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ACABAMENTO E POLIMENTO DE RESINA COMPOSTA

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Acabamento e Polimento de Resina Composta
O acabamento é um processo que serve para tirar excessos grosseiros, melhorar a anatomia que pode não ter ficado excelente, dar ao elemento dentário uma melhor textura, para chegar ao mais próximo possível de um elemento natural. O ideal é que a gente faça a restauração da melhor forma possível para evitar usar demais os artifícios do acabamento, que é feito com broca e etc. Por exemplo, quando não usamos o pincel no momento da restauração, deixamos a resina porosa, com degrau, ai acabamos tendo que remover resina no acabamento. 
Pra gente conseguir que essa anatomia fique perfeita, temos a técnica incremental, sendo mais fácil que o amálgama que colocamos tudo, condensamos e esculpimos só no final.
Acabamento inicial
É o acabamento grosseiro. Por exemplo, se eu acabo a restauração e vejo que está com excesso de material, causando um contato prematuro, não posso deixar isso, pois pode causar trauma e uma inflamação do ligamento periodontal. Então, aquele excesso pelo menos eu preciso remover. 
Se por exemplo o excesso é numa face livre podemos usar a lâmina de bisturi, em vestibular por exemplo.
Em uma face oclusal de um molar, não temos como usar uma lâmina de bisturi, e acabamos tendo que usar a broca, o que não é legal pois aquela resina ainda está em fase de polimerização, não terminou a contração de polimerização, podendo provocar desadaptação marginal e quebra dos prolongamentos da camada híbrida, ou seja, falha adesiva por conta do aquecimento e trepidação da broca, e além da falha adesiva posso ter uma falha na marginal que pode causar pigmentação ou até uma cárie secundária. 
O ideal é esperar, apensas nesses casos fazemos um acabamento inicial no mesmo dia.
Polimento
O polimento serve para dar uma lisura e brilho para a restauração, e com isso tem menor pigmentação, aderência menor de placa e alimento, e com isso uma longevidade maior da restauração.
Então o acabamento e polimento, eu posso fazer de imediato, assim que acabo a restauração, se ficar contato prematuro ou excesso por exemplo. E depois de 24 a 48 horas vou fazer o acabamento e polimento final.
Restaurações antigas 
As restaurações de resina duram cerca de 5 a 12 anos, dependendo das condições de vida do paciente, se a alimentação é rica em pigmentos, vinhos, hábitos como o fumo. Assim como amálgama oxida, a resina pigmenta. Em alguns desses pigmentos conseguimos fazer o reacabamento e o repolimento, quando ele é removido não precisamos fazer a troca da restauração, isso se não tiver falha marginal, sinal clínico e radiográfico de cárie secundária e nenhum outro problema. Aumentamos assim a longevidade da restauração. Alguns dentistas não tentam fazer esse reacabamento e repolimento, já trocam a restauração e qual o problema disso? Toda vez que tiramos resina, acabamos tirando tecido sadio também, perdendo estrutura do dente, até chegar uma hora que não vai ter mais nada. 
Então vamos fazer o acabamento e polimento da resina depois de 24 a 48 horas porque a resina já teve sua polimerização total, já teve sua expansão higroscópica por conta da absorção de água, e um vedamento marginal bom. 
Acabamento 
Temos inúmeros instrumentos, o mais comum é a broca. 
Para dentes anteriores temos o kit de discos de lixa.
Para faces de sulcos e fissuras não temos como usar os discos. 
Para impedir excessos grosseiros temos que seguir a técnica, como? Na restauração de dentes posteriores, classe II, usamos a tira metálica, matriz soldada, rebitada ou com porta matriz. Na restauração de dentes anteriores, classe III e IV, usamos a matriz de poliéster. Além disso, precisamos sempre da cunha para melhor adaptação. Com isso, vamos conseguir evitar o excesso de material nessas restaurações. 
Instrumentos para acabamento
A gente pode começar o acabamento dos dentes anteriores com a lâmina de bisturi (12 ou 15) que tem uma ponta mais adequada que facilita entrar em áreas de difícil acesso.
