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Princípios da Execução Civil

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EXECUÇÃO CIVIL 
(Professor Erivelton) 
 
 
21.02.2022 
- A execução é um processo que tramita perante o Poder Judiciário, visando ao cumprimento da 
obrigação que o devedor não adimpliu espontaneamente. 
 
• PRINCÍPIOS atinentes ao processo de execução 
 
- Autonomia do processo de execução 
- É um processo autônomo, ou seja, tem regras próprias. 
- Independe de qualquer outro tipo de processo, pois possui requisitos e 
procedimentos próprios 
- Art. 513, CPC. 
 
- Patrimonialidade 
- Somente o patrimônio do devedor poderá ser atingido por meio de execução, 
jamais a sua pessoa. 
- Art. 789, CPC. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros 
para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 
- Existem exceções, com por ex. a prisão civil do devedor de alimentos. 
 
- Exato adimplemento 
- Informa que a dívida deve ser paga exatamente como foi concebida. 
- A obrigação deve ser cumprida por meio de processo de execução, como se 
este não existisse, ou seja, como se fosse pago voluntariamente e dentro do que 
foi combinado. 
- Ex.: Se combinou que ia construir um muro de 2 m de altura, não pode cobrar 
um muro de 6 m. 
- Obs.: Atualização monetária e juros não é cobrar a mais. 
- Art. 831, CPC. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para 
o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários 
advocatícios. 
 
- Utilidade para o Credor 
- O processo de execução civil tem que ser útil para o credor, ou seja, tem de 
servir para amenizar aquilo que o credor tem a receber. 
- Nem sempre consegue se pagar a dívida toda com uma penhora. Mas se só 
servir pra pagar as custas processuais, por ex., não será útil para o credor, e 
portanto, não será válida. 
- Art. 836, CPC. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o 
produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo 
pagamento das custas da execução. 
 
- Onerosidade 
- O processo de execução, no que diz respeito às despesas dele decorrentes, 
devem correr por conta de quem lhe der causa, via de regra, o devedor. 
 
- Menor Onerosidade 
- Sempre que o juiz tiver duas possibilidades de fazer, cumprir, a execução, terá 
que determinar a forma menos onerosa/gravosa para o devedor. 
- Art. 805, CPC. Quando por vários meios o exequente puder promover a 
execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o 
executado. 
 
- Livre Disposição do Credor 
- O dono do processo de execução é o credor, exequente. Pode fazer o que 
quiser, inclusive desistir no todo ou em parte. 
 
- Dignidade da Pessoa Humana 
 
- Contraditório 
- Não existe contestação, mas existe sim o princípio do contraditório, e a 
possibilidade de se defender no processo de execução. 
- Art. 525, CPC. Transcorrido o prazo previsto no Art. 523 sem o pagamento 
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, 
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios 
autos, sua impugnação. 
- Art. 914, CPC. O executado, independentemente de penhora, depósito ou 
caução, poderá se opor à execução por meio de embargos. 
 
• OBJETIVO/FINALIDADE da Ação de Execução 
 
- É o cumprimento da sentença, ou seja, tornar efetiva a obrigação do devedor. É fazer 
valer o direito do credor consubstanciado em negócio jurídico realizado entre as partes. 
- Fazer com que o combinado no contrato seja cumprido efetivamente. 
 
 
07.03.2022 
 
• PARTES 
 
- EXEQUENTE (credor) 
- Todo exequente é credor, mas nem todo credor é exequente. 
- É quem requer, polo ativo. 
- Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere 
título executivo. § 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, 
em sucessão ao exequente originário: 
- Casos em que não está mais ali ou cedeu o crédito. 
- Ex.: filho que dá prosseguimento a ação, pois o pai (que era exequente) 
morreu (está dando prosseguimento). 
- Ex.: Tem a nota promissória, não propôs a ação de execução e morreu. 
O crédito passa para o filho, mas como não existe ação de execução 
ainda, por isso deverá promover a execução. 
 
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; 
- Executa algo civilmente quando lhe couber 
- Ex.: João corta goiabeira na beira do rio, e faz um acordo, de 
pagar R$ 1 mil. Se João não cumprir, quem executará é o MP. 
- Ex.: TAC (Termo de Ajuste de Conduta) 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por 
morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título 
executivo; 
- Espólio é tudo que foi deixado pelo falecido (bens, 
propriedades, dívidas, etc.) 
- Sucessores por morte – Ex.: Legatário (o que recebeu algo por 
testamento) 
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for 
transferido por ato entre vivos; 
- “inter vivos” – o efeito é produzido com as partes vivas (maior 
parte dos negócios jurídicos). 
- Quando advém de um ato entre as partes. 
- Uma pessoa cede direito a outra. 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
- Sub-rogado é aquele que pagou a dívida e assumiu o crédito 
pra si. 
- Ex.: “A” deve 10 mil para “B”. “C” entra no lugar de “B”. Diz “te 
dou 5 mil, e assumo a dívida para cobrar de A”. 
 
 
- EXECUTADO (devedor – polo passivo) 
- Art. 779. A execução pode ser promovida contra: 
I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
- Se não consta no título como devedor, não poderá ser cobrado. 
- Ex.: João foi condenado a pagar alimentos, mas não pagou. Foi 
executado, mas não possui nada. Não se poderá executar os pais de 
João. Só poderá depois de se propor uma ação contra os avós do filho, 
pois dessa forma, passarão a constar no título. 
- Na prática, é por esse motivo que muitos propõe a ação contra 
todos (pais e avós). 
 
 
 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
- Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a 
partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança 
e na proporção da parte que lhe coube. 
 
- O herdeiro pode ficar como devedor? 
- Deve-se observar o princípio da patrimonialidade. O que se 
atinge é o patrimônio do falecido, que passou para o herdeiro 
ou sucessor. 
- Ex.: Pai deixou 1 milhão de patrimônio e está no espólio. Um 
credor do pai tinha 500 mil para receber. Dessa forma, sobrará 
apenas 500 mil para ser dividido entre os filhos. 
- Se antes do credor apresentar já tinha sido dividido, o 
credor poderá cobrar dos filhos dentro da cota de 
herança, na proporção. 
 
III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação 
resultante do título executivo; 
- Para mudar o devedor, o credor tem que consentir! 
- Obs.: Para ser novo credor não precisa de consentimento. Mas para 
mudar o devedor, sim. 
 
IV - o fiador [ou avalista] do débito constante em título extrajudicial; 
- Fiador ou avalista são aqueles que dão garantia pessoal. 
- “Disse que pagaria no lugar do devedor, se o devedor não pagasse a 
dívida”. 
 
V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do 
débito; 
- Acontece quando se dá um bem em garantia. 
- Inclusive, abre-se mão da impenhorabilidade, se for bem de família. 
- Além de ser um “fiador”, também coloca o seu bem como garantia do 
pagamento. 
 
VI - o responsável tributário, assim definido em lei. 
- Ex.: João aluga imóvel para Maria, que deve pagar R$ 1000 e o IPTU. 
Maria não paga o IPTU. A Fazenda cobrará de João, pois é o responsável 
tributário. 
- Obs.: Na prática, João, para fazer valer o acordado, poderá 
propor uma ação contra Maria. 
 
Obs.: Execuções não figuram apenas em ações de cobrança de dinheiro. Existem 
também as obrigações de fazer, não fazer, ação de alimentos, etc. 
 
• COMPETÊNCIA 
- A competência trata da onde a açãoserá proposta, e dependerá do tipo de título 
executivo; Existem dois: o JUDICIAL (Art. 516, CPC) e o EXTRAJUDICIAL (Art. 781, CPC). 
 
- JUDICIAL 
- É determinado no poder judiciário; É a sentença, via de regra. 
- Advém de uma determinação judicial. 
- Via de regra, será no juízo que julgou no 1º grau de jurisdição. 
- Mesmo que tenha ido [recorrido] até o STJ, por ex., será no 
juízo que deu a primeira sentença. 
 
