mantendo-se todos os outros fatores constantes.
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Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, 
segundo a qual a quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. 
Isto se deve ao fato de que os indivíduos, geralmente, estão mais dispostos a com-
prar quando os preços estão mais baixos.
Isso na verdade significa que quanto mais se elevam os preços de um produto 
qualquer, menores serão as quantidades desejadas a serem adquiridas e vice-versa 
(Preço Alto – Demanda Baixa).
Se o preço sobe (↑P) as quantidades demandadas diminuem (↓Qd)
Mas, por outro lado:
Se o preço cai (↓P) as quantidades demandadas aumentam (↑Qd)
Mas preciso alertá-los que existem outros fatores que também influenciam 
o indivíduo na demanda por um bem que vão além do seu preço:
• a renda do consumidor;
• o preço dos bens substitutos;
• o preço dos bens complementares;
• preferências do consumidor;
• as expectativas do consumidor quanto aos preços no futuro.
Mais adiante vamos comentar cada um desses fatores.
Por enquanto vamos ficar com a ideia de que a demanda ou procura é a quan-
tidade de um determinado bem ou serviço, que um consumidor eventual está dis-
posto a adquirir, por determinado preço e em determinado período de tempo, “co-
eteris paribus”.
Também já sabemos que as quantidades procuradas de determinado bem variam 
na razão inversa da variação de seus respectivos preços, se mantidas as demais 
variáveis constantes. Quanto maior o preço, menor será a quantidade demandada 
e quanto menor o preço, maior será a quantidade demandada, por cada indivíduo.
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Digamos que você tenha uma sorveteria e que compre frutas para fazer os sor-
vetes. O sorvete de uva é uma dos preferidos dos seus clientes, mas também é o 
que tem o maior custo de preparo. Assim, você programa suas compras das frutas 
em função do preço do quilo da uva.
A tabela a seguir demonstra as quantidades demandadas de uva pela sua sor-
veteria em função do seu preço:
Situação Preço do Kg em R$ Quantidades Demandadas
A 10,00 10
B 8,00 20
C 6,00 30
D 4,00 50
Essa relação entre preço e quantidade é expressa por meio da chamada função 
demanda, expressa como abaixo:
Dx = f (Px)
Sendo:
Dx = quantidade demandada do bem x
f = função
Px = preço do bem x
A expressão significa que a quantidade demandada, Dx, é uma função f do pre-
ço Px, isto é, depende do preço P de x.
Seguindo essa linha de raciocínio, essa é a expressão numérica da famosa a 
curva de demanda, que demonstra graficamente a relação (inversa) existente en-
tre o preço de um bem e sua quantidade demandada, por parte de um indivíduo, 
durante um período de tempo determinado, “coeteris paribus”.
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A curva decrescente de demanda mostra que quanto maior o preço de um bem, 
menor a quantidade demandada, desse mesmo bem, “coeteris paribus”.
De maneira semelhante, quanto mais baixo o preço do bem, maior a quantidade 
demandada.
A curva de demanda é negativamente inclinada devido a relação inversa entre 
preço e quantidade demanda, que resultam em dois efeitos: efeito substituição e 
efeito renda.
Efeito-substituição: é uma mudança no consumo que tem origem na mu-
dança de preços relativos dos bens. Quando sobe o preço de um bem que você 
consome, esse bem se torna mais caro comparado a outros bens, induzindo você a 
consumir menos do bem que se tornou mais caro e mais dos outros bens.
Efeito-renda: é uma mudança no consumo que tem origem na mudança da 
renda real do consumidor. Quando aumenta o preço de um bem que você consome, 
sua renda real é reduzida porque você não consegue mais ter o mesmo nível de 
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consumo. Pela mesma lógica, quando cai o preço de um bem que você consome, 
sua renda real aumenta.
2.4. Fatores Determinantes da Demanda
Os fatores ou aspectos determinantes da demanda são:
1) Preço do bem
2) Preço dos outros bens (substitutos e complementares)
3) Renda do consumidor
4) Gosto ou preferência do indivíduo
Vamos agora, ver como cada um deles afeta a demanda
2.4.1. Preço do Bem
Quando o preço do bem “x” aumenta, a quantidade demandada deste mesmo 
bem diminui (Lei Geral da Demanda)!
Qdx = f(px) Coeteris paribus 
↑Px ↓Qdx
_____ < 0 Relação negativa (relação inversa) entre quantidade 
↓Px ↑Qdx demandada do bem “x” e preço do bem “x”.
Quando que as setas, que demonstram o movimento em preço e quantidade, estão 
em sentido CONTRÁRIO isso indica uma RELAÇÃO INVERSA (Relação negativa). 
É essa a explicação para a INCLINAÇÃO NEGATIVA da curva de demanda.
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2.4.2. Preço de Outros Bens
Professor, outros bens? Como assim?
Na verdade, dependendo dos tipos de bens que estamos tratando, a influência 
é diferente.
No caso dos bens substitutos, quando aumenta o preço bem do bem “y”, 
ocorre aumento na quantidade procurada de bem “x” e vice-versa. Lembre-se que 
aumenta o preço de um dos bens e o preço do outro permanece constante (o velho 
“ceteris paribus”).
