Buscar

Técnica Cirúrgica Hemostasia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
1 TÉCNICA OPERATÓRIA 
HEMOSTASIA: 
 É a manobra cirúrgica destinada a prevenir 
ou a interromper o sangramento 
 A hemostasia é de suma importância, pois 
visa evitar que a perda sanguínea 
comprometa a volemia do paciente 
(profilaxia da hipovolemia), além de manter 
limpo o campo operatório e evitar a 
formação de coleções sanguíneas e 
coágulos que favorecem infecções 
 A hemostasia eficiente vai além do ato 
cirúrgico 
 No momento da cirurgia, evita a perda 
excessiva de sangue, propicia melhores 
condições técnicas e aumenta o 
rendimento do trabalho 
 No Pós-operatório, favorece a evolução 
normal da ferida operatória, evita infecções 
e deiscências  afastando a necessidade 
de reoperação e/ou drenagem de 
hematomas e abcessos 
HEMORRAGIA: 
 É a saída anormal de sangue de um vaso 
seccionado, seja cirurgicamente, por 
traumatismo ou por afecção local 
 Pode ser classificada quanto ao: 
o Lugar 
 Externa 
 Interna 
o Vaso 
 Arterial 
 Venosa 
 Capilar 
o Tempo 
 Imediata 
 Mediata 
TIPOS DE HEMOSTASIA: 
 A hemostasia pode ser: 
o Temporária 
o Definitiva 
o Preventiva/ Profilática 
o Corretiva 
TEMPORÁRIA: 
 Executada como primeiro tempo para uma 
hemostasia definitiva ou como meio auxiliar 
para executar uma determinada manobra 
cirúrgica. 
 É aquela que reduz ou suprime o fluxo 
sanguíneo transitoriamente durante o ato 
cirúrgico, ou em determinado tempo operatório 
 
Algumas formas de realizar a hemostasia 
temporária são: 
 Tamponamento com gazes ou compressas 
o Gazes são pequenas peças de pano 
especiais, feitas por fios trançados, dobrados 
em várias camadas e geralmente com 
dimensões de 7,5 x 7,5cm  feridas pequenas 
e/ou enxugos seletivos 
o Compressas são peças maiores, mas 
também constituídas de várias camadas de 
tecidos porosos com grande poder de 
capilaridade  geralmente 20x20cm ou 
40x40cm 
o Ambas enxugam o campo cirúrgico pelo seu 
poder de capilaridade  o que significa que 
ao ficarem molhadas, perdem seu poder de 
enxugamento e, por isso, são desprezadas 
quando ficam encharcadas em 2/3. 
o São seguradas pelas mãos quando usadas 
em feridas superficiais. Dentro de cavidades, 
são “guiadas” por pinças como a Pinça 
Foerster 
 
 
 
 Garrote, manguito pneumático ou torniquete 
o O garrote consiste em uma faixa ou tubo de 
borracha elástica que, passada em torno da 
raiz dos membros, exerce compressão dos 
vasos contra a estrutura óssea impedindo o 
fluxo sanguíneo 
 
 
 
 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
2 TÉCNICA OPERATÓRIA 
o O manguito pneumático (mesmo 
utilizado para aferir a PA) é uma opção 
de torniquete menos traumática, pois 
exerce uma compressão mais uniforme e 
gradual, diminuindo o risco de paralisia 
por compressão nervosa. 
Diferentemente da aferição da PA, para 
a hemostasia, o manguito deve ser 
insulflado a uma pressão superior à 
necessária para desaparecimento do 
pulso radial (cerca de 5 a 10mmHg a 
mais) 
o O torniquete, consiste em envolver o 
membro do paciente com um pano e ir 
torcendo este pano para gerar uma 
compressão dos vasos e interrupção do 
fluxo sanguíneo distalmente à 
compressão 
 
 
 
 
 
 Ligaduras falsas com fio ou cadarço 
o Durante certas 
intervenções é necessário 
obstruirmos 
temporariamente o fluxo 
de um vaso calibroso e isto 
deve ser feito de modo 
que as paredes vasculares 
(em especial o endotélio) 
não sejam lesadas 
o Um fio grosso ou fio de 
cadarço, pode ser 
passado 2x ao redor do vaso e 
tracionado ou feito um nó simples que 
posteriormente será retirado 
 
 Compressão digital ou instrumental 
 Pinçamento com “clamps” vasculares 
o Os pinçamentos temporários de 
vasos calibrosos podem ser feitos com 
clamps vasculares que são pinças 
especiais, relativamente elásticas e que 
traumatizam pouco as paredes dos 
vasos 
o Os ramos prensores da pinça 
possibilitam controle sensitivo 
previsível da pressão aplicada, de 
forma que a oclusão é, ao mesmo tempo 
firme e pouco traumática 
o Pinça de Potts 
o P. de DeBakey 
o P. de Cooley 
o P. de Satinsky 
o P. de Bulldogs 
 
