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HEMODINÂMICA (AULA 1) ETIMOLOGIA Hemo – sangue Dinâmica – movimento Estuda-se a circulação do sangue (veias e artérias), por meio de contraste, através dos raios x. Hemodinâmica consiste em procedimentos intervencionistas, pois são procedimentos radiológicos que intervém em um processo de doença, formando um resultado diagnostico ou de tratamento. Os procedimentos usuais em uma sala de hemodinâmica são na sua grande maioria de caráter diagnostico, como exemplo: cateterismo, artéria pulmonar, coronariografia, etc. PRÓS CONTRAS Baixo risco comparado com procedimentos cirúrgicos; Curta permanência do paciente no hospital; Tempo de recuperação curto; Não é invasivo. Custo considerado; Alto nível de radiação; Técnico capacitado; Não é invasivo, porém você está mexendo com o sistema circulatório do paciente. POR QUE MAIS RADIAÇÃO? Pois, trabalhamos com uma coisa chamada: fluoroscopia, ou seja, é um exame em tempo real do corpo do paciente, o raio x passa pelo paciente da mesma forma, porem ao invés de sensibilizar um filme, a imagem é mostrada em uma tela. SALA DE EXAME Arco em c/cirúrgico – raios x; Aparelho de monitoração cardíaca; Bomba injetora; Oximetro; Desfibrilador. FERRAMENTAS DO ARCO EM C Escopia – imagens em tempo real, as imagens não são salvas automaticamente. DR – após a localização realizada com a escopia, utiliza se esta técnica para aquisição/fotografar a imagem. Escopia pulsada – faz a escopia automática e grava. Subtração – subtrai, elimina toda a estrutura com índice de densidade, após alguns segundos faremos novas imagens no mesmo local da subtração, normalmente com injeção do MDC. FUNÇÃO DO TÉCNICO Seleção e preparo do material usado no procedimento; Identificação do paciente e exame; Arrumar o aparelho na sala; Higienização; Durante o exame fazer as imagens solicitadas; Após o exame documentar, imprimir as imagens, gravar em CD e no filme. Cuidado: para não jogar as imagens fora. PUNÇÃO X DISSECÇÃO Punção – o cateter entra no paciente através da região cutânea ou subcutânea, atingindo o vaso de interesse. Dissecção - procedimento onde se corta próximo a região de interesse, para expor o vaso e introduzir o cateter. MDC (MEIO DE CONTRASTE) Para visualizarmos as imagens na hemodinâmica, utilizamos contraste como meio de ênfase, ou seja, é ele que vai fazer “brilhar” o problema naquele vaso. MDC usado é o iodo não iônico. Sua quantidade dependerá do tamanho do vaso. Pode ir de 10 ml a 50/60. Mdc negativo – ar Mdc positivo – contraste BOMBA INJETORA DE CONTRASTE É um equipamento utilizado para realizar a infusão de contraste, automatizada com controle de fluxo e volume, além de dar uma certa continuidade de injeção que uma pessoa não conseguiria alcançar. SELDINGER Nomenclatura usada para a técnica de punção arterial (seis passos abaixo). PATOLOGIA E TERMOS Estenose - estreitamento de um órgão. Angina pectoris - dor no peito. Stent – artificio de metal (na maioria das vezes de aço inoxidável), colocado no lúmen de um vaso para fornecer sustentação. Lúmen – luz do vaso Cateter – “sonda” que vai percorrer o vaso. Aneurisma – é uma dilatação arterial, ocorre quando a parede de uma artéria fica mais fina e frágil, e nesse local, se forma uma pequena bolsa. Seu risco maior é romper-se. Isquemia – diminuição do fluxo sanguíneo para um órgão, geralmente devido a uma obstrução. Ateroma – placas de gordura que se formam nas paredes dos vasos. Taquicardia - Aceleração dos batimentos cardíacos. Bradicardia – retardamento dos batimentos cardíacos. Trombolítico – fármacos usados para dissolver os trombos sanguíneos. Edema – inchaço da área. Eritema – vermelhidão da pele por dilatação dos capilares. Trombo - Trombo é uma coagulação de sangue no interior do vaso sanguíneo. Ocorre pela agregação plaquetária. Dispneia – dificuldade de respirar, respiração rápida e curta. Agenesia – ausência de algum órgão. Ressecção – intervenção cirúrgica para extração total ou parcial de um órgão. Balão – objeto que será insuflado nos procedimentos, para afastar ou segurar algo. Marca passo – pequeno aparelho implantável cirurgicamente para restaurar a normalidade do ritmo cardíaco. EXAMES COM VEIAS E ARTÉRIAS Utiliza-se mais as artérias, pois suas paredes são mais espessas e elas permitem que o contraste passe mais rápido, já as veias que suas paredes são mais finas, o contraste passa mais lentamente. A hemodinâmica venosa é mais complexa pois não há uma bomba a criar um gradiente de energética para assegurar o fluxo sanguíneo. 