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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I GT 6 – TRATAMENTO DE IC Objetivo do tratamento: melhorar a função sistólica ventricular, aliviar sintomas, regular as alterações neuro-humorais da IC, reduzir o fenômeno de remodelamento ventricular, minimizar complicações como tromboembolismo e arritmias. Paciente com ICC descompensada: prevenir morte, manter a função e manter a perfusão tecidual, com alívio da congestão. Classificação do paciente auxilia definira terapêutica da descompensação. Tratamento não medicamentoso Programas multidisciplinares de cuidados: médico, enfermeiro, auxílio familiar que melhoram o suporte clínico e a adesão ao tratamento. Restrição ao sódio: quando em excesso, leva a hipervolemia. Ingesta < 5g de sal/dia.: efeitos deletérios em pacientes no ICC (exacerbação da atividade neuro-hormonal) A recomendação é de que evite ingesta excessiva de sódio em níveis > 7g de NaCl por dia para todos os pacientes com IC crônica. Restrição hídrica: 1.000mL de água por dia Perda de peso: a obesidade (IMC > 25kg/m²) têm correlação com desenvolvimento de remodelamento e ↓ na função sistólica ventricular esquerda (FSVE) Em caso de IC com IMC > 40kg/m²: redução de peso + bariátrica “Paradoxo da obesidade”: IMC 30-35kg/m² tem ↓ mortalidade do que IMC 20-25kg/m³ “Distribuição em forma de U”: máxima mortalidade ocorre em pacientes com caquexia (IMC < 20kg/m²) Tabagismo e etilismo: deve ser encorajado a cessação. Lembre-se: álcool é cardiotóxico (cardiomiopatia dilatada alcoólica) Vacinação: vacinar contra influenza e pneumococos Reabilitação cardiovascular: independente da FEVE (preservada ou reduzida), a reabilitação cardiovascular com exercícios físicos é recomendada. Atividade Laboral: importante para o estado emocional/autoestima. Em casos de trabalho com força intensiva, trocar o cargo Atividade sexual: seguro para pacientes com IC em classes I e II na NYHA. Pacientes com IC descompensada não deve ter atividade sexual até que sua condição esteja estabelecida. Planejamento familiar: orientar riscos de gravidez, riscos de anticoncepcionais, uso de medicamentos para o tratamento da IC durante a gravidez. Deve ser desencorajado gravidez em mulheres com classes funcionais de IC III e IV Tratamento medicamentoso Medicamentos que aumentam a sobrevida: Inibem a desregulação do sistema simpático e SRAA e assim, diminuem a mortalidade. Medicamento Indicação(I)/Mecanismo de ação (MA) Contraindicação (CI) /Mecanismo de ação (MA) IECA (enalapril) Todos os pacientes com IC, exceto, com CI Alergia, tosse seca BRA Àqueles com CI para IECA Betabloqueadores Bisoprolol, carvedilol, metoprol e nebibolol. Todos os pacientes com IC com disfunção sistólica. Asma grave e bradicardias Valsartana-sacubitril *suspender IECA 36h antes I: ICFEp sintomáticos, apesar de BB + IECA/BRA + DIU poupador de potássio MA: aumenta a disponibilidade do BNP e ANP, ao inibir a enzima neprisilina CI: Angioedema Antagonista da aldosterona MA: auxiliam na ↓ da pré- carga I: IC e disfunção sistólica na classe III e IV da NYHA Hipercalemia Hidralazina-Nitrato I: IC classe II-IV da NYHA BB + IECA/BRA + antagonista da aldosterona + hidralazina- nitrato Tratamento não medicamentoso Restrição ao sódio: < 7g Restrição hídrica: 1.000mL de água por dia Perda de peso: Tabagismo Etilismo: Vacinação: influenza pneumococos Medicamentos que ↑ sobrevida (↓ remodelação cardíaca) IECA BRA Beta- bloqueadores (BB) DIU poupador de potássio Hidralazina- Nitratos Valsartana- sacubitril Novos antidiabéticos. Medicamentos de Alívio Sintomático DIU Tiazídicos DIU de alça Drogas vasoativas (Noradrenalina + dobutamina) Digitálicos Anti-coagulante Dispositivos ressincronizador biventricular cardiodesfibrilad ores implantáveis (CDI) Insuficiência cardíaca PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I GT 6 – TRATAMENTO DE IC Inibidores do SGLT-2 MA: novo antidiabético