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Resumo Farmacoterapia

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Resumo Farmacoterapia – Antidepressivos
Sintomas: tristeza, desesperança, incapacidade de sentir prazer em atividades usuais, alteração no padrão de sono e apetite, perda de vigor e pensamentos suicidas. A mania é caracterizada pelo comportamento oposto, ou seja, entusiasmo, raiva pensamentos e fala rápida, extrema autoconfiança e diminuição da autocrítica. 
Mecanismo dos Antidepressivos: A maioria dos fármacos antidepressivos potencializa direta ou indiretamente as ações da norepinefrina e/ ou serotonina (5-HT). Teoria das aminas biogênicas, que propõe que a depressão se deve a deficiências das monoaminas (serotonina e norepinefrina). Já a mania é a produção excessiva das monoaminas. 
Inibidores Seletivos da captação de Serotonina
Os inibidores seletivos da captação de Serotonina, ISCS, inibem especificamente a captação de serotonina, apresentando uma seletividade de 300 a 3.000 vezes maior para o transportador de Serotonina do que para o de norepinefrina. Isso contrasta com Antidepressivos tricíclicos (ADTs) e os inibidores da captação de serotonina e norepinefrina (ICSN), que realiza a inibição de forma não seletiva. Além disso, os ISCS têm escassa atividade bloqueadora em receptores muscarínicos e alfa-adrenérgicos e H-histamínicos, portanto os efeitos adversos comuns associados aos Antidepressivos Tricíclicos, como hipotensão ortostática, sedação, xerostomia e visão turva, não é comumente observado com ISCSs. 
- Os ISCS não apresentam efeitos adversos como ADT e IMAO, é um fármaco considerado seguro e muito usado para o tratamento da depressão. 
- Os ISCS incluem: Fluxetina, escitalopram, citalopram, paroxetina e sertralina. 
Ação: Os ISCS bloqueiam a captação de serotonina, levando um aumento da concentração nas fendas sinápticas. Os antidepressivos em geral faz efeito em 2 semanas para mudança do humor, e o benefício máximo pode demorar até 12 semanas. O paciente que não responde a um antidepressivo pode responder a outro, 80% dos pacientes respondem apelo menos um antidepressivo. 
Uso terapêutico: A indicação primária dos ISCS é a depressão, outros transtornos psiquiátricos também respondem de forma favorável: transtorno obsessivo compulsivo, pânico, ansiedade generalizada, TPM e bulimia (apenas fluoxetina está aprovada).
Farmacocinética: Todos os ISCS são bem absorvidos após adm oral. Os picos séricos ocorrem em média de 2 a 8 horas, alimentos têm pouca influencia na absorção (exceto sertralina que aumenta com a alimentação). A maioria dos ISCS tem meia-vida de 16 a 36 horas, ocorre uma extensa biotransformação pelo citocromo P450 (CYP450) e conjugação com glicoronídeo e sulfatos. A fluoxetina difere dos outros fármacos por ter uma meia-vida mais longa, 50 horas e a meia-vida de seu metabólito é de 10 dias. Outras isoenzimas CYP450 (CYP2C9/19, CYP3A4, CYP1A2) estão envolvidas com a biotransformação do ISCS. As dosagens de todos estes fármacos devem ser reduzidas em pacientes com insuficiência hepática. 
Efeitos Adversos: Os ISCS têm efeitos adversos menos graves, quando comparado aos Antidepressivos Tricíclicos e IMAO. Cefaleia, sudoração, ansiedade, agitação, efeitos gastrointestinais (náusea, êmese e diarreia), fraqueza e cansaço, disfunções sexuais, alteração da massa do corpo, distúrbio do sono (insônia ou sonolência). Além disso os ISCS são associados a hiponatremia (baixa de sódio) especialmente em idosos que esteja com a volemia (volume sanguíneo) reduzia ou em uso de antidiuréticos. 
1. Distúrbio do sono: A paroxetina e a fluvoxamina em geral é mais sedativa do que estimulantes. Para pacientes que se sentem cansados ou se queixam de sonolência excessivas pode se beneficiar com ISCS mais estimulantes, como fluoxetina e a sertralina. 