Art. 516, CPC. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária 
- Foi ele quem deu o primeiro julgamento, é o 1º grau de 
jurisdição, neste caso. 
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; 
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal 
condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de 
acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. 
- Sentença Penal Condenatória 
- Ex.: Cida atropelou João. Juiz da uma sentença criminal 
(objetivo de castigar) e uma sentença cível (deverá 
cumprir tantos dias de multa + indenização). A parte 
cível, será executado no juízo cível, pois tem o objetivo 
de desfazer o prejuízo causado. Não tem como executar 
no juízo criminal. 
- Sentença Arbitral 
- Proferido por um tribunal de arbitragem. Obs.: Pra 
arbitragem valer, tem que existir concordância das 
partes. 
- Sentença Estrangeira 
- Veio do poder judiciário de outro país. Para ser 
executada, a sentença precisa ser homologada pelo STJ. 
 
Parag. único. Nas hipóteses dos inc. II e III, o exequente poderá optar: 
- Juízo do atual domicílio do executado 
- Juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução 
- Juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou 
de não fazer 
 
- Antes, era obrigatório que fosse no juízo de 1º grau. Mas hoje, 
essa regra pode ser quebrada, baseado no Parag. Único. 
 
- EXTRAJUDICIAL 
- Advém da vontade das partes. 
- Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada 
perante o juízo competente, observando-se o seguinte: 
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, 
de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela 
sujeitos; 
- Obs.: Na prática, executar onde estão os bens é o melhor e 
mais eficaz. 
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no 
foro de qualquer deles; 
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a 
execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro 
de domicílio do exequente; 
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução 
será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; 
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou 
o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que 
nele não mais resida o executado. 
 
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial 
de justiça os cumprirá. 
§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz 
também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma 
região metropolitana. 
§ 2º Sempre que, para efetivar a execução, for necessário o emprego de força policial, o 
juiz a requisitará. 
- Obs.: o juiz não manda/determina, apenas requisita. 
§ 3º A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado 
em cadastros de inadimplentes. 
§ 4º A inscrição será cancelada imediatamente se for efetuado o pagamento, se for 
garantida a execução ou se a execução for extinta por qualquer outro motivo. 
- Princípio do exato adimplemento. 
§ 5º O disposto nos §§ 3º e 4º aplica-se à execução definitiva de título judicial. 
 
14.03.2022 
 
# Requisitos de qualquer Execução Civil 
- Não importa o tipo de título, nem a obrigação a ser cumprida. 
 
• INADIMPLEMENTO 
- Pode ocorrer de duas formas: 
➔ TERMO: “quando” – tempo 
- Há um tempo determinado (indeterminado apenas o caso de morte). 
- Ex.: Nota promissória que tenha sido emitida por A em favor de B, com 
vencimento em uma data determinada. Só poderá cobrar depois dessa data. 
➔ CONDIÇÃO: “se” 
- Quando tem que cumprir uma parte, para poder exigir a parte do outro. 
- Ex.: Se A construir um muro, B será obrigado a fazer tal coisa. 
 
• TÍTULOS EXECUTIVOS 
- Pode ser judicial ou extrajudicial; nos dois casos tem que cumprir requisitos: 
- LIQUIDEZ: 
- Trata-se da determinação específica da obrigação a ser cumprida pelo 
devedor. 
- Não é apenas valor!!! 
 
- EXIGIBILIDADE: 
- Diz respeito à possibilidade de cobrar de uma pessoa. 
- Ex.: Sentença que antes não tinha trânsito em julgado e passa a ter, 
torna-se exigível. 
- CERTEZA: 
- Ligação com a formação do título executivo. 
- Diz-se certo aquele que cumpriu todos os requisitos de formação. 
- Ex.: Cheque preenchido sem assinatura. Não é certo, portanto não pode 
executar! 
 
- Obs.: Para existir, os 3 requisitos precisam estar presentes. 
- Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de 
obrigação certa, líquida e exigível. 
 
 
# JUDICIAIS 
- Art. 515, CPC. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-
á de acordo com os artigos previstos neste Título: 
 
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade 
de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar 
coisa; 
- O título executivo é a SENTENÇA! 
- Para ser título executivo não precisa, necessariamente, do 
trânsito em julgado, pois pode executar provisoriamente. 
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial; 
- Sentença que homologa acordo dentro do judiciário. 
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de 
qualquer natureza; 
- Sentença homologatória de um acordo feito fora do judiciário. 
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao 
inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou 
universal; 
- Formal: documento para qualquer valor. 
- Certidão: pode atingir até 5 salários mínimos. 
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou 
honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial. 
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
- Sentença que diz que a pessoa levará X dias multa e também 
condena, do ponto de vista civil, a indenizar. 
- Só vai ser título executivo quando transitado em julgado. 
 
VII - a sentença arbitral; 
- Decisão dada por um árbitro. 
- As partes que elegem o árbitro, e sempre tem que ter a 
concordância dos dois. 
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de 
Justiça; 
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur 
à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para 
o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao 
processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em 
juízo. 
- Ex.: Caso da velhinha e o filho, em ação de alimentos. 
 
 
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, 
líquida e exigível consubstanciada em título executivo. 
Parágrafo único. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o 
crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título. 
 
Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer sua prestação senão mediante a 
contraprestação do credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer a execução, 
sob pena de extinção do processo. 
Parágrafo único. O executado poderá eximir-se da obrigação, depositando em 
juízo a prestação ou a coisa, caso em que o juiz não permitirá que o credor a 
receba sem cumprir a contraprestação que lhetocar. 
 
Art. 788. O credor não poderá iniciar a execução ou nela prosseguir se o devedor cumprir 
a obrigação, mas poderá recusar o recebimento da prestação se ela não corresponder 
ao direito ou à obrigação estabelecidos no título executivo, caso em que poderá 
requerer a execução forçada, ressalvado ao devedor o direito de embargá-la. 
- Ou seja, cumpriu, mas não cumpriu o que era pra cumprir ou cumpriu em 
partes. 
- Princípio do exato adimplemento. 
 
# EXTRAJUDICIAIS 
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: 
 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; 
- São títulos de crédito executivos. 
- Obs.: A duplicata é título executivo quando tive o aceite. Se não tive, não 
será, pois não será “certo”. 
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; 
- Se não for assinado no cartório, precisará de outros requisitos. 
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; 
- O objetivo de ter duas testemunhas é dar publicidade. 
- Obs.: Contrato de honorários advocatícios não precisam das 
testemunhas. Basta ser por escrito e ter a assinatura do cliente. 
- Esse caso é um dos exemplos do inc. XII. E a lei que atribui força 
executiva é o Art. 24, Estatuto OAB. 
- Inclusive, é proibido ter assinaturas, pois a atividade deve ser 
sigilosa. 
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela 
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou 
por conciliador ou mediador credenciado por tribunal; 
- Todas essas pessoas são pessoas públicas. 
- Apenas o advogado dos transatores não são, por isso precisará de 
procuração com poderes. 
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de 
garantia e aquele garantido por caução; 
- Se tem um bem garantindo uma dívida e a dívida não é paga, pode 
executar em cima do bem. 
- Inclusive pode o bem de família, pois com a hipoteca, abre-se mão da 
impenhorabilidade. 
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte; 
- Necessitará da certidão de óbito. 
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
- Foro: substitui o IPTU 
- Laudêmio: substitui o ITBI 
- São taxas cobradas, por ex., em terreno de Marinha. 
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, 
bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; 
- Também pode atingir o bem de família, pois decorreu da propriedade 
do imóvel. 
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma 
da lei; 
- Documento que não tem a assinatura do devedor. 
- Lei 6830/80 → Requisitos da CDA. 
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de 
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em 
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas; 
 
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de 
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados 
nas tabelas estabelecidas em lei; 
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força 
executiva. 
- Ex.: Contrato escrito de honorários advocatícios. 
 
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título 
executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução. 
- Se alguém requerer a revisão de uma dívida, não tirará o direito de 
executar a dívida. 
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não 
dependem de homologação para serem executados. 
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os 
requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o 
Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação. 
- Não precisam cumprir os requisitos da legislação brasileira. 
 
