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Genero Staphylococcus Diversas formas de causar uma doença. ▪ Staphylococcus aureus (coagulase +) → espécie mais patogênica, difícil tratamento ▪ S.epidermidis, S. saprophyticus, S. haemolyticus, S.lugdunensis= coagulases - Coagulase positiva: é o que tem a enzima coagulase, apresenta função de coagular. FISIOLOGIA - Cocos gram +, dispostos em grupos, imóveis, anaeróbicos facultativos, não produzem esporos, capazes de crescer em altas conc. de sal (10%) - Produtores de pigmentos: branco e amarelo. EPIDEMIOLOGIA o Microbiota da pele e superfícies mucosas; o Sobrevivência em superfícies secas por longos períodos de tempo; o São microrganismos ubíquos; o Disseminação pessoa-pessoa (contato direto) ou exposição a fômites contaminados; Fatores de risco: • presença de corpo estranho (sutura, próteses); • procedimento cirúrgico prévio; • antibioticoterapia (supressão da microbiota). • higiene pessoal precária. • Cápsula e camada mucoide; peptidoglicano; ácidos teicóicos, proteína A; coagulase e outras adesinas proteicas de superfície; membrana citoplasmática→ Quando apresenta capsula ele é mais virulento FATORES DE VIRULÊNCIA - Qualquer característica que torna a bacteria mais perigoso (capsula, endotoxina, enzima coagulase) o Componentes estruturais: cápsula o Toxinas • Citotoxinas (α, β, γ, δ, Panton-Valentine)→mata leucócitos, eritrócitos, plaquetas • Toxinas esfoliativas (A e B): dermatite esfoliativa (síndrome da pele escaldada) • Enterotoxinas (A até R): Termoestáveis a 100°C/30 min (resiste ao aquecimento); resistentes à hidrólise pelas enzimas gástricas. • TSST: Superantígeno. Destruição de células endoteliais. o Enzimas: coagulase, catalase (água oxigenada é quebrada por ela, se formar bolha, usado para saber se é strepto ou staphylococcus, pois o strepto não produz catalase), hialuronidase, fibrolisina. Lipases (enzimas que ingerem tecido humano facilitando a entrada de bacterias), nucleases (ingere DNA), penicilinases (ingerem penicilina). DOENÇAS CLÍNICAS Staphylococcus aureus= doenças medidas por toxinas ou proliferação (supurativas) o Obs: supurativas Por Toxinas (não supurativas) o Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (SSSS): dissolução da matriz da mucopolissacarídia da epiderme o Adulto não acontece muito, porque a microbiota nasal dele já é normal. o Intoxicação alimentar o Síndrome do choque tóxico→ Ação da TSST, também chamada de superantígeno, não deixa a célula apresentadora de antígeno se separar do linfócito, que se sente muito estimulado e libera muitas citocinas inflamatórias levando a uma resposta imune exagerada. Supurativo (há presença da bactéria) • IMPETIGO – infecção cutânea localizada caracterizada por vesículas preenchidas de pussobre uma base eritematosa • Foliculite – impetigo envolvendo folículos pilosos o OBS: os microrganismos se reproduzem no folículo piloso, causando a infecção que, geralmente, cessa após a remoção do pelo! o EX: na pálpebra = terçol! Pode evoluir para furúnculo • Furúnculo: doença infecciosa o Quando a foliculite se agrava e o organismo não é capaz de expulsar o pelo ou combater/controlar a infecção no estágio inicial, temos um agravo da inflamação que leva a formação de um furúnculo pelo hospedeiro o Nódulos cutâneos grande, doloridos e preenchidos de pus (tecido morto e necrótico) o Espremer faz com que as bactérias entrem na circulação o Pode evoluir para carbúnculo • Carbúnculo: clássica presença de fístulas o Coalescência/união de muitos furúnculos o tecido subcutâneo mais profundo o Ocorre geralmente em pacientes imunodebilitados o Pode causar febre e calafrios (ao contrário de pacientes com foliculite e furúnculos) o Pode evoluir para uma bacteremia OBS: Em casos de impetigo, foliculite, furúnculo e carbúnculo, procura-se bactérias na pele (4+) e no sangue (2+) • BACTEREMIA – presença de bactérias na corrente sanguínea • ENDOCARDITE – presença de bactérias na corrente sanguínea com dano no revestimento endotelial no coração DIAGNOSTICO LABORATORIAL • AMOSTRAS (espécime clínico) coletadas no local o Tipo da infecção e qualidade do material o Swab superficial, pus, sangue, aspirado traqueal ou LCR • MICROSCOPIA o Coloração de Gram – cocos G+, cachos o OBS: não diferencia espécies • CULTURA o Meios enriquecidos: Ágar Sangue 37°C/18h (hemólise, produção de pigmento) o Espécimes contaminados: Ágar Manitol Salgado o Identificação: testes bioquímicos ▪ Testes da catalase (positivo), coagulase e novobiocina o Testes de susceptibilidade (antibiograma) PRINCIPAIS SÍTIOS ACOMETIDOS E POSSIBILIDADE DE ISOLAMENTO DO MICRORGANISMO (1+ A 4+) TRATAMENTO OBS: Tipo de tratamento relacionado com gravidade da doença • Infecções cutâneas (acne, furúnculo), abcessos e infecções supurativas fechadas: o AÇÃO: Drenagem do pus → uso de antimicrobianos • Bacteremia, endocardite, pneumonia: o AÇÃO: tratamento intravenoso prolongado com penicilina resistente à Beta- lactamase(penicilina G, vancomicina) • MRSA ou ORSA (Staphylococcus aureus meticilina ou oxacilina resistentes) → Glicopeptídios (vancomicina e teicoplanina) → estreptograminas (quinupristina/dalfopristina), tigeciclina, daptomicina e a combinação da vancomicina com um antibiótico betalactâmico antiestafilocócico • ORSA = Staphylococcus aureus resistente a oxacilina o Geralmente se utiliza oxacilina para tratamento de infecções por Staphylococcus aureus ▪ ORSA – precisa tratar com outro medicamento (vancomicina, etc) o Encontrado geralmente em pacientes hospitalizados ▪ Atualmente tem-se encontrado ORSA em pessoas na comunidade → preocupante • MRSA = Staphylococcus aureus resistente a meticilina o Sigla em extinção, porque não se usa mais esse antibiótico (meticilina) ▪ Todos os Staphylococcus são resistentes a esse medicamento! OBS: MRSA → É notável por produzir infecções graves em pacientes hospitalizados e previamente saudáveis. OBS: Até recentemente, o único antibiótico que permanecia uniformemente ativo contra os estafilococos era a vancomicina, a escolha terapêutica para as infecções causadas por estafilococos resistentes à meticilina → Infelizmente, já foram encontradas cepas e S. aureus com duas formas de resistência à vancomicina! PREVENÇÃO E CONTROLE - Fontes de contaminação: o Lesões humanas; o Fômites; o Vias aéreas; o Pele; o Hospitais Enterobacteriaceae (Escherichia coli e KPC) Introdução o Maior e mais heterogêneo conjunto de bastonetes gram negativos de importância clinica o Cinquenta gêneros e 150 espécies/subespécies o 20 especies: mais ou menos 95% das infecções o Bactérias fermentadoras: impacto intestinal, inflamativo→ cada espécie é diferente, cada uma pode fermentar certos açucares diferentes o Microorganismos ubiquitários (solo, água e vegetação; parte da microbiota intestinal da maioria dos animais e humanos); o Doenças clínicas: trato respiratório, gastrointestinal e urinário; sangue e SNC. TAXONOMIA Obs: pseudomonas→Sua diferença é que é não fermentadora FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE o Patógeno primário: chega e causa a doença. (ex: shigella) o Patógeno oportunista: se forem alocadas em locais estranhos causam doença. (ex: Proteus) - Escherichia coli→ pode ser primário ou oportunista, depende do seu subtipo (por exemplo alguns carreiam virulência, outros não) - Salmonella: existem patogênicas (como a febre tifóide) e outras não. Estrutura antigênica Lipopolissacaridio o Endotoxina o Cerne o Antígeno O 1. Antígeno O-antigeno somático: polissacarídeo do LPS, que é resistente ao calor e ao álcool 2. Antígenos K (capsular ou Vi (Salmonella spp.): são externos ao AgO em algumas bactérias entéricas. o São associados a virulência da bactéria o As linhagens de E.coli