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Traumatologia I resumo

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Traumatologia I– Medicina Legal
Dr. Marcos Vinícius
Traumatologia I
 Conceito 
-A traumatologia ou Lesonologia Médico-legal é o estudo das lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, produzidos por violência sobre o corpo humano.
-Trauma é o resultado da ação vulnerante que possui energia capaz de produzir a lesão.
-Tem finalidade diagnostica, prognostica ou resolutiva.
-Trata também do estudo das diversas modalidades de energias causadoras de danos nos pacientes (estuda tipo de lesão, o tipo de energias e as suas conseqüências).
-Seu maior interesse volta-se principalmente para as causas penais, trabalhistas e civis, quando essas lesões são causadoras de danos.
 Tipos de energias
-As ofensas a integridade física ou a saúde são produzidas por agentes, em síntese de energias
1)ordem mecânica (iremos ver as 3 principais nesse resumo que teremos mais contato);
2)ordem física;
3)ordem química;
4)ordem físico-química;
5)ordem bioquímica;
6)ordem biodinâmica; 
7)ordem mista
Energia de ordem mecânica 
-Agentes que atuam pela energia mecânica sempre um objeto que causa dano ao paciente.
-Qualquer objeto que por meios mecânicos causam danos;
-Energia que modifica o estado inercial (repouso ou movimento) de um corpo em agente agressor e produz lesões em todo ou em parte do outro corpo. 
-Armas propriamente ditas (punhais, revolveres, soqueiras);
-Armas eventuais (faca, navalha) foice, facão, machado);
-Armas naturais (punhos, pés, dentes)
-Mais diversos meios imagináveis (maquinas, animais, veículos, quedas, explosões, precipitações).
-Repercussões externas ou internamente: o que o objetivo causou no paciente e o que foi utilizado para causar a repercussão no paciente. 
-Ação por contato e diretamente sobre a superfície atingida, pode ser:
1)Meio ativo: impacto de um objeto em movimento contra o corpo humano parado
2)Meio passivo: instrumento encontra-se imóvel e o corpo humano em movimento 
3)Ação mista: os dois se acharem em movimento, indo um contra o outro
-A lesão é gerada por meios que atuam por pressão, percussão, tração, torção, compressão, descompressão, explosão, deslizamento e contrachoque.
-Pode haver deslizamento na contusa também.
*Machado é corto contundente
 Formas de ação:
1)Ferida punctura pressão em um ponto prego, alfinete, agulha
2)Ferida incisa deslizante maior que oressão navalha, bisturi, laminas, estilhaços de vidro, folha de papel, linha de cerol
3)Ferida contusa choque (com ou sem deslizamento) martelo, marreta, cassetete, soco-inglês, bastão, pedra
 Meios mecânicos classificam-se em lesões:
-Perfurantes
-Cortantes
-Contudentes
-Perfurocortantes 
-Perfurocontudentes 
-Cortocontundentes 
-Geram respectivamente feridas puntiformes, cortantes, contusas, perfurocortantes, perfurocontusas e cortocontusas
-Não aceita-se denominações feridas dilacerantes, cortodilacerantes, perfurodilacerantes e contusodilacerantes pelo fato de não existirem instrumentos dilacerantes, cortodilacerantes, perfurodilacerantes nem, tampouco, contusodilacerantes.
 Lesões produzidas por ação perfurante
Agentes perfurante:
- Instrumentos ou agentes finos, alongados, pontiagudos (punctórios) de diâmetro transversal (secção) extremamente reduzido (porque geralmente atuam por pressão) em relação ao seu comprimento (prego, flecha, alfinete), geralmente finos e compridos produzindo lesões punctórias ou punctiformes, tem características bem próprias.
- Exemplos: estilete, sovela, agulha, florete, furador de geloprego, espinho, agulha, garfo, espeto (de churrasco), seta (flechas) e outros.
