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1 Farmacodinâmica Ações gerais do fármacos, alvos moleculares e aspectos quantitativos das ações farmacológicas Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da Saúde Departamento de Fisiologia e Farmacologia Farmacologia Geral e Aplicada - FSL225 Santa Maria, Abril de 2013 Prof. Mauro Oliveira Farmacodinâmica � É o estudo dos efeitos dos fármacos e de seus mecanismos de ação � Conseqüência da ação farmacológica, observável e mensurável � Relação entre efeito produzido e quantidade administrada do fármaco 2 Alvos moleculares � Componentes do organismo que vão interagir com o agente químico. Exemplo: proteínas “Drogas não criam efeitos por si só, mas modulam funções fisiológicas” 3 Alvos moleculares � Ação depende da interação: droga X alvo molecular (receptor) D + R DR Ligantes � Agonistas: ativam o alvo molecular � Antagonistas: ligam no alvo molecular e inibem a ação dos agonistas 4 Ligantes Mudança conformacional � Macromoléculas são flexíveis: cada forma possível é chamado de conformação � Mudança conformacional: macromolécula muda de forma em resposta a mudanças no seu ambiente ou interação com outra(s) molécula(s) � Fosforilação, voltagem, pH, temperatura, interação com ligante ou outras macromoléculas 5 Mudança conformacional Nativa Fosforilada Alvos moleculares � Proteínas-alvo para a ligação das drogas: - Canais iônicos - Receptores metabotrópicos - Receptores nucleares - Enzimas/Transportadores 6 Canais iônicos � Proteínas de membrana plasmática que foram poros permeáveis a íons (Na+, K+, Cl-, Ca2+) � Seletividade � Mecanismos de comporta � Latência farmacológica = milissegundos à décimos de segundos Canais iônicos � Ativados por voltagem: canais de Na+ (Nav), K+ (Kv), Ca2+ � Ativados por ligante (receptores ionotrópicos): receptor NMDA para glutamato, receptor do subtipo A para GABA, nicotínico para acetilcolina 7 Canais iônicos � Alvos para anestésicos locais, anticonvulsivantes, fármacos neuroprotetores, benzodiazepínicos, etc � Atuam como: - Bloqueadores - Ativadores - Moduladores 8 Canais Iônicos Neurotransmissores excitatórios e inibitórios como agonistas para receptores canais iônicos ligante- dependentes Canais iônicos 9 Canais iônicos Receptores metabotrópicos � Acoplados a proteína G (GPCRs) � Superfamília 7TM: proteínas com 7 regiões transmembrana � Latência farmacológica = segundos à minutos 10 GPCRs Tipos de proteína G � Gs: estimula adenilato ciclase (↑ AMPc) � Gi: inibe adenilato ciclase (↓ AMPc) � Gq: ativa fosfolipase C (IP3 e DAG) 11 Receptores tirosina quinase � Receptores para insulina e fatores de crescimento � Latência farmacológica = minutos à horas 12 Receptores tirosina quinase 13 Receptores nucleares � Atuam no núcleo, regulando a transcrição gênica � Receptores para hormônios esteróides e ácidos graxos � Latência farmacológica = horas à dias 14 Receptores nucleares Receptores nucleares 15 Enzimas/transportadores Exemplos: -Estatinas - Alopurinol - Parecoxibe Dose (mg/kg) % do efeito máximo 1 2 3 9 10 29 30 50 100 71 300 84 1000 95 3000 98 10000 100 Curva dose-resposta 16 Curva dose-resposta Curva dose-resposta logarítmica 17 Ligantes Eficácia � Capacidade do complexo fármaco-receptor causar resposta Eficácia de A x B R e sp o st a (% ) Dose +- 18 Eficácia � Agonistas totais (ou plenos) e agonistas parciais Potência � Relação entre a quantidade de droga e a resposta promovida Potência de A x B R e sp o st a (% ) Dose +- 19 Potência � Fatores que influenciam a potência: - Afinidade: capacidade de ligar no receptor - Eficácia: capacidade induzir alteração para causar resposta Potência - DE50 DE50 Dose que produz 50 % da resposta máxima 20 Antagonismo � Farmacocinético: um fármaco diminui o efeito de outro por meio de interações farmacocinéticas � Fisiológico: fármacos tem efeitos contrários e os efeitos no organismo se anulam � Farmacológico: interações com receptores Antagonistas reversíveis 100 50 0 R e sp o st a (% ) 21 Antagonistas irreversíveis 100 50 0 R e sp o st a (% ) Animações � http://stke.sciencemag.org/cgi/content/abstract/s cisignal.3119tr2