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Química Inorgânica Experimental I - Prof. Ronan. Aula 8. Reação com o grupo 16 - Victor e Carlos. Procedimento A - Preparação do Oxigênio. Foi pesado 0,504g de e colocado dentro de um tubo de ensaio, este tubo𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) foi aquecido na chama do Bico de Bunsen e observou-se a liberação de gás, muito provavelmente o gás oxigênio e um pó preto, provável ser os compostos derivados do manganês. (1)2𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) + 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 ⇒ 𝐾 2 𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) + 𝑀𝑛𝑂 2(𝑠) + 𝑂 (𝑔) 0 O aquecimento do permanganato de potássio, faz com que o mesmo se decomponha em manganato de potássio, óxido de manganês e gás oxigênio. Esta é uma reação de oxirredução, em que o cromo sofre redução e o oxigênio sofre oxidação. Onde, , sofrendo oxidação.2𝑂 −2 − 4𝑒 ⇒ 2𝑂 0 , sofrendo redução ( do ).𝑀𝑛 +7 + 3𝑒 ⇒ 𝑀𝑛 +4 𝑀𝑛 𝑀𝑛𝑂 2(𝑠) , sofrendo redução ( do ).𝑀𝑛 +7 + 1𝑒 ⇒ 𝑀𝑛 +6 𝑀𝑛 𝐾 2 𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) Nesta reação redox, o permanganato de potássio se comporta como agente redutor e como um agente oxidante ao mesmo tempo. O é um composto de cor verde que com o passar do tempo se torna𝐾 2 𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) escuro, já o é um sólido preto amarronzado. As cores dos produtos finais explicam𝑀𝑛𝑂 2(𝑠) a coloração escuro dentro do tubo. Essa reação acontece pois a estabilidade térmica do é muito baixa, assim𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑠) o mínimo de aplicação de energia térmica faz com que o mesmo se decomponha em dois ou mais produtos. Procedimento C - Identificação do Peróxido de Hidrogênio. Em um tubo de ensaio foi adicionado 2 mL de peróxido de hidrogênio e 2 mL de ácido sulfúrico ( ), logo após foi adicionado lentamente os 0,5 mL de𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) 0, 1 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 éter etílico fazendo com forme um anel, promovendo a formação de duas fases líquidas, o éter permaneceu na fase superior. Logo após adicionou-se gota a gota de 1 mL de dicromato de potássio ( ) e observou-se que o anel de éter tomou coloração esverdeada e𝐾 2 𝐶𝑟 2 𝑂 7 0, 5 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 houve liberação de gás, muito provavelmente, o oxigênio. 𝐾 2 𝐶𝑟 2 𝑂 7(𝑎𝑞) + 3𝐻 2 𝑂 2(𝑎𝑞) + 4𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) ⇒ 𝐾 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) + 𝐶𝑟 2 (𝑆𝑂 4 ) 3(𝑎𝑞) + 7𝐻 2 𝑂 (𝑙) + 3𝑂 2(𝑔) 0 (2) É observável que há formação de gás oxigênio, o que explica a formação de bolhas, forma sulfato de potássio que é um sólido cristalino branco, na solução não influenciou na coloração, já o sulfato de cromo III é um sólido cristalino verde, que não é solúvel na água, o que explica a solubilidade no éter e a coloração do mesmo. Esta é uma reação de oxirredução, em que o cromo sofre redução e o oxigênio sofre oxidação. Onde, , sofrendo oxidação.6𝑂 +5 − 6𝑒 ⇒ 6𝑂 0 , sofrendo redução.2𝐶𝑟 +6 + 6𝑒 ⇒ 2𝐶𝑟 +3 Nesta reação redox, o peróxido de hidrogênio se comporta como agente redutor enquanto o dicromato de potássio se comporta com um agente oxidante. Está reação demonstra a decomposição da água oxigenada em água e gás oxigênio, devido a mesma possuir um potencial de oxidação forte, o qual reage com outros compostos reduzindo-os e decompondo-se. Assim, o peróxido de hidrogênio pode agir como redutor ao reagir com oxidantes fortes e os