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APG 22 - SERÁ QUE NÃO VAI DESCER

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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 1 
APG 22 – Será que não vai descer? 
1) ENTENDER A EMBRIOLOGIA E ANATOMIA DO SISTEMA 
REPRODUTOR MASCULINO E SUA GAMETOGÊNESE 
❖ EMBRIOLOGIA 
→ As gônadas se desenvolvem a partir das cristas gonadais que 
surgem do crescimento da mesoderme intermediária. Durante 
a 5ª semana de desenvolvimento, as cristas gonadais 
aparecem como protuberâncias imediatamente mediais aos 
mesonefro (rim intermediário). 
→ Adjacente às cristas gonadais estão os ductos mesonéfricos, 
que, por fim, evoluem para estruturas do sistema genital em 
homens. Um segundo par de ductos, os ductos 
paramesonéfricos, se desenvolve lateralmente aos ductos 
mesonéfricos e, por fim, forma as 
estruturas do sistema genital nas 
mulheres. 
→ Um embrião precoce tem o potencial 
de seguir um padrão de 
desenvolvimento masculino ou 
feminino, porque contém ambos os 
conjuntos de ductos e cristas 
genitais que podem se diferenciar 
em testículos ou ovários. 
→ As células de um embrião masculino 
têm um cromossomo X e um 
cromossomo Y. O padrão masculino 
de desenvolvimento é iniciado por um 
gene “interruptor mestre” no 
cromossomo Y chamado SRY. 
→ Quando o gene SRY é expresso durante o desenvolvimento, o 
seu produto proteico faz com que as células sustentaculares 
primitivas comecem a se diferenciar em testículos durante a 
7ª semana. 
→ As células sustentaculares em desenvolvimento secretam um 
hormônio chamado substância inibidora de Müller (MIS), que 
provoca a apoptose das células no interior dos ductos 
paramesonéfricos. 
→ Como resultado, estas células não contribuem com quaisquer 
estruturas funcionais do sistema genital masculino. 
→ Estimuladas pela gonadotropina coriônica humana (HCG), as 
células intersticiais primitivas dos testículos começam a 
secretar o androgênio testosterona durante a 8ª semana. 
→ A testosterona então estimula o desenvolvimento do ducto 
mesonéfrico de cada lado em epidídimo, ducto deferente, 
ducto ejaculatório e glândula seminal. 
→ Os testículos se ligam ao ducto mesonéfrico por vários túbulos 
que acabam se tornando túbulos seminíferos. 
→ A próstata e as glândulas bulbouretrais são evaginações 
endodérmicas da uretra. 
→ As células de um embrião feminino têm dois cromossomos X.. 
Como não há SRY, as cristas gonadais se desenvolvem em 
ovários, e como o MIS não é produzido, os ductos 
paramesonéfricos florescem. 
→ As extremidades distais dos 
ductos paramesonéfricos se fundem 
para formar o útero e a vagina, as 
partes proximais não fundidas dos 
ductos tornam-se as tubas uterinas. 
→ Os ductos mesonéfricos se 
degeneram sem contribuir com 
quaisquer estruturas funcionais do 
sistema genital feminino, em 
decorrência da ausência de 
testosterona. As glândulas 
vestibulares maiores e menores se 
desenvolvem a partir das 
excrescências endodérmicas do 
vestíbulo. 
→ Os órgãos genitais externos dos embriões masculinos e 
femininos (pênis e escroto nos homens e clitóris, lábios do 
pudendo e óstio da vagina nas mulheres) também 
permanecem indiferenciados até aproximadamente a 8º 
semana. Antes da diferenciação, todos os embriões têm as 
seguintes estruturas externas: 
1. Pregas uretrais (urogenitais): O par de pregas uretrais 
(urogenitais) se desenvolve a partir da mesoderme na 
região cloacal. 
2. Sulco uretral: Uma endentação entre as pregas uretrais, 
o sulco uretral é uma abertura para o seio urogenital. 
3. Tubérculo genital: O tubérculo genital é uma elevação 
arredondada ligeiramente anterior às pregas uretrais. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 2 
4. Protuberância labioescrotal: A protuberância 
labioescrotal consiste em um par de estruturas elevadas 
laterais às pregas uretrais. 