Mas existem bens que tem uma influência diferente em relação a outros bens, 
sem relação de concorrência. Pelo contrário... são coligados! São os chamados 
bens complementares! Assim, o aumento do preço do bem “y” gera redução da 
quantidade procurada do bem “x” e vice-versa. Lembre-se que aumenta o preço de 
um dos bens e o preço do outro permanece constante.
Ainda existe uma outra categoria de bem que não causa influência nos demais, 
nem negativa nem positiva. São os chamados bens independentes, aqueles em 
que um aumento do preço do bem “y” e não altera a quantidade procurada do bem 
“x”, e vice-versa.
2.4.3. Renda do Consumidor
Em geral quando a renda do consumidor aumenta a demanda de um bem ou 
serviço também aumenta,
se ↑ R ⇒ ↑ Qdx
se↓R ⇒ ↓Qdx
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Ou seja, nesse caso temos uma relação diretaentre renda e quantidade de-
mandada! Mas essa regra serve apenas para bens normais ou superiores. No 
caso dos bens inferiores, com o aumento da renda a demanda tende a diminuir. 
Quando o consumidor consegue aumentar sua renda ele passa a consumir carne de 
1ª em vez de consumir carne de 3ª.
Assim, se o bem “x” for um bem inferior, no caso a carne de 3ª teremos: ↑R ⇒ 
↓Qdx e ↓R⇒ ↑Qdx
Ou seja, nesse caso temos uma relação inversa entre renda e quantidade de-
mandada!
2.4.4. Gosto ou Preferência do Indivíduo
Um bom exemplo para entendermos a mudança de gosto/preferência dos consumi-
dores, pode ser o efeito de uma propaganda que consiga aumentar a demanda de 
um bem x por ter conseguido alterar a preferência dos consumidores.
O efeito da mudança causa assim um deslocamento da curva de demanda para 
a direita (aumento) ou para a esquerda (redução) de acordo com a mudança no 
gosto ou preferência do consumidor.
2.5. Os Deslocamentos da Curva de Demanda
A curva de demanda mostra que a quantidade demandada de um bem muda em 
resposta ao preço, e apenas em relação ao preço.
Quando uma curva de demanda é desenhada, as rendas e todos os outros fato-
res (com exceção do preço) que podem afetar a quantidade demandada tem de ser 
mantidos constantes (ceteris paribus).
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Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de demanda pode 
ocorrer para a direita ou para a esquerda.
Se a demanda for aumentada, a curva se desloca para direita.
Contrariamente, se a demanda for diminuída, a curva se desloca para a esquer-
da.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da deman-
da:
1. A renda: um aumento de renda leva a um aumento de demanda de um bem, 
deslocando a curva de demanda para a direita. De maneira semelhante, uma queda 
na renda deslocará a curva de demanda para a esquerda.
2. Os preços dos bens relacionados: um aumento no preço de um bem pode 
causar um deslocamento na curva de demanda por outro bem.
Os bens utilizados em combinação, de maneira que um aumento no preço de 
um deles leva a queda na demanda do outro se chama bens complementares.
Ex. 1: se preço da gasolina sobe, os consumidores têm menor procura por carros. 
A curva de demanda por carros se deslocará para a esquerda a cada aumento da 
gasolina.
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Por outro lado, para os bens substitutos (concorrentes) o efeito é contrário.
Ex. 2: maçãs e bananas. Com uma elevação no preço das bananas, os consumi-
dores seriam incentivados a substituí-las por maçãs. Outros exemplos: chá e café; 
manteiga e margarina; carne e galinha; óleo de soja e de milho etc.
3. Gostos: o tempo é responsável pela mudança de gostos. Os gostos e a de-
manda são bens voláteis para alguns produtos especialmente para as “manias”, “a 
moda”.
Questão 4 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o item subsequente, relativo 
à curva de demanda.
A curva de demanda é deslocada quando há variação da renda, variação no preço 
dos bens e variação do preço dos insumos.
Errado.
Na verdade, dos fatores apresentados na assertiva o único que realmente causa o 
deslocamento da curva de demanda é a alteração da renda do consumidor, já que 
por alterar o poder de compra do consumidor modifica a capacidade/vontade de 
demandar o bem.
Por outro lado, uma eventual variação no preço do bem não desloca a curva de de-
manda, ou seja, a curva de demanda permanece exatamente a mesma em função 
do preço do bem, já que apresenta a relação existente entre a quantidade deman-
dada para cada preço.
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Guarde que as alterações no preço, em verdade, provocam deslocamentos ao longo 
da curva de demanda e não da curva em si, que, como dito, permanece a mesma.
Por seu turno, uma eventual variação do preço dos insumos tem impacto na oferta 
de bens e serviços e não na sua demanda, gerando, assim, deslocamentos na curva 
de oferta e não de demanda.
Questão 5 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Em relação à função demanda QD = 
5.000 − 10P, julgue o item subsequente.
Havendo uma inclinação da função de demanda, que seja – 5, e preço de merca-
do de 100 unidades monetárias, a demanda de consumo dessa economia será de 
4.500 unidades.
Certo.