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de 
optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial. 
 
 
 
21.03.2022 
 
# LIQUIDAÇÃO 
 
- Liquidez é a determinação específica da obrigação a ser cumprida. Não será apenas 
valor, por mais que na maioria das vezes seja. 
 
- Contudo, existem sentenças ilíquidas [acontece apenas em títulos executivos judiciais]. 
- Por isso, para executar, será necessário fazer a liquidação. 
- A liquidação serve apenas para dar valor à dívida, pois não se sabe qual é a dívida. 
- Não poderá, por exemplo, discutir a lide, processo. 
 
- Obs.: Não confundir com avaliação do valor do bem. 
- Art. 870. A avaliação [do bem penhorado] será feita pelo oficial de justiça. 
Parágrafo único. Se forem necessários conhecimentos especializados e o 
valor da execução o comportar, o juiz nomeará avaliador, fixando-lhe 
prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo. 
 
 
 
 
 
- A liquidação pode se dar de 3 formas: 
 
• SIMPLES CÁLCULO 
- Quando se consegue, pelas operações matemáticas, chegar em um resultado. 
- Ou quando é realizada uma atualização de valores. 
- Obs.: Atualização monetária pode ser realizada através do site do TJ. 
 
• ARBITRAMENTO 
- Quando é necessário a figura de um “árbitro”. 
- Esse “árbitro” será um perito, que vai definir qual é o valor da obrigação. 
- Passa para o perito quando o juiz não conseguir determinar. O que geralmente 
acontece na prática. 
 
• PROCEDIMENTO COMUM 
- Acontece quando precisa alegar e provar fato novo. 
- Tem relação única e exclusiva com o valor. 
- Não são provas para dizer que tem razão, mas sim provar para 
comprovar o valor! 
- Ex.: Constroem um shopping perto de um terreno. O terreno, 
consequentemente, vai aumentar o valor. 
- Temos aqui um fato novo, e precisará ser provado. Pode ser 
provado, nesse caso, através de prova documental, por ex. 
 
- Art. 509. Quando a sentença [pois não existe liquidação de título extrajudicial] 
condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a 
requerimento do credor ou do devedor: 
 
I - por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas 
partes ou exigido pela natureza do objeto da liquidação; 
II - pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar 
fato novo. 
 
§ 1º Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é 
lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a 
liquidação desta. 
- Autos apartados: Diz-se do processo que está fora dos autos da ação 
principal. A regra é por conta da época em que o processo é físico. 
§ 2º Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o 
credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença. 
- Liquidação por simples cálculo. 
§ 3º O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos 
interessados programa de atualização financeira. → Portal do TJ/SC 
§ 4º Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que 
a julgou. 
 
 
- Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação 
de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir 
de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova 
pericial. 
 
- Art. 511. Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do 
requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver 
vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, 
observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste 
Código . 
- O juiz determina a INTIMAÇÃO (não é citação) para a liquidação. 
- Só será citado na liquidação se for sentença penal condenatória, 
sentença arbitral ou sentença estrangeira homologada peloSTJ. 
- Ele será intimado para, querendo, contestar. 
 
- Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se 
em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com 
cópias das peças processuais pertinentes. 
 
 
# CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
 
- Quando se trata de cumprimento de sentença, utiliza-se o processo de execução de 
título extrajudicial. E se não tiver, passa para o processo de conhecimento. 
 
- Ex.: Expropriação – não tem nada no cumprimento de sentença. 
- Utiliza-se subsidiariamente as regras do processo de execução. 
 
- Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste Título, 
observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o disposto no Livro 
II da Parte Especial deste Código. 
 
§ 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de pagar quantia, 
provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do exequente. 
- O executado não pode requerer o cumprimento de sentença. 
 
§ 2º O devedor será intimado para cumprir a sentença [...] 
- A intimação é feita, via de regra, na pessoa do advogado. 
- Poderá ser diferente, caso não tenha mais o advogado. Nesses casos, 
faz-se intimação de modo pessoal e excepcionalmente, por edital. 
 
I - pelo Diário da Justiça, na pessoa de seu advogado constituído nos 
autos; 
II - por carta com aviso de recebimento, quando representado pela 
Defensoria Pública ou quando não tiver procurador constituído nos autos, 
ressalvada a hipótese do inciso IV; 
III - por meio eletrônico, quando, no caso do § 1º do art. 246 , não tiver 
procurador constituído nos autos 
IV - por edital, quando, citado na forma do art. 256 , tiver sido revel na 
fase de conhecimento. 
 
§ 3º Na hipótese do § 2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação 
quando o devedor houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao 
juízo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274. 
 
§ 4º Se o requerimento a que alude o § 1º for formulado após 1 (um) ano do 
trânsito em julgado da sentença, a intimação será feita na pessoa do devedor, 
por meio de carta com aviso de recebimento encaminhada ao endereço 
constante dos autos, observado o disposto no parágrafo único do art. 274 e no § 
3º deste artigo. 
- Presume-se que a pessoa não é mais advogada da parte se não fez o 
requerimento do cumprimento de sentença em 1 ano. 
- O processo vai para o arquivo (não é prescrição). 
- Art. 924, V, CPC. Extingue-se a execução quando: ocorrer a prescrição 
intercorrente. 
§ 5º O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do fiador, 
do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de 
conhecimento. 
- Se não foi chamado o fiador pro processo, e ele não respondeu a fase 
de conhecimento, não poderá figurar no título do devedor. 
- O juiz não pode trazer uma pessoa alheia ao processo. 
 
- Art. 514. Quando o juiz decidir relação jurídica sujeita a condição ou termo, o 
cumprimento da sentença dependerá de demonstração de que se realizou a condição 
ou de que ocorreu o termo. 
- Requisito do Inadimplemento 
 
# EXECUÇÃO EM GERAL 
 
- Art. 771. Este Livro regula o procedimento da execução fundada em título 
extrajudicial, e suas disposições aplicam-se, também, no que couber, aos 
procedimentos especiais de execução, aos atos executivos realizados no procedimento 
de cumprimento de sentença, bem como aos efeitos de atos ou fatos processuais a que 
a lei atribuir força executiva. 
Parágrafo único. Aplicam-se subsidiariamente à execução as disposições do 
Livro I da Parte Especial. 
 
- Art. 772. O juiz pode, em qualquer momento do processo: 
I - ordenar o comparecimento das partes. 
II - advertir o executado de que seu procedimento constitui ato atentatório à 
dignidade da justiça; 
III - determinar que sujeitos indicados pelo exequente forneçam informações em 
geral relacionadas ao objeto da execução, tais como documentos e dados que 
tenham em seu poder, assinando-lhes prazo razoável. 
- Não precisa necessariamente ser do devedor. 
 
- Art. 773. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias 
ao cumprimento da ordem de entrega de documentos e dados. 
Parágrafo único. Quando, em decorrência do disposto neste artigo, o juízo 
receber dados sigilosos para os fins da execução, o juiz adotará as medidas 
necessárias para assegurar a confidencialidade. 
- Mantém se o segredo de justiça. 
 
- Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva [quando 
age] ou omissiva [quando deixa de agir] do executado que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
- Ex.: Se esconde de ser intimado – em tese é um meio de fraudar, pois 
não quer pagar. 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
- Ex.: Esconde o bem; passa para outra pessoa. 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
- Ex.: Juiz manda dizer quanto vale alguma coisa, e não é respondido. 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora 
e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, 
certidão negativa de ônus. 
 
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em 
montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em 
execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios 
autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou 
material. 
- Multa → no máximo 20%, e reverte em favor do exequente! 
- Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma 
medida executiva. 
- Princípio da Disponibilidade do Credor. 
 
- Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a 
sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação 
que ensejou a execução. 
- Nesse caso, o título executivo não existe mais. 
 