→ Em embriões do sexo 
masculino, um pouco 
de testosterona é 
convertido em um 
segundo androgênio 
chamado 
dihidrotestosterona 
(DHT). 
→ A DHT estimula o 
desenvolvimento da 
uretra, da próstata e 
dos órgãos genitais 
externos (escroto e 
pênis). Parte do 
tubérculo genital se 
alonga e se desenvolve 
em um pênis. 
→ Se não houver DHT, o tubérculo genital dá origem ao clitóris 
em embriões do sexo feminino. 
❖ ANATOMIA 
→ Os órgãos do sistema genital masculino incluem os testículos, 
um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos 
ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas 
seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias 
estruturas de apoio, incluindo o escroto e o pênis. 
→ Tem como função: 
✓ Os testículos produzem espermatozoides e o hormônio 
masculino testosterona. 
✓ Os ductos transportam, armazenam e auxiliam na 
maturação dos espermatozoides. 
✓ As glândulas sexuais acessórias secretam a maior parte 
da porção líquida do sêmen. 
✓ O pênis contém a uretra, uma passagem para a 
ejaculação de sêmen e excreção de urina. 
➢ ESCROTO 
→ O escroto é um saco fibromuscular cutâneo para os testículos 
e estruturas associadas. 
→ Situa-se posteroinferiormente ao pênis e abaixo da sínfise 
púbica. 
→ A formação 
embrionária 
bilateral do 
escroto é indicada 
pela rafe do 
escroto mediana, 
que é contínua na 
face ventral do 
pênis com a rafe 
do pênis e 
posteriormente 
ao longo da linha mediana do períneo com a rafe do períneo. 
→ Na parte interna, profundamente a sua rafe, o escroto 
é dividido em dois compartimentos, um para cada testículo, 
por um prolongamento da túnica dartos, o septo do escroto. 
➢ EPIDÍDIMO 
→ O epidídimo é uma estrutura alongada na face posterior 
do testículo. 
→ Os dúctulos eferentes do testículo transportam 
espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do testículo 
para o epidídimo. 
→ O epidídimo é formado por minúsculas alças do ducto do 
epidídimo, tão compactadas que parecem sólidas. O ducto 
diminui progressivamente enquanto segue da cabeça do 
epidídimo na parte superior do testículo até sua cauda. Na 
cauda do epidídimo, o ducto deferente começa como a 
continuação do ducto do epidídimo. No longo trajeto desse 
tubo, os espermatozoides são armazenados e continuam a 
amadurecer. O epidídimo é formado por: 
✓ Cabeça do epidídimo: a parte expandida superior que é 
composta de lóbulos formados pelas extremidades 
espiraladas de 12 a 14 ductos eferentes; 
✓ Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo ducto 
contorcido do epidídimo; 
✓ Cauda do epidídimo: contínua com o ducto deferente, o 
ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo 
para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela 
uretra durante a ejaculação. 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 3 
➢ DUCTO DEFERENTE 
→ É a continuação do ducto do epidídimo a partir do ponto em 
que este torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta. 
→ Há um ducto eferente para cada testículo que transporta os 
espermatozoides da cauda do epidídimo, no escroto, para o 
ducto ejaculatório, na cavidade da pelve. 
➢ DUCTOS EJACULATÓRIOS 
→ São tubos formados pela união dos ductos das glândulas 
seminais com os ductos deferentes. Possuem 
aproximadamente 2 cm de comprimento. Os curtos ductos 
ejaculatórios formam-se imediatamente superiores à base 
(parte superior) da próstata e passam inferior e 
anteriormente através da próstata. Eles terminam na parte 
prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e 
secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do 
sêmen da uretra para o exterior. 
➢ GLÂNDULAS SEMINAIS 
→ As glândulas seminais são dois tubos tortuosos que, quando 
estendidos, medem aproximadamente 5 a 10 cm. Estão 
situadas posteriormente à base da bexiga e anteriormente ao 
reto. 
→ Não armazenam espermatozoides. 
→ Elas secretam um líquido viscoso alcalino que constitui ~60% 
do volume do sêmen. 
