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COMPORTAMENTO REFLEXO Inato (incondicionado) e aprendido (condicionado) JÚLIA DAHER FINK Objetivos da aula • Compreender a relação estabelecida entre estímulo e resposta no comportamento reflexo • Conhecer as propriedades da relação reflexa (limiar, latência, duração, intensidade e magnitude) • Identificar os efeitos de exposição sucessiva aos estímulos (potenciação, habituação e somação) • Diferenciar os comportamentos reflexos inatos (incondicionados) dos reflexos aprendidos (condicionados) • Compreender o processo de condicionamento reflexo. • Identificar os estímulos e as respostas como incondicionados (US e UR), condicionados (CS e CR) ou estímulo neutro (NS) • Compreender os processos de generalização e extinção reflexa. • Reconhecer os procedimentos de dessensibilização sistemática e contracondicionamento. Comportamento reflexo (respondente) São relações comportamentais nas quais um estímulo (alteração no ambiente) elicia, ou seja, provoca uma determinada resposta. Reflexos inatos (incondicionados) • Fazem parte dos comportamentos selecionados no primeiro nível, Filogenético, e são comuns aos membros de uma mesma espécie. • Independem de qualquer história de aprendizagem. Propriedades dos reflexos • Um estímulo pode variar em sua intensidade Exemplo: diante de uma estimulação sonora podemos dizer que seu volume pode ser mais baixo ou mais alto • Uma resposta pode também variar em sua magnitude Exemplo: a aceleração cardíaca pode variar, os batimentos podem ser mais ou menos acelerados Esses dois termos intensidade e magnitude podem ser entendidos como sinônimos Propriedades dos reflexos • Duração - Tempo decorrido do início da emissão da resposta até o final • Latência – Tempo decorrido entre a apresentação do estímulo e o início da resposta • Limiar – Intensidade mínima de um estímulo para que uma resposta seja eliciada Exercício • João está cozinhando e com o calor do fogão o cabo da panela também foi aquecido, fato que ele só percebeu quando foi segura-lo. Assim que entrou em contato com o cabo da panela João retirou a mão rapidamente. • Quem é o estímulo e qual foi a resposta? Exercício • Como o estímulo poderia variar em sua intensidade? • Como poderíamos observar a variação na magnitude da resposta? • Qual momento poderia ser identificado pelo conceito de latência? • O estímulo estava abaixo ou acima do limiar? • Se a panela estivesse mais quente é provável que a latência seria maior ou menor do que no exemplo descrito? Efeitos temporários da exposição sucessiva a um estímulo • Habituação – Quando diante da apresentação sucessiva de um estímulo de mesma intensidade a resposta tende a ter cada vez menos magnitude. • Potenciação – Quando diante da apresentação sucessiva de um estímulo de mesma intensidade a resposta tende a ter cada vez mais magnitude • Somação – Quando sozinho um estímulo seria incapaz de eliciar uma resposta, no entanto, quando apresentado sucessivas vezes passa a eliciar. Reflexo aprendido (condicionado) • Faz parte do nosso repertório comportamental selecionado em nível ontogenético • Também pode ser apresentado através da unidade da unidade de análise: Estudos do reflexo condicionado • Pavlov, interessado em investigar a relação reflexa inata estabelecida entre alimento na boca e salivação começa a perceber a ocorrência do salivar em cães mediante a outros contextos, como a aproximação de um experimentador. • Pergunta-se então: o que é necessário para que uma resposta reflexa passe a existir. Emparelhamento • Apresentação conjunta de um estímulo incondicionado (ou já condicionado) a um estímulo neutro. • Após o emparelhamento, se o estímulo, outrora neutro, for capaz de eliciar a resposta, dizemos que houve um condicionamento reflexo. Condicionamento Pavloviano Estímulos e suas funções • Em uma relação reflexa inata um estímulo incondicionado (US) elicia uma resposta incondicionada (UR). • Em uma relação reflexa condicionado um estímulo condicionado (CS) eliciar uma resposta condicionada (CR) • Quando um estímulo não é capaz de eliciar uma resposta dizemos que ele é neutro (NS) para aquela resposta. Exercício • Identificar e nomear os estímulos e respostas em cada etapa do desenho de acordo com suas funções. Extinção reflexa • Quando um estímulo condicionado deixa de ser apresentado junto ao estímulo ao qual foi emparelhado, pode perder sua força. Nesse caso, se ele deixa de eliciar a resposta reflexa condicionada, diz-se que houve extinção reflexa. Generalização reflexa • Quando estímulos que guardem alguma semelhança com aquele que foi condicionado são capazes também de eliciar respostas. • Exemplo: alguém que foi mordido por um cachorro pode apresentar reações de medo diante da presença de outros cachorros. Gradiente de generalização Procedimentos embasados nos processos observados no condicionamento reflexo • Dessensibilização sistemática – criação de uma hierarquia de estímulos de menor a maior intensidade. Exposição sucessiva e controlada a cada um desses estímulos esperando que a resposta não seja mais eliciada diante de um para se passar para o próximo. • Qual os processos envolvidos? Contracondicionamento • A partir da apresentação conjunta de estímulos cujas respostas eliciadas são incompatíveis, visando reduzir a eliciação de uma delas. • Quais os processos presentes? Referências bibliográficas • SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 11ª edição. Editora Martins Fontes, 2003. • MOREIRA, Márcio Borges e de MEDEIROS, Carlos Augusto. Princípios Básicos de Análise do Comportamento. 2ª edição. Editora Artmed, 2018.
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