 - Art. 777. A cobrança de multas ou de indenizações decorrentes de litigância de má-fé 
ou de prática de ato atentatório à dignidade da justiça será promovida nos próprios 
autos do processo. 
- Não precisa propor uma nova ação, pode juntar na mesma. 
- Atos atentatórios: atos de litigância e má-fé cometidos na execução. 
 
 
# RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
 
- Somente o patrimônio do devedor poderá ser atingido. 
- Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o 
cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 
 
- Art. 790. São sujeitos à execução os bens [ou seja, os bens que poderão ser atingidos] 
 
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real 
ou obrigação reipersecutória; 
- Sucessor: a pessoa que assumiu o patrimônio. 
- Obrigação reipersecutória: é aquela que segue o bem, ou que é 
perseguido o bem pela dívida. 
- Ex.: Alienação fiduciária – financia o bem, e se não pegar, o bem 
fica preso na dívida. 
II - do sócio, nos termos da lei; 
- Ex.: Existem 4 sócios e tem uma dívida na empresa de R$ 100 mil, o sócio 
responderá por R$ 25 mil. 
- Contudo, poderá ser diferente, dependendo do contrato social. 
- Art. 17, Lei 8906/94 – Sociedade de Advogados 
- A regra é que os bens do sócio respondem subsidiária e 
ilimitadamente. 
- Se um só tem patrimônio, ele que terá que pagar, e depois ir 
atrás dos outros. 
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros; 
- O que é penhorado não é a posse, mas sim a propriedade. 
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua 
meação respondem pela dívida; 
- Se não responder, não poderá ser atingido. 
- Casos que respondem pela dívida: 
- Ex.: Quando assina junto em um pedido de empréstimo. 
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; 
- Acontecefraude à execução quando o devedor é levado a insolvência. 
- Se não for levado, não é fraude à execução. 
- Diferença: 
- Fraude à execução: já existe uma ação judicial, capaz de leva-lo 
a insolvência. É ato atentatório a dignidade da justiça. 
- Fraude contra credores: a dívida pode nem ter vencido ainda. É 
ato atentatório contra a dignidade do credor. 
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do 
reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; 
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. 
 
- Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: 
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão 
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no 
respectivo registro público, se houver; 
- Ex.: Tem o carro alienado, não paga a dívida e o vende. 
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de 
execução, na forma do art. 828; 
- Ex.: A propõe uma ação de execução contra B e o juiz da um despacho 
aceitando a execução. Pega o despacho e vai ao cartório e pergunta se B 
tem bens. Pede, então, que anote e averbe nos 10 apartamentos que ela 
possui que está sendo executada por A, no valor X. 
- Não é penhora. É dar o conhecimento a todas as pessoas que 
quiserem comprar o imóvel que existe uma ação. E que se 
comprar, corre o risco de perder. 
- Tudo que for efetivado, em relação a esses bens marcados, ou 
seja, o que for feito depois, será considerado fraude à execução. 
- Não poderá vender os outros? Poderá, após penhorar. 
 
- Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi 
admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para 
fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens 
sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade. 
§ 1º No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente 
deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas. 
- Leva ao cartório, faz-se o registro e a partir disso, tem 10 
dias para avisar ao juiz da averbação dos apartamentos. 
§ 2º Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o 
valor da dívida, o exequente providenciará, no prazo de 10 (dez) 
dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não 
penhorados. 
- Tem 10 dias para avisar o cartório que o juiz penhorou 
um dos apartamentos, para que possa liberar os outros. 
§ 3º O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a 
requerimento, caso o exequente não o faça no prazo. 
- Quando o exequente não faz no prazo. 
§ 4º Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens 
efetuada após a averbação. 
§ 5º O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou 
não cancelar as averbações nos termos do § 2º indenizará a parte 
contrária, processando-se o incidente em autos apartados. 
 
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro 
ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; 
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor 
ação [qualquer tipo de ação] capaz de reduzi-lo à insolvência; 
- Ação de A contra B. B vende todos os bens. 
V - nos demais casos expressos em lei. 
 
- Art. 791. Se a execução tiver por objeto obrigação de que seja sujeito passivo o 
proprietário de terreno submetido ao regime do direito de superfície, ou o superficiário, 
responderá pela dívida, exclusivamente, o direito real do qual é titular o executado, 
recaindo a penhora ou outros atos de constrição exclusivamente sobre o terreno, no 
primeiro caso, ou sobre a construção ou a plantação, no segundo caso. 
- A pessoa que tem direito de superfície é proprietária do direito de utilização da 
superfície. 
- Ex.: Se tem uma plantação, poderá ser penhorada. 
 
§ 1º Os atos de constrição a que se refere o caput serão averbados 
separadamente na matrícula do imóvel, com a identificação do executado, do 
valor do crédito e do objeto sobre o qual recai o gravame, devendo o oficial 
destacar o bem que responde pela dívida, se o terreno, a construção ou a 
plantação, de modo a assegurar a publicidade da responsabilidade patrimonial 
de cada um deles pelas dívidas e pelas obrigações que a eles estão vinculadas. 
- Sempre se penhora o bem, a parte do bem ou o modo de utilização que 
é propriedade do devedor. 
§ 2º Aplica-se, no que couber, o disposto neste artigo à enfiteuse, à concessão 
de uso especial para fins de moradia e à concessão de direito real de uso. 
 
- Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa 
pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão 
depois de excutida a coisa que se achar em seu poder. 
- Ex.: A é locatário de um imóvel de B, e B é devedor. O primeiro bem que vai 
tentar penhorar é o apartamento que tem a posse. 
 
- Art. 794. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam 
executados os bens do devedor situados na mesma comarca, livres e desembargados, 
indicando-os pormenorizadamente à penhora. 
§ 1º Os bens do fiador ficarão sujeitos à execução se os do devedor, situados na 
mesma comarca que os seus, forem insuficientes à satisfação do direito do 
credor. 
§ 2º O fiador que pagar a dívida poderá executar o afiançado nos autos do 
mesmo processo. 
§ 3º O disposto no caput não se aplica se o fiador houver renunciado ao benefício 
de ordem. 
 
28.03.2022 
 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de 
efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, 
sujeitando-se ao seguinte regime [...] 
 
# EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA 
 
• Título Judicial: cumprimento de sentença. 
• Título extrajudicial: execução de título extrajudicial 
 
- O objetivo dos dois é o mesmo, o que muda é o procedimento. 
- Em todos, precisa dos requisitos: liquidez, exigibilidade e certeza em um título 
executivo e o inadimplemento. 
 
- Título Judicial: cumprimento de sentença 
 
- Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação 
[o título tem que ser líquido], e no caso de decisão sobre parcela incontroversa], 
o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, 
sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, 
acrescido de custas, se houver. 
- Não existe cumprimento de sentença requerido por outra pessoa que 
não o devedor. 
- O executado é intimado. E o prazo de 15 dias começa a partir da 
intimação para o pagamento. 
- Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao 
advogado do vencedor. 
- Não ocorreu pagamento voluntário no prazo (15 dias) → multa de 10% 
e honorários de advogado de 10%. (§1º) 
- Pagamento parcial no prazo → multa e honorários do §1º recai sobre o 
restante. (§2º) 
- § 3º Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será 
expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os 
atos de expropriação. 
 
- A multa de 10% incide a partir da intimação para pagamento. 
- Passa a ser inadimplemento para a multa 15 dias após ser intima 
do. 
- Obs.: Passa a ser inadimplente no trânsito em julgado, mas só 
será inadimplente para a multa após os 15 dias. 
- Após a sentença transitar em julgado, require-se o cumprimento. Se não 
requerer, o juiz não manda pagar. 
- E se não requerer no prazo de 1 ano, vai para o arquivo. 
 