→ O pH elevado serve para que o líquidoseminal seja capaz de 
neutralizar o meio ácido da uretra e da vagina, impróprio para 
a sobrevivência dos espermatozoides. 
➢ PRÓSTATA 
→ A próstata tem o formato de cone arredondado invertido com 
base maior, que é contínua acima com o colo da bexiga e 
apresenta um ápice estreito que se situa abaixo, no assoalho 
da pelve. Mede aproximadamente 3 cm de comprimento, 4 
cm de largura e 2 de profundidade. 
→ A sustentação da próstata é feita pelos músculos 
levantadores do ânus. 
→ A próstata possui uma região glandular que corresponde a 
2/3 do seu tamanho e uma região não glandular. 
→ Ela pode ser dividida: 
✓ Istmo da próstata (zona muscular anterior): Porção 
fibromuscular localizada anteriormente à uretra. 
✓ Zona periférica: Possui formato de xícara e inclui a zona 
transicional central e a parte pré-prostática da uretra, 
exceto anteriormente, onde o espaço é preenchido pelo 
estroma fibromuscular. 
• Principal local de carcinomas. 
✓ Zona da transição: Se localiza circundando a porção distal da 
parte pré-prostática da uretra, bem próximo do ápice da 
zona central e dos ductos ejaculatórios. 
• Seus ductos entram na parte prostática da uretra, logo 
abaixo do esfíncter pré-prostático e acima dos ductos 
da zona periférica. 
→ Zona central: Circunda os ductos ejaculatórios, 
posteriormente à parte pré-prostática da uretra, e com 
formato cônico, com seu ápice no colículo seminal. 
• Raramente envolvida em doenças. 
➢ GLÂNDULAS BULBOURETRAIS 
→ As duas glândulas bulbouretrais são massa redondas e 
amareladas que possuem o tamanho de ervilhas. 
→ Se localizam nas laterais da parte membranácea da uretra, 
acima da membrana do períneo e do bulbo do pênis, e estão 
envolvidas por fibras do músculo esfíncter da uretra. 
➢ PÊNIS 
→ O órgão possui formato cilíndrico e é composto por três 
corpos cilíndricos de tecido erétil: 
→ Corpos cavernosos: Dois corpos cavernosos laterais; 
✓ Túnica albugínea: Revestimento fibroso externo (ou cápsula) 
formada por tecido conjuntivo denso que cobre os corpos 
cavernosos. É a mesma para os dois. 
✓ Septo do pênis: Septo fibroso que separa os corpos 
cavernosos. 
→ Corpo esponjoso: Um corpo esponjoso na região ventral. 
Envolve a parte esponjosa da uretra. 
→ Tecido erétil: Composto por diversos seios sanguíneos 
(espaços vasculares) revestidos por células endoteliais e 
circundados por músculo liso e tecido conjuntivo e elástico. 
→ A anatomia externa do pênis o divide em três regiões: 
✓ Raiz: É a parte fixa do pênis. Constitui o ponto de 
inserção, parte proximal. 
✓ Bulbo do pênis: Continuação posterior expandida da base 
do corpo esponjoso do pênis. O bulbo do pênis está ligado 
a face inferior dos músculos profundos do períneo e é 
fechado pelo músculo bulboesponjoso, um músculo que 
auxilia na ejaculação. 
✓ Ramos do pênis: Na raiz, os corpos cavernosos estão 
separados e formam ramos. 
✓ Corpo: Parte pendular livre suspensa da sínfise púbica. 
Não contém músculos, exceto por algumas fibras do 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 4 
músculo bulboesponjoso perto da raiz do pênis e do 
músculo isquiocavernoso que circundam os ramos. 
✓ Glande: Extremidade distal do corpo esponjoso do pênis. 
Também denominada cabeça do pênis. Tem forma cônica 
arredondada. A abertura em fenda da parte esponjosa 
da uretra, o óstio externo da uretra, está perto da 
extremidade da glande do pênis. 
✓ Coroa da glande: Margem da glande que se projeta além 
das extremidades do corpo. 
✓ Colo da glande: Constrição sulcada oblíqua que separa a 
glande do corpo. 
