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Entre os interesses próprios e a reciprocidade, filosofia e psicologia

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Entre os interesses próprios e a reciprocidade: A resplandecente face social da falha no interesse próprio.
Apesar da importância da reciprocidade em muitas áreas da vida social, pouco se sabe sobre os possíveis fatores que a afetam e sua interação com o motivo de auto interesse em maximizar os seus próprios ganhos. No presente estudo, nós examinaremos o papel de controle cognitivo no comportamento recíproco para determinar se isso se trata de um ato deliberado e controlado ou se o comportamento é evocado automaticamente. No Experimento 1, a perda de recursos do controle cognitivo aumentou a taxa de ofertas injustas rejeitadas no jogo do ultimato apesar dos prejuízos financeiros associados. Em experimentos 2A e 2B, utilizando duas manipulações de perda, estendemos estes resultados e mostramos que os participantes com menos condições, retornaram mais dinheiro em resposta a investimentos altamente confiantes durante o jogo de confiança. Estes resultados sugerem que as considerações de reciprocidade estão ativamente suprimidas quando se tenta maximizar os ganhos próprios. Quando o controle cognitivo é limitado, essa supressão se torna difícil e consequentemente prevalecem relações de reciprocidade.
Palavras-chave: equidade, jogo do ultimato, jogo de confiança, controle cognitivo, esgotamento do ego
Imagine-se como um estudante que comparece a uma conferência em uma cidade estrangeira pela primeira vez. Você está exausto depois de participar de um dia inteiro de seminários. Tudo o que você quer é ter algo para comer. Você encontra um agradável pequeno restaurante. A comida é boa, e o garçom muito simpático. Você está pensando em quanto pagar para sua gorjeta. Você não tem muito dinheiro, e a probabilidade de visitar este restaurante novamente é muito pequena. Se você está motivado apenas a aumentar seu próprio apenas o lucro, então você provavelmente irá deixar pouca gorjeta. No entanto, se você se preocupa com reciprocidade, você provavelmente irá sacrificar alguma quantia de dinheiro para retribuir o serviço gentil que recebeu. Você acha que estar cansado e exausto irá aumentar ou diminuir a quantidade de gorjeta que você dará a este garçom? O presente estudo tem o objetivo de responder a esta pergunta. Reciprocidade, em termos gerais, é a tendência de responder a alguma ação, do modo como você recebido; isto é, "ser agradável" corresponde a ações agradáveis ​​(ou seja, reciprocidade positiva) e " ser desagradável" corresponde a ações rudes (ou seja, reciprocidade negativa) ao interagir com outras pessoas (Guala, 2012). Cícero declarou: "Não há dever mais indispensável do que o de retornar uma bondade... Todos os homens desconfiam de um esquecimento de um benefício " (Como citado em Gouldner, 1960, p. 161). Em seu artigo seminal sobre reciprocidade, Gouldner (1960) cita Cícero para mostrar que os homens insistiram na importância da reciprocidade por um longo tempo. Segundo Gouldner, a reciprocidade é uma norma universal para a maioria das sociedades. Esta norma motiva e regula a reciprocidade como um padrão de troca que impede a exploração. Esta norma é importante porque há muitas obrigações que são difíceis de aplicar com um contrato obrigatório, e muitas vezes há a tentação de desertar em acordos cooperacionais. Ao recompensar o comportamento justo e punindo o comportamento desleal, a reciprocidade permite que se mantenha a cooperação (Alexander, 1987). No estudo atual, vamos nos concentrar na reciprocidade incisiva. Usando a reciprocidade incisiva, nos referimos à disposição para se submeter à consequências a fim de se comportar de acordo com a norma da reciprocidade, mesmo que isso não forneça nem presente, nem futuras recompensas materiais para fornece presente nem futuras recompensas materiais para quem age com reciprocidade (Gintis, 2000). O comportamento recíproco vem sendo demonstrado em experiências controladas (Por exemplo, Fehr, Fischbacher, & Gächter, 2002), no entanto, poucas pesquisas foram realizadas para identificar os fatores que afetam a reciprocidade e sua interação com motivos de auto interesse. Para preencher esta