Buscar

[2021 2] História Educação - aula ao vivo 1 (1)

Prévia do material em texto

Aula ao vivo 1: História da Educação
Tópicos 1 e 2: Educação difusa e 
educação tradicionalista; 
Educação e participação na 
sociedade
Professor: Rafael Fanni
O que veremos nesta aula:
Tópico 1: Educação difusa e educação tradicionalista
- Educação tribal e pré-história: a educação difusa
- Da chamada "pré-história" às sociedades fluviais
- Antiguidade Oriental: a educação tradicionalista
Tópico 2: Educação e participação na sociedade
- A educação na Grécia antiga
- O surgimento da Pedagogia
- A educação na Roma antiga 
- Educação na Idade Média 
- Renascimento
Indivíduo
Educação
Sociedade
"A educação é um fenômeno 
social inerente à constituição do 
homem e da sociedade, 
integrante, portanto da vida social, 
econômica, política, cultural. 
Trata-se, pois de um processo 
global de entranhado na prática 
social, compreendendo processos 
formativos que ocorrem numa 
variedade de instituições e 
atividades (sociais, políticas, 
econômicas, religiosas, culturais, 
legais, familiares, escolares), nas 
quais os indivíduos estão 
envolvidos de modo necessário e 
inevitável, pelo simples fato de 
existirem socialmente." 
(LIBÂNEO, 2010, p. 97)
Indivíduo
Educação
Sociedade
Sociedade
Aluno
Professor
Função 
da 
Educação
Currículo
"O processo educativo [...] é um 
fenômeno social, enraizado nas 
contradições, nas lutas sociais, de 
modo que é nos embates da práxis 
social que vai se configurando o 
ideal de formação humana. Isso 
significa que a tarefa da reflexão 
pedagógica é a de superar a 
antinomia entre fins individuais e 
fins sociais da educação." 
(LIBÂNEO, 2010, p. 78)
"[...] os objetivos e conteúdos da 
educação não são sempre 
idênticos e imutáveis, antes 
variam ao longo da história e são 
determinados conforme o 
desdobramento concreto das 
relações sociais, das formas 
econômicas da produção, das lutas 
sociais." (Ibidem, p. 79)
Educação Difusa
Pré-História
Paleolítico
Neolítico
Sociedades Tribais
Primeiras tribos 
humanas ao longo 
dos rios
Algumas sociedades 
atuais que vivem de 
forma tribal
Educação 
tribal e 
pré-história: 
a educação 
difusa
O convívio na forma tribal traz especificidades na 
educação e transmissão de conhecimentos bem distinta 
dos modelos tradicionais que estamos habituados a ver 
em nossa sociedade.
Os saberes são transmitidos entre gerações por meio da 
repetição e estão ligados ao dia a dia dessas pessoas: 
"Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando 
os gestos dos adultos nas atividades diárias e nos rituais. 
Tanto nas tribos nômades como naquelas que já se 
sedentarizaram, para se ocupar com a caça, a pesca, o 
pastoreio ou a agricultura, as crianças aprendem 'para a 
vida e por meio da vida’, sem que ninguém esteja 
especialmente destinado para a tarefa de ensinar." 
(ARANHA, 2012, p. 22)
"O conhecimento mítico imprime uma tonalidade especial 
à educação, pois os relatos aprendidos não são 
propriamente históricos, no sentido da revelação do 
passado da tribo. Diferentemente, o mito é atemporal e 
conta o ocorrido no 'início dos tempos', nos primórdios. 
Daí os diversos ritos que marcam as passagens, como o 
nascimento e a morte ou ainda a iniciação à vida adulta." 
(Idem.)
Pa
le
o
lít
ic
o
Nomadismo
Caça, pesca e coleta
Educação baseada na 
sobrevivência
Registros, por meio 
de desenhos, de 
atividades cotidianas
Sem registros escritos
O período que compreende o momento de nomadismo dos 
agrupamentos humanos é denominado de "paleolítico", ou 
"pedra lascada", no qual durante milhões de anos o ser 
humano utilizou das lascas de pedra como instrumentos 
rústicos empregados na caça e como ferramentas simples.
Datam desse período as chamadas pinturas rupestres, as 
primeiras formas de representação artística humana que se 
tem registro. Eram feitas nas paredes de cavernas em diversas 
regiões do mundo. Essas pinturas, de forma geral, mostram 
cenas do cotidiano, principalmente de caçadas ou de rituais. 
Elas são uma forma de transmissão de conhecimento através 
da criação de imagens.