*Geralmente são finos e compridos
- Atuam por percussão ou pressão sobre um determinado ponto e penetram a superfície, geralmente afastando (seccionando) as fibras dos tecidos atingidos, dependendo do local e objeto pode atravessar de um lado para o outro.
-As lesões serão com bordas invaginadas, pontual e “de dentro para fora” (exteriorizada)
-As feridas puntiformes ou punctórias: exteriorização em forma de ponto.
-Característica da lesões: orifício com abertura estreita puntiforme (habitual); raro/pouco sangramento externo; recoberto por uma crostícula sero-hemática; pouca nocividade na superfície, mas podendo haver certa gravidade na profundidade, em face do órgão atingido; quase sempre de menor diâmetro que o instrumento causador, graças a elasticidade e a retratilidade dos tecidos cutâneos.
-A lesão pode ocasionar importantes lesões internas; perfurações de órgãos, vísceras ou hemorragias.
-Ferimento de saída, quando isso ocorre, é em geral mais irregular e de menor diâmetro que o de entrada, em face do instrumento atuar nessa fase através de sua parte mais afilada.
-Quando o instrumento perfurante é de médio calibre, a forma das lesões assume aspecto diferente, obedecendo as leis de Filhos e Langer
- As lesões seguem a elasticidade e contratilidade da pele (Leis de Filhós e Langer).
Leis de Filhos e Langer
Primeira lei de Filhos: as soluções de continuidade dessas férias assemelham-se às produzidas por instrumento de dois gumes ou tomam a aprencia de “casa de botão”
Segunda lei de Filhos: quando essas feridas se mostram em uma mesma região onde as linhas de força tenham um só sentido, sue maior eixo tem sempre a mesma direção.
Lei de Langer: na confluência de regiões de linhas de forças diferentes, a extremidade da lesão toma o aspecto de ponta de seta, de triangulo, ou mesmo de quadrilátero.
-Dependendo da área de lesão, a lesão ficará um pouco mais esticada, não ficará tão circular, porque dependerá da área de força da musculatura. Sangramento externo, geralmente recoberto por uma crosta hemática, apesar de ter pouco sangramento externo, pode causar lesões importantes, perfuração de órgãos, vísceras, hemorragia. Às vezes você vê uma pessoa com uma lesão puntiforme pequena, com pouco sangramento, devido sua área de entrada ser pequena, causa um dano intra corpo (interna) grande, perfuração enorme da víscera, causando hemorragia. E elas seguem a elasticidade e contratilidade da pele, que são essas Leis de Filhós Langer .
-As feridas punctórias ou puntiformes sofrem ação das linhas de tração da pele, podendo tomar a forma de botoeira, em ponta de seta e pode ter forma bizarra de acordo com a confluência de linhas de tração.
-Dependendo da área que essas lesões puntiformes pegam, elas irão assumir uma característica mais fusiforme, dependendo da linha de força
Linhas de clivagem de Langer: são linhas de tensão determinadas pela direção das fibras da pele
-São linhas de força do nosso corpo
-São as linhas de clivagem, linhas de tensão da pele
-A pele do jovem é mais esticada, podendo tomar a forma de uma Brotoeira (casa de botão) em ponta de seta, pode ter uma forma bizarra, de acordo com o agente de tração. --Dependendo da linha de tração pode dar aguda, não veremos uma área totalmente tão puntiforme (parecida com uma lesão incisa, apesar da incisa ser menos característica). -Então uma vítima ter um trauma por uma lesão puntiforme e ela não ficar totalmente puntiforme, a ferida irá sofrer uma deformidade, passara dessa forma para uma mais fusiforme, mais esticada
- A maior parte da pele que recobre a superfície do nosso corpo está sujeita a tensão, geralmente de orientação e sentido perpendicular ao movimento muscular de uma determinada região.
*Sempre buscar descobrir objeto causador: través do formato da lesão será possível saber o objeto causador, assim saber sobre possíveis danos.
-As feridas produzidas por instrumentos perfurantes de médio calibre, de acordo com a região atingida, tomam direções estabelecidas.