90% dos procedimentos são da cardiologia intervencionista. ARTÉRIAS MAIS UTILIZADAS Femoral Braquial Radial Axilar CORAÇÃO Lado direito: Átrio direito e ventrículo direito – sangue venoso. Lado esquerdo: Átrio esquerdo e ventrículo esquerdo – sangue arterial. IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO É irrigado por duas artérias: Coronária direita e Coronária esquerda. CONTRAS-INDICAÇÕES RISCO/ COMPLICAÇÕES Função renal prejudicada • Alergia ao MDC • Desordem na coagulação do sangue • Uso de medicamentos anticoagulantes • Disfunção cardiopulmonar e neurológica. • Sangramento • Formação de trombo • Formação de embolo (migração do trombo) • Dissecção de um vaso • Infecção no local TIPOS DE CATETER JR – serve para diagnosticar a coronária direita. JL – serve para diagnosticar a coronária esquerda. PIG – serve para diagnosticar o VE, Aorta abd e veia cava HEMODINÂMICA (AULA 2) INSUFICIÊNCIA CORONÁRIA Estudo das artérias coronárias, é o exame mais comum em um serviço de hemodinâmica, devido a grande incidência de pacientes com esse problema. É uma condição em que o coração é incapaz de bombear sangue na corrente sanguínea em quantidade suficiente para dar resposta às necessidades do corpo. COMO TRATAR? Angioplastia - intervenção cirúrgica destinada a reparar um vaso deformado, estenosado ou dilatado, ou seja, é um tratamento para desobstrução de um vaso. Nesse caso que estamos estudando, é a angioplastia coronária. É um procedimento realizado para a desobstrução das artérias coronárias e utiliza cateteres que vão até o coração, levando balões de desobstrução. Podem ser usados também stents, esse procedimento é terapêutico e, portanto, não é um exame diagnóstico. Angioplastia convencional – o médico vai só inflar o balão, e aquele ateroma vai ficar “preso” nas paredes da artéria. Com stent – O médico faz todo esse procedimento, e depois fixa uma stent. (a colocação do stent mostrou redução dos índices de reestenose, mas a angioplastia convencional ainda tem seu espaço em vasos de pequeno calibre). Dos dois jeitos a placa de gordura continua ali, ela só é depois tratada por meio de remédios. Na angioplastia, geralmente se usa apenas anestesia local mantendo-se o paciente acordado. Tem duração de aproximadamente 1 hora e não existem grandes cortes ou suturas PRINCIPAIS ANGIOGRAFIAS: Arteriografia – Estudo dasartérias Venografia – Estudo das Veias Angiocardiografia – Estudo da área cardíaca Linfografia – Estudo dos Linfonodos CATETERISMO CARDÍACO / CINEANGIOCORONARIOGRAFIA / ANGIOGRAFIA CORONÁRIA OU ESTUDO HEMODINÂMICO. É um exame invasivo, popularmente conhecido como cateterismo cardíaco, que tem por objetivo diagnosticar doenças do coração e de suas artérias coronárias. Mais comumente, é usado para identificar obstruções nas artérias coronárias. Pode ser realizado via braquial ou femoral, com a introdução de cateteres que vão até o coração. As imagens são obtidas com o uso de contraste iodado não iônico e de raios- X. O exame é praticamente indolor e os riscos são mínimos. VALVULOPLASTIA É o processo pelo qual se dilata com um balão a válvula estenosada. A válvula é ultrapassada, o balão é inflado e puxado, dilatando deste modo o espaço entre os folhetos valvares. A valvuloplastia é a cirurgia realizada para correção de um defeito em uma válvula do coração para que a circulação sanguínea ocorra corretamente. Essa cirurgia pode envolver apenas o conserto da válvula danificada ou a sua substituição por outra feita de metal ou de um doador humano