É bom ter em mente que a inclinação da curva de demanda é dada pelo número 
que multiplica a variável preço.
Dessa maneira, se a curva de demanda é:
QD = 5.000−10P, temos que a sua inclinação é -10
Agora, seguindo as instruções do enunciado da questão, se sua inclinação fosse de 
– 5, teríamos a seguinte função de demanda:
QD = 5.000 − 5P
Agora é só substituir o preço proposto pela assertiva e calcular:
QD=5.000− 5×100
QD=5.000−500
QD=4.500
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Questão 6 (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2012) Com base na teoria microeconômica, 
julgue (C ou E) o item que se segue.
Suponha que o aumento substancial dos preços cobrados para o estacionamento 
de veículos nas grandes cidades eleve a quantidade demandada de corridas de táxi 
nesses locais. Dessa forma, conclui-se que esse aumento de preços provoca um 
deslocamento ao longo da curva de demanda por serviços de táxi.
Errado.
O enunciado considerou como bens/serviços substitutos os serviços de táxi e os 
serviços de estacionamento.
Assim, por exemplo, se o preço do táxi sobe, as pessoas deixam de andar de táxi e 
andam de carro próprio, aumentando a demanda por vagas em estacionamentos.
Por outro lado, se o preço do estacionamento sobe, as pessoas passam a andar 
menos de táxi e mais de carro próprio.
Até aqui beleza!
Mas olha quem apareceu de novo: a velha pegadinha de sempre!
O deslocamento em tela agora é da curva, não ao longo da curva.
Veja, é caso de substituição!
Cuidado!
Logo, toda a curva é deslocada!
3. Teoria Elementar da Oferta
3.1. Introdução
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, 
a relação da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o 
quanto eles estão dispostos a vender, a um determinado preço.
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Prof. Manuel PiñonOs vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos 
preços altos. Se os preços elevados, por um lado, desestimulam os consumido-
res, por outro estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto, 
quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.
3.2. Função Oferta
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os pro-
dutores desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante.
Amigo(a), para melhor contextualizar o estudo da oferta, suponha que eu e 
você temos uma fazenda que plante uvas.
Beleza?
Digamos que tenhamos negociado uma parte da nossa produção de uvas da 
safra desse ano com a vinícola da cidade e que estamos pensando em vender a 
produção excedente no mercado local.
Vamos ver como ficaria a relação de oferta de uvas em função do preço de mer-
cado local:
Nossa fazenda de uvas
Situação Preço do Kg em R$ Quantidades ofertadas (Ton)
A 10,00 300
B 8,00 250
C 6,00 200
D 4,00 120
Pela tabela é possível perceber que as quantidades ofertadas aumentam à me-
dida que os preços aumentam. São diretas as relações preço – quantidade.
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Em resumo: quanto maior o preço de um bem, maior a quantidade ofertada, 
ceteris paribus. Da mesma forma, quanto menor o preço, menor a quantidade ofer-
tada.
Mas aqui também preciso alertá-los que a oferta de um bem, não depende so-
mente do preço, sendo na verdade resultado de um conjunto de variáveis:
•	 preço do bem;
•	 custo dos insumos;
•	 tecnologia disponível;
•	 produtos concorrentes;
•	 expectativa do produtor sobre os preços futuros;
•	 impostos ou subsídios.
De qualquer forma, existe uma relação direta entre as quantidades ofertadas e 
os preços expressa pela chamada função oferta:
A função oferta: Ox = f (Px)
Sendo:
Qx = quantidade ofertada do bem x
f = função
Px = preço do bem X
A empresa/produtor normalmente faz simulações em relação à Receita Total – 
RT que pode obter em função dos preços e quantidades que pode atingir.
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Assim, normalmente deseja maximizar a RT que é representada pela seguinte 
fórmula:
RT = P x Q
Receita total = preço multiplicado pela quantidade
A curva de oferta pode ser graficamente apresentada da seguinte forma:
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A curva de oferta mostra como a quantidade oferecida aumenta junto com o 
preço, refletindo o comportamento dos produtores. Aqui a relação é direta!
Resulta do princípio, que afirma que, os preços mais altos constituem um estí-
mulo ao incremento das quantidades que os produtores estarão dispostos a ofere-
cer no mercado.
3.3. Os Deslocamentos da Curva de Oferta
Podemos ver no gráfico acima que o deslocamento da curva de oferta pode 
ocorrer para a direita ou para a esquerda.
Se o preço sobe, a oferta é aumentada e a curva se desloca para direita. Con-
trariamente, se o preço diminui, a oferta também diminui e a curva se desloca para 
a esquerda.
As seguintes variáveis são responsáveis pelo deslocamento da curva de 
oferta:
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1) O custo de insumos: quando o preço, por exemplo, dos fertilizantes sobe, 
os agricultores estarão menos dispostos a produzir, por exemplo, milho ao 
mesmo preço. A curva de oferta se deslocará à esquerda.
2) A tecnologia: Com uma melhoria importante na tecnologia, o custo de pro-
dução diminuirá. Com um custo menor por unidade, os produtores estarão 
dispostos a produzir mais, a qualquer preço. A curva de oferta se deslocará 
para a direita.