-Ex: pescoço
Linha média: no sentido dos músculos hióides 
Face lateral: no sentido do músculo esternocleidomastóideo 
Face posterior: no sentido do músculo trapézio 
Obs: somente no vivo esses ferimentos tomam tais direções, em virtude da elasticidade da retratilidade dos tecidos.
-As lesões produzidas nos órgãos profundos assumem forma de acordo com a sua estrutura do órgão: fibrosa, cartilaginosa, óssea e etc.
-Exemplo: estomago as lesões são orientadas em sentidos diversos: a serosa de mostra com asolução de continuidade alongada; a túnica muscular tem o ferimento em direção às próprias fibras musculares; e na mucosa há uma terceira direção, distinta das outras.
-A causa jurídica de um objeto perfurante é, na maioria das vezes, homicida e, mais raramente, de origem acidental ou suicida.
 Lesões produzidas por ação cortante
-Os meios ou instrumentos de ação cortante agem através de um gume mais ou menos afiado,por um mecanismo de deslizamento sobre os tecidos e, na maioria das vezes, em sentido linear (caso paciente tenha pele um pouco mais enrugada isso pode mudar).
- Atuam por pressão e deslizamento (pressão e deslocamento), com “gume afiado”, mais as armas brancas atingindo a superfície em ângulos variados, produzindo feridas incisas ou ferimentos incisos.
-Exemplo: navalha, lâmina de barbear, bisturi.
Agentes cortantes:
-Regularidade e nitidez de suas margens e bordas;- Lesão por faca ( não tem tanta destruição de tecido como serrote e machado, que dá muita contusão, destruição de tecido)
-Hemorragia quase sempre abundante; contrário das puntiformes, aqui lesa muito vaso 
-Predomínio do comprimento sobre a profundidade; área grande com profundidade menor 
-Afastamento das bordas da ferida (mais acentuada nas lesões post-mortem).
-Nem sempre uma lesão é classificada puramente, como cortante, às vezes pode ser uma lesão perfuro incisa
Ferida incisa x Ferida cortante
*Há a incisão cirúrgica por bisturi que é uma ferida incisa, diferente de uma ferida cortante.
-Feridas cortantes, em vez de “feridas incisas”, deixando esta ultima expressão para o resultado da incisão verificada em cirurgia.
-A ferida da incisão cirúrgica começa e termina a pique, em uma mesma profundidade que se estende de um extremo ao outro.Tem bordas bem regulares e excepcionalmente apresenta cauda de escoriação. Predominam geralmente comprimento sobre a profundidade. Nas lesões post-mortem as bordas se afastam mais ainda. Borda bonita para fazer sutura
-As feridas cortantes tem suas extremidades mais superficiais e sua parte mediana mais profunda, nem sempre se apresentando de forma regular. Tem como característica principal a chamada “cauda de escoriação”. São também conhecidas como feridas fusiformes (em forma de fuso).
-Cauda de escoriação: é a parte mais superficial da ferida, indica a saída do objeto que causou a lesão, só há escoriação da epiderme.
*Não se pode colocar no laudo incisão e ferida cortante. E tem que especificar onde esta a ferida incisa e onde esta a ferida cortante.
-Característica linear, de fuso, com o meio mais profundo e as extremidades mais superficiais. 
-As feridas cortantes diferenciam-se das demais lesões pelas seguintes características:
1) Forma linear
2)Regularidade das bordas 
3)Regularidade do fundo da lesão 
4)Ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida
5)Hemorragia quase sempre abundante*, pois lesiona mais tecidos e acomete mais vasos 
6)Predominância do comprimento sobre a profundidade
7)Afastamento das bordas da ferida
8)Presença de cauda de escoriação voltada para o lado onde terminou a ação do instrumento
9)Vertentes cortadas obliquamente 
10)Centro da ferida mais profundo que as extremidades 
11)Parede das feridas lisas e regulares
12)Perfil de corte de aspecto angular, quando o instrumento atua de forma perpendicular, ou em forma de bisel, quando o instrumento atua em sentido obliquo ao plano atingido.