que faleceu. Além disso, existem diferentes tipos de valvuloplastia, pois existem 4 válvulas cardíacas: a válvula mitral (bicuspide), a válvula tricúspide, a válvula pulmonar e a válvula aórtica. A valvuloplastia normalmente é feita com anestesia geral e um corte no tórax para o cirurgião observar todo o coração. Esta técnica convencional é utilizada especialmente quando se trata de uma substituição, como no caso de uma insuficiência mitral grave, por exemplo. Porém, o cirurgião pode optar por técnicas menos invasivas, como: Valvuloplastia por balão: consiste na introdução de um cateter com um balão na ponta, normalmente pela virilha, até ao coração. Depois do cateter estar no coração, é injetado contraste para o médico poder ver a válvula afetada e o balão é insuflado e desinflado, de forma a abrir a válvula que se encontra estreitada; Valvuloplastia percutânea: é introduzido um pequeno tubo pelo tórax em vez de ser feito um corte grande, diminuindo a dor após a cirurgia, o tempo de internamento e o tamanho da cicatriz. EMBOLIZAÇÃO É um método utilizado para diminuir o fluxo sanguíneo arterial, usado também para interromper o fluxo sanguíneo durante alguns tipos de cirurgias. São usadas algumas substancias para vedar o fluxo em vasos que nutrem certas áreas que devem ser atrofiadas (tumores, etc.). Pode ser usado o gelfoam que é colocado seletivamente, nos vasos que nutrem tumores cerebrais, renais e de medula. EMBOLIZAÇÃO DE UM ANEURISMA CEREBRAL Através da introdução de um cateter na artéria femoral, é possível chegar até o aneurisma no cérebro. Tudo é assistido, por meio de imagens radiológicas, através de um monitor de TV. Dentro desse cateter, passam os fios de platina que são colocados no local do aneurisma em forma de espiral, formando uma espécie de malha, preenchendo o local, evitando, assim, o seu rompimento e o derrame cerebral. INDICAÇÕES PARA EMBOLIZAÇÃO Parar o fluxo sangue em um local Parar sangramento Reduzir o fluxo de sangue Liberar um agente quimioterapeutico TECNICA ENDOVASCULAR Destacam-se entre estas doenças os aneurismas da aorta, as obstruções do fluxo sanguíneo das pernas e do cérebro devido ao acúmulo de resíduos de colesterol e cigarro nas artérias femorais e nas carótidas. Na cirurgia endovascular da aorta abdominal, uma prótese endovascular auto expansível é inserida por duas discretas incisões na região inguinal, comprimida em uma bainha aplicadora de apenas 6 mm de diâmetro, que entra pelas artérias femorais em direção ao o aneurisma da aorta. O aneurisma é então excluído do contato com a pressão sanguínea direta, o que faz com que o aneurisma diminua de tamanho eliminando o risco de ruptura da artéria ou de hemorragia fatal. Em alguns pacientes a cirurgia pode ser realizada até mesmo sob anestesia local. A bainha aplicadora é inserida através das artérias femorais até a região do aneurisma. Após o seu correto posicionamento, a endoprótese é liberada do aplicador e se expande. Após a endoprótese, o fluxo sanguíneo deixa de alimentar o aneurisma, que fica assim tratado. HEMODINÂMICA (AULA 3) ANATOMIA Coração: em 24 horas, o coração movimenta sete mil litros de sangue pelo corpo como uma verdadeira bomba, o órgão funciona em sincronização perfeita de válvulas que se abrem e se fecham com movimentos precisos, de modo a dar continuidade ao fluxo sanguíneo. O coração é o responsável pelo fluxo sanguíneo que irriga todas as partes do nosso corpo. O coração está localizado entre os dois pulmões, no interior da caixa torácica. Ocupa uma posição obliqua, estando com sua maior porção para a esquerda. As entradas e saídas do coração estão ligadas a grandes vasos. Lado direito: Átrio direito e ventrículo direito – sangue venoso. Lado esquerdo: Átrio esquerdo e ventrículo esquerdo – sangue arterial. Pequena circulação: coração – pulmão – coração Grande circulação: coração – corpo – coração AORTA E SUAS RAMIFICAÇÕES + COMO FUNCIONA A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA.
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