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Neuralgia do Trigêmeo

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Lara de Aquino Santos 
Neuralgia do Trigêmeo 
 
 
O QUE É: 
→ Patologia crônica debilitante; 
 
→ Envolve o V par craniano, caracterizada por uma dor intensa, paroxística e de curta duração, desde alguns 
segundos até minutos, com severidade e frequência bastante variáveis. 
ETIOLOGIA: 
→ Apresenta etiologia bastante variável, relacionada, sobretudo, a sequelas traumáticas ou processos degenerativos 
fisiológicos associados à compressão vascular. 
CARACTERÍSTICAS: 
→ Esse quadro patológico apresenta maior incidência em mulheres; 
 
→ Há uma predominância em indivíduos de meia-idade e idosos (6ª e 7ª décadas de vida); 
 
→ Os pacientes reportam a dor como um choque elétrico, ‘‘latejante’’ ou ‘‘queimação’’ sendo frequentemente 
desencadeada por estímulos não nociceptivos, tais como mastigar, pentear os cabelos, escovar os dentes, fazer a 
barba ou mesmo toques suaves na região envolvida, fenômeno esse conhecido como alodínia. 
 
→ Ocasionalmente bilateral (5%) e predominantemente unilateral (90%); 
 
→ A segunda divisão do nervo (Ramo Maxilar) é a mais afetada, seguida da terceira (Ramo Mandibular) e em menos 
de 5% dos pacientes a primeira (Ramo Oftálmico) e o lado direito da face é mais acometido do que o esquerdo 
(1,5: 1). Em caso de evolução longa os três ramos são afetados em 15% dos pacientes; 
 
→ Os paroxismos são sentidos como golpes dolorosos que recorrem frequentemente em vários episódios ao longo 
do dia, às vezes durando várias semanas a meses; 
 
→ É a mais comum dentre as neuralgias faciais e é uma das condições relatadas como causadoras de dor mais intensa, 
podendo ocasionar significativa morbidade. 
DIAGNÓSTICO: 
→ O diagnóstico é clínico, mas pode ser complementado pela termografia infravermelha, útil tanto para o diagnóstico 
quanto para o acompanhamento da evolução do caso. A literatura ainda é escassa em relação ao uso da 
termografia na NT. 
 
→ Por ser um método de diagnóstico por imagem, não invasivo, a termografia é capaz de detectar e registrar imagens 
infravermelhas que refletem a dinâmica microcirculatória da superfície cutânea em tempo real, compreendendo 
os sistemas vascular, neurovegetativo e musculoesquelético, além de processos inflamatórios. 
 
Lara de Aquino Santos 
 
TRATAMENTO: 
→ A literatura reporta as mais variadas formas de tratamento da Neuralgia do Trigêmeo, desde procedimentos 
clínicos não invasivos, como a alopatia, laserterapia, acupuntura e eletroestimulação, até procedimentos 
cirúrgicos, como a alcoolização, microdescompressão vascular e termocoagulação com radiofrequência; 
 
→ Opta-se primeiramente por métodos não invasivo através de medicamentos anticonvulsivantes, à base de 
carbamazepina (Tegretol) e/ou difenilhidantoína (Hydantal) ou mesmo narcóticos (LOESER15, 1985). A posologia 
é bastante variável, devendo ser adaptada a cada caso. 
Carbamazepina: 
→ Estudos mostram que a carbamazepina continua como droga de escolha para o tratamento da neuralgia do 
trigêmeo. A lamotrigina e a pimozida são recomendadas como fármacos de segunda escolha, indicadas em casos 
refratários; 
 
→ Seu mecanismo de ação ainda não é conhecido, sendo sustentada sua ação antiepilética, impedindo a condução 
de impulsos nervosos aferentes, bloqueando a deflagração do quadro doloroso; 
 
→ Dentre os efeitos colaterais com relação à carbamazepina, destacam-se: sonolência, instabilidade e diplopia. Os 
efeitos secundários podem ser evitados com o aumento da dose de forma sistemática. A superdosagem leva à 
sonolência, disastria, ataxia e nistagmo. 
Laserterapia de baixa intensidade: 
→ Os mecanismos que explicariam esses efeitos positivos podem ser relacionados à otimização da atividade 
mitocondrial, modulação da informação nociceptiva aferente, alteração da excitabilidade e condução neural, 
assim como a modulação do processo inflamatório associado; 
 
→ Uma interessante revisão sistemática mostra que a terapia por LBI é efetiva no tratamento das dores neuropáticas, 
sendo recomendada a utilização do comprimento de onda infravermelho (780 a 905nm), sugerindo-se potência 
de saída mínima de 70mW.

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