Puntiformes: Caracteriza mais é o comprimento, que é o orifício de entrada, e o orifício de entrada é igual o de saída, são lesões que não sangram muito, geralmente tem uma crosta hemática, o estrago será maior internamente
Incisa: Geralmente comprimento maior que a profundidade, a não ser uma facada com uma lesão perfuro cortante, quando a faca entra demais
-A regularidade das bordas das feridas cortantes deve-se ao gume mais ou menos afiado do instrumento usado. São geralmente retilíneas graças à ação de deslizamento, embora, algumas vezes, possam apresentar-se em curvas ou em ziguezague pelo enrugamento momentâneo ou permanente da região atingida. Esses desvios, no entanto, não produzem irregularidade das bordas da ferida.
-A regularidade do fundo da lesão tem as mesmas explicações anteriores, devendo, portanto, aos gumes afiados dos instrumentos utilizados.
-Assim, não se observam escoriações, equimoses ou infiltração hemorrágica nas bordas ou em volta da ferida, nem, tampouco, pontes de tecido ligando uma vertentes da ferida à outra (sendo características das feridas contusas).
*Escoriação é diferente de cauda de escoriação. A cauda é um termo usado para entender lesão leve que pega apenas a epiderme,
-Quase sempre a hemorragia é vultosa, devido à fácil secção dos vasos, que, não sofrendo hemostasia traumática, deixam seus orifícios naturalmente permeáveis.
-O comprimento predomina sobre a profundidade nessas feridas, fato este devido à ação deslizante do instrumento, à extensão usual do gume, ao movimento em arco exercido pelo braço do agente e ao abaulamento das muitas regiões ou segmentos do corpo.
-A extensão da ferida é quase sempre menos da que realmente foi produzida, em virtude da elasticidade e da retração dos tecidos moles lesados em pacientes vivos há a retração dos tecidos moles lesados.
-O afastamento das bordas da ferida cortante tem explicação na elasticidade e tonicidade dos tecidos e é mais acentuado onde os tecidos cutâneos são mais solicitados pela ação muscular, como no pescoço e, ao contrário, onde essas solicitações não se mostram tão evidentes.
-A retração dos tecidos é um fenômeno exclusivo das lesões in vivo e depende do coeficiente de elasticidade de cada tecido.
-A maior retração é a da pele, seguindo de forma descendente na tela subcutânea, nos vasos sanguíneos, nos músculos e no tecido fibroso.
-O instrumento cortante, agindo por deslizamento e seguindo numa direção em semicurva (como um arco de violino) condicionada pelo braço do agressor, ou pela curvatura da região ou do segmento atingido, deixa, no final do ferimento, e apenas na epiderme uma cauda de escoriação.
-Levando-se em conta que geralmente o ferimento começa e termina mais superficial, pela ação em arco já descrita, o centro da ferida é sempre mais profundo.
-É difícil um tipo de instrumento capaz de alcançar órgãos cavitários ou vitais, exceção feita ao pescoço, onde a morte pode sobrevir pela síndrome de “esgorjamento” maior letalidade.
Esgorjamento: na parte anterior do pescoço; lesão incisa grande na parte anterior do pescoço; geralmente lesão de assassinato
-Qual diferença da pessoa assassinada da pessoa que tenta cortar o pescoço? A profundidade é maior do suicida no meio da lesão, possui também vários traçados devido as tentativas. Já no homicida a lesão é mais angulado, profunda e elevada.
Degolamento: na parte posterior do pescoço: secção quase total do pescoço; opescoço ainda tem uma parte pendurada, não está totalmente separado do corpo. Diferente da decapitação
-As paredes da ferida são lisas regulares, a não ser quando são atingidos planos superpostos de estrutura e elasticidade diferentes, o que provoca desigualdade desse segmento de tecidos.
