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PARAFILIAS PARAFILIAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CAMPUS SANTA INÊS CURSO DE ENFERMAGEM PSIQUIATRIA NA ENFERMAGEM Trabalho apresentado à disciplina de Psiquiatria na Enfermagem no curso de Enfermagem da UEMA campus Santa Inês, como requisito para obtenção da terceira nota. Professor: Roberto Oliveira Discentes: Hilgesoneide Brito; Helioenay Lira; Igor Machado, Kelly Mayane; Kelvin Sousa; Letícia de Maria S. Ramos; Maria Sthefany S. Costa; Matheus William 2 O QUE SÃO PARAFILIAS? . O DSM-5, define “O termo parafilia representa qualquer interesse sexual intenso persistente que não aquele voltado para estimulação genital ou para carícias preliminares com parceiros humanos que consentem e apresentam fenótipo normal e maturidade física. Em certas circunstâncias, o critério “intenso e persistente” pode ser de difícil aplicação, como na avaliação de pessoas muito idosas ou clinicamente doentes e que podem não ter interesses sexuais “intensos” de qualquer espécie. Nesses casos, o termo parafilia pode ser definido como qualquer interesse sexual maior ou igual a interesses sexuais normofílicos. Existem, ainda, parafilias específicas que são geralmente mais bem descritas como interesses sexuais preferenciais do que como interesses sexuais intensos”. (APA, 2014, p. 685) Parafilias são variações do comportamento sexual que fogem ao padrão estabelecido pela sociedade onde o indivíduo está inserido. A palavra parafilia vem do grego onde “para” significa paralelo ou fora de e “filia” significa de amor à ou de apego à, simbolizando uma forma de amor paralelo as consideradas comuns. 3 O QUE É TRANSTORNO PARAFÍLICO? Segundo o DSM-5, as parafilias passam a ser consideradas práticas sexuais atípicas, de grau não patológico, a menos que os sintomas se traduzam em mal-estar no ramo pessoal, interpessoal ou socioprofissional para o indivíduo ou outrem, passando a ser denominadas Perturbações Parafílicas e detendo um grau patológico. (APA, 2014, p. 685) “Um transtorno parafílico é uma parafilia que está causando sofrimento ou prejuízo ao indivíduo ou uma parafilia cuja satisfação implica dano ou risco de dano pessoal a outros. Uma parafilia é condição necessária, mas não suficiente, para que se tenha um transtorno parafílico, e uma parafilia por si só não necessariamente justifica ou requer intervenção clínica.” (APA, 2014, p. 685) 4 PARAFILIA, SOCIEDADE, NORMALIDADE E ANORMALIDADE 5 Tabus socioculturais; Influência Religiosa; Variâncias do desejo sexual em sua maioria possui uma grande rejeição pela sociedade; Segundo Foucault (1993) “a sexualidade sempre esteve presente e pujante na vida humana, até mesmo no seu discurso repressor contra ela mesma, o que, na verdade, também era uma forma de se falar de sexualidade e de se gozar com isso” não atribuímos um comportamento “normal” ou “anormal”, e sim um comportamento sexual convencional ou não convencional 6 Definições por agrupamentos classificatórios 7 Personificação do outro Neste grupo os parafílicos extraem seu prazer, sua satisfação sexual em ser ou se fazer o papel do outro Relações com Objetos Neste grupo, os parafílicos obterão prazer e satisfação sexual em relação a um objeto, podendo ser um objeto específico ou não Morte Neste grupo de parafílicos, os mesmos obterão prazer e satisfação sexual por cadáveres, cenas fúnebres, ou situações que podem levar a morte Dor Neste grupo, os parafílicos obterão prazer e satisfação sexual, em sentir ou provocar diversos tipos de dores no parceiro. 8 Animais Cronológico Neste grupo os parafílicos obterão prazer e satisfação sexual por e com animais Neste grupo os parafílicos obterão prazer e satisfação por pessoas de idades distintas Visual ou Imagético Neste grupo, os parafílicos obtém seu prazer, e extração de satisfação sexual a partir do “ver”, excitação a partir de visualizar imagens, ou situações 9 Parafilias e suas definições 10 Andromimetofilia Consiste na excitação e obtenção de prazer pela “inversão”, nessa parafilia há a troca de papeis no ato sexual, onde o homem atuará como o gênero oposto, podendo a mulher o penetrar com objetos ou não. Tal parafilia apresenta como transtorno uma frequência de frustrações do sujeito frente ao desejo que há determinada repercussão em dimensões psicossociais/psicorelacionais e psicoemocionais. 