3) Condições climáticas: este fator é especialmente importante para a produ-
ção agrícola. Pode ser favorável (direita) ou desfavorável (esquerda)
4) Os preços dos bens relacionados: da mesma maneira que os bens podem 
ser substitutos ou complementares, no consumo, também podem ser na pro-
dução.
Ex. 1: o milho e a soja, são substitutos na produção. Um aumento no preço do 
milho, os agricultores reduzirão o plantio de soja e aumentarão o de milho.
Ex. 2: Carne e couro são complementares, ou produtos conjuntos. Quando o 
abate de gado aumenta em resposta a uma demanda maior de carne, a produção 
de couro aumenta.
Questão 7 (CESPE/ANS/ESPECIALISTA/2013) Com relação ao dilema econômico 
entre escassez e escolha, representado pela curva de possibilidade de produção 
(CPP), e ao equilíbrio de mercado, resultado da interação das curvas de oferta e 
demanda, julgue o item a seguir.
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O surgimento de uma nova tecnologia que permita uma menor utilização de insu-
mos e que reduza os custos de produção deslocará a curva de oferta para a es-
querda.
Errado.
Na verdade, quando conseguimos uma redução dos custos via menor utilização de 
insumos para gerar o mesmo produto ou quando conseguimos aumentar a produ-
ção mantendo a mesma quantidade de insumos, temos um deslocamento da curva 
de oferta para a direita, já que a empresa pode produzir a mesma quantidade a um 
preço menor ou uma quantidade maior com o mesmo preço.
Questão 8 (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) No que diz respeito à oferta do pro-
dutor, julgue o item a seguir.
A expectativa de elevação futura do preço de certo bem ou serviço pode implicar 
a redução da oferta desse bem no presente e, assim, deslocar a curva de oferta.
Certo.
Basicamente, uma curva de oferta serve para apresentar a relação existente entre 
os níveis de preço de um bem ou serviço à quantidade a ser ofertada no mercado 
pelas empresas.
Seguindo essa ideia, quando existe expectativa de que o preço do bem vai aumen-
tar no futuro, as empresas tendem a acumular estoques para poder elevar a oferta 
futura já com preços maiores e assim lucrar mais.
Raciocinando assim, no momento presente, a oferta de mercado desse produto ou 
serviço acaba se contraindo.
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4. Teoria do Equilíbrio de Mercado
4.1. A Lei da Oferta e da Procura e a Tendência ao Equilíbrio
O equilíbrio da oferta e da procura num mercado em que exista concorrência é 
atingido com um preço que faz igualar as forças da oferta e procura.
Questão 9 (CESPE/ANEEL/ESPECIALISTA/2010) Com relação aos conceitos e às 
aplicações do equilíbrio parcial e geral e às estruturas de mercado e suas falhas, 
julgue o item subsequente.
O mercado de um bem é considerado em equilíbrio quando a quantidade que os 
consumidores estiverem dispostos a adquirir a determinado preço coincidir com a 
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quantidade que os produtores estiverem dispostos a vender a esse mesmo preço. 
O preço de equilíbrio será aquele em que a oferta e a demanda são iguais.
Certo.
Guarde essa assertiva como um conceito básico em economia: o mercado estará 
equilibrado quando a quantidade demandada coincidir com a quantidade ofertada 
e o preço de equilíbrio é aquele que gerar essa igualdade.
Em suma, se os preços estivessem menores ou maiores gerariam, respectivamen-
te, escassez ou excesso de bens.
O preço de equilíbrio é aquele com o a quantidade procurada é precisamente igual 
à quantidade oferecida.
O chamado Equilíbrio de Mercado ocorre quando a quantidade demandada de 
um bem é igual à quantidade ofertada. Nesse caso não existe pressão para mudan-
ça de preço.
Entretanto, podem ocorrer situações em que essa pressão exista:
• Excesso de demanda: quando o preço do bem estiver abaixo do preço de 
equilíbrio, ou seja, os consumidores estão dispostos a consumir mais do que 
é ofertado pelas empresas. Essa situação fará o preço subir.
• Excesso de oferta: quando o preço do bem estiver acima do preço de equilí-
brio, ou seja, a quantidade ofertada do bem é maior do que os consumidores 
desejam consumir desse bem.
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Vamos agora entender como é encontrado o preço de equilíbrio!
A análise das curvas de demanda e oferta isoladamente, não é suficiente para 
determinar até onde podem chegar os preços.
Por outro lado, quando analisamos consumidores e produtores com suas res-
pectivas curvas de demanda e oferta em um mercado, pode-se analisar a interação 
entre eles.
Assim, deve-se analisar conjuntamente as duas curvas procurando para cada 
preço a compatibilidade entre quantidade ofertada e demandada.
Então, só no ponto de intersecção das curvas de demanda e oferta é que coinci-
dem os planos dos demandantes e ofertantes e somente a um único preço. Este é o 
chamado preço de equilíbrio, que corresponde à quantidade demandada e ofertada 
denominada quantidade de equilíbrio.
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A alteração do equilíbrio ocorre quando há um deslocamento da curva de demanda 
ou de oferta.