lacuna, no presente trabalho, examinaremos o papel do controle cognitivo na reciprocidade. Especificamente, examinamos se o comportando de acordo com normas de reciprocidade é um ato deliberado que requer recursos de autocontrole ou se é evocado automaticamente, sem a necessidade de tais recursos. É importante responder a essa pergunta porque, leigos e profissionais, muitas vezes tomam decisões sociais durante situações em que a disponibilidade de seus recursos de controle cognitivas é limitado, por motivos como: esgotamento, privação do sono, carga cognitiva, pressão e tempo. Atualmente, os dados relativos a esta pergunta não são claros. De acordo com Moore e Loewenstein (2004), decisões justas são resultado de medidas cuidadosas, e egoísmo baseado em interesses próprios é o que mais necessita ser restringido. Há evidências que apoiam este ponto de vista (por exemplo, K. van den Bos, Peters, Bobocel, & Ybema, 2006). Além disso, dada a sugestão de que a reciprocidade
se desenvolve com a idade (por exemplo, Bereby-Meyer & Fiks, no prelo), e porque incorre em um custo, é razoável prever que a reciprocidade precisa de controle cognitivo a ser implementado. Por outro lado, evidências sugerem que a reciprocidade é impulsionada por emoções (por exemplo, Sanfey, Rilling, Aronson, Nystrom, e Cohen, 2003; van 't Wout, Kahn, Sanfey, e Aleman, 2006). De acordo com uma abordagem dupla de sistema, processos de decisão podem ser vistos como resultantes da interação entre processos afetivo (Sistema 1) e deliberativo (Sistema 2). O sistema afetivo é geralmente descrito como rápido, automático, associado a natureza, emocionalmente carregado e exige recursos cognitivos mínimos. Em contraste, o sistema deliberativo é lento, controlado, analítico, sem afeto, e requer recursos cognitivos (por exemplo, Kahneman e Frederick, 2002; Stanovich, 1999; para uma visão geral, ver Evans, 2008). Assim, dado o controle primário que as emoções têm sobre os processos de deliberação (por exemplo, Loewenstein & O'Donoghue, 2005), seria de se esperar a reciprocidade como sendo automática. O objetivo do nosso estudo é decidir entre estas duas vertentes contraditórias a respeito da reciprocidade. Para isso, vamos examinar o efeito da falta de controle cognitivo sobre o comportamento recíproco.
Controle Cognitivo
Controle cognitivo (também chamado de autocontrole ou controle executivo; por exemplo, Robinson, Schmeichel, e Inzlicht, 2010; Schmeichel, 2007) é a capacidade de "deliberadamente inibir respostas dominantes, automáticas ou prepotentes "(Miyake et al., 2000, p. 55), a fim de maximizar os interesses de longo prazo do indivíduo (por exemplo, Mischel, 1996). Junto com o trabalho de manutenção, atualização de memória e configuração mental, ele é considerado uma das três funções do núcleo executivo (por exemplo, Hofmann, Schmeichel, e Baddeley, 2012; Miyake et al., 2000). Ele está entre as mais fortes capacidades da mente humana e, sem ela, as pessoas iriam ser conduzidas por impulsos e tendências automáticas, sem a capacidade de resistir a elas quando necessário (Muraven & Baumeister, 2000). Uma teoria influente neste domínio é o modelo de força sugerido por Baumeister, Bratslavsky, Muraven e Tice (1998). De acordo com esta teoria, o autocontrole depende de um recurso limitado que fica empobrecido quando se tenta inibir comportamentos de competitividade, impulsos, ou desejos, assim como músculos após a realização de uma ação que exija muito. Como resultado, um ato inicial de autocontrole prejudica os subsequentes atos de autocontrole, mesmo em tarefas não relacionadas; este estado é chamado de esgotamento de ego (ego depletion) (Baumeister et al, 1998; Muraven, Tice, & Baumeister,1998; Vohs & Heatherton, 2000; para uma revisão, ver Baumeister, Vohs, e Tice, 2007). Embora a explicação limitada de recursos tem sido desafiada recentemente (por exemplo, Inzlicht e Schmeichel, 2012), o fenômenode esgotamento ego não é discutível, dado que mais de100 experimentos apoiam esta conclusão (para uma meta-análise, ver Hagger, Madeira, Firme, & Chatzisarantis, 2010). Assim, se ações deliberadas exigem recursos de controle cognitivo, um estado de esgotamento deve aumentar o comportamento automático (por exemplo, Masicampo & Baumeister, 2008; Vohs, 2006).