11 Travestismo Consiste na excitação e obtenção de prazer em vestir-se como o sexo oposto, podendo ser durante as relações sexuais, ou quando o mesmo assume um caráter de fetichista utilizando, por exemplo, peças íntimas por baixo da roupa durante o dia a dia, ou em sua forma autoerótica nas práticas de masturbação 12 Autonepiofilia Consiste na excitação e obtenção de prazer em fingir-se ser um bebê que necessita de cuidados, podendo ou não se caracterizar como um bebê utilizando fraldas, bico, mamadeira, e outros. O Infantilismo é uma variante dessa parafilia, onde o sujeito finge ser uma criança. 13 Fetichismo Consiste na excitação, supervalorização e obtenção de prazer por objetos inanimados, seja salto alto, peças intimas, dentre outros que visam uma erotização que não depende de um parceiro para obtenção do prazer, ou sob outras vertentes o fetichismo também ocorre na excitação em características distintas como cor ou tamanho do cabelo, tamanho e formato de pés, etc 14 Dolismo Misofilia Consiste na excitação e obtenção de prazer por bonecas (os) e manequins. Consiste na excitação e obtenção de prazer em cheirar, mastigar, usar e se esfregar em roupas sujas ou objetos de higiene usados de outra pessoa 15 Necrofilia Em termos simples, necrofilia é o sentimento de excitação causado pelo contato visual ou físico com um cadáver. O nome vem do grego “nekrós”, morto, e “filía”, amor, e essa prática existe desde a Antiguidade. Ela ainda pode se apresentar de três maneiras distintas: comum (uma pessoa mantém relações sexuais com um cadáver), homicida (uma pessoa assassina alguém para manter relações sexuais com a pessoa falecida) e fantasiada (quando o ato sexual não é consumado, mas a pessoa se sente excitada ao imaginar a relação acontecendo). 16 Como a Necrofilia afeta a vida do individuo? A necrofilia não é só um transtorno mental, mas também um problema que pode trazer graves consequências para a saúde física de um indivíduo e para quem convive com ele. Conjuntivite Pneumonia H1N1 Tuberculose Raiva Hepatites B e C HIV 17 O que a lei fala sobre necrofilia? Necrofilia é crime. Segundo o artigo 212 do Código Penal brasileiro, “vilipendiar cadáver ou suas cinzas” é passível de detenção de um a três anos, além do pagamento de uma multa. Além disso, o artigo 212 pode ser usado como agravante para crimes nos quais acontece um homicídio e, em seguida, um ato de necrofilia, isto é, quando uma pessoa assassina outra e, em seguida, pratica um ato sexual com o cadáver. Sinais que a pessoa é necrófila A pessoa que sofre desse transtorno mental pode fantasiar relações sexuais nas quais não há o consentimento da outra pessoa envolvida. Ou então ela pode sentir prazer ao pensar sobre cadáveres ou ao se colocar perto deles. Algumas podem até mesmo sentir o desejo de provocar dor física em si ou em outras. 18 Asfixiofilia A asfixiofilia é a satisfação sexual que uma pessoa sente ao restringir intencionalmente sua respiração ou de seu parceiro, causando asfixia. Embora seja uma prática consentida pelo casal, é uma parafilia extremamente perigosa, já que pode causar morte acidental por hipóxia. Esse tipo de parafilia faz parte de outros transtornos parafílicos especificados. 19 Autassassinofilia Consiste na excitação e obtenção de prazer em encenar sua própria morte de forma realista, orquestrada pelo sujeito que sofre de tal parafilia, geralmente de forma trágica e masoquista. Frequentemente tal cena é executada com outra pessoa, que possivelmente passa a fazer parte do ato encenado, onde o sujeito busca a sensação de “quase morte”, sentido o orgasmo a partir da sensação que irá morrer no ato.20 Erotofonofilia Consiste na excitação e obtenção de prazer em imaginar, fantasiar, ou até mesmo colocar em execução a fantasia da morte do seu parceiro, chegando ao orgasmo no ato da morte. A erotofonofilia passa a constituir um papel ativo, enquanto a autassassinofilia desempenha o papel passivo do desejo, possibilitando um risco extremo do parceiro ir a óbito com tal desejo. 