produtoras de K1estão associadas à meningite neonatal. o Pode bloquear ação anticorposantígeno O→ ferver 15 minutos→ destrói Ag k 3. Antígenos H: Estrutura no flagelo que são desnaturados ou removidos por calor ou álcool o Ex: O157H7→ estrutura patogênica (antígeno O e antígeno H, este ultimo é do flagelo) FATORES DE VIRULÊNCIA - Endotoxina – bactérias Gram Negativa – componente lipídico do LPS. Manifestações: o Ativação do complemento o Liberação de citocinas o Leucocitose o Trombocitopenia o Coagulação intravascular disseminada o Febre, choque e morte... - Cápsula - Variação de fase antigênica o Alternar a expressão (produção) de antígenos→ burlando do sistema imune - Captação de fatores de crescimento o Ex: Siderófilos (captação de ferro) - Sistema de secreção tipo III o Alteração do citoesqueleto “abraçando a bactéria” e permitir a entrada da bactéria→ tipo de secreção tipo 3; fugindo de fagócitos ESCHERICHIA COLI Fisiologia e Estrutura o Bastonetes gram-negativos o Aeróbicos (anaeróbicos facultativos) o Necessidades nutricionais simples; fermentadores→identificação (pelo fato dela fermentar) Fatores de virulência - Endotoxina e exocitocina; adesinas (permite a entrada) o Escherichia coli principal causador de infecção urinaria, por ter receptores de adesinas na bexiga, que á prende Epidemiologia o Habitantes do trato gastrointestinal→ ingfecçoes endógenas (infecção da própria pessoa) o Infecções exógenas→ não são causadas pela própria pessoa (“pegam de alguém”) Figura 1- Locais de infecções por membros da família Obs: Infecções hospitalares são consideradas endógenas, pois os pacientes enfraquecidos, as suas bactérias (do corpo) causam a doença Doenças clínicas ▪ ITU bacteriana; limitada à bexiga (cistite), podendo disseminar-se para rins (pielonefrite) ou próstata (E. coli uropatogênica). ▪ Infecções intra-abdominais, perfuração intestinal (sepse); ▪ Meningite neonatal (~1 mês); ▪ Gastroenterite: (E. coli diarreiogênicas) 5 patotipos principais: EPEC, ETEC, EHEC, EIEC e EAEC. - STEC: Bactéria se prolifera no intestino e atravessa o enterócito e cai na corrente sanguínea, vai para os rins e causa uma síndrome adenohemolítica (SHU)→AMPc joga água p/ fora. • A Shiga toxina (STX) pode destruir células do glomérulo renal→ insuficiência renal, trombocitopenia, anemia hemolítica e microangiopática - EAEC: ❖ Local de ação: Intestino delgado ❖ Patogênese: adesão agregativa de bastonetes (tijolos empilhados), com encurtamento das microvilosidades, hemorragia e redução da absorção de líquidos. ❖ Doença: diarréia infantil e do viajante: diarreia aquosa persistente com vômitos, desidratação e febre baixa→ a longo prazo leva quadro de desnutrição - EHEC: produz endotoxina que provica morte do eritrócito dando origem a dirreria com sangue (envolve sistema de secreção tipo III) - ETEC: diarreia aquosa (viajante) por produzir 2 tipos de enterotoxinas levando a um mecanismo tóxico de hipersecreção de água e eletrócitos→ pelo aumento de AMPc • Incubação: 1-2dias • Persitencia: 3-4 dias • Sintomas: cólica, náusea, vomito, semelhante a cólera - EIEC: invadem e destroem o enterócito, por um mecanismo invasivo, ocasionando uma diarreia aguda com sangue e pus→ evidência de inflamação intestinal (febre e leucócitos na fezes. Ex: O164; O124; O143) - EPEC: se aderem ao enterócito promovendo fusão das vilosidades→ formação de filamentos de actina polimerizada→ destruição do enterócito. (associado a diarreia do recém-nascido) DIAGNOSTICO LABORATORIAL Como os diferenciamos? • Microscopia- BGN • Fermentação de lactose • Hidrolise de ureia • Descarboxilação de aminoácidos • Meios de cultura: MacConkey e EMB Tratamento, prevenção e controle • Tratamento de sintomas • Terapia antimicrobiana; antibiograma • Condições higiênicas • Cozimento apropriado de alimentos Treponema Pallidum Introdução o Ordem Spirochaetales