2. Disfunção sexual: Incluem perda de libido, ejaculação retardada e anosgarmia. Uma opção para lidar com a disfunção sexual induzida pelo ISCS é trocar o antidepressivo por outro com menos efeitos adversos sexuais como: bupropiona ou mirtazapina, ou reduzir a dose. 
3. Uso em criança e Adolescentes: Os ISCS devem ser usados com cautela, pois cerca de uma a cada 50 criança tornam-se suicidas, pacientes pediátricos devem ser observados quanto ao agravamento da depressão e pensamentos suicidas com o inicio ou mudança de dosagem de qualquer Antidepressivo. Fluoxetina e Escitalopram estão aprovados para tratamento da depressão infantil e Sertralina, fluvoxamina estão aprovados para TOC (transtorno obsessivo compulsivo). 
4. Superdosagem: Em geral os ISCS não causam arritmias cardíacas, com exceção do citalopram, que pode causar prolongamento do intervalo QT. Convulsões são possíveis porque todos os antidepressivos podem baixar o limiar convulsivo. Todos ISCS podem causar síndrome serotonínica, especialmente se forem usados com IMAO ou outro fármaco fortemente serotoninérgico, esta síndrome inclui sinais como: hipertermia, rigidez muscular, sudoração e alteração no estado mental e sinais vitais. 
5. Síndrome de interrupção: Todos os ISCS tem potencial de causar a síndrome de interrupção, particularmente os fármacos de meia-vida mais curtas e metabólitos inativos. A fluoxetina tem o menor risco de causar a síndrome de interrupção, devido a sua meia-vida longa e ao metabolito ativo. Os possíveis sintomas da síndrome de interrupção é cefaleia, mal-estar, sintomas de gripe, agitação e irritabilidade, nervosismo e alteração no padrão de sono. 
INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE SEROTONINA E NOREPINEFRINA
OS ICSN podem ser eficazes no tratamento da depressão em pacientes onde os ISCS foi ineficientes, além disso, a depressão com frequência é acompanhada de sintomas dolorosos crônicos como dor na lombar e dor muscular. Essas dores são em partes moduladas por via de serotoninas norepinefrina no SNC. Tanto os ICSN e ADT, com sua inibição da captação de serotonina e norepinefrina, são eficazes algumas vezes para tratar dor associada a neuropatia diabética periférica, neuralgia pós-herpética, fibromialgia e a dor na lombar. Os ICSN tem pouca atividade nos receptores adrenérgicos alfa, muscarínicos ou histamínicos, e assim tem menos efeitos adversos mediados por estes receptores. Os ICSN podem causar síndrome de interrupção se o tratamento for suspenso de modo súbito. 
1. Venlafaxina e desvenalafaxina: A venlafaxina é um potente inibidor da captação de serotonina e em dosagens médias e alta, é inibidor na captação de norepinefrina. A venlafaxina produz inibição mínima das isoenzimas CYP450 e é substrato da isoenzima CYP2D6. A desvenalafaxina é o metabólito ativo desmetilado da venlafaxina. Os efeitos mais comuns na utilização da venlafaxina são náuseas, cefaleia, disfunção sexual, tonturas, insônia, sedação e constipação. Em doses elevadas pode ocorrer aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. 
2. Duloxetina: Inibe a captação de serotonina e norepinefrina em todas as dosagens, ela é extensamente biotransformada no fígado em metabolito inativos e deve ser evitada em paciente com disfunção hepática. A Duloxetina pode aumentar a PA e a frequência cardíaca; Ela é um inibidor moderado da isoenzima CYP2D6 e pode aumentar a concentração de fármacos de biotransformados por essa via, como antipsicóticos. Efeitos Adversos: náuseas, constipação, sonolência, sudoração e disfunção sexual. 
3. Levomilnaciprana: é um enantiômero do milnaciprana, um ICSN antigo usado contra depressão na Europa e contra fibromialgia nos EUA. O perfil de efeitos adversos é similar a outros ICSN. É biotransformado pela enzima CYP3A4 e, assim, a atividade pode ser alteradas por indutores desse sistema enzimático. 
Antidepressivos Atípicos
É um grupo misto de fármacos que tem ação em vários locais diferentes. O grupo inclui bupropiona, mirtazapina, nefazodona, trazodona, vilazodona e vortioxetina. 