-Finalmente, neste contexto há ainda um tipo de lesão conhecida por esgorjamento e que se caracteriza por uma longa ferida transversal do pescoço, de significativa profundidade, lesando alem dos planos cutâneos, vasculonervosos e musculares, órgãos mais internos como esôfago, laringe e traqueia. Sua etiologia pode ser homicida ou suicida.
-O autor desta ocorrência hoimicida sempre se coloca por trás da vitima, provocando um ferimento da esquerda para direita,em sentido horizontal, uniforme, terminando com a mesma profundidade do seu inicio, mas ligeiramente voltada para cima, atingindo algumas vezes a coluna vertebral, onde e comum ficar a marca do instrumento usado.
-O diagnostico das feridas produzidas por ação cortante é relativamente fácil.
-O prognostico desses ferimentos é, em geral, de pouca gravidade, a não ser que sejam eles profundos e venham a atingir vasos ou nervos, e ate mesmo órgãos, como no esgorjamento,levando a vitima, em muitas ocasiões, à morte.
-Causa jurídica das feridas cortantes, devem-se levar em conta, entre outros dados como o numero de lesões, as regiões atingidas, a direção, a profundidade e a regularidade.
Lesoes de defesa: nas mãos, nos braços e ate mesmo nos pés. Em tese, as feridas cortantes são mais acidentais e homicidas que suicidas.
-dentro do conjunto das lesões produzidas por ação cortante, existe o que se chama de esquartejamento (objetivo de ocultar cadáveres, impedir o reconhecimento do cadaver), traduzido pelo ato de dividir o corpo em partes (quartos), por amputação (divide cortando até o osso) ou desarticulação (divide o corpo nas áreas de dobras e articulações), quase sempre como modalidade de o autor livrar-se criminosamente do cadáver ou impedir sua identificação.
-A castração é também uma lesão produzida por ação cortante e tem na maioria das vezes a finalidade e o instinto de vingança.
-A decapitação é também de ocorrência rara e se traduz pela separação da cabeça do corpo e pode ser oriunda de outras formas de ação alem de cortante.
-As lesões cortantes podem ser acidental ou homicida e, mais raramente, suicida. Observam-se com mais freqüência as decapitações depois da morte, como forma de prejudicar a identificação da vítima.
-As feridas profundas da parede abdominal são conhecidas sob o rotulo de haraquiri.
-As lesões mais comuns nesses episódios são o amplo ferimento, as grandes hemorragias, as eventrações e as eviscerações.
 Armas brancas
-Armas brancas são assim chamadas pela brancura e pelo brilho de suas laminas, enquanto as “armas negras, por serem feitas de ferro ordinário, sem gume e sem brilho.
-Seus exemplos mais comuns são: punhal, florete, estoque, navalha e faca-peixeira.
-Classificam-se quanto à forma de agir em quatro espécies:
1)Perfurantes (forma alongada, largura pouco significante e ponta afilada)
2)Cortantes (laminas de pouca espessura e gume afiado)
3)Perfurocortantes (de lamina estreita e extremidade pontiaguda)
4)Cortocontundentes (de gume mais ou menos afiado e de peso considerável, o que dá ao instrumento maior poder de dano)
-Classificam-se quanto a sua forma:
1)Laminar com ponta e fio (bisturi, adaga)
2)Laminar com fio (navalha)
3)Laminar com ponta (punhal, sabre)
4)Cilíndrica com ponta (florete, estilete)
 Lesões por ação contundente 
Objetos contundentes: Não conseguimos caracterizar muito bem, quando pegamos uma lesão, que vai ser uma contusão, aponta uma serie de coisas, um soco, pedrada, martelo.
-Entre os agentes mecânicos, os instrumentos contundentes são so maiores vausadores de danos.
-Sua ação é quase sempre produzida por um corpo de superfície, e suas lesões mais comuns se verificam externamente, emnora possam repercutir na profundidade.
-Agem por pressão, explosão, deslizamento, percussão, compressão, descompressão, distensão, torção, fricção, por contragolpe ou de forma mista.