o Treponema mais comum o Delgadas (5-20nm) o Gram negativa o Não crescem em meios artificiais o Anaeróbicas e microerofilas (sem ou com O2) FISIOLOGIA E ESTRUTURA • Gram negativa • Espiroquetas finas e espiraladas (helicoidais) • Delgadas e compridas (0,1 a 0,5 x 5 a 20um) • Não é visualizada por Coloração Gram e Giemsa nem em microscopia óptica→Pois é muito fina e delgada • Não crescem em meios artificiais de cultivo→Cultivo em células (cobaias) não é realizado • Móvel → tem endoflagelos (flagelo periplasmático) • Flagelo na periferia do citoplasma → Encostado na MP (MI) OBS: Ele se locomove pelo seu próprio movimento, não dos flagelos externos, pois não os possui EPIDEMIOLOGIA Diversas lipoproteínas na membrana interna (citoplasmática), mas NÃO EXPOSTAS → ausência de antígenos espécie-específicos na superfície da membrana externa permite que a espiroqueta escape do sistema imunológico → ausência de imunidade duradoura ➢ Redução: Antibioticoterapia (1940) ➢ Aumento: Anticoncepcionais (1960), Sauna “gay” (1970), Prostituição relacionada a cocaína e crack (1990) - Exclusivo em humanos; sem hospedeiros conhecidos, ela tem maior probabilidade de ser eliminada no futuro - Sensível à ambientes secos e desinfetantes (não sobrevive)→ Não é transmitida pelo contato com objetos, como vaso sanitário Vias • IST (infecção sexualmente transmitida → forma horizontal) – rota mais comum! • Congênito (pela mãe para o feto → forma vertical) • Transfusão de sangue contaminado (depois de 1984/1985 as chances são mínimas) Risco de contrair a doença após 1 contato sexual = 30% (como IST) → varia conforme o estágio da doença (em fases iniciais é mais “infecciosa”) FASE INICIAL DA DOENÇA: grande quantidade de bactérias T. pallidum em lesões úmidas da pele ou de mucosas → aumento da infectividade Congênito: transmissível em qualquer fase da gravidez. DOENÇAS CLÍNICAS - Desenvolvimento dos quadros de sífilis SÍFILIS PRIMARIA • CANCRO DURO no local onde a bactéria penetra (a lesão ocorre após 10-90 dias)! • Lesão começa como uma pápula, mas depois vira úlcera indolor! • Pode acontecer do sistema imune eliminar a bactéria (raro) • Linfadenopatia indolor (aparece 1-2 semanas após cancro) = foco local para a proliferação de espiroquetas e disseminação no sangue • Cicatrização espontaneamente em 2 meses SÍFILIS SECUNDÁRIA • Evidências de doença disseminada com lesões cutâneas por toda a superfície do corpo • Dor na garganta, dor de cabeça, febre, mialgia, anorexia, lifoadenopatia exantema mucocutâneo generalizado e na palma da mão e planta do pé (→ isso que o diferencia do exantema viral) • Lesões altamente infecciosas, como o CANCRO • Cicatrização espontânea em semanas a meses → paciente pode sofrer remissão espontânea, entrar na fase de latência ou inativa da doença, ou progredir para a 3a fase (tardia) SÍFILIS TARDIA • 1/3 dos pacientes não tratados • Sintomas desenvolvem após períodoassintomático de anos ou décadas → inflamação difusa crônica → destruição de órgão ou tecido (demência, cegueira, arterite...) • Lesões granulomatosas (gomas) – ossos e pele • Neurossífilis (cérebro) → aumento em pacientes com AIDS (síndrome da imunodefic. adquirida) • Sífilis cardiovascular (coração) • Lesões nodulares • Má formação dentária Sífilis congênita • Infecção intra-uterina • Pode causar doença fetal grave → infecções latentes, malformações de vários órgãos e morte • Nascimento → rinite sifílica*, exantema cutâneo • Não tratados após nascimento → malformação de dentes e ossos, cegueira, surdez e dano cardiovascular DIAGNÓSTICO ➢ Amostra: microscopia (líquidos/lesão/ secreção) ➢ Sorologia= sangue Microscopia - Microscopia de campo escuro (só reflete luz se tiver bactéria) • Exame do exsudato das lesões cutâneas imediato do material clínico p/ ver espiroquetas móveis • Elas não sobrevivem ao transporte para o laboratório = limitação! • Diagnostico de sífilis primária, secundária ou congênita!