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AIDS ABORDAGEM DIAGNOSTICA E TERAPEUTICA. AVALIAÇÃO DO GRAU DE IMUNODEFICIÊNCIA Quanto mais baixo o número de linfócitos (especialmente abaixo de 200) mais susceptível à ocorrência de doenças. SINAIS DE IMUNODEFICIENCIA MODERADA: A tipagem linfocitária é o exame mais importante para avaliar o grau de imunodeficiência na doença ativa. Os principais sinais incluem: perda de peso inexplicada (>10%), diarreia crônica por mais de 1 mês, febre persistente inexplicada por mais de 1 mês, candidíase oral persistente, candidíase vulvovaginal persistente, leucoplasia pilosa oral, tuberculose pulmonar, infecções bacterianas graves, estomatite, etc. No exame é obrigatório pedir para o paciente abrir a boca para avaliação. SINAIS DE IMUNODEFICIENCIA GRAVE: Candidose de esôfago, candidose de traqueia, brônquios ou pulmão, citomegalovirose em qualquer outro local que não seja fígado, baço ou linfonodos em maiores de 1 mês, criptococose extrapulmonar, criptosporidiose com diarreia persistindo por mais de 1 mês, herpes simples em brônquios, pulmões ou trato gastrointestinal, herpes simples mucocutâneo por mais de 1 mês, etc. Manifestações Pulmonares: Ex: paciente pode estar hipoxêmico e com infiltrado intersticial na radiografia. Manifestações Neurológicas: Ex: Pode apresentar toxoplasmose cerebral (doença oportunista) – imagem na Tc é um círculo com material inflamatório ao redor. Suspeita de meningite em paciente com imunodeficiência adquirida devemos pedir TC. O vírus pode agredir diretamente o sistema nervoso central, podendo ter também encefalopatia pela ação do vírus, tendo a tríade clássica: déficit cognitivo, depressão e incapacidade motora progressiva (nunca esperar os 3 juntos, pois pode dar um e não dar outro), acrescentar confusão mental, mudança repentina de humor, etc. Manifestações Cutâneas: Pele ressecada, herpes genital extenso, sarcoma de Kaposi, etc Manifestações atribuídas ao próprio vírus: neurológicas, nefropatia, cardiomiopatia. INFECÇÃO AGUDA PELO VÍRUS HIV: Sinais e sintomas associadas à infecção aguda: febre, linfoadenopatia, dor na garganta, rash cutâneo, artralgia, diarreia, anorexia, mialgia, pessoa se sente mal para trabalhar, vômitos, etc. DIAGNOSTICO DA INFECÇÃO PELO VIRUS HIV: Triagem: exame em pessoas assintomáticas - aleatórias (Ex: na doação de sangue é feita a triagem). Diagnóstico: testes de laboratório para pesquisa do vírus (RNA), anticorpos, linfócitos CD4+. Monitoramento MARCADORES DE INFECÇÃO: Fase de eclipse é a fase onde não conseguimos visualizar vírus nem anticorpos. ELISA de 4º geração permite fazer tanto diagnóstico pela glicoproteínas do vírus e por anticorpos. O ELISA de 1ª e 2ª geração consegui identificar os anticorpos IgG. ELISA de 3ª geração consegue identificar IgG e IgM. Teste rápido reagentes para HIV Teste confirmatório: Western Blot Se fez triagem, sendo assintomático e 2 deram positivos, o paciente deve fazer o Western Blot. Se fez teste e for sintomático considerar o diagnóstico feito sem precisar do Western Blot. Fora da fase aguda, pedir pesquisa de vírus é para fazer tratamento (saber quantidade de vírus para saber quantidade de medicação) e não diagnóstico. ELISA de 4º geração consegue fazer em 15-20 dias e Western Blot 45-60 dias DIAGNÓSTICO -> TIPAGEM -> CARGA VIRAL Quando solicitar a carga viral? Diagnóstico de AIDS confirmado, antes de começar a terapia antirretroviral, monitorização de resposta terapêutica e mudança no status clínico ou imunológico. Ex: reação em cadeia de polimerase (PCR), método b.DNA e o NASBA. TERAPIA ANTIRETROVIRAL: O vírus pode ser combatido desde o início até a chegada ao nível nuclear. Os dois principais grupos de medicamentos são os inibidores da transcriptase reversa (Lamivudina, Tenofovir, Abacavir, etc) e os inibidores de integrase viral, usa-se também (não é primeira linha) os inibidores de protease (Saquinavir, Nelfinavir, etc), entre outros. FALHA VIROLÓGICA: É quando mesmo com tratamento adequado, não reduz a carga viral do paciente. Caracterizada quando vírus é detectado após 6 meses do início ou modificação do tratamento ou quando o vírus sumiu após tratamento mas depois voltou. Pode ser por resistência do vírus. Para pesquisa de resistência viral: genotipagem (só faz na falha virológica) TOXICIDADE AOS MEDICAMENTOS: Pode gerar acidose lática, síndromes de hipersensibilidade, hepatites, pancreatite, IAM, etc. SINDROME INFLAMATORIA DE RECONSTITUIÇÃO IMUNE: Resulta da melhora da reposta imune após tratamento, mas com a alta de linfócitos, esses linfócitos acabam reagindo com microrganismos gerando resposta. Inflamatória. Medica com corticoide em doses anti-inflamatórias. Profilaxia primária é quando você já medica a fim de evitar essa reação (Ex: Pneumocystis, toxoplasma, mycobacterium, etc)
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