"De maneira geral as sociedades tribais são 
predominantemente míticas e de tradição oral. Para esses 
povos a natureza está 'carregada de deuses', e o sobrenatural 
penetra em todas as dependências da realidade vivida e não 
apenas no campo religioso, isto é, na ligação entre o indivíduo e 
o divino. O sagrado se manifesta na explicação da origem divina 
da técnica, da agricultura, dos males, na natureza mágica dos 
instrumentos, das danças e dos desenhos." (ARANHA, 2012, p. 
21)
Da chamada 
"pré-história" 
às sociedades 
fluviais
N
eo
lít
ic
o
Agricultura, pecuária, pastoreio e 
metalurgia
Moradia fixa (sedentarismo)
Atividades e conhecimento mais 
complexos. 
- [1] A fabricação de instrumentos, [2] o domínio do 
fogo e [3] a agricultura provavelmente foram três das 
maiores conquistas da humanidade em seu processo de 
evolução. Dos três, a agricultura foi o mais tardio e 
implicou diretamente na sedentarização, ou seja, na 
fixação dos grupos em determinados espaços 
geográficos.
- As primeiras civilizações agrícolas datam de cerca de 11.000 a.C. 
O domínio da agricultura, assim como o domínio do fogo, 
provavelmente veio da observação da natureza.
- Por séculos, os seres humanos observaram as sementes caírem na 
terra e brotarem até que, em algum momento, decidiram-se por 
coletar não os frutos, mas as próprias sementes e delimitar, por seus 
próprios desejos, os lugares em que essas sementes deveriam ser 
enterradas.
 - Com a Revolução Neolítica os seres humanos buscam se fixar 
perto dos rios.
- Tornam-se agricultores. Plantam trigo (de que se fazia pão), cevada 
(de que se fazia a cerveja), centeio, vinha, linho e algodão. 
- Começam a pastorear, domesticando o boi, o porco e a cabra e 
construindo as primeiras embarcações.
- Fazem armas de pedra polida, inventam a roda e a cerâmica e 
surgem as primeiras instituições: a família e a propriedade privada, a 
religião e uma espécie de Estado.
C
iv
ili
za
çõ
es
 d
o
 O
ri
en
te
 P
ró
xi
m
o Conglomerados urbanos e grandes 
civilizações. 
Atividades e conhecimento mais 
complexos. 
Sociedades do Egito, da Mesopotâmia e 
demais regiões do Oriente Médio. 
Educação voltada para manter ordem 
social e religiosa e para práticas 
militares. 
Desenvolvimento da escrita cuneiforme 
na Suméria e do alfabeto pelos fenícios. 
Com esses novos conhecimentos que vão surgindo também 
mudam as formas de ensino e aprendizagem, uma vez que vão 
se diversificando as possibilidades de atuação e da própria 
existência, ocorrendo o desenvolvimento de diversas áreas do 
conhecimento, o que acaba por originar uma divisão do 
trabalho mais complexa e diversificada. Estudos matemáticos e 
do meio, assim como a observação de animais e plantas se 
tornam indispensáveis para essas sociedades.
A propriedade da terra deixa de ser coletiva e passa a existir 
como Estado, sendo da responsabilidade de um corpo 
administrativo controlar os diversos setores da vida social, 
política, cultural e econômica.
Antiguidade 
Oriental: a 
educação 
tradicionalista
Ed
u
ca
çã
o
 T
ra
d
ic
io
n
al
is
ta
Mesopotâmia
Egito
Fenícios
Persas
Chineses
Hindus
Hebreus
No que diz respeito ao ensino nessas sociedades, se tratava de um modelo 
denominado tradicionalista, onde os valores tradicionais eram transmitidos de 
uma geração para outra. Eram valorizados os costumes voltados para a religião e 
a cultura dos povos e, tendo em vista que se tratavam de sociedades com rígida 
divisão entre os grupos sociais, aprende a ler e escrever era para poucas 
pessoas.
"A educação deixou de ser igualitária e difusa, portanto acessível a todos, como 
nas tribos. Enquanto alguns eram privilegiados, o restante da população não 
tinha direitos políticos nem acesso ao saber da classe dominante.
Em decorrência, estabeleceu-se uma diferenciação entre os destinados aos 
estudos do sagrado e da administraçãoe aqueles voltados ao adestramento 
para os diversos ofícios especializados. Teve início, então, o dualismo escolar, 
que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os filhos dos nobres e de 
altos funcionários. A grande massa era excluída da escola submetida à educação 
familiar informal. (ARANHA, 2012, p. 32)
Educação Tribal ou Difusa
• Sociedades igualitárias
• Existente entre tribos desde o 
paleolítico. 