Resumo das experiências atuais
Na pesquisa atual, adotamos a teoria de autocontrole de Baumeister et al. (1998) para decidir entre as duas vertentes contraditórias acimas mencionadas, sobre a reciprocidade. Em três experimentos, nós tínhamos participantes que sofriam de esgotamento de ego e, então, examinamos seu comportamento durante uma interação social envolvendo decisões financeiras. No Experimento 1, foi utilizado o jogo do ultimato (Güth, Schmittberger, & Schwarze, 1982), um paradigma bem conhecido habitualmente usado para estudar a percepção da equidade e da reciprocidade negativa considerações. Em experimentos 2A e 2B, foi utilizado o jogo da confiança (Berg, Dickhaut, e McCabe, 1995), que tem sido estudada extensivamente no contexto de reciprocidade positiva.
Experimento 1: Reciprocidade Negativa no Jogo do Ultimato
O jogo do ultimato envolve uma interação social de dois jogadores. Neste jogo, os jogadores são dados uma única oportunidade de dividir uma soma de dinheiro. Um jogador propõe como dividir a soma, e outro jogador responde. Se o que responde aceita a oferta, o dinheiro é dividido, tal como proposto. Em caso de rejeição da oferta, nenhum jogador recebe nada. O modelo econômico padrão prevê que o indivíduo que responde aceitaria qualquer oferta acima de zero, não importa quão baixo o valor, simplesmente porque rejeitar tais ofertas leva a uma perda financeira. Contra esta previsão, quem responde geralmente rejeita ofertas injustas, que não sejam iguais aos dois. (Por uma visão geral, consulte Camerer, 2003). A rejeição de ofertas injustas ilustra a reciprocidade negativa: quem responde pune seus adversários por pedir demais, e intencionalmente desempenha um papel importante (por exemplo, Bereby-Meyer & Grosskopf, 2004; Bereby-Meyer & Niederle, 2005; Blount, 1995).
A reciprocidade negativa é controlada ou um comportamento automático?
Teorias que veem o interesse próprio à base de egoísmo como o principal motivo que precisa ser restrito (por exemplo, Moore e Loewenstein, 2004) sugeririam que porque a rejeição incorre em um custo, a rejeição de ofertas injustas requer um processo de controle cognitivo. Evidências neurológicas apoiam este ponto de vista. Especificamente, verificou-se que uma interrupção do funcionamento do córtex pré-frontal dorsolateral direito, uma área do cérebro associada ao controle executivove a inibição das respostas preponderantes (por exemplo, Miller e Cohen, 2001), leva a aumento de taxas de aceitação de ofertas injustas (Knoch, Pascual-Leone, Meyer, Treyer, e Fehr, 2006. A perspectiva de desenvolvimento apoia este ponto de vista também. Verificou-se que considerações de reciprocidade negativas são mais facilmente aprendidas através de experiências de vida. Especificamente, crianças com 5 anos de idade, em oposição as crianças mais velhas e adultos, se preocupam principalmente com seu próprio benefício e não mostram preferência por normas de equidade (isto é, aceitar ofertas injustas a partir de um proponente humano e a partir de uma máquina aleatória que determina a divisão entre os dois jogadores) - um comportamento que é consistente com o modelo econômico padrão. Na verdade, a considerações de reciprocidade começam a surgir somente após 7 anos de idade (BerebyMeyer & Fiks, 2012). Portanto, de acordo com esta proposição, espera-se que o auto interesse domine o comportamento de reciprocidade negativa. Especificamente, ele prevê o esgotamento ego para diminuir a rejeição de ofertas injustas. Nós nos referimos a esta hipótese como a "hipótese de reciprocidade negativa deliberada". Contrariamente à proposta acima mencionada, a "hipótese de reciprocidade negativa deliberada" baseia-se na natureza emocional da reciprocidade. No jogo do ultimato, a rejeição de ofertas injustas é correlacionada com sentimentos negativos (por exemplo, Pillutla & Murnighan, 1996) e com um aumento da atividade em regiões do cérebro associadas com... No jogo do ultimato, a rejeição de ofertas injustas é correlacionada com sentimentos