→ A pele do pênis é fina e possui pigmentação escura em 
relação ao redor. Na região do colo da glande ela é pregueada 
e forma o prepúcio do pênis. Em pênis não circuncisados, o 
prepúcio cobre a glande com o frênulo do prepúcio. 
→ O corpo do pênis é sustentado por dois ligamentos: 
✓ Ligamento fundiforme: Condensação de fáscia profunda que 
se origina na face anterior da sínfise púbica. Se origina da 
parte mais inferior da linha alba e se divide em duas lamelas 
que acompanham o pênis e se unem abaixo com o septo do 
escroto. Fibras longas e frouxas que se situam anteriormente 
ao ligamento suspensor. 
✓ Ligamento suspensor: Massa ou condensação irregular de 
colágeno e fibras elásticas do tecido subcutâneo que desce na 
linha mediana a partir da linha alba superior à sínfise púbica 
Fibras curtas e tensas 
 
❖ ESPERMATOGÊNESE 
→ É a sequência de eventos, através dos quais a célula 
precursora masculina, a espermatogônia torna-se um 
espermatozoide, o gameta masculino. 
→ As espermatogônias permanecem repousadas nos túbulos 
seminíferos dos testículos desde o período fetal, e na 
puberdade aumentam de número e sofrem maturação que 
continua até a velhice. 
→ Nesse momento, sofrem várias divisões mitóticas, crescem e 
se desenvolvem, formando os espermatócitos primários. 
→ Cada um desses sofre a primeira divisão meiótica (divisão 
reducional) para formar dois espermatócitos 
secundários haplóides. Em seguida sofrem a segunda divisão 
meiótica para formar quatro espermátides haploides. 
Gradualmente as espermátides vão sendo transformadas em 
espermatozoides por um processo chamado espermiogênese. 
→ O espermatozoide maduro é uma célula móvel, formada por 
cabeça, colo e cauda. A cabeça é a maior parte e contém o 
núcleo haplóide e o acrossoma, organela em forma de capuz 
que contém várias enzimas importantes para a fertilização, 
pois facilita sua penetração ovular. O colo é a região que une 
essas duas estruturas. A cauda é constituída por três 
segmentos: a peça intermediária, peça principal e peça 
terminal. Essa estrutura, formada a partir dos centríolos, 
favorece a motilidade durante a fecundação. A peça 
intermediária contém mitocôndrias que fornecem ATP para a 
atividade desse flagelo. 
→ As células de Sertoli que revestem os túbulos seminíferos dão 
suporte e nutrição para células germinativas. Os 
espermatozoides são transportados passivamente dos 
túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados 
e tornam-se maduros. Ele é continuo com o ducto deferente 
que transporta os espermatozóides para a uretra. 
→ A espermatogênese dura por volta de 64 dias nos túbulos 
seminíferos e 12 dias no epidídimo, etapa fundamental do ciclo 
senão os espermatozoides morreriam dentro de 24 – 36 
horas. Eles adquirem sua motilidade somente mediante a 
adição de secreções das glândulas sexuais acessórias- 
próstata e vesículas seminais- no ejaculado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração da espermiogênese, a última fase da 
espermatogênese. Durante esse processo, a 
espermátide arredondada é transformada em 
espermatozoide alongado. Note a perda de citoplasma 
(ver Fig. 2-5C), o desenvolvimento da cauda e a 
formação do acrossoma. A vesícula acrossômica, 
derivada da região de Golgi da espermátide (primeiro 
desenho), contém enzimas que são liberadas no início 
da fecundação para auxiliar a penetração do 
espermatozoide na corona radiata e na zona pelúcida 
ao redor do oócito secundário. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 5 
2) COMPREENDER A ANATOMOHISTOFISIOLOGIA DAS GÔNADAS 
(VASCULARIZAÇÃO) 
❖ ANATOMIA 
→ Os testículos são as gônadas masculinas – pares de glândulas 
reprodutivas masculinas, ovais, que produzem 
espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente 
testosterona. 
→ Os testículos estão suspensos no escroto pelos funículos 
espermáticos, e o testículo esquerdo geralmente localiza-se 
em posição mais baixa do que o direito. 
→ A superfície de cada testículo é coberta pela lâmina visceral 
da túnica vaginal, exceto no local onde o testículo se fixa ao 
epidídimo e ao funículo espermático. 
