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Aula 2 e 3 - Comportamento Reflexo

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COMPORTAMENTO 
REFLEXO
Inato (incondicionado) e aprendido (condicionado)
JÚLIA DAHER FINK
Objetivos da aula
• Compreender a relação estabelecida entre estímulo e resposta no
comportamento reflexo
• Conhecer as propriedades da relação reflexa (limiar, latência, duração,
intensidade e magnitude)
• Identificar os efeitos de exposição sucessiva aos estímulos (potenciação,
habituação e somação)
• Diferenciar os comportamentos reflexos inatos (incondicionados) dos
reflexos aprendidos (condicionados)
• Compreender o processo de condicionamento reflexo.
• Identificar os estímulos e as respostas como incondicionados (US e UR),
condicionados (CS e CR) ou estímulo neutro (NS)
• Compreender os processos de generalização e extinção reflexa.
• Reconhecer os procedimentos de dessensibilização sistemática e
contracondicionamento.
Comportamento reflexo (respondente)
São relações comportamentais nas quais um estímulo
(alteração no ambiente) elicia, ou seja, provoca uma
determinada resposta.
Reflexos inatos (incondicionados)
• Fazem parte dos comportamentos selecionados no
primeiro nível, Filogenético, e são comuns aos membros de
uma mesma espécie.
• Independem de qualquer história de aprendizagem.
Propriedades dos reflexos
• Um estímulo pode variar em sua intensidade
Exemplo: diante de uma estimulação sonora podemos dizer que seu
volume pode ser mais baixo ou mais alto
• Uma resposta pode também variar em sua magnitude
Exemplo: a aceleração cardíaca pode variar, os batimentos podem ser
mais ou menos acelerados
Esses dois termos intensidade e magnitude podem ser entendidos
como sinônimos
Propriedades dos reflexos
• Duração - Tempo decorrido do início da emissão da 
resposta até o final
• Latência – Tempo decorrido entre a apresentação do 
estímulo e o início da resposta
• Limiar – Intensidade mínima de um estímulo para que uma 
resposta seja eliciada
Exercício
• João está cozinhando e com o calor do fogão o cabo da
panela também foi aquecido, fato que ele só percebeu
quando foi segura-lo. Assim que entrou em contato com o
cabo da panela João retirou a mão rapidamente.
• Quem é o estímulo e qual foi a resposta?
Exercício
• Como o estímulo poderia variar em sua intensidade?
• Como poderíamos observar a variação na magnitude da 
resposta?
• Qual momento poderia ser identificado pelo conceito de 
latência?
• O estímulo estava abaixo ou acima do limiar?
• Se a panela estivesse mais quente é provável que a latência 
seria maior ou menor do que no exemplo descrito?
Efeitos temporários da exposição 
sucessiva a um estímulo
• Habituação – Quando diante da apresentação sucessiva de
um estímulo de mesma intensidade a resposta tende a ter
cada vez menos magnitude.
• Potenciação – Quando diante da apresentação sucessiva de
um estímulo de mesma intensidade a resposta tende a ter
cada vez mais magnitude
• Somação – Quando sozinho um estímulo seria incapaz de
eliciar uma resposta, no entanto, quando apresentado
sucessivas vezes passa a eliciar.
Reflexo aprendido (condicionado)
• Faz parte do nosso repertório comportamental selecionado
em nível ontogenético
• Também pode ser apresentado através da unidade da
unidade de análise:
Estudos do reflexo condicionado
• Pavlov, interessado em investigar a relação reflexa inata 
estabelecida entre alimento na boca e salivação começa a 
perceber a ocorrência do salivar em cães mediante a outros 
contextos, como a aproximação de um experimentador.
• Pergunta-se então: o que é necessário para que uma 
resposta reflexa passe a existir.
Emparelhamento
• Apresentação conjunta de um estímulo incondicionado (ou
já condicionado) a um estímulo neutro.
• Após o emparelhamento, se o estímulo, outrora neutro, for
capaz de eliciar a resposta, dizemos que houve um
condicionamento reflexo.
Condicionamento Pavloviano
Estímulos e suas funções
• Em uma relação reflexa inata um estímulo incondicionado
(US) elicia uma resposta incondicionada (UR).
• Em uma relação reflexa condicionado um estímulo
condicionado (CS) eliciar uma resposta condicionada (CR)
• Quando um estímulo não é capaz de eliciar uma resposta
dizemos que ele é neutro (NS) para aquela resposta.
Exercício
• Identificar e nomear os estímulos e respostas em cada
etapa do desenho de acordo com suas funções.
Extinção reflexa
• Quando um estímulo condicionado deixa de ser
apresentado junto ao estímulo ao qual foi emparelhado,
pode perder sua força. Nesse caso, se ele deixa de eliciar a
resposta reflexa condicionada, diz-se que houve extinção
reflexa.
Generalização reflexa
• Quando estímulos que guardem alguma semelhança com
aquele que foi condicionado são capazes também de eliciar
respostas.
• Exemplo: alguém que foi mordido por um cachorro pode
apresentar reações de medo diante da presença de outros
cachorros.
Gradiente de generalização
Procedimentos embasados nos processos 
observados no condicionamento reflexo
• Dessensibilização sistemática – criação de uma hierarquia 
de estímulos de menor a maior intensidade. Exposição 
sucessiva e controlada a cada um desses estímulos 
esperando que a resposta não seja mais eliciada diante de 
um para se passar para o próximo.
• Qual os processos envolvidos?
Contracondicionamento
• A partir da apresentação conjunta de estímulos cujas
respostas eliciadas são incompatíveis, visando reduzir a
eliciação de uma delas.
• Quais os processos presentes?
Referências bibliográficas
• SKINNER, B.F. Ciência e Comportamento Humano. 
11ª edição. Editora Martins Fontes, 2003. 
• MOREIRA, Márcio Borges e de MEDEIROS, Carlos 
Augusto. Princípios Básicos de Análise do 
Comportamento. 2ª edição. Editora Artmed, 2018.

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