Temos ainda pontas abrasivas diamantadas F e FF (granulação mais finas que as que usamos para o preparo, corta menos o dente, arranha menos ) e pontas multilaminadas. 
Lembrando que a ponta da broca tem que ser compatível com a anatomia da área que eu estou fazendo o acabamento. Por exemplo, broca tronco cônica, oclusal de pré-molares e molares. Forma de pêra, palatina. Forma de chama, palatina e oclusal. Ponta de lápis (1190) serve para as ameias gengivais. 
Temos ainda as brocas multilaminadas, de 10, 20 e 30 lâminas, quanto mais lâminas mais eficiente, mais lisa fica a restauração.
Pedra chofu, também usada para acabamento, tem uma ponta branca e diferentes tamanhos para cada anatomia. 
Para o acabamento interproximal temos as fitas de lixa, com diferentes granulações, com um pedacinho no meio liso, para não perder o ponto de contato. Por que não fazer o movimento de vai e vem? Porque tira resina demais. Por isso fazemos em um único sentido. São coloridinhas, cada cor é uma granulação, a azul escura corta mais que a azul clara. 
Polimento
Opções: 
Para conseguir melhorar o brilho, lisura, estética e a textura que é a parte mais importante do dente. 
Para o polimento também usamos os discos, os discos de feltro junto a pasta, pontas siliconadas, borrachas abrasivas ou escovinha abrasivas (de carbeto de silício).
Os discos tem uma granulação menor, azul claro, por exemplo, para poder dar um brilho. 
O disco de feltro, usamos junto com a pasta, como se fosse passar uma enceradeira no chão. 
Temos que respeitar os terços do dente, pois ele não é reto, tem inclinações diferentes, no terço cervical, médio e incisal. Se eu uso o disco de lixa, ou a broca, ou a borracha abrasiva em uma única direção, vou acabar chapando o dente, perdendo todo o trabalho que eu tive na restauração, toda a escultura. 
Obs.: Todos esses materiais são descartáveis. 
Feltro com a pasta = última opção. 
Temos as borrachas abrasivas com formatos diferenciados, que usaremos de acordo com a anatomia do dente. Ex: Formato de bolinha = palatina, achatada como um disco = face lisa, com ponta mais afiada = para oclusal.
Como se fosse uma profilaxia, coloca a pasta e vem com a escova ou borracha...
Com os discos de feltro não conseguimos levar na oclusal, não penetram, usamos então os outros artifícios, borracha, escovinha, junto com as pastas.
As borrachas normalmente vêm com algum tipo de abrasivo nela.
Tem pastas de uma etapa ou de duas (de acordo com a orientação do fabricante). 
Tomar cuidado: 
- Sequência decrescente: da mais grossa mais pra fina. 
- Lavar a cada abrasivo, se são duas pastas, lavar e secar a primeira e depois passa a outra.
- Os discos, borrachas, escovinhas, tem que ser usado com umidade (refrigeração) e sem pressão, ou seja, encaixados na baixa rotação. Sempre fazer movimentos precisos, mão sempre com apoio. 
Casos por exemplo
Acabamento na palatina: Não tem como usar os discos de lixa, por isso usamos uma broca.
Acabamento em face lisa: Pode ser usado um disco de lixa. 
Ao finalizar o acabamento e polimento temos que analisar:
- Se conseguimos remover todos os excessos possíveis e imaginários
- Se a anatomia ficou legal
- Se faltou material porque se não é necessário reparo
- Se os contatos proximais ficaram adequados, se não é necessário refazer.
- Se ficaram bolhas presentes. Como acontece? Como a gente trabalha com a técnica incremental, entra um espaço e outro pode faltar material, e na hora de fazer o acabamento a gente pode se deparar com pequenos espaços que são essas bolhas. Nesse caso é necessário fazer um reparo. 
Revisando 
Molar – classe II – Acabamento: broca multilaminadas ou diamantada F e FF. Polimento: borracha e pasta abrasiva.
Dente anterior – Acabamento: ameia e palatina = broca F e FF, face lisa = discos de lixa. Polimento: disco de feltro e pasta, ou borracha... 
(Só exemplos, pode ser de outras formas).

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