negativos (por exemplo, Pillutla & Murnighan, 1996) e com um aumento da atividade em regiões do cérebro associadas com sentimentos negativos (ou seja, a ínsula anterior bilateral, por exemplo, Sanfey et al., 2003; Tabibnia, Satpute, & Lieberman, 2008). A aceitação de ofertas injustas, no entanto, está associada a funções de controle executivo (Ou seja, a emoção para baixo-regulação; Bereby-Meyer, Moran, Halali, & Schweitzer, 2013; Xiao & Houser, 2005) e com o aumento de atividade em uma região envolvida na sub-regulação de sentimentos negativos (ou seja, o córtex pré-frontal ventrolateral direito; por exemplo, Tabibnia et al., 2008). Assim, o injusto jogo do ultimato implica na indução de um conflito interno entre motivos afetivos ("rejeitar a oferta") e deliberados ("Aceitar a oferta"). De acordo com uma abordagem do processo para a tomada de decisões (por exemplo, Loewenstein & O'Donoghue, 2005), a qual afirma que as emoções têm controle primário sobre o comportamento, (Por exemplo, Bechara & Damasio, 2005), as ações do controle cognitivo deliberado são necessárias para manter o pensamento racional (por exemplo, Masicampo & Baumeister, 2008; Vohs, 2006). Embora o esgotamento de ego não mude o que as pessoas sentem (por exemplo, Baumeister et al., 1998; Wagner & Heatherton, 2013), a demonstração de que a regulação da emoção exerce controle cognitivo (por exemplo, Ochsner & Gross, 2005; Sheppes & Meiran, 2008) sugere que uma escassez no controle cognitivo é esperado para diminuir a capacidade de regular processos afetivos. O suporte para esta sugestão vem de novas descobertas por Vohs et al. (2013), que demonstraram que o esgotamento de ego intensifica sentimentos e impulsos em resposta a estímulos emocionais e tentadores. Da mesma forma, um estudo neurológico recente descobriu que o esgotamento de ego aumenta a reatividade emocional na amígdala e reduz conectividades funcionais de cima para baixo, ou seja, os processos de regulação emocional, em resposta a estímulos negativos, mas não para cenas neutras. (Wagner & Heatherton, 2013). Portanto, de acordo com esta proposição, o esgotamento de ego deve tornar as pessoas menos capazes de superar reações emocionais associadas com o desleal jogo do ultimato e oferece e levar as pessoas a rejeitar estas ofertas com relativa frequência.
Método
Participantes. Cinquenta e quatro alunas do primeiro do primeiro ano, os alunos de psicologia participaram da experiência. Nós informamos os participantes anteriormente, que iríamos escolher aleatoriamente cinco deles e pagá-los de acordo com os ganhos que eles fizessem em um ensaio no jogo do ultimato além disso, todos os participantes receberam créditos do curso para a conclusão do experimento. Nós distribuídos aleatoriamente os participantes a um dos dois experimentos (esgotamento, n 27; controle, n 27). 
Materiais e procedimento.
Tarefa de esgotamento. Nós manipulamos os recursos de esgotamento do controle cognitivo utilizando uma versão modificada do Stroop (1935), anteriormente utilizado por Mead, Baumeister, Gino, Schweitzer e Ariely (2009) e, mais recentemente, Halali, Bereby-Meyer, e Ockenfels, (2013). Cada ensaio começou com um 500-ms fixation cross, seguido pelas palavras “amarelo, vermelho, verde ou azul” que apareciam em amarelo, vermelho, verde ou azul. Os participantes foram convidados a relatar a cor na qual cada palavra aparecia, tão rapidamente quanto podiam, pressionando a tecla apropriada no teclado (as teclas foram codificadas por cor). Participantes na condição de esgotamento erraram nas 20 tentativas,nas quais as palavras não estavam de acordo com sua cor. Para identificar a cor tinham que suprimir sua tendência automática para ler a palavra. Em caso de não esgotamento, as palavras combinavam com suas cores, portanto era desnecessário ignorá-las. Por conseguinte, a condição incongruente requereu mais recursos de controle cognitivo do que a condição congruente. Nós contamos aos participantes que esta fase experimental foi uma experiência separada.