21 Masoquismo Consiste na excitação e obtenção de prazer em sentir dor, vergonha e humilhação, a mesma se dá a submissão do sujeito a um outro que goza sobre si, seu prazer vem da própria submissão, mesmo que essa submissão venha acompanhada de sérios riscos ao corpo e ao psicológico do sujeito frente seu desejo. 22 Masoquismo As atividades masoquistas podem constituir o modo preferido ou exclusivo de produzir excitação sexual. As pessoas podem representar suas fantasias masoquistas para elas mesmas — por exemplo: Amarrando-se Perfurando a pele Aplicando choques elétricos Queimando-se 23 Masoquismo Ou elas podem procurar um parceiro que pode ser um sadista sexual. Atividades com um parceiro incluem: Ser amarrado Vendar os olhos Ser espancado Ser flagelado (açoitado) Ser humilhado com urina ou fezes Ser forçado a travestir-se Participar de um estupro simulado 24 Sadismo Consiste na excitação e obtenção de prazer em provocar sofrimento, dor, vergonha e humilhação ao parceiro. Sintomas e comportamentos típicos de sadismo: Linguagem imprópria; Puxão de cabelo; As mãos ao redor do pescoço Quando o sadismo se torna um problema? INTENSIDADE FREQUÊNCIA ÁREAS AFETADAS COMORBIDADE COM OUTROS TRANSTORNOS 25 Zoofilia Formicofilia A Zoofilia, que também pode ser chamada de zoofilismo ou bestialismo, é a pratica e satisfação sexual com animais. É um distúrbio qualitativo do instinto sexual, podendo existir como sintoma numa perturbação psíquica, como intervenção de fatores orgânicos glandulares e simplesmente como questão de preferência sexual. Consiste em obter excitação e prazer através de pequenos animais, como formigas, aranhas, caracóis, rãs ou pequenos lagartos, que percorrem o corpo, especialmente nas zonas erógenas como os genitais ou mamilos. Em alguns casos, o prazer consiste em introduzir esses animais em algum orifício do corpo. Esta tendência sexual é realizada preferentemente com animais como as formigas. 26 Riscos para a saúde Do ponto de vista da saúde sexual, o contato com animais pode causar diversos riscos, como: Infecções nos genitais; Reações alérgicas; Ejaculação precoce; Lesões físicas; Alterações psicológicas, etc. 27 O que fala a lei A Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e, em seu artigo 32, diz: Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. 28 Pedofilia Pedofilia é transtorno caracterizado por fantasias, atividades, comportamentos ou práticas sexuais intensas e recorrentes envolvendo crianças ou adolescentes menores de 14 anos de idade. Isso significa que o portador de pedofilia é sexualmente atraído exclusivamente, ou quase exclusivamente, por crianças ou indivíduos púberes. 29 Efebolofilia Semelhante a pedofilia, a efebofilia é um transtorno de interesse sexual que se caracteriza por fantasias, atividades e comportamentos recorrentes por indivíduos no fim da adolescência, geralmente com idades entre 15 e 19 anos. 30 O que fala a lei? Não existe previsão legal específica no ordenamento jurídico brasileiro para a pedofilia. Todavia, no âmbito estritamente jurídico, a pedofilia é comumente conceituada como o abuso sexual de crianças e adolescentes, ensejando inúmeros crimes previstos tanto no ECA, quanto no CP. Assim, temos no CP os crimes contra a dignidade sexual, possuindo capítulo específico acerca dos crimes sexuais contra vulneráveis: art. 217-A do CP – estupro de vulnerável; art. 218 do CP – mediação de menor de 14 anos para satisfazer a lascívia de outrem; art. 218-A do CP – satisfação da lascívia mediante a presença de menor de 14 anos; 218-B do CP – favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável; 31 O ECA também trata de crimes envolvendo a pedofilia: art. 240 do ECA – utilização de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica; art. 241 do ECA – comércio de material pedófilo; art. 241-A do ECA – difusão de pedofilia; art. 241-B do ECA – posse de material pedófilo; art. 241-C do ECA – simulacro de pedofilia; art. 241-D do ECA – aliciamento de crianças. O art. 241-E do ECA trata-se de norma explicativa dos crimes previstos no art. 240, art. 241, art. 241-A a art. 241-D do ECA. Apesar disso, insta realçar que em 2014, houve uma edição na lei 8.072/90, por meio da lei 12.978, a qual passou a considerar o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes como crimes hediondos e inafiançáveis, de forma que indiciados por tais delitos não terão direito à liberdade ou anistia. 32 Gerontofilia é uma parafilia que consiste na atração sexual por pessoas idosas 33 Voyeurismo Consiste na excitação sexual ao ver uma pessoa desprevenida se despir, nua ou praticando uma atividade sexual. O transtorno de voyeurismo envolve pôr em prática desejos ou fantasias voyeurísticas ou sentir angústia devido a essas vontades e fantasias ou ser incapaz de desempenhar funções devido a elas. 34 Diagnóstico 35 O diagnóstico de Parafilias entre as várias culturas ou religiões é complicado pelo fato de que aquilo que é considerado um desvio em um contexto cultural pode ser mais aceitável em outro. Exceto pelo Masoquismo Sexual, em que a proporção entre os sexos está estimada em 20 homens para cada mulher, as demais Parafilias quase nunca são diagnosticadas em mulheres, embora alguns casos tenham sido relatados. As Parafilias são diferenciadas com base no foco parafílico característico. Entretanto, se as preferências sexuais do indivíduo satisfazem os critérios para mais de uma Parafilia, todas devem ser diagnosticadas. Diagnóstico 36 Diagnóstico As características essenciais de uma parafilia consistem de fantasias, anseios sexuais ou comportamentos recorrentes, intensos e sexualmente excitantes, em geral envolvendo 1) objetos não-humanos; 2) sofrimento ou humilhação, próprios ou do parceiro, ou 3) crianças ou outras pessoas sem o seu consentimento, tudo isso ocorrendo durante um período mínimo de 6 meses. O comportamento, os anseios sexuais ou as fantasias causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo 37 Diagnóstico Embora as Parafilias raramente sejam diagnosticadas em contextos clínicos gerais, o amplo mercado da pornografia e da parafernália parafílica sugere que sua prevalência na comunidade tende a ser maior. Os problemas apresentados com maior frequência em clínicas especializadas no tratamento de Parafilias são Pedofilia, Voyeurismo e Exibicionismo. O Masoquismo Sexual e o Sadismo Sexual são vistos com uma frequência muito menor. Aproximadamente metade dos indivíduos com Parafilias vistos em clínicas são casados 38 Diagnóstico Sadismo diagnóstico do transtorno de sadismo sexual baseia-se nos critérios clínicos específicos do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5): Os pacientes se sentiram excitados repetida e intensamente pelo sofrimento físico ou psicológico de outra pessoa; a excitação é expressa em fantasias, desejos intensos ou comportamentos. Os pacientes agiram motivados pelosseus impulsos com uma pessoa não conivente, ou essas fantasias ou desejos causam sofrimento significativo ou prejudicam o funcionamento no trabalho, em situações sociais ou em outras áreas importantes. O quadro esteve presente por ≥ 6 meses 39 Diagnóstico Masoquismo O diagnóstico do transtorno masoquista sexual baseia-se nos seguintes Critérios clínicos: Pacientes se excitaram repetida e intensamente ao serem humilhados, espancados, amarrados ou de outra forma abusados; a excitação é expressa em fantasias, desejos intensos ou comportamentos. Suas fantasias, impulsos intensos ou comportamentos causam sofrimento significativo ou prejudicam o funcionamento no trabalho, em situações sociais ou em outras áreas importantes. O quadro esteve presente por ≥ 6 meses. 