- Art. 524. O requerimento previsto no art. 523 [do cumprimento de sentença] 
será instruído com demonstrativo discriminado e atualizado do crédito, devendo 
a petição conter: 
I - o nome completo, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas 
Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do exequente e do 
executado, observado o disposto no art. 319, §§ 1º a 3º [tratade petição 
inicial]. 
II - o índice de correção monetária adotado; 
III - os juros aplicados e as respectivas taxas; 
IV - o termo inicial e o termo final dos juros e da correção monetária 
utilizados; 
V - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
VI - especificação dos eventuais descontos obrigatórios realizados; 
- Sentenças que trazem descontos ou casos como... 
- Ex.: Cida é devedora de João, propõe-se a ação e ela paga já R$10 
mil, dos R$100 mil. João informa o juiz, que Cida deve R$ 90 mil. 
O R$ 10 mil é um desconto obrigatório. 
VII - indicação dos bens passíveis de penhora, sempre que possível. 
 
§ 1º Quando o valor apontado no demonstrativo aparentemente exceder 
os limites da condenação, a execução será iniciada pelo valor pretendido, 
mas a penhora terá por base a importância que o juiz entender adequada. 
- Sentença determina um valor, de R$ 30 mil. Mas nos meus 
cálculos, deu R$ 300 mil. A execução corre sobre o valor de R$ 300 
mil, que é o que está sendo pedido, se não for rebatido. A 
penhora, é sobre o valor que o juiz entende como correto. 
(REVER ESSE EXEMPLO) 
§ 2º Para a verificação dos cálculos, o juiz poderá valer-se de contabilista 
do juízo, que terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias para efetuá-la, 
exceto se outro lhe for determinado. 
 
§ 3º Quando a elaboração do demonstrativo depender de dados em 
poder de terceiros ou do executado, o juiz poderá requisitá-los, sob 
cominação do crime de desobediência. 
 
§ 4º Quando a complementação do demonstrativo depender de dados 
adicionais em poder do executado, o juiz poderá, a requerimento do 
exequente, requisitá-los, fixando prazo de até 30 (trinta) dias para o 
cumprimento da diligência. 
 
§ 5º Se os dados adicionais a que se refere o § 4º não forem apresentados 
pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão 
corretos os cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos 
dados de que dispõe. 
- Ou seja, valerá o que o exequente está dizendo. 
 
- Título extrajudicial: execução de título extrajudicial 
 
Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente: 
I - instruir a petição inicial com: 
a) o título executivo extrajudicial; 
b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação, 
quando se tratar de execução por quantia certa; 
- NÃO É DA DATA DA CITAÇÃO!!! 
c) a prova de que se verificou a condição ou ocorreu o termo, se for o caso; 
d) a prova, se for o caso, de que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde 
ou que lhe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer 
a sua prestação senão mediante a contraprestação do exequente; 
 
II - indicar: 
a) a espécie de execução de sua preferência, quando por mais de um modo 
puder ser realizada; 
- O modo que será feita a execução geralmente será escolhido pelo 
executado, pois o exequente não tomou o cuidado necessário. 
b) os nomes completos do exequente e do executado e seus números de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica; 
c) os bens suscetíveis de penhora, sempre que possível. 
 
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter: 
I - o índice de correção monetária adotado; 
II - a taxa de juros aplicada; 
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária 
e da taxa de juros utilizados; 
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso; 
V - a especificação de desconto obrigatório realizado. 
 
 
Art. 799. Incumbe ainda ao exequente: 
 
 - Obs.: Esse artigo serve também para o cumprimento de sentença. 
 
I - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, anticrético ou 
fiduciário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, 
anticrese ou alienação fiduciária; 
- O objetivo é atingir a propriedade do devedor, contudo, às vezes, por 
exemplo, já estará garantida em outra hipoteca, por isso precisaria provar 
que já tinha a dívida antes. 
II - requerer a intimação do titular de usufruto, uso ou habitação, quando a 
penhora recair sobre bem gravado por usufruto, uso ou habitação; 
III - requerer a intimação do promitente comprador, quando a penhora recair 
sobre bem em relação ao qual haja promessa de compra e venda registrada; 
IV - requerer a intimação do promitente vendedor, quando a penhora recair 
sobre direito aquisitivo derivado de promessa de compra e venda registrada; 
V - requerer a intimação do superficiário, enfiteuta ou concessionário, em caso 
de direito de superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de 
moradia ou concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre 
imóvel submetido ao regime do direito de superfície, enfiteuse ou concessão; 
VI - requerer a intimação do proprietário de terreno com regime de direito de 
superfície, enfiteuse, concessão de uso especial para fins de moradia ou 
concessão de direito real de uso, quando a penhora recair sobre direitos do 
superficiário, do enfiteuta ou do concessionário; 
VII - requerer a intimação da sociedade, no caso de penhora de quota social ou 
de ação de sociedade anônima fechada, para o fim previsto no art. 876, § 7º ; 
VIII - pleitear, se for o caso, medidas urgentes; 
Ex.: Busca e apreensão. 
IX - proceder à averbação em registro público do ato de propositura da execução 
e dos atos de constrição realizados, para conhecimento de terceiros. 
- Art. 828 → averbação premonitória 
X - requerer a intimação do titular da construção-base, bem como, se for o caso, 
do titular de lajes anteriores, quando a penhora recair sobre o direito real de laje; 
XI - requerer a intimação do titular das lajes, quando a penhora recair sobre a 
construção-base. 
 
 
Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor [que é a 
regra, quando não tiver nada escrito], esse será citado para exercer a opção e realizar a 
prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em 
contrato. 
- Serve mais para execução de fazer, não fazer, dar coisa certa e incerta. 
 
§ 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo 
determinado. 
- Ou seja, quando o devedor não diz o que quer fazer. Ex.: construir o 
muro ou pagar a multa → devolve a escolha para o credor, pois não 
escolheu em 10 dias. 
§ 2º A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao 
credor exercê-la. 
- Pode colocar no contrato que quem irá escolher é o credor, matando 
assim a discussão. 
 
 Art. 801. Verificando que a petição inicial está incompleta ou que não está 
acompanhada dos documentos indispensáveis à propositura da execução, o juiz 
determinará que o exequente a corrija, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de 
indeferimento. 
- NOTA IMPORTANTE: 
- Art. 321, CPC – fala sobre o processo de conhecimento 
- Art. 801, CPC – fala sobre o processo de execução 
- Ou seja, as regras são praticamente as mesmas, contudo, deve-se 
prestar atenção na escolha dos artigos. 
- Ex.: O que faz quando uma ação de execução estiver incompleta? Qual 
a base legal? → Não pode confundir, a base é o Art. 801, CPC. 
 
 Art. 802. Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em 
observância ao disposto no § 2º do art. 240, interrompe a prescrição, ainda que 
proferido por juízo incompetente. 
Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da 
ação. 
 
- Obs.: 
Interrupção: o prazo prescricional também já se iniciou, mas, ao tornar a 
correr, o prazo recomeça do zero. 
Suspensão: o prazo prescricional já se iniciou e ao tornar a correr, leva-se 
em conta o período anteriormente transcorrido. 
 
 Art. 803. É nula a execução se: 
 
I - o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e 
exigível; 
II - o executadonão for regularmente citado; 
III - for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo. 
- Inadimplemento. 
Parágrafo único. A nulidade de que cuida este artigo será pronunciada pelo juiz, 
de ofício ou a requerimento da parte, independentemente de embargos à 
execução. 
 
Art. 804. A alienação de bem gravado por penhor, hipoteca ou anticrese será ineficaz 
em relação ao credor pignoratício, hipotecário ou anticrético não intimado. 
 
- Fazer comparativo com o Art. 799, CPC. 
 
§ 1º A alienação de bem objeto de promessa de compra e venda ou de cessão 
registrada será ineficaz em relação ao promitente comprador ou ao cessionário 
não intimado. 
§ 2º A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído direito de superfície, 
seja do solo, da plantação ou da construção, será ineficaz em relação ao 
concedente ou ao concessionário não intimado. 
§ 3º A alienação de direito aquisitivo de bem objeto de promessa de venda, de 
promessa de cessão ou de alienação fiduciária será ineficaz em relação ao 
promitente vendedor, ao promitente cedente ou ao proprietário fiduciário não 
intimado. 
§ 4º A alienação de imóvel sobre o qual tenha sido instituída enfiteuse, 
concessão de uso especial para fins de moradia ou concessão de direito real de 
uso será ineficaz em relação ao enfiteuta ou ao concessionário não intimado. 
§ 5º A alienação de direitos do enfiteuta, do concessionário de direito real de uso 
ou do concessionário de uso especial para fins de moradia será ineficaz em 
relação ao proprietário do respectivo imóvel não intimado. 
§ 6º A alienação de bem sobre o qual tenha sido instituído usufruto, uso ou 
habitação será ineficaz em relação ao titular desses direitos reais não intimado. 
 