Tarefa Jogo do Ultimato. Nós usamos uma versão computadorizada do Jogo do Ultimato, que foi baseado no procedimento em HARLE e Sanfey de (2007). Os participantes jogaram como respondedores quem respondia, recebendo ofertas monetárias de vários proponentes, sendo cada oferta independentes uma da outra. Cada oferta envolveu uma quantia de 100 New Israeli Shekels (NIS; aproximadamente US $ 25). Nós dissemos aos participantes que eles iriam jogar com parceiros de outras universidades que fizeram suas ofertas durante uma sessão anterior da mesma experiência. Em cada ensaio, os participantes viam pela primeira vez uma imagem do proponente atual por 4 s. Estas imagens foram selecionadas a partir do Facebook, um site de rede social popular. As imagens eram todas de rostos femininos de jovens com 20 anos (Correspondente a média de idade das estudantes universitárias israelenses). As fotos haviam sido profissionalmente editadas como fotos de passaporte e foram julgadas por três avaliadores independentes, que decidiram que estas possuíam traços que representavam expressões faciais neutras. Nós decidimos usar apenas imagens de proponentes femininos para diminuir a variância relacionada com diferenças de gênero, e melhorar ainda mais o poder estatístico. Os participantes, em seguida, viram a oferta do proponente e tiveram um máximo de 10 s para decidir se aceitavam ou não a oferta. Depois de decidirem, o resultado de sua decisão, foi apresentado por 4 s, e eles receberam a próxima oferta (Ver Figura 1). Os participantes jogaram como quem respondia em 16 tentativas independentes. Estas ofertas variavam em termos de nível de equidade, incluindo seis ofertas justas (3 50% e 40 3% de participação), três ofertas injustas (3 30% da participação), e sete ofertas altamente desleais (4 20% e 3 10% do jogo). Foram sorteados os rostos de cada oferta, para que cada participante recebesse ofertas de diferentes pessoas em e uma ordem diferente. Depois de assinar um termo de consentimento, e antes de iniciar a tarefa de esgotamento, os participantes foram informados verbalmente que eles iriam Participar de uma série de experiências independentes. Seguindo no jogo do ultimato, os participantes responderam a um questionário destinado a avaliar as suspeitas a respeito de seus proponentes. Eles tiveram que indicar se os proponentes foram (a) de outras universidades, (b) de sessões anteriores do mesmo instituto, (c) no mesmo laboratório que eles, ou (d) diferente. A alternativa "diferente", que inclui uma opção para algum comentário livre, foi adicionada para revelar participantes proponentes e sua identidade sem diretamente perguntar a eles sobre isso. Em seguida, como uma verificação de manipulação, os participantes classificaram a dificuldade da tarefa de Stroop, numa escala de 1 (não tão difícil) a 7 (muito difícil), e relataram seus níveis de humor e excitação geral sobre o Brief Mood Introspection Scale (Mayer & Gaschke, 1988).
Resultados e Discussão
Verificação de manipulação. Classificações de dificuldade do Stroop, indicam que a condição incongruente (esgotamento) foi julgada Figura 1. Um julgamento de um único tiro do jogo do ultimato. NIS New Israeli Shekels.
 .... para ser mais difícil de manusear (M = 1.56, SD = 0.69)do que o congruente (controle) condição (M = 1.22, SD = 0.58), t(52) = 1,91, p = 0,03, n2p = .07, de um lado, conforme exigido para um padrão previsto. 
