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Níveis de Prevenção Fatores de Risco Cardiovascular: Os fatores de risco são divididos em modificáveis e não modificáveis Medidas populacionais: é melhor pensar em medidas para a população como um todo, por exemplo, aumentar o valor do cigarro para que as pessoas consumam menos. Isso vale também para rótulos, adicionar descrições ou informações que chame atenção das pessoas para fazer com que elas diminuam o consumo Sobre o Atendimento: Anamnese deve ser feita de maneira bem completa, buscando históricos de doença cardiovascular, hábitos de vida É importante revisar o prontuário do paciente Realizar o exame físico e exames complementares se necessário Avaliação da prescrição Se já houver doença cardiovascular (DCV) estabelecida como (IAM, AVC, angina) – atentar-se para o maior risco de um novo evento Além disso pode haver necessidade de prevenção secundaria (maioria dos casos) Risco Cardiovascular: ➢ O risco cardiovascular é de natureza multifatorial, então, deve-se considerar os fatores de risco em conjunto ➢ Algumas ferramentas de apoio podem ser necessárias, como: Calculadoras (construídas com base populacional de outros países (EUA/Europa), uma das fragilidades dessa ferramenta O resultado estima o risco a partir de populações com características semelhantes. E esse resultado vai apresentar o risco cardiovascular de toda essa população estudada durante o período de 10 anos *Na população a partir da qual está calculadora de risco foi construída, pessoas com as mesmas características tiveram um risco durante esse período de tempo de vir a ter um evento cardiovascular em x% Exame físico: realizar aferição de PA, índice de massa corporal, circunferência abdominal (masculina <102 e feminina <88cm), palpação de pulsos, avaliação neurológica e motora (sequela de AVC); exame cardíaco e pulmonar Exames complementares: perfil lipídico (colesterol), acido úrico, creatinina, glicemia de jejum, Medidas de Prevenção Primária: Terapia medicamentosa (AAS e estatinas) Aula 12 - IESC Prevenção para Doenças Cardiovasculares Medidas de Prevenção Secundária: Mudanças no estilo de vida ➢ Pós IAM = AAS + clepidogrel (se stent/estatina/IECA/betabloqueadores) ➢ Pós AVC/IAT: estatina/AAS ➢ Acompanhamento APS + especialidade Caso Clínico: Homem de 56 anos vai a sua clínica pela primeira vez. Há sete anos, no exame de saúde no trabalho, teve diagnóstico de hipertensão e de hipercolesterolemia. Na ocasião, consultou um médico que prescreveu um diurético e o aconselhou a perder algum peso com dieta e exercícios. Desde aquela época, o paciente não procurou atendimento médico. Durante os últimos dois meses, tem cefaleia ocasional, que atribui à tensão no trabalho. Nega dor torácica, falta de ar, dispneia de esforço. Fuma um maço de cigarros por dia desde os 15 anos de idade. Normalmente, bebe dois copos de vinho no jantar. O paciente é obeso, você calcula seu índice de massa corporal (IMC) em 30 kg/m2. A pressão arterial no braço direito é de 168/98 mmHg e de 170/94 mmHg no braço esquerdo. A pressão arterial não se altera com mudanças de posição. A frequência cardíaca é de 84 bpm. Não tem aumento de tireoide ou linfadenopatia. O exame do fundo de olho mostra estreitamento de artérias, cruzamento arteriovenoso patológico e hemorragias em chama de vela com exsudatos algodonosos. O exame dos pulmões e do abdome é normal. Qual o próximo passo? Solicitar exames de sangue, ECG, instruir para a cessação do tabagismo Exames de Laboratorio Lab (20/03/2022) • HB: 15,7 • HT: 47 • Leucócitos: 6500 - 0% bastões • Plaquetas: 178.000 • Glicose jejum: 116 • Colesterol total: 397 • HDL: 28 • Triglicerídeos: 599 • Creat: 1,1 Qual o risco do paciente? >30% pois de acordo com a tabela a pontuação dee é >18