-O choque de superfícies pode se dar de forma ativa (quando o instrumento é projetado contra a vítima) ou passiva (quando a vítima vai ao encontro do objeto, p.ex., em uma queda) ou mista (ambos em movimentação).
-Devido à elasticidade da pele, esta se conserva íntegra e a lesão se produz em nível profundo.
- São várias de acordo com a gravidade:
1)Rubefação: eritema traumático caracterizado pela congestão repentina e momentânea de uma região do corpo atingida pelo traumatismo, evidenciada por uma mancha avermelhada, efêmera e fugaz, que desaparece em alguns minutos, daí sua necessidade de averiguação exigir brevidade. Alteração vasomotora da região dura cerca de duas horas no máximo. Fica uma hiperemia no local, que dura apenas até 2 horas A bofetada na face ou nas nadegas de uma criança, onde muitas vezes fica impressos os dedos do agressor, configura exemplo dessa tipificação lesional.
2)Escoriação: tem quase sempre como origem a ação tangencial dos meios contundentes. Quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele;
-O atrito (deslizamento) provoca o arrancamento da epiderme e desnudamento da derme. É comum nas quedas (lesões nos joelhos, cotovelos etc.) ex: no futebol
-Ocorre formação de crosta que pode ser serosa (predomínio de linfa) ou hemática (predomínio sangüíneo), casquinha de machucado
-Perda traumática da epiderme (serosidade, gotas de sangue, crosta)- Ralado, unhada, escoriações no tórax.
-“Ralado” 							 
-Pode ser encontrada isolada ou associada a outras modalidades de lesões contusas mais graves. Tem pouco significado clinico, as assume um valor indiscutível na pericia médico-legal. Define-se, de forma mais simples, como o arrancamento da epiderme e o desnudamento da derme, de onde fluem serosidade e sangue. Simonin chamou-a de erosão epidérmica e Dalla Volta de abrasão.
-A recuperação se dá em prazo curto
-Quando há escoriações no pescoço e parte de dentro da coxa tentativa de homicídio e tentativa de estupro.
Interesse Jurídico: arrastamento, atropelamento, lesões de defesa (unhadas) etc.
3)Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sangüíneo infiltrando os tecidos. Trata-se de lesões que se traduzem por infiltração hemorrágica nas malhas dos tecidos. 
-Para que ela se verifique, é necessária a presença de um plano mais resistente abaixo da região traumatizada e de ruptura capilar, permitindo, assim, o extravasamento sanguíneo. Em geral, são superficiais, mas podem surgir nas massas musculares, nas vísceras e no periósteo.
-Agressões são mais comuns de formar equimoses.
-Mais difícil de esconder, como uma agressão, olho roxo e demoram a desaparecer
O tecido pode permanecer íntegro, contrário da escoriação, que tem lesão da epiderme e da derme	
- Contusão mais freqüente e mais importante na prática.
- O tecido externo apresenta-se íntegro.
- Ocorre derrame sangüíneo interno e, com isto, ocorre produção de mancha de variado tamanho, conforme a extensão da área que sofreu o choque.
- O material extravasado vai ser reabsorvido e isto provoca uma variação cromática que vai do início ao pleno reparo da lesão.
-Quando se apresenta em forma de pequenos grãos, recebe o nome de sugilação e, quando em forma de estrias, toma a denominação de víbice.
-Petéquias, pequenas esquimoses, quase sempre agrupadas e caracterizadas por um pontilhado hemorrágico.
-As equimoses nem sempre surgem de imediato ou nos locais de traumatismo. Não é muitoraro, nos traumatismos cranioencefálicos mais graves, surgirem tardiamente equimoses palpebrais subconjuntivas, mastóideas, faríngeas e, com menos freqüência, cervicais.
-A forma das equimoses significa muito para os legistas. As vezes, imprime a marca dos objetos que lhe deram origem (equimoses figuradas) com mais fidelidade do que as escoriações. Dedos de uma mão, anéis, pneus de automóveis (estrias pneumáticas de Simonin) e tranças de corda podem deixar suas impressões em regiões atingias. Ex: equimose palpebral, conjuntival.