 Parada circulatória 
o Na parada circulatória o paciente é 
colocado em Circulação Extracorpórea 
(ECMO – Extracorporeal Membrane 
Oxygenation) com o auxílio de bombas 
circulatórias externas para evitar 
sangramentos, além de caos de 
hipotermia. 
o Visa minimizar os danos da PC (parada 
circulatória) 
o Muito usado em cirurgias cardíacas 
o É um sistema no qual o sangue do 
paciente, que normalmente retorna ao 
átrio direito, é total ou parcialmente 
desviado para um equipamento, onde é 
oxigenado e o CO₂ removido. 
o Este sangue "arterializado" é, então, 
injetado (bomba arterial) para o sistema 
arterial do paciente, habitualmente 
através da aorta ascendente ou de uma 
das artérias femorais. 
Torniquete Industrial 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
3 TÉCNICA OPERATÓRIA 
o Os circuitos de circulação extracorpórea 
possuem, além de seus componentes 
fundamentais como o 
oxigenador, uma série 
de dispositivos 
acessórios como: 
desborbulhador, filtro, 
reservatório de sangue, 
trocador de calor, tubos 
condutores e bombas 
aspiradoras. 
 
 
 Ação farmacológica de drogas 
 Hipotensão controlada 
DEFINITIVA: 
 Usada em vasos normalmente seccionados 
na diérese ou naqueles que perderam sua 
função como em ressecções de tecidos ou 
órgãos. 
 É seguida da oclusão permanente do vaso 
 
Algumas formas de realizar a hemostasia 
definitiva são: 
 
 Celulose Oxidada ou Esponja de Fibrina 
o Método de obturação = aplicação de 
substâncias exógenas para ocluir a luz do 
vaso sangrante 
o Sangramentos ósseos  ceras 
o Esponjas de gelatina, celulose oxidada e 
congêneres, baseiam-se no mesmo 
princípio. Sendo usadas para combater 
hemorragias difusas e agem aderindo-se 
firmemente ao local, o que promove a 
abturação mecânica 
o Podem ser embebidas em substâncias 
hemostáticas e são reabsorvidas 
posteriormente 
o Podem ser de diferentes tamanhos, a 
depender da área utilizada 
o O material de celulose oxidada 
regenerada, ao ser preenchido por 
sangue do leito operatório, forma uma 
massa escura e gelatinosa que se 
comporta como um tampão de coágulo 
e é reabsorvido após algumas semanas 
o A esponja de fibrina, é um agente 
hemostático também absorvível, que tem 
como origem o plasma sanguíneo humano e 
promove a hemostasia e a selagem do 
tecido, a partir da formação de uma rede 
estável de fibrina 
 
 “Clips” metálicos e Grampeamentos 
 
o Grampos metálicos, haste inoxidável ou 
titânio (inabsorvíveis). Além dos 
confeccionados em materiais absorvíveis 
o Facilita a hemostasia em territórios de espaço 
exíguo ou quando o procedimento requer 
rapidez com mínima lesão tecidual 
o Muito usado em cirurgias 
videolaparoscópicas e clipagem de 
aneurismas 
 
 Ligaduras e suturas com fio 
o Muito usadas neste tipo de hemostasia 
o A ligadura consiste na amarração dos vasos 
com fios cirúrgicos, geralmente após a 
hemostasia temporária, mais 
frequentemente ao pinçamento. No 
entanto, pode ser primária quando 
executada previamente à secção do vaso. 
Além disso, pode ser preventiva ou corretiva. 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
4 TÉCNICA OPERATÓRIA 
o as suturas com finalidades hemostáticas 
são feitas englobando o 
vaso: 
o São utilizadas pinças hemostáticas 
diferentes das usadas na hemostasia 
temporária: 
 Halsted 
 Kelly 
 Crile 
 Rochester 
 Mixter 
 
 Tamponamento ósseo com Cera de Horsley 
 Eletrocauterização 
o Hemostasia provocada pela formação de 
um coágulo na extremidade sangrante 
através da aplicação de agentes físicos 
como o calor e a eletricidade, ou agentes 
químicos 
o Mesmo aparelho do bisturielétrico aqui 
descrito. 
A hemostasia deve ser uma preocupação 
constante do cirurgião, visto que a perda de 
sangue pode comprometer a vida do paciente. 
Além disso, sua presença excessiva no campo 
cirúrgico tornará difícil o reconhecimento das 
estruturas anatômicas e, dessa forma, nenhum 
cirurgião deve fechar uma ferida ou cavidade 
 sem estar seguro de que fez uma hemostasia 
rigorosa. Tal cuidado, garante parte do êxito da 
operação, uma vez que previne choques, 
hematomas (dificultam a cicatrização por afastar 
as estruturas aproximadas pela sutura, além de 
propiciarem a infecções) e etc. 
A limpeza do campo operatório, muitas vezes 
traduz a técnica e a arte cirúrgica. O campo 
exangue e as luvas limpas falam muito sobre a 
ordem, disciplina e padronização técnica rigorosa 
que distingue o cirurgião e sua arte. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/107318612/tecnica-cirurgica-dierese

Continue navegando