Tomada de decisão. Para cada tipo de oferta (ou seja, 10% -50%), nós calculamos a proporção de ofertas rejeitadas no total de ofertas que receberam uma resposta. We tested the proportions of rejected offers using a two-way analysis of variance (ANOVA) with condition (depletion, no-depletion) as a between-participants independent variable and fairness (10%, 20%, 30%, 40%, 50%) as a within-participant independent variable. Encontramos um significante efeito da justiça, F (4, 176) = 64.44, p < .001, n2p = 59, indicando que, independentemente da condição, a menor e menos justa oferta era a mais provável a ser rejeitada. O efeito principal da condição não foi significante (p > 0,10). É importante ressaltar que a interação Condição X Equidade, foi significativa, F (4, 176) = 2,80, p = 0,028, n2p = .06 (ver Figura 2). Seguindo Harlé e Sanfey (2007), a interação significativa foi sondado por um contraste na interação, na qual a oferta justa foi subdividida entre justa (ou seja, 40% -50%) e injusta (ou seja, 10% - 30%). A interação entre o contraste acima e a condição foi significante, F (1, 44) = 6,14, p = 0,017, nsp = .12, indicando que a diferença entre os grupos de esgotamento e não esgotamento reagiram de forma diferente, a ofertas injustas. Quando essa interação de contraste foi tida em conta, o residual efeito da interação Condição X Equidade já não foi estatisticamente significante, (F < 1, ns). Em seguida, realizamos dois simples efeitos para comparar as taxas de rejeição de grupos com esgotamento e sem esgotamento diante ofertas justas e injustas. De acordo com a “hipótese de reciprocidade negativa”, os participantes na condição de esgotamento eram mais propensos a rejeitar ofertas injustas (M = 63,7%, SD = 32,5) do que participantes na condição de não-esgotamento (M = 44,3%, SD = 34,1), F (1, 44) = 3,88, p = 0,055, n2p = .08. Este efeito não foi observado para ofertas justas (esgotamento: M = 0,7%, DP = 3,4%; não-esgotamento: M =4,5%, SD = 11,7%; p > .12), o que indica que esgotamento de ego faz os participantes mais sensíveis à injustiça, e não apenas propensos a rejeitar ofertas em geral. A condição experimental não afetou o humor, F (1, 44) = 2,09, ns, ou excitação, F = 1, ns, conforme medido pelo Brief Mood Introspection Scale. Assim, de acordo com estudos anteriores, o esgotamento de ego por si só não causou quaisquer alterações emocionais (por exemplo, Baumeister et al., 1998). No entanto, reconhecemos o fato de que, desde humor até excitação foram relatados após a tarefa Jogo do Ultimato, eles podem ter sido afetados pelas decisões dos participantes
As experiências 2A e 2B: reciprocidade positiva
no Jogo de Confiança
O objetivo do experimento 2 foi o de estender os resultados de Experimento 1 para a reciprocidade positiva. Os resultados da Experiência 1 mostraram que a falta de recursos de controle cognitivo levou ao aumento da reciprocidade negativa; ou seja, as pessoas tendem a punir tratamento injusto com mais frequência quando esgotadas. Estes resultados são consistentes com a proposta automático para reciprocidade. No entanto, os resultados não são necessariamente ser compatíveis com a conclusão geral de que o esgotamento de ego aumenta reciprocidade.. Em vez disso, eles poderiam indicar uma conclusão o que o esgotamento de ego reduz a capacidade de superar as emoções negativas associadas com o recebimento de ofertas injustas. Tal conclusão é suportada por estudos que mostram que o esgotamento de ego aumenta sentimentos de agressão (DeBono, Shmueli, & Muraven, 2011; DeWall, Baumeister, Stillman, & Gailliot, 2007) e que a rejeição de ofertas injustas é associada com esses sentimentos (Crockett, Clark, Lieberman, Tabibnia, & Robbins, 2010). Para apoiar a conclusão mais geral, decidimos estudar a reciprocidade positiva. A hipótese mais geral prevê que uma escassez de recursos de controle cognitivo faria aumentar a reciprocidade positiva, como na reciprocidade negativa. Em Figura 2. Proporção de ofertas rejeitadas em função da oferta de equidade e condição.