→ A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda 
parcialmente o testículo, que representa a parte distal cega 
do processovaginal embrionário. 
→ A lâmina visceral da túnica vaginal encontra-se intimamente 
aplicada ao testículo, epidídimo e parte inferior do ducto 
deferente. O recesso da túnica vaginal, semelhante a uma 
fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre o corpo do epidídimo 
e a face posterolateral do testículo. 
→ A lâmina parietal da túnica vaginal, adjacente à fáscia 
espermática interna, é mais extensa do que a lâmina visceral 
e estende-se superiormente por uma curta distância até a 
parte distal do funículo espermático. O pequeno volume de 
líquido na cavidade da túnica vaginal separa as lâminas visceral 
e parietal, permitindo o livre movimento do testículo no 
escroto. 
→ Os testículos têm 
uma face externa 
fibrosa e 
resistente, a túnica 
albugínea, que se 
espessa em uma 
crista sobre sua 
face interna 
posterior como o 
mediastino do 
testículo. 
→ A partir dessa estria interna, septos fibrosos estendem-se 
internamente entre lóbulos de túbulos seminíferos 
contorcidos pequenos, mas longos e muito espiralados, nos 
quais são produzidos os espermatozoides. Os túbulos 
seminíferos contorcidos são unidos por túbulos seminíferos 
retos à rede do testículo, uma rede de canais no mediastino 
do testículo. 
→ As longas artérias testiculares originam-se da face 
anterolateral da parte abdominal da aorta, imediatamente 
abaixo das artérias renais. 
→ Elas seguem no retroperitônio (posterior ao peritônio) em 
direção oblíqua, cruzando sobre os ureteres e as partes 
inferiores das artérias ilíacas externas para chegar aos anéis 
inguinais profundos. 
→ Entram nos canais inguinais através dos anéis profundos, 
atravessam os canais, saem deles através dos anéis inguinais 
superficiais e entram nos funículos espermáticos para irrigar 
os testículos. 
→ A artéria testicular ou um de seus ramos anastomosa-se com 
a artéria do ducto deferente. 
→ As veias que emergem do testículo e do epidídimo formam o 
plexo venosopampiniforme, uma rede de 8 a 12 veias situadas 
anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria 
testicular no funículo espermático. 
→ O plexo pampiniforme faz parte do sistema termorregulador 
do testículo (juntamente com os músculos cremaster e 
dartos), ajudando a manter essa glândula em temperatura 
constante. 
→ As veias de cada plexo pampiniforme convergem 
superiormente, formando uma veia testicular direita, que 
entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular 
esquerda, que entra na veia renal esquerda. 
→ Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo 
nervoso testicular sobre a artéria testicular, que contém 
fibras parassimpáticas vagais e aferentes viscerais e fibras 
simpáticas do segmento T10 (–T11) da medula espinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 6 
❖ HISTOLOGIA 
→ Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso, sendo chamada 
de túnica albugínea, que é espessada na superfície dorsal do 
testículo, formando o mediastino, da qual partem os septos 
fibrosos, esses septos penetram o testículo, dividindo-o em 
aproximadamente 250 compartimentos piramidais chamados 
lóbulos testiculares. 
→ Esses septos são incompletos, e frequentemente há 
intercomunicação entre os lóbulos. 
→ Cada lóbulo é ocupado por 1-4 túbulos seminíferos, que se 
alojam como novelos envolvidos por um tecido conjuntivo 
frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células 
intersticiais (células de Leydig). 
→ Os túbulos seminíferos produzem as células reprodutoras 
masculinas, os espermatozoides, enquanto as células 
intersticiais secretam andrógeno testicular. 
→ Os testículos se desenvolvem em posição retroperitoneal, na 
parede dorsal da cavidade abdominal. Durante o 
desenvolvimento fetal, eles migram e se alojam na bolsa 
escrotal (fora do corpo) e ficam suspensos na extremidade 
do cordão espermático. 
→ Por causa da migração, cada testículo arrasta consigo um 
folheto do peritônio, a túnica vaginal. 