40 Diagnóstico Fetichismo Ao longo de um período mínimo de 6 meses, fantasias sexualmente excitantes, recorrentes e intensas, impulsos sexuais e anseios ou comportamentos envolvendo o uso de objetos inanimados (por ex., roupas íntimas femininas). As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. Os objetos de fetiche não se restringem a artigos de vestuário feminino usados no transvestismo (como no Fetichismo Transvéstico) ou a dispositivos desenvolvidos com a finalidade de estimulação tátil da genitália (por ex., vibrador). 41 Diagnóstico Pedofilia Ao longo de um período mínimo de 6 meses, fantasias sexualmente excitantes recorrentes e intensas, impulsos sexuais ou comportamentos envolvendo atividade sexual com uma (ou mais de uma) criança pré-púbere (geralmente com 13 anos ou menos). As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. O indivíduo tem no mínimo 16 anos e é pelo menos 5 anos mais velho que a criança ou crianças Nota para a codificação: Não incluir um indivíduo no final da adolescência envolvido em um relacionamento sexual contínuo com uma criança com 12 ou 13 anos de idade. 42 Tratamento 43 Tratamento No que diz respeito ao tratamento, convém desde logo esclarecer que a maioria dos parafílicos não pede ajuda terapêutica e aqueles que o fazem são em regra pressionados pela lei, pelas famílias ou pelas instituições em que estão inseridos. Parafilias predominantemente agressivas e as não-agressivas. O tratamento deve incluir sempre uma psicoterapia, associado ao tratamento farmacológico . 44 Tratamento OS OBJETIVOS GERAIS DO TRATAMENTO DAS PARAFILIAS PODEM SER: Controlar as fantasias e os comportamentos parafílicos; Controlar os impulsos e as pulsões sexuais; Diminuir o nível de estresse e prejuízo dos pacientes com parafilias; Diminuir a vitimização. 45 Tratamento O tratamento farmacológico de escolha para o agressor sexual com parafilia dependerá de fatores como: História médica prévia do paciente; aderência do paciente ao tratamento proposto; Intensidade das fantasias; Excitação; Desejos e comportamentos sexuais parafílicos e do risco de agressão sexual 46 Tratamento O tratamento farmacológico de agressores sexuais com parafilias pode ser feito com determinadas classes de medicamentos: ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) Medicamentos antiandrógenos esteroides (CPA e MPA) 47 Tratamento Os tratamentos com a TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) incluem estratégias individuais, grupais e familiares. Os protocolos de TCC procuram modificar as distorções cognitivas dos pacientes. Resumidamente, as distorções cognitivas são autodeclarações usadas para minimizar, justificar ou racionalizar os comportamentos sexuais agressivos. Se tratando principalmente de impulsos sexuais a dificuldade aumenta, e o tratamento eficaz seria no controle desse impulso, contudo não é uma coisa fácil por se tratar de uma vontade, e principalmente por serem sexuais. Esses programas visam aumentar o autocontrole ao melhorar as habilidades de tomada de decisão que ajuda os agressores sexuais com parafilias a evitarem pensamentos e comportamentos sexuais de risco. 48 Referências AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014. 5. Edição. Pp. 683-706. Ballone GJ – Delitos Sexuais e Parafilias – in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2015. BIANCA. O mundo por trás das parafilias. Canal Ciências Criminais. Disponível em: <https://canalcienciascriminais.com.br/mundo-parafilias/>. Acesso em: 10 Dec. 2021. DE JESUS LOPES, Yan. AS PARAFILIAS E OS TRANSTORNOS PARAFILICOS, UMA PERSPECTIVA DAS VARIAÇÕES SEXUAIS NORMAIS E PATOLÓGICAS. 2018. 49 Referências Distinção entre parafilia e transtornos parafílicos. Brasil Escola, 2021. Disponível em:<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/psicologia/distincao-entre-parafilia-e-transtornos-parafilicos.htm>. Acesso em: 05 de dez. de 2021. FIRST, Michael B. Manual de diagnóstico diferencial do DSM-5. Artmed Editora, 2014. SILVAI, Fernanda Robert de Carvalho Santos. Considerações sobre o transtorno parafílico: a interface entre a psiquiatria, a psicologia e a justiça criminal. Diagn. tratamento, p. 127-133, 2017. 50
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