• Muitas etnias indígenas ainda 
se valem desse modelo. 
• O ensino da criança não é de 
responsabilidade única dos 
pais. 
• Não há apropriação do ensino 
com fins de poder ou lucro 
entre os demais membros da 
aldeia. 
• Divisão social e de gênero do 
trabalho.
Educação Tradicionalista 
Hierárquica
• Sociedades desiguais.
• Educação dada pelas 
famílias.
• Conhecimento como 
distinção social e de poder.
• Forte influência da religião.
• Patriarcal.
• Importância dos 
conhecimentos e da escrita 
para controlar o Estado.
Sociedades 
Orientais
Sociedade 
Greco-romana
Propriedade privada
Patriarcalismo
Antropocentrismo
Economia Agrária e 
comercial
Propriedade estatal
Patriarcalismo
Teocentrismo
Economia agrária
Teocracia
Democracia
A educação 
na Grécia 
antiga
Após muitas civilizações se guiarem por tradições e 
costumes que eram transmitidos entre gerações com 
forte apelo à religião (aos mitos), surge numa região 
da Europa mediterrânea uma civilização que reunia 
condições históricas favoráveis ao desenvolvimento 
de um modo novo de pensar que questionava as 
formas de viver e de pensar das tradições:
 
"Alguns autores costumam chamar de 'milagre grego' 
a passagem do pensamento mítico para o racional e 
filosófico. Mais recentemente, porém, outros 
estudiosos admitem que esse foi um processo 
preparado lentamente pelo passado mítico e cujas 
características não desapareceram como por encanto 
na nova visão filosófica do mundo. Segundo essa 
nova interpretação, a filosofia na Grécia não é, na 
verdade, um salto realizado por um povo privilegiado, 
mas a culminância de um processo que se fez ao 
longo de milênios e para o qual concorreram as 
novidades introduzidas na época arcaica." (ARANHA, 
2012, p. 49)
G
ré
ci
a
 Modelos tradicionais de ensino e de 
conhecimento passam a ser questionados
Séculos VI e V a.C., surgem, 
em Atenas, a Filosofia e a 
Pedagogia (Período Clássico). 
Esparta: educação 
militarizada. 
Pensamento 
mitológico sofre 
abalo
Paideia: formação integral do 
ser humano, físico, espírito e 
mente. 
Atividades físicas, teatro, música, retórica, 
oratória, línguas, entre outras áreas do 
conhecimento
Filosofia Pré-Socrática (a partir do século VI a.C.): se ocupavam de 
questões relacionadas à origem do mundo, o cosmos e os elementos que 
formavam a Natureza, percebendo que essa possuía leis que regulavam 
seus ciclos. Nesse período, o pensamento teológico já começa a ser 
separado do racional, ou seja as vontades e desejos dos deuses já não são 
mais vistos por todos como as causas de tudo o que acontecia no mundo. 
Alguns desses filósofos são: Tales de Mileto, Pitágoras, Demócrito e 
Xonófanes.
Sócrates (469-399 a. C.): a ideia de crítica e reflexão ganha impulso com o 
método socrático de ensino chamado Maiêutica (construção de diálogos), 
no qual Sócrates apenas realizava perguntas aos seus discípulos e estes 
deveriam trazer as respostas dos seus próprios pensamentos.
Platão (427-347 a.C.): discípulo de Sócrates, ele foi responsável por 
registrar os diálogos e ensinamentos de Sócrates. Lecionou nos ginásios 
atenienses. Considerado um filósofo idealista por fundamentar sua reflexão 
sob o pressuposto da dualidade da existência, em que o mundo das 
essências precede o mundo físico, material, que seria uma cópia imperfeita 
do mundo das ideias.
Aristóteles (384-322 a.C.): discípulo de Platão, acreditava no oposto do seu 
mestre. Para ele o conhecimento se dava por meio de nossos sentidos, no 
mundo físico, a partir de observações e anotações. Considerado o criador 
da taxonomia.
Pedagogia
Pedagogo 
Ofício do 
escravo
Ciência das 
Ideias sobre 
educação
O surgimento 
da Pedagogia
A Paideia deu origem ao conceito de Pedagogia que possuímos atualmente. A 
Filosofia sempre esteve na base do pensamento sobre o ato de ensinar e 
aprender, estimulando o desenvolvimento físico e intelectual dos sujeitos em 
formação.