produtos da reação são água e oxigênio. Procedimento D - Propriedades oxidantes do Peróxido de Hidrogênio. Em um tubo de ensaio foi adicionado 1 mL de iodeto de potássio ( ) e 1 mL de ácido sulfúrico ( ), logo após foi𝐾𝐼 (𝑎𝑞) 0, 5 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) 1, 0 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 adicionado 2 mL de peróxido de hidrogênio. Observa-se que a solução ficou de cor marrom levemente alaranjado e logo após viu-se a precipitação de cor escura, um preto. E a solução ficou levemente acastanhada. (3)2 𝐾𝐼 (𝑎𝑞) + 𝐻 2 𝑂 2(𝑎𝑞) + 𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) ⇒ 2 𝐻 2 𝑂 (𝑙) + 𝐾 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) + 𝐼 2(𝑠) ↓ Como visto na reação 3, há a formação de água, sulfato de potássio e iodo molecular que decantou, pois o mesmo é pouco solúvel em água o qual deixa a solução aquosa de coloração acastanhada. Esta é uma reação de oxirredução, em que o oxigênio sofre redução e o iodo sofre oxidação. Onde, , sofrendo oxidação.2𝐼 −1 − 2𝑒 ⇒ 2𝐼 0 , sofrendo redução.2𝑂 −1 + 2𝑒 ⇒ 2𝑂 −2 Nesta reação redox, o peróxido de hidrogênio se comporta como agente oxidante enquanto o iodeto de potássio se comporta com um agente redutor. Assim é possível dizer que o peróxido de hidrogênio é um composto bastante oxidante quando está na presença de compostos redutores e quando oxidado forma moléculas de água. Procedimento E - Propriedades redutoras do Peróxido de Hidrogênio. Em um tubo de ensaio foi adicionado 1 mL de permanganato de potássio ( ) e 2 mL de ácido sulfúrico ( ), com essa𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑎𝑞) 1, 0 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) 1, 0 𝑚𝑜𝑙. 𝐿 −1 primeira mistura, observou-se que a solução ficou violeta, isso se dá devido ao ,𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑎𝑞) logo após foi adicionado 2 mL de peróxido de hidrogênio. Observa-se que a solução ficou transparente e liberou gás, muito provavelmente o gás oxigênio. 2𝐾𝑀𝑛𝑂 4(𝑎𝑞) + 5𝐻 2 𝑂 2(𝑎𝑞) + 3𝐻 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) ⇒ 5𝑂 (𝑔) + 2𝑀𝑛𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) + 𝐾 2 𝑆𝑂 4(𝑎𝑞) + 8𝐻 2 𝑂 (𝑙) (4) Como descreve a reação 4, antes violeta e depois transparente, pois o permanganato de potássio foi totalmente consumido formando produtos incolores. Com essa reação obteve-se gás oxigênio, sulfato de manganês, sulfato de potássio e água. Quando colocou-se o palito de fósforo incandescente sem chama dentro do tubo, observou-se que o mesmo acendeu quase que instantaneamente, isso se deu pois o gás oxigênio atua como comburente na queima do palito de fósforo, promovendo uma chama. Esta é uma reação de oxirredução, em que o manganês sofre redução e o oxigênio sofre oxidação. Onde, , sofrendo oxidação.10𝑂 −1 − 10𝑒 ⇒ 10𝑂 0 , sofrendo redução.2𝑀𝑛 +7 + 10𝑒 ⇒ 2𝑀𝑛 +2 Nesta reação redox, o permanganato de potássio se comporta como agente oxidante enquanto o peróxido de hidrogênio se comporta com um agente redutor. Assim, o peróxido de hidrogênio pode agir como redutor ao reagir com oxidantes fortes e os produtos da reação são água e oxigênio. Procedimento F - Variedade alotrópica: fusão do enxofre. Em um tubo de ensaio foi adicionado a ⅓ do seu volume com enxofre sólido e aquecido no Bico de Bunsen. Observou-se que houve a fusão do enxofre e o volume do enxofre líquido foi muito menor do volume inicial de enxofre sólido. Após mais algum tempo de aquecimento, o enxofre tomou coloração marrom escuro, logo após o enxofre líquido foi pingado na água de um béquer, e observou-se