-Tonalidade da equimose é outro aspecto dee grande interesse médico-pericial. De inciio, é semore avermelhada. Depois, com o correr do tempo, ela se apresenta vermelho escura, violácea, azulada, esverdeada e, finalmente, amarelada, desaparecendo, em media, entre 15 e 20 dias.
-É importante também sua diferença com as equimoses não traumáticas, como as que ocorrem em certas doenças, a exemplo da púrpura, do eritema nodoso, do escorbuto e das doenças de Werlhof r de Barlow.
-Diagnostico diferencial da equimose deve ser feito com o livor hipostático. A equimose apresenta sangue coagulado, presença de malhas de fibrina, infiltração hemorrágica, presença em qualquer lugar do corpo, sangue fora dos vasos, rupturas de vasos e mais particularmente de capilares, sinais de transformação de hemoglobina e ausência de meta-hemoglobina.
4)Edema: é o acumulo de liquido no espaço intersticial e é constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, variando de acordo com sua etiologia. Quando aparece em determinado local e circunscrito a pequenos volumes chama-se de edema localizado. No estudo das lesõesdecorrentes da ação contundente interessa mais o chamado “edema por ação mecânica direta”, que tem como causas principais a torção, a percussão ou a pressão. Em muitos casos, o edema é agravado pela ação endógena da histamina.
4)Hematomas: quando o derrame sangüíneo não encontra condições de se difundir e forma coleções localizadas. O maior extravasamento de sangue de um vaso bastante calibroso e a sua não difusão nas malhas dos tecidos moles são, em conseqüência, um hematoma. Formam-se, no interior dos tecidos, verdadeiras cavidades, onde surge uma coleção sanguínea. Pela palpação da região afetada, percebe-se a sensação de flutuação. *Muito comum acontecer em cirurgias de traumas.
-O hematoma, em geral, faz relevo na pele, tem delimitação mais ou menos nítida e é de absorção mais demorada que a equimose, por isso em cirurgias o hematoma é drenado devido ao risco de infecção. Pode também ser profundo e encontrado nas cavidades ou dentro dos órgãos e, por isso, é chamado de hematoma intraparaquimentoso (intra-hepático, intrarrenal ou intracerebral).
- É semelhante à equimose, porém, trata-se de um rompimento de um vaso maior, portanto, o sangramento é mais violento a ponto de descolar a pele, formando uma verdadeira bolsa de sangue.
- Ocorre em locais de tecido frouxo, mole.
- Com o passar do tempo o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas variações de cores da equimose, só que processo será mais demorado
5)Bossa sanguínea: diferencia-se do hematoma por apresentar-se sempre sobre um plano ósseo e pela sua saliência bem pronunciada na superfície cutânea. É muito comum nos traumatismos do couro cabeludo e é vulgarmente conhecido por “galo”.
-Coleção de sangue, geralmente no couro cabeludo, galo, pode ser também linfático, mas característico nas crianças, onde tem mais tecido ósseo, forma-se mais na cabeça, chamado de Bossa sanguinea
-As bossas tem menos importância, mais são os hematomas, que são semelhantes as equimoses. A Bossa também é um hematoma, mas é na superfície óssea e geralmente forma mais em crianças. Mas o hematoma para gente tem mais importância, porque é um rompimento maior do vaso, sangramento mais violento, onde descola a pele e forma bolsa de sangue, por isso é diferente da equimose, no hematoma o tecido fica frouxo e mole e com passar do tempo o organismo absorve, com alterações de cores em um processo mais demorado
-As bossas podem ser sangüíneas quando o líquido, não podendo se espalhar, forma uma coleção (especialmente sob o couro cabeludo “galo” ou linfática, quando seu conteúdo for linfa.