Questão 10 (CESPE/FUB/TÉCNICO/NEGÓCIOS/IMOBILIÁRIOS/2015) Conside-
rando que as equações de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectiva-
mente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em que D é a quantidade de mercadoria de-
mandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias, 
é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Se p = 10, então haverá excesso de demanda.
Errado.
Vamos substituir o preço nas equações de oferta e demanda:
O = 40 + 3Pp = 40 + 3x10 = 70
D = 80 – 2P = 80 – 2X10 = 60
E qual a interpretação correta?
Ao preço de 10 teremos excesso de oferta em relação à demanda de 10 unidades, 
e não o contrário dito na assertiva!
Questão 11 (CESPE/FUB/TÉCNICO/NEGÓCIOS/IMOBILIÁRIOS/2015) Conside-
rando que as equações de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectiva-
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mente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em que D é a quantidade de mercadoria de-
mandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias, 
é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
A quantidade de mercadoria de equilíbrio é igual a 60 unidades.
Errado.
Basta igualar equações de oferta e demanda e descobrir o preço e quantidade de 
equilíbrio.
40 + 3p = 80 – 2p
5p = 40
P equilíbrio = 8
Agora é só substitui o preço em qualquer uma das equações e calcular a quantida-
de.
Q equilíbrio = 80 – 2P
Q equilíbrio = 80 – 2 X 8
Q equilíbrio = 80 – 16
Q equilíbrio = 64
Questão 12 (CESPE/FUB/TÉCNICO/NEGÓCIOS/IMOBILIÁRIOS/2015) Conside-
rando que as equações de demanda e oferta de um mercadão sejam, respectiva-
mente, D = 80 – 2p e O = 40 + 3p, em que D é a quantidade de mercadoria de-
mandada, O é a quantidade de mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias, 
é o preço de uma unidade da mercadoria, julgue o item a seguir.
Ao preço de 10 unidades monetárias, haverá tendência de queda dos preços e gra-
dual aumento da quantidade demandada.
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Certo.
Vamos substituir o preço de 10 nas equações de oferta e demanda:
Oferta = 40 + 3p = 40 + 3x10 = 40 + 30 = 70
Demanda = 80 – 2p = 80 – 20 = 60
Agora precisamos interpretar o que encontramos!
Com o preço de 10, tivemos um excesso de oferta (70) em relação à demanda (60)!
E o que ocorre quando há excesso de oferta?
O preço está alto e deve cair até que oferta e demanda se reequilibrem!
Questão 13 (CESPE/FUB/TÉCNICO/2015) Considerando que as equações de de-
manda e oferta de um mercadão sejam, respectivamente, D = 80 – 2p e O = 40 
+ 3p, em que D é a quantidade de mercadoria demandada, O é a quantidade de 
mercadoria ofertada e p, em unidades monetárias, é o preço de uma unidade da 
mercadoria, julgue o item a seguir.
O preço de equilíbrio é igual a 8.
Certo.
Basta igualar equações de oferta e demanda e descobrir o preço de equilíbrio do 
mercado.
40 + 3P = 80 – 2P
5P = 40
P = 8
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4.2. Interferência do Governo no Equilíbrio de Mercado
Como vivemos em um regime capitalista misto, em que o Estado também exer-
ce influência na economia, o governo acaba intervindo também no equilíbrio de 
mercado.
Podemos citar a sua influência na formação de preços de mercado, a nível mi-
croeconômico, quando, por exemplo, cobra tributos e subsídios, define a forma de 
reajuste do salário mínimo, estabelece preços mínimos para produtos agrícolas ou 
ainda aplica tabelamentos ou congelamento de preços e salários (como na época 
dos planos de combate à inflação anteriores ao Plano Real).
A título elucidativo vamos analisar agora a sua interferência via tributação.
Vamos primeiro ter em mente que, na verdade, de fato, quem recolhe a totali-
dade dos tributos incidentes em suas operações é a empresa, ou seja, cabe a ela 
embutir seus valores nos preços, apurar o quanto deve e efetuar o recolhimento 
aos cofres públicos.
Entretanto, ao efetuar o recolhimento aos cofres públicos não significa que é ela 
quem efetivamente paga, ou melhor, não é ela, necessariamente, quem suporta o 
ônus do tributo, já que pelos menos parte dos tributos são repassados aos consu-
midos já que foram embutidos nos preços.
Nessa pegada, para sabermos sobre quem recai efetivamente o ônus da interfe-
rência do governo no equilíbrio do mercado via tributação é uma das áreas objeto 
de análise da microeconomia, levando em conta alguns fatores como, por exemplo, 
a estrutura de mercado objeto da análise.
Vale destacar que a chamada “política de preços mínimos na agricultura” onde 
o governo, antes do início do plantio, garante um preço que ele pagará após a co-
lheita do produto. Como o próprio nome sugere, serve para garantir os ao produ-
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tor agrícola certa proteção às flutuações de preços no mercado, minimizando seus 
prejuízos numa eventual queda acentuada de preços.
Saiba ainda que quando tínhamos tabelamento de preços na economia brasilei-
ra, a intervenção do governo no sistema de preços de mercado visava, basicamen-
te, coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira 
necessidade ou tentar mitigar o processo inflacionário.