"A ênfase dada à formação integral deu origem a um conceito de complexa 
definição, ou seja, à paideia, palavra que teria sido cunhada por volta do século 
V a.C., mas que exprimia um ideal de formação constante no mundo grego. De 
início significava apenas educação dos meninos (pais, paidós, 'criança'). Com o 
tempo, adquiriu nuanças que a tornaram intraduzível. O helenista Werner 
Jaeger, que escreveu uma obra como esse nome (Paideia), diz: 'Não se pode 
evitar o emprego de expressões modernas como civilização, cultura, tradição, 
literatura ou educação; nenhuma delas, porém, coincide realmente com o que 
os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir 
um aspecto daquele conceito global e, para abranger o campo total do conceito 
grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez'." (ARANHA, 2012, p. 52)
"O conceito de paideia, entre os gregos, influenciou o que os romanos, nos 
tempos de Cícero, iriam chamar de humanitas e que abrangia a formação 
integral do ser humano. É bem verdade que se tratava de uma orientação 
aristocrática, já que 'os bem formados' não se ocupavam com as 'artes servis', 
ofícios de escravos." (ARANHA, 2012, p. 52) -> ex.: alma de bronze (serviços 
braçais); alma de prata (guerreiros); alma de ouro (filósofos) Platão
Os meninos sempre eram acompanhados 
por um escravo, conhecido como pedagogo. 
A palavra paidagogos significa literalmente 
"aquele que conduz a criança" (pais, paidós, 
"criança"; agogós, "que conduz").
Roma 
Antiga
Influenciados 
pelo modelo 
grego da 
Paideia Humanitas: 
formação 
completa do ser 
humano
Educação voltada 
para a vida em 
cidades 
(cosmopolita)
Saber 
argumentar 
e se 
expressarExercício da 
cidadania e 
estudos 
jurídicos
Educação militar e 
exaltação da 
história por meio 
da vida de heróis.
A educação 
na Roma 
antiga 
Os romanos buscavam uma ampla formação do ser 
humano, estimulando a formação do homem 
integral, desenvolvendo seu intelecto e suas 
habilidades físicas. Disciplinas como a oratória e 
retórico eram valorizadas, tal como o preparo para o 
exercício da política e práticas militares.
A educação não era acessível a todas as pessoas, 
sendo direcionada à classe dos patrícios e grandes 
senhores de terras.
Escravidão romana, tal como na Grécia, não era 
baseada em questões raciais, mas sim por conquista e 
escravização dos povos vencidos em guerras ou de 
pessoas que possuíssem dívidas. Sendo assim, muitos 
escravizados em Roma exerceram importantes 
atividades sociais, como professores, músicos, 
atores, arquitetos, entre outros.
O conceito de humanitas abarca uma formação 
integral do ser humano e sua participação ativa na 
vida social, exercendo seus direitos e deveres. Nessa 
formação integral, as artes, como música, teatro e a 
dança possuíam papel fundamental.
Educação na 
Idade Média 
Predomínio da 
mentalidade 
cristã, 
representada 
pela Igreja 
Católica. 
Filosofia a 
serviço da Fé. 
Permanência 
dos 
pensamentos 
de Platão e 
Aristóteles
Enciclopedismo 
medieval
Escolas 
catedráticas
Escolástica: 
Baixa Idade 
Média
Surgimento das 
universidades 
medievais
Idade Média
- Com as invasões dos povos nórdicos e germânicos provindos do Leste da Europa, o Império 
Romano do Ocidente entra em declínio entre os séculos III e V. Com a ocupação dos centros 
urbanos os habitantes das cidades romanas buscam refúgio no campo, local onde os mais ricos 
possuíam propriedades chamadas de vilas romanas. A mistura de elementos culturais romanos e 
desses "povos bárbaros" (como os alanos,visigodos, ostrogodos, vikings, burgúndios, francos, 
entre outros) deu origem a uma civilização que, mesmo sendo distinta em diversas localidades, 
possuía características em comum.
- Algumas delas: preservação do cristianismo; garantia do direito consuetudinário dos povos provindos 
do Leste, prevalecendo as tradições de cada povo em relação às leis escritas em Roma; estabelecimento 
dos contratos de soberania e vassalagem entre senhores feudais. Uma sociedade estratificada: clero, 
nobres e servos.
- Havia por parte da Igreja Católica um monopólio da cultura intelectual. A educação era feita de 
clérigos para clérigos. Havia uma divisão entre as sete artes liberais, as únicas dignas de homens livres 
(gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música), e, em oposição às artes 
mecânicas.