O instrumento contundente age sobre a superfície corporal em que há tecido ósseo abaixo e com musculatura muito tênue, rompendo-se o vaso, forma-se a bossa sangüínea 
6)Ferida contusa: trata-se de lesões abertas cuja ação contundente foi capaz de vencer a resistencia e a elasticidade dos planos moles. São produzidas por compressão, pressão, percussão, arrastamento, explosão e tração.
Fraturas: decorrem dos mecanismos de compressão, flexão ou torção e caracterizam-se pela solução da continuidade dos ossos. São chamadas de diretas, quando se verificam no próprio local do traumatismo, e indiretas, quando provem de violência em uma região mais ou menos distante do local fraturado. é a solução de continuidade, parcial ou total dos ossos submetidos à ação de instrumentos contundentes (as fraturas cranianas são geralmente radiadas).
-Longitudinal: quando a incidência da força é anteroposterior.
-Transversal: quando a incidência é laterolateral.
-Circular: quando, por exemplo, em redor do buraco occipital, provocada por queda em que o individuo cai em pé, ajoelhado ou sentado, pelo impacto da coluna vertebral sobre o crânio.
Luxações: são caracterizadas pelo deslocamento de dois ossos cujas superfícies de articulação deixam de manter suas relações de contato que lhes são comuns. São denominadas completas, quando as superfícies de contato se afastam totalmente, e incompletas, quando a perda de contato das superfícies articulares é parcial. Podem ser fechadas e expostas. 
Entorses: são lesões articulares provocadas por movimentos exagerados dos ossos que compõem uma articulação, incidindo apenas sobre os ligamentos. Uma flexão intensa de uma mão sobre o antebraço, uma abdução mais brusca do polegar sobre o seu metacarpo, um pé mal assentado no solo ou uma rotação mais violenta de um joelho são exemplos de causas capazes de produzir uma entorse. A sintomatologia mais comum é a dor intensa, ao nível de articulação,
*A diferença entre luxação e entorse: a luxação pode ser corrigido cirurgicamente ou não, e a entorse nunca corrige cirurgicamente.
Rupturas de vísceras internas: um impacto violento sobre o corpo humano pode resultar em lesões mais profundas, determinando rupturas de órgãos internos.
-Teoria da pressão hidráulica, segue a lei de Pascal: a pressão sofrida por um órgão interno equipara-se a um recipiente cheio de água onde a força é exercida em todas as direções, vencendo no lugar de menor resistência. Essa teoria é mais aplicada para os órgãos ocos.
-teoria da hipercurvatura: certas curvaturas dependem da própria curvatura do órgão. É sempre transversal nas faces anterior e posterior das vísceras encurvadas. Assim, no fígado, se o agente atua em sentido anteroposterior, a ruptura será transversal e na face convexa. E será em sentido longitudinal, se o traumatismo for em sentido lateral.
Lesões por martelo: causa quase sempre dolosa, essas lesões, quando produzidas com certa violência, podem apresentar danos graves, como, por exemplo, afundamentos ósseos do segmento golpeado, reproduzindo a perda de tecidos quase semelhante à forma e às dimensões daquele objeto agressor. Quando a ação é em sentido perpendicular, estas lesões são conhecidas como “fratura perfurante” ou “fratura em vazador” ou “fratura em saca-bocados” de Strassmann.
-Conhecido como sinal do mapa Mundi
Lesões por cinto de segurança: três são só tipos de cintos de segurança usados comumente pelos condutores e pelos passageiros de veículos a motor: o pelviano ou subabdominal que mantém a pélvis presa ao assento; o toracodiagonal, que prense o tronco de encontro ao encosto da poltrona; e o combinado ou de “três pontos” que é uma combinação dos dois modelos citados.
Alem desses temos:
-Lesões por atropelamento terrestre 
-Lesões produzidas por explosão de bolsas de ar (airbags)
-Lesões dos passageiros do veiculo
-Lesões do condutor do veiculo
-Lesões por atropelamento náutico
-Lesões por atropelamento ferroviário 
-Lesões por precipitação

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