 
- Na execução de título extrajudicial não pode cumprir uma sentença que não está 
totalmente certa, contudo, no cumprimento de sentença poderá. 
 
- Ou seja, falta o trânsito em julgado... Poderá requerer o cumprimento provisório. 
- Tem tanta certeza que não irá mudar, que requere o cumprimento assim 
mesmo. Contudo, corre por conta e risco, pois se a sentença voltar do tribunal 
modificada, o prejuízo causado na execução, será cobrado. 
 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de 
efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, 
sujeitando-se ao seguinte regime [...] 
- Não pode requerer em qualquer sentença, apenas nas impugnadas por recurso 
desprovido de efeito suspensivo, pois o juiz já mandou parar. 
 
I – corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II – fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto 
da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se 
eventuais prejuízos nos mesmos autos; 
- A parte modificada fica sem efeito. 
III – se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada 
apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; 
- Somente a parte modificada fica sem efeito. 
IV – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou 
dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução 
suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
- Ex.: Cida tem que pagar R$ 100.000 à Erivelton. A sentença não transitou 
em julgado. Cida depositou o dinheiro, e Erivelton pede ao juiz para 
pegar. O juiz pode deixar pegar, mas terá que dar garantia, uma caução, 
suficiente e idônea, pois se mudar, terá que devolver. 
 
§ 1º No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar 
impugnação, se quiser, nos termos do art. 525. 
- O Art. 525 determina a defesa no cumprimento de defesa, chamada de 
impugnação ao cumprimento de sentença. 
§ 2º A multa e os honorários a que se refere o § 1º do art. 523 são devidos no 
cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia 
certa. 
§ 3º Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a 
finalidade de isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com 
o recurso por ele interposto. 
- O fato de depositar o valor que se está requerendo o cumprimento 
provisório não significa que está aceitando a sentença. 
§ 4º A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o 
desfazimento da transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de 
outro direito real eventualmente já realizada, ressalvado, sempre, o direito à 
reparação dos prejuízos causados ao executado. 
- Ex.: Requereu o cumprimento provisório, depositou o dinheiro, levantou 
o terreno, e o vendeu. Essa venda não poderá ser atingida, o que sobrará 
é o dinheiro. 
- Ex.: Requereu o cumprimento provisório, NÃO depositou, não garantiu 
nada e a execução continuou, indo a hasta pública. Victor compra a casa 
e a sentença vem reformada, dizendo que Cida não deve nada à Erivelton. 
Poderá se propor uma ação para reaver o prejuízo, mas a casa que Victor 
comprou não poderá mais ser pegada. 
§ 5º Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, 
de não fazer ou de dar coisa aplica-se, no que couber, o disposto neste Capítulo. 
- Ainda que a obrigação não seja de pagar quantia, se requerer 
provisoriamente, será do mesmo modo. 
 
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em 
que: 
- Situações em que há pouca possibilidade de modificação. 
 
I – o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem; 
- Execução de alimentos. A tendência de estar errada é muito pequena. 
II – o credor demonstrar situação de necessidade; 
- Deve ser provado. 
III – pender o agravo do art. 1.042; 
- Não mexe no mérito, mas no processo. 
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com 
súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal 
de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos 
repetitivos. 
 
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa 
resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação. 
- Quem deve provar que pode causar prejuízo é o exequente. 
 
Art. 522. O cumprimento provisório da sentença será requerido por petição dirigida ao 
juízo competente. 
 
Parágrafo único. Não sendo eletrônicos os autos, a petição será acompanhada 
de cópias das seguintes peças do processo, cuja autenticidade poderá ser 
certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal: 
I - decisão exequenda; 
II - certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III - procurações outorgadas pelas partes; 
IV - decisão de habilitação, se for o caso; 
V - facultativamente, outras peças processuais consideradas necessárias 
para demonstrar a existência do crédito. 
 
Obs.: Em SC é eletrônico. 
 
 
 
 
Art. 824. A execução por quantia certa realiza-se pela expropriação de bens do executado 
[devedor], ressalvadas as execuções especiais. 
- Execuções especiais: obrigação de fazer, não fazer, dar coisa certa, incerta, etc. 
- Os bens serão contristados [penhorados] e depois, expropriados. 
 
- CONSTRIÇÃO: pressão; objetivo da penhora. 
- EXPROPRIAÇÃO: morte; tirar a propriedade do devedor e faz com que isso seja uma 
forma de pagamento. 
 
 Art. 825. A expropriação consiste em: 
I - adjudicação; 
- Abjudicar é pegar o bem penhorado pela dívida ou parte da dívida. 
- Ex.: Tem dívida de R$ 100 mil, e pega um carro no valor de R$ 50 mil. A dívida 
passa a ser de R$ 50 mil. 
II – alienação; 
- Quando há venda. 
- Pode ser alienado por iniciativa particular, em leilão (virtual ou presencial). 
III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa oude estabelecimentos e de 
outros bens. 
- Pode penhorar parte do percentual de ganhos da empresa. 
 
 Art. 826. Antes de adjudicados ou alienados os bens, o executado pode, a todo tempo, remir a 
execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, acrescida de juros, 
custas e honorários advocatícios. 
- Antes de expropriar o bem, o executado pode acabar com a execução... PAGANDO, 
livrando, assim, os bens da penhora. 
 
11.04.2022 
 
# CITAÇÃO PARA PAGAMENTO 
Art. 827. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de 10% (dez 
por cento), a serem pagos pelo executado. 
 
§ 1º No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários 
advocatícios será reduzido pela metade. 
 
§ 2º O valor dos honorários poderá ser elevado até vinte por cento, quando rejeitados os 
embargos à execução, podendo a majoração, caso não opostos os embargos, ocorrer ao 
final do procedimento executivo, levando-se em conta o trabalho realizado pelo advogado 
do exequente. 
- Pode existir majoração. Acontece quando se propôs a execução, o sujeito 
embargou e advogado se manifesta, defendendo o cliente dos embargos e deu 
certo. 
- Mesmo sem embargos, pode aumentar, se o advogado tiver que fazer além do 
peticionamento inicial. 
 
Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três) dias, contado da 
citação. 
 
- Execução de título extrajudicial, o comando é sempre CITAÇÃO. 
- No cumprimento de sentença, o comando é INTIMAÇÃO. Excepcionalmente, poderá 
ser citação, quando se tratar de sentença penal condenatória, sentença arbitral e 
sentença estrangeira. 
 
- No cumprimento de sentença o prazo para pagamento a partir da intimação é de 15 
dias, salvo exceções. 
- Aqui, será de 3 dias, após a citação. 
 
§ 1º Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a avaliação a 
serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não pagamento no prazo 
assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do executado. 
- Se não pagou no prazo de 3 dias, após citado, irá efetivar a penhora e a 
avaliação. 
 
- AVALIAÇÃO: 
- Todos os atos de expropriação tem por base o valor da avaliação. 
- Avaliação mal feita pra cima, estoura o exequente. 
- Mal feita para baixo, estoura o executado. 
 
§ 2º A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se outros forem 
indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante demonstração de que a 
constrição proposta lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente. 
- Presentes os princípios da patrimonialidade, exato adimplemento, menor 
onerosidade e utilidade para o credor. 
- 
 
Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos 
bastem para garantir a execução. 
- Arrestar-lhe-á → se vender depois, comete fraude à execução. Deverá provar que 
quem comprou estava de má-fé. 
 