- Os Enciclopedistas (V-VII) se debruçavam sobre as obras que envolvem as artes e as ciências do 
mundo antigo, como Aristóteles e outros filósofos gregos, que vão sendo adaptados ao pensamento 
cristão medieval.
- Escolástica (método predominante nas universidades medievais entre os séculos IX ao XVI) foi o 
pensamento cristão da Idade Média, baseado na tentativa de conciliação entre um ideal de 
racionalidade, corporificado especialmente na tradição grega do platonismo e aristotelismo, e a 
experiência de contato direto com a verdade revelada, tal como a concebe a fé cristã.
- As argumentações baseadas na lógica aristotélica vão abrindo caminho para o surgimento das 
primeiras universidades, locais onde se amplia o conhecimento além das artes liberais.
- Com a ascensão dos burgueses (revolução agrícola e ressurgimento das cidades) o interesse por uma 
educação voltada às práticas de ofícios como a carpintaria, a sapataria e o comércio surgem as 
Corporações de Ofício.
Educação 
Católica
Criação dos 
Colégios
Ratio 
Studiorum
Educação sob 
responsabilida
de da Igreja
Educação 
Protestante
Alfabetização
Educação 
Pública
Influência da 
Prensa de 
Gutemberg
Renascimento- Marca o início de um processo de intensas mudanças nos campos da arte, 
política, cultura, religião e economia. Surgem novas formas de trabalho e 
sociabilidade, vinculadas sobretudo ao renascimento das cidades.
- Centralização do poder na pessoa do monarca (absolutismo): séculos 
XVI-XVII e a crítica a esse modelo, século XVIII, pelo Iluminismo e 
Liberalismo.
- Pensamento religioso passou a ser questionado por meio do uso da razão, 
quando surge a ciência moderna (ocorrem descobertas científicas em 
várias áreas). No século XVII consolida-se a chamada Revolução Científica.
- Reforma Protestante (contestava os padrões dogmáticos da Igreja 
Católica e o seu acúmulo de poder, direciona fortes críticas à venda de 
indulgências, o perdão divino). Martinho Lutero (1483-1546) defendia a 
tradução da bíblica, um ensino básico universal, apoia-se na invenção da 
imprensa para a divulgação da palavra escrita.
- Contrarreforma: a Igreja Católica reafirma os valores cristãos católicos 
estabelecendo o Index de leituras proibidas. Funda colégios formadores de 
padres missionários para atuarem nas regiões colonizadas. Um exemplo: a 
Cia de Jesus. Impunham a sua fé, valores e costumes aos povos com os 
quais entravam em contato. 
- Ratio Studiorum: Constituiu-se numa sistematização da pedagogia jesuítica contendo 467 regras 
cobrindo todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino e recomendava que o professor 
nunca se afastasse do estilo filosófico de Aristóteles, e da teologia de Santo Tomás de Aquino.
- Como o modelo social estava em processo de mudança a educação, como formadora de padrões 
sociais, não fica fora desse processo. O humanismo (o humano como centro do conhecimento) passa a 
substituir o teocentrismo medieval (quando a religião determina as formas de agir e de pensar). O 
humanismo é uma das bases para a Revolução Científica (campo das ciências naturais).
O pensamento burguês estimula a investigação pragmática e a descoberta de conhecimentos que 
tenham utilidade para a produção capitalista. No período da Revolução Industrial nascem os primeiros 
colégios sob esta orientação, mas estes não atingem todos os setores. Os nobres permanecem 
valorizando o ensino das normas de etiqueta e formas de comportamento e os setores populares 
ficavam à margem dos incentivos ao ensino reservado aos filhos dos comerciantes. Este ensino liberal e 
leigo (ou seja, sem interferência religiosa) não deixava de ser autoritário e rigoroso, pois estava 
assentado na disciplina, inclusive com a aplicação de castigos corporais.
- Iluminismo: os ideais iluministas vão aprofundar a visão de mundo racionalista incentivada desde a 
Revolução Científica do século XVII. Volta-se contra os resquícios do mundo medieval, demarcando uma 
crítica profunda do que denominam de Antigo Regime.
Bibliografia consultada:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação e da pedagogia. São Paulo: 
Moderna, 2012. (epub) [link]
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 12 ed. São Paulo: Cortez, 
2010. [link] 
https://br1lib.org/book/11454424/a216a7
https://br1lib.org/book/5645025/9bb6c2
Muito Obrigado!
Aula ao vivo 1: História da Educação Professor: Rafael Fanni

Mais conteúdos dessa disciplina