... De acordo com esta hipótese, Fennis, Janssen e Vohs (2009) recentemente descobriram que o esgotamento de ego promoveo cumprimento de um pedido caridoso (ou seja, a vontade de se voluntariar como assistente de pesquisa) em resposta a um comportamento gentil inicial de quem controla o jogo. Em suma, previmos que o esgotamento de ego faria mais participantes generosos, mesmo quando isso incorresse em custos monetários e não fornecesse nem recompensas presentes, nem futuras. Um jogo que tem sido extensivamente estudado no contexto de reciprocidade positiva é o jogo da confiança (também conhecido como o jogo do investimento; Berg et al., 1995). Neste jogo para dois participantes, é dado a um deles uma certa quantia de dinheiro que ele pode escolher entre manter ou dividir com o outro jogador. Quem controla o jogo triplica qualquer quantidade que um transmitir para o outro. Este montante é, então, dado ao receptor, que deve decidir se quer manter toda quantia, ou então enviar uma parte ou o total de volta para o remetente. Segundo o modelo econômico padrão, se esta é uma versão "one-shot" do jogo, o receptor não deve enviar qualquer dinheiro de volta para o remetente. O remetente que antecipa, deve enviar dinheiro para o receptor. Contrariamente a esta previsão, acontece que remetentes transferem uma significante quantia de dinheiro e receptores retornam valores não tão altos, especialmente quando generosas ofertas são dadas (para uma visão geral, consulte Camerer, 2003). A devolução do dinheiro ilustra reciprocidade positiva: Receptores recompensam os seus adversários por suas intenções amáveis. Esta resposta, aparentemente, irracional é impulsionada por uma reação emocional a fim de ser confiável. Literalmente, você "se sente bem" quando alguém confia em suas ações, e este reconhecimento motiva a responder a retribuir reciprocamente. (Zak, 2008).
O retorno irracional de dinheiro, seguido de investimentos de confiança foi encontrado para ser correlacionado com o aumento de sentimentos positivos (Offerman, 2002) e com o aumento da atividade nas regiões do cérebro associadas com sentimentos positivos e processamento de recompensa (ou seja, striatum ventral; W. van den Bos, van Dijk, Westenberg, Rombouts, e Crone, 2009). Em contraste, o retorno de menos dinheiro em resposta a investimentos altamente confiantes, foi associado com regulação emocional negativa (Bereby-Meyer et al., 2013). Estes resultados sugerem que a resposta irracional no jogo da confiança (isto é, retornar dinheiro) é impulsionado por uma reação emocional a fim de ser confiável. Considerando que a resposta do auto interesse de manter o dinheiro requer a regulação dessas emoções positivas. Assim, investimentos de alta credibilidade no jogo da confiança induzem a um conflito no receptor entre motivos afetivos ("devolver o dinheiro") e deliberados ("manter o dinheiro "). Dada a abordagem dupla do processo, a tendência para uma reciprocidade negativa automática é encontrada na Experiência 1, e quanto aos resultados em relação ao papel das emoções nos participantes do jogo da confiança (por exemplo, Offerman, 2002), hipotetizamos que o retorno do dinheiro seguido por investimentos altamente confiáveis é uma reação automática e precisa ser substituída por recursos fidedignos do controle cognitivo. Portanto, nós previmos que o esgotamento de ego implica no aumento da enviada de volta, em resposta aos investimentos altamente confiantes. Dada esta previsão contraditória, realizamos duas versões deste estudo, uma com participantes do sexo feminino (a partir de nosso grupo psicológico) com uma diferente tarefa de esgotamento do que o utilizado na Experiência 1 (2A) e o outra com participantes do sexo masculino (que não vêm de nosso grupo psicológico de costume) com a mesma tarefa de esgotamento da Experiência 1. Em contraste com a Experiência 1, apresentamos aos participantes tanto do sexo masculino, quanto feminino a conta da possibilidade de parceiros de gênero de interagirem com o padrão de resultados e, portanto, garantirmos assim, maior validade externa para nossas descobertas.
Método
Participantes do Experimento 2A. Quarenta e duas estudantes de graduação do primeiro ano de psicologia, participaram em troca de créditos extras no curso. Nós aleatoriamente designamos a uma das participantes as duas condições experimentais (esgotamento, n = 22; controle, n = 20).
Participantes do Experimento 2B. Trinta e oito alunos de graduação do sexo masculino participaram em troca de 20 NIS (aproximadamente $ 5). Nós aleatoriamente designamos os participantes para um dos dois experimentos (esgotamento, n = 19; controle, n = 19). Em cada experimento, informamos os participantes anteriormente que escolheríamos aleatoriamente três participantes e os pagaríamos de acordo aos ganhos reais que eles fizessem em uma tentativa aleatória do jogo da confiança.
Materiais e procedimento
Tarefa de esgotamento no experimento 2A. Nós manipulamos o esgotamento re recursos de controle cognitivo utilizando o procedimento de Baumeister et al. (1998). Os participantes receberam uma datilografia

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