- Imunofluorescência direta (luz ultravioleta que reflete na bactéria se ela tiver sido tratada anteriormente com ac fluorescentes) • Não precisa ser um exame imediato pois as espiroquetas inviáveis/mortas também são coradas e visualizadas! • Permite exame de material oral e retal (diferente da de campo escuro) SOROLOGIA detecção de anticorpos contra o treponema! o Teste não treponêmico – sem participação da bactéria ▪ Rápido e de baixo custo ▪ VDRL o Teste treponêmico – há participação da bactéria ▪ Mais caro ▪ FTA-ABS (teste confirmatório) VDRL – laboratório de pesquisa se doenças venéreas ▪ Teste de floculação – não treponêmico ▪ Falso positivo: geralmente para malária, hanseníase, sarampo, vacinação... ▪ Por isso, sempre que o resultado do VDRL dá positivo, ele é confirmado com outro resultado (do teste FTA- ABS) o Sensibilidade ▪ 80-85% - Primária ▪ 100% - Secundária ▪ 70-75% - Terciária/Tardia - Especificidade: varia de 98 a 99% o Mistura-se o soro do paciente com suspeita de contaminação + antígeno cardíaco bovino/cardiolipina (pequenos pedaços de antígeno de coração de boi) ▪ Antígeno reage com anticorpo reagina (IgM, IgG) → Floculação ▪ Quantitativo • FTA-ABS – teste de absorção de anticorpo treponêmico fluorescente o Teste treponêmico o Utiliza o T. pallidum como antígeno o Detecta anticorpos anti-T. pallidum o Imunofluorescência indireta o Compra uma lâmina impregnada com treponema morto → Joga o soro do paciente sobre a lâmina ▪ Se tiver anticorpo (paciente já foi infectado) – liga-se ao treponema ▪ Se não tiver anticorpo – não liga-se o Joga um anticorpo anti-anticorpo fluorescente – liga-se ao anticorpo do paciente ligado ao treponema ▪ O treponema fluorescente brilha “por tabela” → vê no microscópio de imunofluorescência! OBS: FTA-ABS fica positivo antes do teste VDRL, e também fica positivo por mais tempo que o VDRL → OBS: então, só faz o VDRL pois é mais barato, e então se der positivo confirma com o FTA-ABS! TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE - Penicilina G • o 1 dose = fases iniciais 3 doses = tardia e congênita • o OBS: Grávidas e em Neurossífilis (não é tóxica para o feto) ➔ Tetraciclina e Doxiciclina – alternativa aos alérgicos à penicilina! ➔ PREVENÇÃO E CONTROLE: Sexo seguro, terapia adequada, pré-natal ➔ Não existe vacina disponível Klebsiella spp • Presença de capsula→ aspecto mucoide • Gêneros: K. pneumoniae (mais comum) e K. oxytoca • Patologias relacioanadas: pneumonia (comunitária ou hospitalar) e Infecçoes em feridas, em tecidos e ITU O DESAFIO DAS BACTÉRIAS RESISTENTES- KPC • Klebsiella pneumoniae carbapenemase • Carbapenemase→ quebra os carbapenemicos (classe de medicamentos) • Multirresistentes: resistente a múltiplos fármacos • Produzir por enterobactérias (E.coli, Enterobacter cloacae, citrobacter freundii, salmonella spp, pseudomonas spp). • Carbapenemicos: meropenem • Betalactamicos • Dificuldade no tratamento→ mortalidade • Gene da kpc presente em plasmidios→ disseminação/ trocado entre as bactérias • Transmissão: contato Opções terapêuticas: • Polimixina B • Tigeciclina (baixa concentração urinaria) • Aminoglicoídios (amicacina, gentaminica, trobamicina) Avaliar possibilidade de politerapia Perspectivas: droga inibidora de KPC+ Antimicrobiano Controle: desinfecção do ambiente, instrumento, e mãos, isolamento, identificação laboratorial→ terapia adequada Obs: guardar as siglas Genero Neisseria INTRODUÇÃO • Gonorreia e meningite meningocócica • Neisseria gonorrhoeae (gonococo) • Neisseria meningitidis (meningococo) Morfologia e Identificação • Coco Gram negativa aos pares • Aeróbias • Colonias mucoides, brilhantes, transparentes ou opacas, não pigmentadas ou não hemolíticas • Capnofilicas: afinidade por gas carbônico • Fastidiosas→ exigente nutritivamente Obs: ágar