Questão 14 (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Considere o seguinte modelo de 
demanda e oferta de determinado bem:
Qd=x−P
Qs=−y+P
sendo Qd a quantidade demandada, Qs a quantidade ofertada, P o preço do bem, 
e x e y constantes positivas, julgue o item subsequente.
Se x + y = 4, o preço de equilíbrio será igual a 2.
Certo.
Vamos fazer contas!
Sabemos que, em equilíbrio a quantidade ofertada é igual à quantidade demanda-
da:
Qs=Qd
Substituindo:
−y+P=x–P
2P=x+y2
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Se x + y = 4, temos que:
2P=4
P=2
5. Elasticidades
O termo elasticidade, que também pode ser chamada de sensibilidade, 
mede o quanto uma variável pode ser afetada por outra. Existem alguns tipos de 
elasticidades, mas todos envolvem basicamente o mesmo raciocínio.
Assim, estaremos estudando os efeitos das mudanças de preços nas quanti-
dades demandadas (elasticidade-preço da demanda) e nas quantidades ofertadas 
(elasticidade-preço da oferta). Também estudaremos o efeito que as alterações no 
nível de renda dos consumidores causam na demanda (elasticidade-renda da pro-
cura).
5.1. Elasticidade-Preço da Demanda
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O conceito de elasticidade-preço nos permite uma maior compreensão do siste-
ma de preços e das reações observadas no mercado.
Vamos usar um exemplo para ilustrar melhor a importância de se conhecer a elas-
ticidade tanto pelo lado do consumidor quanto pelo lado do produtor.
O raciocínio básico aqui é que se os preços das geladeiras aumentam, a quantidade 
demandada cairá e a quantidade ofertada de geladeiras aumentará. 
Até aqui nenhuma novidade!
Mas e se quisermos saber o quanto essa mudança de preço vai aumentar ou 
quanto vai cair a demanda ou a oferta.
Até que ponto a demanda por geladeiras poderá ser afetada?
Muito ou pouco?
E se os preços dobrarem, em que percentual a quantidade demandada diminuirá?
Por outra banda, qual deve ser a mudança na oferta de geladeira se os preços 
fossem elevados em apenas 50%, em vez de dobrarem?
Basicamente, é para responder a perguntas assim que serve o estudo da elastici-
dade!
A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de 
certas mercadorias/serviços em função das alterações verificadas em seus respec-
tivos preços.
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Em outras palavras, podemos dizer que a elasticidade preço da demanda 
serve para indicar a variação percentual da quantidade demandada de um bem em 
função da variação percentual no seu preço, ou seja, é a variação percentual da 
demanda de um bem em função da variação percentual do preço.
Seguindo-se esse conceito as mercadorias/serviços podem ser classifica-
das em bens de demanda elástica ou inelástica.
Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade, indispen-
sáveis à subsistência do consumidor. Esses bens não são sensíveis ao fator preço.
Ex.: sal.
Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à sub-
sistência do consumidor. Assim, podemos dizer que eles são “sensíveis” ao fator 
preço.
O grau de sensibilidade ao preço, ou seja, a variação nas quantidades compradas 
em função das variações dos preços, indica se um bem é mais ou menos elástico.
Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda seriam a existência 
de substitutos ao bem, a variedade de usos desse vem, o seu preço em relação ao 
uso global dos consumidores e o preço do bem em relação à renda dos consumi-
dores.
Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não 
a demanda com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o 
preço, obterá mais receita. Por outro lado, se a demanda for inelástica e ele reduzir 
o preço obterá menos receita.
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Amigo(a), podemos dizer, portanto, que a elasticidade é uma medida de como 
os compradores e vendedores reagem a uma mudança nos preços, e nos permite 
analisar a oferta e a demanda com muito mais precisão.
Nesse sentido, a elasticidade-preço da demanda – EPD mede a variação (o 
aumento ou diminuição) em valores unitários ou em percentagem da quantidade 
demandada devido a uma mudança nos preços.
Em situações normais, a demanda tende a ser mais elástica quando:
• o bem é considerado de luxo;
• o horizonte de tempo é maior;
• existem mais bens substitutos;
• o mercado é mais restrito.
Para cálculo de elasticidade são necessários pelo menos 2 períodos.
Abaixo vou demonstrar um exemplo de cálculo de elasticidade para um produto 
qualquer, e aplicando-se a fórmula padrão para o cálculo da elasticidade:
PERÍODO PREÇO QUANTIDADE
JAN/2014 R$10,00 500
FEV/2014 R$10,50 480
Vamos agora aplicação da fórmula da Elasticidade ao exemplo:
Amigo(a), vamos agora interpretar o resultado!
O resultado nos diz que para cada variação percentual de 1% no preço do pro-
duto, a quantidade variará em 0,8%.
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Já o sinal negativo da elasticidade indica que a variação na quantidade será em 
sentido contrário da variação de preço. Desse modo, se o preço aumentar em 1% 
a quantidade demandada cairá em 0,8%.
No nosso exemplo o preço aumentou em 5% (passou de R$10,00 para R$10,50), 
enquanto nossa quantidade caiu em 4% (passando de 500 para 480).