a formação de enxofre sólido na forma de “gotas de chocolate”. Após o mesmo estando frio, viu-se que as gotas de enxofre possuíam o exterior preto e quando amassadas o interior estava amarelo. Importante destacar que o enxofre organiza-se suas moléculas ligando 8 átomos entre si, o tipo de estrutura que essas moléculas possuem, vai depender do arranjo dessa estrutura. Os seus átomos podem ligar-se e formar duas variedades alotrópicas que são encontradas na natureza: o enxofre rômbico e o enxofre monoclínico. O enxofre é um dos elementos químicos que apresentam o fenômeno da alotropia e, entre eles, o que possui a maior variedade de formas alotrópicas: , , e , que se𝑆 2 𝑆 4 𝑆 6 𝑆 8 diferenciam quanto a sua atomicidade. Esses alótropos podem ser encontrados em locais onde ocorrem erupções vulcânicas. Figura 1: Representação da molécula de .𝑆 8 O enxofre possui sua estrutura molecular como demonstra a Figura 1. O enxofre rômbico e o enxofre monoclínico possuem oito átomos ligados formando suas moléculas (𝑆 8 ). A diferença reside somente no fato de que a forma geométrica (retículos cristalinos) em que esses átomos estão rearranjados no espaço é diferente. O enxofre em pó possui moléculas de que estão cristalizadas de uma forma𝑆 8 específica, a ortorrômbica (Figura 2). Ao fundir (ele se funde a uma temperatura de 112º C, aproximadamente), a estrutura é desorganizada e praticamente não precisa voltar exatamente ao estado inicial: oenxofre ressublimado (ou resfriado) cristaliza na forma monoclínica (Figura 3), voltando lentamente à ortorrômbica. Já o enxofre líquido, resfriado rapidamente (por exemplo, vertendo enxofre fundido em água fria, como feito no experimento) forma uma espécie de borracha (também conhecida como massa polimérica, é o enxofre plástico, com cadeias de mais de 6.000 átomos, em média) que demora a se converter novamente em enxofre ortorrômbico. Quando o enxofre é aquecido demasiadamente, há a queima do mesmo, podendo formar óxidos, tais como ou (Equações 5 e 6). Esses óxidos explicam a coloração𝑆𝑂 2 𝑆𝑂 3 escura envolta do enxofre resfriado. (5)𝑆 8(𝑠) + 8 𝑂 2(𝑔) → 8 𝑆𝑂 2(𝑔) (6)𝑆 8(𝑠) + 12 𝑂 2(𝑔) → 8 𝑆𝑂 2(𝑔) Figura 2: Aspecto e estrutura de enxofre rômbico Figura 3: Aspecto e estrutura de enxofre monoclínico Como comentários gerais: O peróxido de hidrogênio tende a ser instável, devido ao fato de suas ligações serem fracas, com energia de ligação de 144 kJ/mol. Ou seja, o peróxido de hidrogênio é caracterizado por ser um composto binário formado pela ligação entre o hidrogênio e o oxigênio, na forma de , sendo que neste composto o oxigênio está no estado de𝑂 2 −2 oxidação -1. E é este estado de oxidação que desestabiliza a molécula, fazendo com que a mesma se degrade rapidamente. Outro ponto a respeito do peróxido de hidrogênio é que o oxigênio presente na molécula tende sempre a tornar-se estável, e nesse processo ocorrem as reações de decomposição, que dependendo muito do composto no meio, o peróxido pode ser um oxidante ou um redutor, tudo depende do composto que reagirá com o .𝐻 2 𝑂 2(𝑎𝑞) Visto também que o enxofre possui característica alotrópica, o que lhe concede habilidade de formar 2 moléculas alotrópicas, e essas moléculas possuem estabilidade (da parte de identidade química) a altas temperaturas, e a única mudança significativa em sua estrutura é quando o mesmo é aquecido ocasionando somente o rearranjo estrutural. Como visto também, o enxofre aquecido e fundido na presença de oxigênio pode formar óxidos, tais como o ou .𝑆𝑂 2 𝑆𝑂 3
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