chocolate→ ágar com 5% de sangue lisado NEISSERIA MENINGITIDIS- MENINGOCOCO • Coco gram negativo • Diplococos • Aeróbia • Capsular→ (existem apenas 13 capsulas imunogênicas) o As vacinas atacam a cápsula baseado nos antígenos capsulares • 13 sorogrupos (polissacarídios capsulares) • Mais importantes (A, B, C, Y e W135)→ c é o mais patogênico Obs: a memoria é contra a cápsula Epidemiologia • no Brasil, as crianças são geralmente vacinadas contra o sorotipo C que é de maior incidência! • é uma bactéria extremamente patogênica e virulenta! FATORES DE VIRULÊNCIA • Capsula polissacaridica; envolve microrganismo e protege ele contra a resposta imune! • Por (porina)= evita fusão fagossomo X lisossomo • Opa= fixação/ adesão • Rmp= formação de poros- associados a Por • LOS (lipo-oligossacaridio) – endotoxina, PRINCIPAL fator de virulência associado o LPS (lipo-polissacarido): diferença somente na parte do açúcar e também a neisseria meningitidis produz MUITO LOS→ formando até vesículas, consequentemente produzindo muito lipídio A, tornando a resposta imunológica mais intensa • Pili= fixação, troca genética, resistência a fagócitos • Fbp= proteina de ligação de ferro→ rouba o ferro; • IgA protease • Variação de fase antigênica • Plasmidio “F” PATOGENIA/ PATOLOGIA • Únicos hospedeiros naturais→ humanos • Porta de entrada→ nasofaringe • Pode compor a microbiota transitória (1-40% da pop) Transmissão oral: Nasofaringe→ corrente sanguínea e depois SNC Entra fica um tempo, cria memoria imunológica e depois é expulsa (pela própria memoria imunológica)! - Meningococcemia: casos mais graves • Infecção sistêmica (pela disseminação da bactéria na corrente sanguínea), além de nas meninges (meningite)! • Febre alta e exantema hemorrágico • Pode ocorrer coagulação intravasculae disseminada e colapso circulatório OBS: Meningococcemia → meningococos nos capilares → libera endotoxinas → citocinas (TNF) → causa lesão nos vasos = petéquias (exantemas) - Meningite: complicação mais comum da meningococcemia • Meninges inflamadas! • Geralmente repetina: cefaleia intensa, vômitos e rigidez na nuca→ coma em poucas horas • Taxa de mortalidade o ~100% (não tratados) o ▪<10% (entre os tratados) EPIDEMIOLOGIA, PREVENÇÃO E CONTROLE Microbiota normal: 5 a 30% da população • Ocorre em surtos epidêmicos (acampamentos militares, peregrinos...) • Taxa de portadores durante epidemia: 70 a 80% o Cria memória imunológica, mesmo sem apresentar os sintomas! • Isolamento do doente pode ser indicado, mas outros também são portadores o Transmitida em lugares aglomerados principalmente! • Uso de vacinas: indicado para militares e em casos de epidemias Diagnostico laboratorial Amostras • o Líquor – meningite o ▪ Turvo, com muitos leucócitos, hemácias e pouca glicose o ▪ Pressao intracraniana aumentada • Sangue: meningococcemia • Swab nasal: pesquisa de portadores • Petéquias/punção: esfregaço ou cultura para confirmar a presença do microrganismo na região! • Bacterioscopia o Líquor centrifugado → microscopia o o Petéquias Cultivo • Capnofíico – 37° C • o Transporte imediato → cultivo • o Hemocultivo ou • o Ágar Thayer-Martin (chocolate) o Adicionaram antibióticos ao ágar chocolate, permitindo o crescimento da bactéria! Identificação: 48h → realizar Gram, oxidase, fermentação de carboidratos ou aglutinação de soro Detecção de antigenos: Menos sensível que bacterioscopia Pesquisa de ácido nucleico→Alta sensibilida (S) e especificidade (E) IMUNIDADE - Presença de anticorpos específicos • 1. Infecções subclínicas • 2. Vacinação - Vacinação • o A, C, Y, W135 → clínicas particulares e é caro • o B → particular e é mais caro ainda • o C → SUS disponibiliza TRATAMENTO • Penicilina G • Para alérgicos a penicilina → cloranfenicol ou cefalosporinas de terceira geração (cefotaxima ou • ceftriaxona)
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