Para verificar a quantidade demandada em função das diferentes variações de 
preço, basta multiplicarmos a variação de preço pela elasticidade. No nosso exem-
plo, se tivéssemos aumentado o preço em 15%, a variação na quantidade seria de 
12% (15%*0,8).
A demanda por bens e serviços é classificada de acordo com o seu grau 
de elasticidade em cinco categorias:
• Inelástica: a quantidade demandada não responde com muita intensidade a 
alterações nos preços EPd < 1. O nosso exemplo acima caracterizou um bem/
serviço de demanda inelástica.
• Elástica: a quantidade demandada responde com muita intensidade a alte-
rações nos preços EPd > 1. Aqui entram aqueles fatores, como a existência 
de bens substitutos. O consumidor, por exemplo, pode partir logo para outra 
opção quando um produto elástico sofre aumento de preço.
• Unitária: a quantidade demandada muda na mesma proporção que o preço 
se altera. Assim o resultado da Epd é sempre igual a 1. Exemplo: um aumen-
to no preço de 10% gera uma diminuição da quantidade demandada também 
de 10%.
• Perfeitamente Inelástica: a quantidade demandada não muda se houver 
uma alteração nos preços. Mas saiba que existe essa possibilidade na teoria 
e aparece inclusive em gráfico e cai em prova de concurso, como veremos a 
seguir.
• Perfeitamente Elástica: a quantidade demandada muda infinitamente 
com uma alteração nos preços. Também não consigo ver um exemplo prático 
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“perfeito” para dar para vocês. Da mesma forma, saiba que existe essa possi-
bilidade na teoria e aparece inclusive em gráfico e cai em prova de concurso, 
como veremos ainda hoje.
Como a elasticidade preço da demanda mede o quanto à quantidade demanda-
da muda em resposta a uma mudança nos preços, ela está intimamente ligada ao 
formato da curva da demanda.
Na verdade, a representação gráfica, por meio da curva de demanda de acordo 
com a elasticidade preço nada mais é do que a expressão daquela fórmula que cal-
culamos para vários níveis de preço e de quantidade.
Assim, a inclinação da curva é o resultado do cálculo oriundo da aplicação da 
fórmula.
Tenho agora que mostrar os cinco tipos de elasticidade representados grafica-
mente, pois isso pode ser cobrado na sua prova.
Observe:
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Calma!
Sei que não é fácil!
É assim mesmo!
O estudo da microeconomia exige boa vontade com fórmulas e gráficos.
Não tem jeito!
A Elasticidade-preço cruzada da demanda mede o efeito que a mudança no 
preço de um produto provoca na quantidade demandada de outro produto (“coete-
ris paribus”). Ou seja, a elasticidade-preço cruzada da demanda aponta a variação 
na demanda por um bem de acordo com a variação do preço do outro bem.
Nessa pegada, guarde que se os bens A e B são complementares, então um 
aumento do preço de A gera uma redução na demanda por B, de maneira que a 
elasticidade-preço cruzada é negativa.
Mas se os bens A e B são substitutos, então um aumento do preço de A gera 
um aumento na demanda por B, de maneira que a elasticidade-preço cruzada 
é positiva.
Ressalte-se ainda que, no caso de bens independentes, a elasticidade cru-
zada é nula! Veja:
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5.2. Elasticidade-Renda da Demanda
Vamos agora ver aquele outro tipo de elasticidade: a chamada elasticidade ren-
da da procura/demanda.
A elasticidade renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada 
de um bem muda com uma alteração na renda dos indivíduos.
Na prática, é o resultado da divisão entre a mudança percentual na quantidade 
sobre a mudança percentual na renda.
Aqui, precisamos relembrar aqueles tipos básicos de bens: bens normais e bens 
inferiores, pois a reação da demanda varia em função de qual bem, estamos tra-
balhando.
Um aumento na renda dos indivíduos aumenta a quantidade demandada de 
bens normais (lembra da carne de 1ª), mas diminui a de bens inferiores (aqui re-
presentados pela carne de 2ª).
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Por outro lado, bens que consumidores consideram como necessários tendem 
a ter uma demanda inelástica, como por exemplo: comida, combustíveis, serviços 
de saúde etc.
Já os considerados como sendo de luxo ou supérfluos, tendem a ter uma de-
manda elástica, como por exemplo: roupas de marca, perfumes importados, lan-
chas etc.
No mais, as fórmulas e gráficos seguem a mesma linha de raciocínio da elasti-
cidade preço da demanda.
5.3. Elasticidade-Preçoda Oferta
Já vimos o efeito da alteração do preço e da renda na demanda. Vamos ver ago-
ra como o efeito que a alteração de preço causa na oferta.
A chamada Elasticidade preço da oferta mede o aumento ou diminuição em per-
centagem da quantidade ofertada devido a uma mudança percentual nos preços.
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Essa variação, normalmente é afetada, ou melhor, determinada pelos seguintes 
fatores:
• Habilidade dos produtores de mudar a quantidade produzida de um determi-
nado bem. Exemplo: naquela nossa propriedade podemos deixar de produzir 
uvas e passar a produzir mangas.
• Tempo. A oferta é mais elástica no longo prazo, pois desse modo os produto-
res/empresários têm mais tempo para se adaptar.
