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Lombalgia: Causas, Sintomas e Tratamento

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MARIANA MARQUES – T29 
CLÍNICA MÉDICA – MÓDULO II 
 
INTRODUÇÃO 
• É a dor que ocorre na região lombar inferior que 
limita o movimento. 
• A maioria são agudas, autolimitadas e benignas. 
• A lombociatalgia ou radiculopatia é a dor lombar 
que se irradia para uma ou ambas as nádegas ou 
para as pernas na distribuição do nervo ciático. 
• Pode ser aguda (duração menor que 3-4 semanas), 
subaguda (entre 4-12 semanas) ou crônica 
(duração maior que 3 meses). 
 
FISIOPATOLOGIA 
• Há inúmeras causas diferentes para a dor, devido 
a grande quantidade de estruturas na coluna 
(ligamentos, tendões, músculos 
• Geralmente é desencadeada pelo movimento, ou 
seja, causada pelo mau uso ou uso excessivo das 
estruturas da coluna, resultando em entorses e 
distensões. 
• Também pode ser causada por esforços repetitivos, 
excesso de peso, pequenos traumas, erro postural, 
condicionamento físico inadequado, posição não 
ergonômica no trabalho e osteoartrose da coluna. 
• Acredita-se que a maioria seja de origem muscular, 
ocasionadas por contraturas musculares. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
• AGUDA: duração de até 4-6 semanas. 
• SUBAGUDA: duração entre 6-12 semanas. 
• CRÔNICA: caso ocorra por pelo menos 3 meses e em 
pelo menos metade dos dias dos últimos 6 meses. 
• RECORRENTE: quando um novo episódio ocorre 30 
dias após o anterior dentro do período de 1 ano. 
ETIOLOGIA 
• A maioria das lombalgias não tem causa 
específica, porém, é possível classificar quanto a 
etiologia da dor lombar como: 
➔ Causas mecânicas (não irradiadas/ irradiadas 
com radiculopatia): torção, estiramento, 
degeneração, hérnia de disco, fratura 
compressiva osteoporótica, estenose medular. 
➔ Visceral ou outras causas específicas. 
 
 
ABORDAGEM CLÍNICA 
ANAMNESE: 
• O principal objetivo da anamnese diante de uma 
queixa de dor lombar deve ser identificar sinais de 
alerta e descartar patologias específicas (cauda 
equina, neoplasia, infecção, fratura, pielonefrite, 
artrite inflamatória etc.) 
• Na anamnese deve-se caracterizar a dor, sendo 
relevante saber o tempo de duração, se há ou não 
irradiação, como a dor é desencadeada e se tem 
relação com o trabalho/posição, fatores de 
melhora, perda de força, parestesia, se sofreu 
algum trauma, se houve alteração urinária ou da 
marcha, se fez uso de alguma medicação e se há 
algum diagnóstico de base. 
 
Lombalgias 
 
MARIANA MARQUES – T29 
CLÍNICA MÉDICA – MÓDULO II 
BANDEIRAS VERMELHAS 
SINAIS DE ALERTA SUSPEITA 
 
1. Idade <20 e >50 anos 
Espondilite, 
anquilosante, 
osteoporose. 
2. Dor que piora a noite Câncer 
3. História de neoplasia Metástase 
4. Emagrecimento Neoplasias 
 
5. Febre 
Osteomielite, 
abcessos 
6. Grande trauma Trauma 
7. Tratamento para osteoporose 
8. Dor refratária ao tratamento 
9. Imunossuprimidos com infecção 
recorrente 
HIV, corticoides, 
drogas injetáveis 
10. Fraqueza muscular 
 
11. Distúrbios urinários ou 
gastrointestinais 
Bexiga neurogênica, 
diminuição do 
esfíncter urinário 
e/ou retal 
 
12. Anestesia em sela 
Síndrome da cauda 
equina 
 
• Se a lombalgia for mecânica, melhorará ao 
repouso, se for inflamatória, melhorará com 
exercício e piorará com o repouso. 
• Evitar o repouso absoluto, independente da causa 
ser mecânica ou não. 
LOMBALGIA INFLAMATÓRIA x MECÂNICA 
 DOR 
INFLAMATÓRIA 
 
DOR MECÂNICA 
Idade de inicio <40 anos Qualquer idade 
Duração dos 
sintomas 
 
Insidioso 
 
Agudo 
Rigidez matinal >3 meses <4 semanas 
Dor noturna Comum Ausente 
Efeito do 
exercício 
 
Melhora 
 
Exacerba 
Dor em 
sacroilíaca 
 
Frequente 
 
Ausente 
Mobilidade da 
coluna 
Perda em todos 
os planos 
 
Flexão anormal 
Expansibilidade 
torácica 
Frequentemente 
diminuída 
 
Normal 
Déficits 
neurológicos 
 
Incomum 
 
Possível 
 
 
EXAME FÍSICO: 
• Na suspeita de radiculopatia é mandatória a 
realização do Teste de Lasegue que consiste em 
com o paciente em decúbito dorsal elevar o 
membro dolorido mantendo o joelho estendido. 
• O exame neurológico é importante ser realizado 
avaliando tônus, reflexos, bem como avaliação de 
dermátomos e miótomos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
• A indicação de exames complementares só é 
realizada em casos de sinais de gravidade 
(bandeira-vermelha), nesse caso, avalia-se a 
necessidade de encaminhamento ao especialista. 
 
TRATAMENTO 
• Utiliza-se AINEs + relaxante muscular e analgesia, 
cascata de corticoides e infiltração. 
• A cirurgia só deve ser realizada em último caso. 
• Sempre deve indicar fisioterapia. 
 
 
7 PERFIS DOS PACIENTES PORTADORES DE LOMBALGIA: 
• Lombalgia postural: estilo de vida sedentário, 
profissão fisicamente exigente, postura laboral não 
ergonômica, excesso de peso/obesidade. 
• Radiculopatia: dor irradiada para MMII, dor no 
membro mais intensa que lombar, sintomas em 
dermátomo, manobra de valsalva exacerba a dor, 
Lasegue positivo. 
• Sarcoiliíte: dor à palpação de sacroilíaca, sem dor 
axial, Lasegue negativo. 
• Fratura patológica: >65 anos, corticoterapia 
crônica e osteoporose. 
• Neoplasia da coluna: >50 anos, dor noturna, 
antecedentes de neoplasia. 
• Espondilodiscite/abcesso: febre, dor noturna, 
história recente de procedimento invasivo. 
• Síndrome da cauda equina: pé pendente, déficit 
neurológico. 
➔ É urgência neurocirúrgica. 
➔ Há liberação de esfíncteres. 
MARIANA MARQUES – T29 
CLÍNICA MÉDICA – MÓDULO II

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