1. Bupropiona: é um inibidor da captação de dopamina e norepinefrina fraco, aliviando os sintomas da depressão, também é útil para diminuir a fissura por alguma substância e atenuar os sintomas de abstinência da nicotina. Efeitos adversos: boca seca, sudoração, nervosismo, tremores e um aumento dose-dependentedo risco de convulsões. O uso deve ser evitado para pacientes sob risco de convulsões e que tenham transtorno alimentar. 
2. Mirtazapina: Aumenta a neurotransmissão de serotonina e norepinefrina, servindo como antagonista nos receptores pré-sinápticos alfa 2; Além disso parte da atividade antidepressiva pode ser relacionada ao antagonismo de receptor 5-HT2 (serotonina). Esse fármaco é acentuadamente sedativo, frequentemente ocorre um aumento do apetite e massa corporal. 
3. Nefazodona e Trazodona: São fármacos sedativos usados extrabula para insônia; São inibidores fracos da serotonina, mas tem capacidade de bloqueio dos receptores 5-HT2A pós-sinápticos. Ambos os fármacos são antagonista leves e moderados nos receptores alfa 1, o que contribui para tonturas. 
4. Viladozona: é um inibidor da captação de serotonina e um agonista parcial em 5-HT1A. E seu mecanismo de ação torna-se singular entre ISCS e seus efeitos adversos também. Corre risco da síndrome de descontinuação de for interrompido abruptamente. 
Antidepressivo Tricíclico
Os ADTs incluem as aminas terciárias imipramina (o protótipo do grupo), amitriptilina, clomipramina, doxepina e trimipramina, e as aminas secundárias desipramina e nortriptilina e protriptilina.
Mecanismo de Ação: Inibição da captação do neurotransmissor: Os ADTs são inibidores potentes da captação neuronal de norepinefrina e serotonina no terminal nervoso pré-sináptico. 
Bloqueio de receptores: Os ADTs também bloqueiam os receptores serotoninérgicos, α-adrenérgicos, histamínicos e muscarínicos. Ainda não se sabe se alguma dessas ações é responsável pelo benefício terapêutico dos ADTs. Contudo, as ações nesses receptores provavelmente são responsáveis por muitos dos seus efeitos adversos. 
Ação: Os ADTs melhoram o humor e o alerta mental, aumentam a atividade física e reduzem a preocupação mórbida de 50 a 70% dos indivíduos com depressão. A resposta do paciente pode ser usada para ajustes da dosagem. Após a resposta terapêutica, a dosagem pode ser reduzida gradualmente para melhorar a tolerância, a menos que ocorra recaída. Exige a retirada lenta para minimizar a síndrome de descontinuação e os efeitos colinérgicos de rebote.
Uso terapêutico: Os ADTs são eficazes no tratamento de depressão moderada e grave. Alguns pacientes com transtorno de pânico também respondem aos ADTs. A imipramina tem sido usada para controlar a enurese em crianças com mais de 6 anos; contudo, tem sido amplamente substituída por desmopressina e tratamentos não farmacológicos (alarmes de enurese). Os ADTs, particularmente a amitriptilina, têm sido usados para auxiliar a prevenção da enxaqueca e tratar síndromes de dor crônica (p. ex., dor neuropática), em inúmeras condições em que a causa da dor é desconhecida. Dosagens baixas de ADT, especialmente doxepina, podem ser usadas contra insônia.
Efeitos Adversos: O bloqueio dos receptores muscarínicos leva a visão turva, xerostomia, retenção urinária, taquicardia sinusal, constipação e agravamento do glaucoma; Esses fármacos afetam a condução cardíaca de modo similar ao da quinidina e podem causar arritmias que ameaçam a vida em situação de dose excessiva. Os ADTs também bloqueiam os receptores α-adrenérgicos, causando hipotensão ortostática, tonturas e taquicardia reflexa. A sedação pode ser significativa, especialmente durante as primeiras semanas do tratamento, e está relacionada com a capacidade que esses fármacos têm de bloquear os receptores H1 histamínicos.
INIBIDORES DA MONOAMIOXIDASE

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