Questão 15 (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o seguinte item, relativo aos 
axiomas e às hipóteses que regem as preferências do consumidor.
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Se o coeficiente da elasticidade preço da demanda for menor que a unidade, então 
o bem demandado será insensível a alterações no seu preço.
Certo.
A demanda é insensível à mudança de preço, ou seja, é inelástica, quando o coefi-
ciente de elasticidade, em módulo, é inferior a 1.
Questão 16 (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) Julgue:
A elasticidade de procura de uma empresa é determinada pela relação de concor-
rência dessa empresa com as demais empresas atuantes no mercado, pelo número 
de empresas concorrentes e pela elasticidade de demanda de mercado.
Certo.
Questão de nível considerado difícil!
Perceba que o examinador não quer saber sobre a elasticidade-preço da demanda. 
Ele quer saber sobre a elasticidade de procura da firma.
Isso é estudado quando conhecemos o poder de monopólio de uma empresa mo-
nopolista, onde podemos inferir porque algumas empresas possuem uma curva de 
demanda menos elástica.
Existem três fatores determinam a elasticidade de demanda de uma empresa:
1) A elasticidade da demanda de mercado. Como a demanda da empresa será pelo 
menos tão elástica quanto a demanda do mercado, a elasticidade da demanda de 
mercado limita o poder de monopólio.
2) O número de empresas atuando no mercado. Se existirem muitas empresas, 
será pouco provável que qualquer uma delas tenha possibilidade de influenciar sig-
nificativamente no preço de mercado.
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3) Interação entre as empresas. Mesmo que duas ou três empresas estejam atu-
ando no mercado, nenhuma delas terá a possibilidade de elevar o preço com lucro 
caso exista uma concorrência entre elas.
Questão 17 (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Julgue o item a seguir, acerca 
de microeconomia.
A essencialidade e a restrição de mercado de determinado bem são os principais 
elementos que motivam a elasticidade preço da demanda. O horizonte temporal 
não é um desses elementos, pois permite que os consumidores de determinada 
mercadoria encontrem outras formas de substituí-la, quando seu preço aumenta.
Errado.
Quando estivermos falando em elasticidade preço da demanda, guarde a ideia de 
que o horizonte temporal também é um fator determinante.
Isso é verdade porque permite aos consumidores de determinada mercadoria usa-
rem substitutos quando seu preço aumenta, gerando, assim, a regra geral de que 
a demanda tende a ser mais elástica no longo prazo.
E não somente a existência de bens substitutos exerce influência, pois existe certa 
demora para que os consumidores mudem hábitos de consumo, por exemplo.
Pense, por exemplo, no caso do combustível, quando seu preço está sempre sendo 
elevado, o mais provável é que os consumidores diminuam pouco a sua demanda, 
mas no longo prazo tais elevações de preços podem fazer com que os consumido-
res procurem outras alternativas e alterem seus hábitos. As preferências da socie-
dade como um todo podem se alterar devido a esta alta.
Podemos concluir, portanto, que uma elasticidade preço da demanda é maior à me-
dida que o horizonte temporal é ampliado.
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RESUMO
Podemos identificar os dois elementos fundamentais do mercado: a demanda 
(procura/compradores/consumidores), e a oferta (produtores/vendedores)!
Teoria Elementar da Demanda
A Demanda é a quantidade de um determinado bem que os consumidores es-
tão aptos e dispostos a adquirir, em determinado período de tempo, aos diversos 
preços alternativos.
A quantidade demandada de um determinado bem é inversamente pro-
porcional ao seu preço, tudo o mais permanecendo constante (o velho “ceteris 
paribus”).
Existe uma distinção sutil, mas muito importante entre os termos Demanda e 
Quantidade Demandada.
Demanda é toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a deter-
minadas quantidades demandadas de um bem ou serviço.
Já o termo quantidade demandada é um ponto específico na curva que 
relaciona um preço a uma quantidade demandada de um bem ou serviço. Sofre 
alterações somente quando é alterado o preço do produto que está sendo estuda-
do. Assim, o consumidor se desloca para cima (↑P e ↓Qd) e para baixo (↓P e ↑Qd) 
ao longo da curva de demanda do produto. Ou seja, estamos falando da demanda 
para aquele produto nos seus vários níveis de preços dentro da mesma curva.
Classificação dos Bens
Bens substitutos: são aqueles bens que atendem a necessidade do consumi-
dor no mesmo nível de satisfação. São bens, digamos, concorrentes.
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Bens Complementares: são aqueles bens que dependem um do outro para 
satisfazer a necessidade do consumidor, são demandados em conjunto, necessa-
riamente.
Bens Independentes: aumenta o preço do bem “y” e a quantidade procurada 
do bem “x” não se altera, e vice-versa.
Bem inferior: é aquele cuja quantidade demandada diminui quando aumenta 
a renda. Exemplo clássico: carne de 2ª.
Bem normal: é aquele cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta 
a renda. Exemplo clássico: carne de 1ª.
Bem de primeira necessidade: é aquele que ao aumentar a renda, a quanti-
dade demandada do bem aumenta em menor proporção.
Bem de luxo: é aquele que ao aumentar

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