que inibe a reabsorção a glicose nos túbulos proximais Aumenta o risco de cetoacidose diabética. Ivabradina Reduz a FC I: doença pulmonar obstrutiva quando BB foi - prescrito EA: bradicardia (5%), FA Medicamentos para alívio dos sintomas: Não apresentam redução comprovada da mortalidade. Medicamento Indicações (I)/Mecanismo de Ação (MA) Contraindicações (CI)/Efeitos Adversos (EA) DIU de alça: furosemida I: Classe + efetiva para congestão em IC perfil B e C Baixa função renal, DRC DIU Tiazídico Furosemida + DIU tiazídico - Eficientes, mas ajudam a potencializar o efeito do DIU de alça. I: pacientes com altas doses de furosemida, mas ainda congestos. EA:Hiponatremia, Hipocalemia Digoxina (digitálicos) Aumenta inotropismo (força e contração), bloqueando a Na+/K+ ATPase e ↑ [Ca2+], ↑ força contrátil EA: arritmias e redução da excitabilidade do nó sinoatrial (ação anticolinérgica), náuseas, vômitos, alterações visuais. Dobutamina (vasoativo)* MA: efeito inotrópico (FC) + Noradrenalina (vasoativo)* MA: Vasoconstritor I: choque cardiogênico Anticoagulantes: Prevenção de tromboembolismo Pacientes com histórico familiar ou pessoal de 1º grau *pacientes muito graves Dispositivos: Indicado nos pacientes refratários ao tratamento clínico otimizado, apresentando FE ≤ 35% e bloqueio de ramo completo (QRS≥120ms) Terapia de ressincronização cardíaca (RC) - Ressincronizado biventricular: marcapasso que sincroniza a sístole dos ventrículos. Indicado em: FE ≤ 35% e bloqueio de ramo completo (QRS≥120ms) Melhora sintomas e qualidade de vida e reduz admissões hospitalares. Cardiodesfibriladores implantáveis (CDI): prevenção primária. Indicados em pacientes com IC de alto risco para norte súbita de causa cardiovascular + desenvolvimento de arritmias associadas à instabilidade hemodinâmica (taquicardia ventricular VT e fibrilação ventricular FV) Dispositivo de assistência ventricular: é uma bomba mecânica que é conectada no VE e à aorta ascendente, realizando a função de bomba que deveria ser desempenhada pelo coração. Indicado em: pacientes com ICFEr estágio D da AHA Aumenta a qualidade de vida dos pacientes com ICFEr Reduz sintomas de DC Caros e poucos disponíveis Transplante cardíaco. Tratamento na ICFEr IECA/BRA Betabloqueadores Antagonista de aldosterona Sacubitril- valsartana Ivabradina Digitálicos DIU de alça e Tiazídicos Nitrato-Hidralazina Tratamento na ICFEp IECA/BRA DIU de alça (espironolactona) BB PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I GT 6 – TRATAMENTO DE IC Tratamento de acordo com o perfil hemodinâmico Úmido: elevadas pressões de enchimento. Frio: não consegue manter as necessidades metabólicas tissulares (extremidades frias, diminuição da consciência, cianose, sonolência, queda da PA, pulsos finos, diminuição da perfusão capilar, síndrome cardio-renal – oligúria, aumento de Cr e ureia –, choque cardiogênico). Retrógadas Seco (sem sintomas) Úmido (congestão sistêmica/pulmonar) Anterógradas Quente (sem sintomas) Frio (baixo débito/hipoperfusão) Tratamento Ausente - Seco Ausente - Quente Quente + Seco (compensado) IECA/BRA + BB + Antagonista da Aldosterona - Suspender diurético Presente - Úmido Ausente - Quente Quente + Úmido (congesto) SECAR IECA/BRA + BB + Antagonista da Aldosterona + Vasodilatador + Furosemida Presente - Úmido Presente - Frio Frio (baixo débito) + Úmido (congesto) > choque cardiogênico < Avaliar volemia + Inotrópicos ( FC) + Avaliarfurosemida - Suspender IECA/BRA PAS 85-110 mmHg: vasodilatador e reduzir BB PAS < 85 mmHg: vasoconstritor e suspender BB Pior prognóstico: completamente descompensado. Alta mortalidade. Objetivo: melhorar o débito cardíaco e perfusão, para depois aliviar os sintomas de congestão, pois diurético piora perfusão. Ausente - Seco Ausente - Seco Frio (baixo débito) + Seco (sem congestão) Repor de volemia + IECA/BRA + Antagonista da Aldosterona - Suspender BB e diurético
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