§ 1º Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o 
executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará 
a citação com hora certa, certificando pormenorizadamente o ocorrido. 
- A citação não precisa mais ser, obrigatoriamente, pessoal. 
§ 2º Incumbe ao exequente requerer a citação por edital, uma vez frustradas a pessoal 
e a com hora certa. 
§ 3º Aperfeiçoada a citação e transcorrido o prazo de pagamento, o arresto converter-
se-á em penhora, independentemente de termo. 
- O arresto consiste em fazer uma lista e dizer que não pode se livrar/desfazer. 
- Nota: O exequente adquire pela penhora a preferência pelos bens (não o bem). 
Vale quem penhorou primeiro, não quem propôs a ação primeiro. 
 
# PENHORA 
- É o ato judicial de apreender bens do devedor que sejam capazes de quitar a dívida 
discutida em processo. 
- O objetivo da penhora de bens é garantir o cumprimento de pagamento das dívidas de 
um devedor através da constrição de seus bens e direitos. 
 
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do 
principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios. 
 
 Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou 
inalienáveis. 
- Art. 833 (Impenhoráveis) 
- Inalienáveis: bens públicos, imóveis tombados, terras ocupadas por indígenas, obras 
de arte e bens de família não podem ser alienados e, portanto, também não podem ser 
penhorados. 
- Certos bens também podem ser declarados pelo executado, de forma 
voluntária, para que não sejam penhorados. 
 
 Art. 833. São IMPENHORÁVEIS: 
 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
- Art. 1711, CC → Bem de família 
- Ex.: O sujeito tem 3 casas, e declara que uma delas é o bem de família, 
portanto, ficará protegida. 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do 
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; 
- Ex.: Faqueiro, em regra, não se penhora, pois é utilidade doméstica. Contudo, 
se for um faqueiro de ouro, por ser de elevado valor, poderá ser penhorado. 
- Ex. 2: Televisão é bem impenhorável se tiver apenas uma. Se tiver duas, 
penhora-se a de maior valor. 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de 
elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos 
de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias 
recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua 
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, 
ressalvado o § 2º; 
- Ou seja, tudo que é utilizado para sobrevivência da família. Inclusive quantias 
dadas por liberalidade. 
- Salvo em caso de execução de alimentos. 
- §2º: mais de 50 salários mínimos mensais → poderá ser penhorado. 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens 
móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 
- Ex.: Caminhonete para fazer frete que a empresa tem: poderá ser penhorado, 
pois empresa não tem profissão. 
- Ex.: Carro do motorista de Uber: não poderá ser penhorado. 
- Ex.: Computador do advogado: também não pode. 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem 
penhoradas; 
- Não pode penhorar os materiais que estão na obra (ex.: sacas de cimento). 
- Contudo, se penhorar a obra, consequentemente, os materiais também 
entrarão na penhora. 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família; 
- Ou seja, a pessoa que viver dessa propriedade rural. 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória 
em educação, saúde ou assistência social; 
- Ex.: Socimed → recebeu subvenção do Estado para comprar uma máquina. 
Não poderá ser penhorado. 
X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) 
salários-mínimos; 
- Contudo, se tiver 3 cadernetas de poupança, por ex., com 26, 20 e 15... 40 
estará protegido, mas 21 poderá ser atingido. 
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos 
da lei; 
XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de 
incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
 
§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, 
inclusive àquela contraída para sua aquisição. 
- Ex.: Faz o financiamento de um imóvel, e não paga... não será impenhorável, 
mesmo que seja bem de família. 
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para 
pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às 
importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimosmensais, devendo a 
constrição observar o disposto no art. 528, § 8º , e no art. 529, § 3º . 
§ 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, 
os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa 
individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de 
financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando 
respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária. 
 
 
 
 
BEM DE FAMÍLIA 
 
Art. 1º, Lei 8009/90. O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é 
impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária 
ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei. 
- É o bem móvel residencial da entidade familiar. 
- Mesmo se for solteiro, é considerado bem de família. 
 
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam 
a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os 
equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde 
que quitados. 
 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, 
previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: 
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à 
aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do 
respectivo contrato; 
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu 
coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as 
hipóteses em que ambos responderão pela dívida; 
- Caso de execução de alimentos. 
 IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em 
 função do imóvel familiar. 
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal 
ou pela entidade familiar; 
- Obs.: Quem dá o bem em hipoteca desiste da impenhorabilidade. 
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal 
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens. 
- Objeto ilícito. 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. 
- Ex.: Érica quer alugar o bem que é de Fernando. Fernando pede que tenha uma 
garantia pessoal, ou seja, um fiador. Erivelton se torna fiador. Se Érica não pagar, 
o bem de família de Erivelton PODERÁ, no contrato de locação, ser atingido. E o 
de Érica não poderá. 
 
- Obs.: Incisos II, IV, V, VII são decorrentes do próprio bem. 
 
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um 
único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. 
 
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários 
imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, 
salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do 
art. 70 do Código Civil. 
- REGRA: impenhorabilidade recai sobre o de MENOR valor. 
- EXCEÇÃO: Salvo se um dos imóveis já tiver sido registrado antes como bem de 
família. 
 
 
 
 Art. 834. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens 
inalienáveis. 
- Ex.: Um bem móvel que está alugado e não pode ser penhorado. Contudo, os 
rendimentos, poderão ser penhorados. 
 
ORDEM DA PENHORA: 
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
- É uma ordem de preferência, decorrente da existência ou não do bem. 
- Ou seja, se não existir um, parte para o próximo. 
 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em 
mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
- Não poderá continuar usando sem o seguro usual, diferentemente dos veículos 
de via terrestre, em que não se exige. 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
- Penhora-se as ações e quotas do devedor que é sócio, não da pessoa jurídica. 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
- Juiz terá que nomear administrador. 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação 
fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos. 
- Crédito. 
- Direito em uma ação. 
 
§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais hipóteses, alterar 
a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto. 
§ 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o 
seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da 
inicial, acrescido de trinta por cento. 
§ 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a coisa dada em 
garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da 
penhora. 
 
 Art. 836. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução 
dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução. 
- Princípio da utilidade para o credor: se não for útil, não se leva a efeito. 
 
Art. 837. Obedecidas as normas de segurança instituídas sob critérios uniformes pelo Conselho 
Nacional de Justiça, a penhora de dinheiro e as averbações de penhoras de bens imóveis e 
móveis podem ser realizadas por meio eletrônico. 
 
Art. 838. A penhora será realizada mediante auto ou termo, que conterá: 
I - a indicação do dia, do mês, do ano e do lugar em que foi feita; 
II - os nomes do exequente e do executado; 
III - a descrição dos bens penhorados, com as suas características; 
- Deve-se pedir ao oficial de justiça que seja o mais detalhado possível. 
IV - a nomeação do depositário dos bens. 
 
 Art. 839. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, 
lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia. 
Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, serão lavrados autos individuais. 
 
Art. 840. Serão preferencialmente depositados: 
I - as quantias em dinheiro, os papéis de crédito e as pedras e os metais preciosos, no 
Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou em banco do qual o Estado ou o Distrito 
Federal possua mais da metade do capital social integralizado, ou, na falta desses 
estabelecimentos, em qualquer instituição de crédito designada pelo juiz; 
II - os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis 
urbanos, em poder do depositário judicial; 
III - os imóveis rurais, os direitos aquisitivos sobre imóveis rurais, as máquinas, os 
utensílios e os instrumentos necessários ou úteis à atividade agrícola, mediante caução 
idônea, em poder do executado. 
 
§ 1º No caso do inciso II do caput, se não houver depositário judicial, os bens ficarão em 
poder do exequente. 
§ 2º Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil 
remoção ou quando anuir o exequente. 
§ 3º As joias, as pedras e os objetos preciosos deverão ser depositados com registro do 
valor estimado de resgate. 
 
18.04.2022 
 
Art. 841. Formalizada a penhora por qualquer dos meios legais, dela será imediatamente 
intimado o executado. 
 