→ Esta túnica consiste em uma camada parietal exterior e uma 
camada visceral interna, que recobrem a túnica albugínea nas 
porções laterais e anterior do testículo. A bolsa escrotal tem 
um papel importante na manutenção dos testículos a uma 
temperatura abaixo da intra-abdominal. 
→ Os túbulos seminíferos são túbulos enovelados e tortuosos 
que produzem espermatozoides. 
→ Cada testículo possui aproximadamente 250 a 1000 túbulos 
seminíferos. Os túbulos estão dispostos em alças e suas 
extremidades continuam pelos túbulos retos. Os túbulos retos 
conectam os túbulos seminíferos a um labirinto de canais 
anastomosados em forma de rede, constituindo a rede 
testicular no mediastino testicular. Em continuidade, cerca de 
10 a 20 ductos deferentes conectam a rede testicular ao 
início da porção seguinte do sistema de ductos, o ducto do 
epidídimo. 
→ O lúmen de cada túbulo seminífero é revestido por epitélio 
seminífero com espessura de várias camadas, o qual se apoia 
sobre uma membrana basal que o separa do tecido conjuntivo 
circundante conhecido como túnica própria. As células do 
epitélio seminífero que ficam em contato com a membrana 
basal são as células de Sertoli e as espermatogônias 
responsáveis pelo processo de espermatogênese. Entre as 
células de Sertoli existem junções de oclusão que separam o 
lúmen do túbulo seminífero em dois compartimentos: o 
compartimento adluminal interno e o compartimento basal 
externo. Esses compartimentos formam uma barreira 
hematotesticular, que protege as células germinativas em 
desenvolvimento. 
→ As células da linhagem espermatogênica se originam do saco 
vitelínico do embrião, sendo que por volta do quinto mês 
gestacional um pequeno grupo de células, denominadas 
primordiais, migra do saco vitelino para a gônada que está em 
desenvolvimento. Neste local as células proliferam e colonizam 
a gônada, originando células denominadas espermatogônias. 
Existem três tipos de espermatogônias: as espermatogônias 
do tipo A escuro, tipo A pálido e tipo B. As espermatogônias 
do tipo A são semelhantes a células-tronco, mantendo a 
divisão celular. 
 
3) ANALISAR A CARIOTIPAGEM (CASCATA DE DIFERENCIAÇÃO 
GONADAL E SEXUAL) = AÇÃO DOS HORMÔNIOS NO 
PROCESSO GONADAL: FUNÇÃO OVARIANA E TESTICULAR 
→ A diferenciação sexual envolve uma cascata de genes que 
atuam desde a diferenciação da gônada bipotencial em 
testículo ou ovário (determinação sexual) até a diferenciação 
dos genitais internos e externos também bipotenciais em 
masculinos ou femininos nas primeiras semanas de vida 
intrauterina. 
→ A diferenciação das genitálias externa e interna no sexo 
masculino é um processo dependente da produção de 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 7 
hormônios sexuais pelo testículo, enquanto que no sexo 
feminino esse processo independe dos hormônios ovarianos. 
→ Portanto a diferenciação sexual é gônada-dependente apenas 
nos homens. 
→ O desenvolvimento do fenótipo masculino (incluindo descida 
testicular até a bolsa escrotal) requer a produção normal de 
três hormônios testiculares: HAM (hormônio anti-mulleriano), 
andrógenos e Insl3. 
→ Por outro lado, no sexo feminino, a ausência da produção 
desses hormônios determina a diferenciação sexual feminina. 
→ Neste complexo processo de diferenciação sexual estão 
envolvidas numerosas enzimas, hormônios e seus receptores 
e fatores de transcrição. Defeitos nos genes que codificam a 
síntese de quaisquer destas substâncias determinam o 
aparecimento das anomalias da diferenciação sexual. 
REFERÊNCIAS 
• TORTORA, G. J; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia 
humana. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• MOORE, Keith L. et al. Embriologia clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2016. 
• MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio 
de Janeiro:Guanabara Koogan, 2014. 
• DOMENICE, Sorahia et al. Aspectos moleculares da 
determinação e diferenciação sexual. Arquivos Brasileiros de 
Endocrinologia & Metabologia, v. 46, n. 4, p. 433-443, 2002.

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