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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR PLANTÃO UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO TERESINA 2022 SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR PLANTÃO UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia de Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientadora: Profa. Dra. Juliana Macêdo Magalhães TERESINA 2022 1. No plantão de uma Unidade de Pequeno Porte de uma cidade do interior do Estado, dá entrada uma vítima de ferimento por arma branca (faca) nos dois hemitórax, que apresenta sinal evidente de perfuração à exploração digital (detectado ar e sangue na cavidade, bilateralmente). O paciente chega vivo à unidade, com queda rápida da pressão arterial, taquipneia e cianose. Disponível na unidade apenas material para ressuscitação cardiopulmonar. Não existe na unidade kit específico para drenagem torácica sob selo d'água. O que sugere nesta situação? Qual seria sua opinião? De acordo com os sinais e sintomas observados o paciente apresenta derrame pleural com nível hidroaéreo (derrame pleural e pneumotórax traumático por arma branca) e hemorragia com queda de pressão arterial, podendo evoluir para um possível choque hipovolêmico. O primeiro passo, na minha opinião, seria fechar o ferimento provisoriamente com bandagem oclusiva estéril (curativo de três pontas), o que permite o fluxo de ar unidirecional da cavidade pleural para o meio externo, impedindo o fluxo contrário, posteriormente evitar o choque hipovolêmico tratando com fármacos pró-coagulação como ácido tranexâmico (antifibrinolítico), se necessário fazer reposição volêmica para normalizar a hemodinâmica e pressão vascular. No caso não é possível realizar a drenagem, portanto a pleurodese química é o mais indicado (colabamento dos folhetos pleurais visceral e parietal produzindo retração do espaço pleural, que impossibilita o acúmulo de líquido), esse tratamento promove o colabamento pleural a partir de fármacos, como: Doxiclina, Minociclina e Bleomicina. Com isso, há um esvaziamento do líquido pleural. Depois disso deve ser realizada uma reavaliação do atendimento primário, solicitaria exame de imagem (USG fast – se possível), após estabilização: 1. História SAMPLA: sintomas, alergia, medicamentos em uso, sem comorbidades prévias, se ingeriu bebidas e alimentos há 2 horas, ambiente do acontecido. 2. Exames complementares: raio X de tórax, hemograma, gasometria arterial, uréia e creatinina, TGO/TGP, ECG; Caso o líquido do derrame pleural for para zonas teciduais e causar edema, iria sugerir tratamento com diurético, como furosemida. 2. Relação Prático-Teórica: O caso apresentado foi abordado em duas APG separadas, onde abordamos os sinais e sintomas de cada doença e um pouco sobre o tratamento. Nesse caso clínico foi possível abordar tratamento e abordagem das patologias em conjunto, que é muito comum em caso de trauma perfurante, o que ajuda a fixar e melhorar o raciocínio clínico. REFERÊNCIAS: VAZ, Marcelo Costa; MARCHI, Evaldo; VARGAS, Francisco Suso. Pleurodese: técnica e indicações. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 32, n. 4, p. 347-356, 2006. ROBERTO, Saad JR.; ACCYOLI, Moreira Maia.; SALLES, Ronaldo Antonio Reis Vianna. Tratado de Cirurgia do CBC. ATHENEU EDITORA, 2009. ATLS – Suporte Avançado de Vida no Trauma para Médicos. 9.ed. Editora Elsevier , 2012. SOUZA, Petry Hamilton et al. Cirurgia do Trauma: condutas diagnósticas e terapêuticas. Editora Atheneu, 2003.
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