§ 1º A intimação da penhora será feita ao advogado do executado ou à sociedade de 
advogados a que aquele pertença. 
- Se houver advogado. Se não tiver, intima a pessoa. 
§ 2º Se não houver constituído advogado nos autos, o executado será intimado 
pessoalmente, de preferência por via postal. 
- É possível intimação que nãoseja pessoal. 
§ 3º O disposto no § 1º não se aplica aos casos de penhora realizada na presença do 
executado, que se reputa intimado. 
- A presença da pessoa considera-se intimação. 
§ 4º Considera-se realizada a intimação a que se refere o § 2º quando o executado 
houver mudado de endereço sem prévia comunicação ao juízo, observado o disposto 
no parágrafo único do art. 274. 
- É obrigatório que se informe ao juízo sempre que mudar de endereço. 
 
 Art. 842. Recaindo a penhora sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel, será intimado 
também o cônjuge do executado, salvo se forem casados em regime de separação absoluta de 
bens. 
- Penhora-se a propriedade → se é do casal, tem intimar os dois. 
- Contudo, se é separação absoluta não atingirá o patrimônio da outra pessoa, ou seja, 
do cônjuge. 
 
 Art. 843. Tratando-se de penhora de bem indivisível, o equivalente à quota-parte do 
coproprietário ou do cônjuge alheio à execução recairá sobre o produto da alienação do bem. 
 
- Ex.: Sujeito tem uma dívida de R$ 30 mil e possui um imóvel de R$ 100.000, que é seu 
(devedor) e da esposa (não devedora). Eles são casados com comunhão de bens ou 
parcial, e foi adquirido na constância do casamento. 
- Em tese, cada um terá 50% dos R$ 100 mil. 
- Imóvel foi a hasta pública, e no leilão conseguiu R$ 70 mil pelo bem. 
- Tira-se R$ 50 mil, que é da esposa. E R$ 20 mil será usado para abater a dívida. 
- Continuará sendo devedor de R$ 10 mil. 
- Ex. 2: A esposa vai a hasta pública, e arremata por R$ 70 mil. Nesse caso, não precisará 
dar R$ 50 mil, pois já é a parte dela. Ou seja, dará R$ 20 mil. E o bem passará a ser apenas 
dela. 
 
§ 1º É reservada ao coproprietário ou ao cônjuge não executado a preferência na 
arrematação do bem em igualdade de condições [mesma proposta]. 
§ 2º Não será levada a efeito expropriação por preço inferior ao da avaliação na qual o 
valor auferido seja incapaz de garantir, ao coproprietário ou ao cônjuge alheio à 
execução, o correspondente à sua quota-parte calculado sobre o valor da avaliação. 
 
Art. 844. Para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, cabe ao exequente 
providenciar a averbação do arresto ou da penhora no registro competente, mediante 
apresentação de cópia do auto ou do termo, independentemente de mandado judicial. 
- Ex.: Pega-se uma cópia do auto ou termo de penhora, vai ao cartório de registro de 
imóveis e solicita que se anote que a devedora tem UM apartamento [bem que foi 
penhorado] → Ou seja, aqui já está penhorado, e adquire-se a preferência. 
- É diferente do Art. 828 (Averbação premonitória) 
- Anota em TODOS os bens. E ainda não é penhora. Serve apenas para avisar 
para as pessoas que, caso compre, haverá o risco. 
 
Art. 845. Efetuar-se-á a penhora onde se encontrem os bens, ainda que sob a posse, a detenção 
ou a guarda de terceiros. 
- Ex.: Se tem um bem, e ele está emprestado para outra pessoa, poderá, mesmo assim, 
ser penhorado. 
 
§ 1º A penhora de imóveis, independentemente de onde se localizem, quando 
apresentada certidão da respectiva matrícula, e a penhora de veículos automotores, 
quando apresentada certidão que ateste a sua existência, serão realizadas por termo 
nos autos. 
§ 2º Se o executado não tiver bens no foro do processo, não sendo possível a realização 
da penhora nos termos do §1º, a execução será feita por carta [precatória], penhorando-
se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da situação. 
 
Art. 846. Se o executado fechar as portas da casa a fim de obstar a penhora dos bens, o oficial 
de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de arrombamento. 
§ 1º Deferido o pedido, 2 (dois) oficiais de justiça cumprirão o mandado, arrombando 
cômodos e móveis em que se presuma estarem os bens, e lavrarão de tudo auto 
circunstanciado, que será assinado por 2 (duas) testemunhas presentes à diligência. 
§ 2º Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de auxiliar os oficiais 
de justiça na penhora dos bens. 
- O juiz não ordenará/mandará, por conta da tripartição dos poderes. 
§ 3º Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto da ocorrência, entregando uma 
via ao escrivão ou ao chefe de secretaria, para ser juntada aos autos, e a outra à 
autoridade policial a quem couber a apuração criminal dos eventuais delitos de 
desobediência ou de resistência. 
§ 4º Do auto da ocorrência constará o rol de testemunhas, com a respectiva qualificação. 
 
# MODIFICAÇÃO DA PENHORA 
 
- Quando o executado requer: 
Art. 847. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias contado da intimação da penhora, 
requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos onerosa e 
não trará prejuízo ao exequente. 
 
§ 1º O juiz só autorizará a substituição se o executado: 
I - comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente 
ofício, quanto aos bens imóveis; 
- Ou seja, terá que comprovar que o bem é seu. 
II - descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem 
como o estado deles e o lugar onde se encontram; 
III - descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal 
e do local onde se encontram; 
IV - identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o 
título que a representa e a data do vencimento; 
- Pode-se penhorar o crédito, mas terá que informar por ex., quem é a pessoa, 
quando vence, qual é o título que representa, etc. 
V - atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar 
os ônus e os encargos a que estejam sujeitos. 
- Informar quanto é que vale, se tem multa, etc., para comprovar que não 
ocorrerá prejuízo ao credor. 
 
§ 2º Requerida a substituição do bem penhorado, o executado deve indicar onde se 
encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e a certidão 
negativa ou positiva de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte ou 
embarace a realização da penhora. 
§ 3º O executado somente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira 
com a expressa anuência do cônjuge, salvo se o regime for o de separação absoluta de 
bens. 
§ 4º O juiz intimará o exequente para manifestar-se sobre o requerimento de 
substituição do bem penhorado. → dirá se concorda, se pode prosseguir. 
 
Art. 848. As partes poderão requerer a substituição da penhora se: 
- Qualquer um poderá pedir a substituição nesses casos. 
 
I - ela não obedecer à ordem legal; 
- Ex.: Penhorou primeiro um bem móvel, mas quer o dinheiro [que é o primeiro 
da lista], sendo que sabe-se que o devedor possui, mas não foi penhorado. 
II - ela não incidir sobre os bens designados em lei, contrato ou ato judicial para o 
pagamento; 
III - havendo bens no foro da execução, outros tiverem sido penhorados; 
- Ex.: Achou um bem no foro de execução, que antes não se tinha conhecimento. 
IV - havendo bens livres, ela tiver recaído sobre bens já penhorados ou objeto de 
gravame; 
- Ex.: Erivelton penhorou o bem, mas chegou em 2º lugar, pois Nataly chegou 
antes. Se o bem for a hasta pública, só receberá algo se sobrar do que for dado 
a Nataly. Posteriormente, Erivelton acha outro bem, que não existe nenhuma 
penhora já existente. Poderá pedir a substituição. 
V - ela incidir sobre bens de baixa liquidez; 
- Baixa liquidez não é o mesmo que baixo valor. 
- Ex.: Prédio do Banco do Brasil é de baixa liquidez, pois seria muito difícil de 
transformar em dinheiro, por ser de um valor muito alto. 
VI - fracassar a tentativa de alienação judicial do bem; 
- Ou seja, foi penhorado um bem que ninguém quer. 
VII - o executado não indicar o valor dos bens ou omitir qualquer das indicações previstas 
em lei. 
- Caso em que se indica o bem à penhora, mas não indica de quem é, aonde está, 
etc. 
 
Parágrafo único. A penhora pode ser substituída por fiança bancária ou por seguro 
garantia

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