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APOSTILA_DE_GUINDASTE

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OPERADOR DE GUINDASTE
caderno do aluno
 
 
 
 
 
Unidade Operacional Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
Caderno do Aluno 
 
 
 
 
 
 
OPERADOR DE GUINDASTE 
 
Modalidade Presencial 
 
04/2011 
 
Fale com o SEST/SENAT 
0800.7282891 
www.sestsenat.org.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração: Prof. Erik Cabrini Abrão 
 Curso para capacitação de Operadores de Guindastes de acordo com a 
determinação da Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 e Norma Regulamentadora 11. 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Meios de elevação, como Guindastes, facilitam a movimentação de cargas. Através deles podemos 
reduzir muito nosso trabalho braçal. Porém, deveremos usar mais a cabeça, para que não ocorram riscos. 
Este passo é o nosso objetivo maior, a realização de um treinamento que venha orientar o operador 
quanto ao manuseio de elevação e movimentação de cargas dentro dos conceitos de segurança 
operacional. 
Como resultado do presente treinamento, buscamos aperfeiçoar tecnicamente o profissional 
responsável pela operação de Guindaste, oferecendo assim, uma qualidade sempre maior no serviço 
apresentado. 
Desta forma o SEST/SENAT criou este programa de treinamento que objetiva capacitar e reciclar 
profissionais de acordo com o que determina a Portaria 3214 de 08/06/1978 e a NR-11. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRADE DO CONTEÚDO 
 
Unidades Carga Horária 
Capacitação de Operadores de Guindaste 40 h/a 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
ÍNDICE 
 
 
Unidade 1 – História dos Guindastes......................................................................... 7 
 
Unidade 2 – Norma Regulamentadora 11 ................................................................. 13 
 
Unidade 3 – AET – Autorização Especial de Trânsito.................................................. 17 
 
Unidade 4 – Tipos de Guindastes .............................................................................. 21 
 
Unidade 5 – Partes e Componentes de Guindastes.................................................... 31 
 
Unidade 6 – Inspeção Pré-Operacional do Guindaste................................................. 55 
 
Unidade 7 – Estabilização ou Patolamento................................................................ 61 
 
Unidade 8 – Tabela de Carga..................................................................................... 65 
 
Unidade 9 – Acessórios de Içamento e Movimentação.............................................. 81 
 
Unidade 10 – Regras de Segurança na Movimentação............................................... 89 
 
Unidade 11 – Unidades de Medida............................................................................ 97 
 
Unidade 12 – Estudo de Rigging................................................................................. 101 
 
Unidade 13 – Sinalização NBR 11436......................................................................... 107 
 
Unidade 14 – Atendimento ao Cliente....................................................................... 111 
 
Bibliografia............................................................................................................... 114 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 UNIDADE 
HISTÓRIA DOS GUINDASTES 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta primeira unidade apresentaremos alguns aspectos históricos 
dos guindastes e algumas características construtivas que tornaram esses 
equipamentos o que eles são atualmente, e essenciais para movimentação 
de carga em portos, na construção civil, armazéns, dentre outros locais. 
Com isso, serão identificadas algumas características específicas desse 
equipamento, que apresenta importante participação na movimentação 
de cargas dentro das cadeias logísticas. 
 
OBJETIVOS 
 
Os objetivos desta unidade são: 
 
• Apresentar aspectos históricos dos guindastes; 
 
• Mostrar alguns aspectos construtivos importantes dos guindastes; 
 
• Conhecer alguns atributos básicos dos guindastes. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Os guindastes são equipamentos antigos, que surgiram em função 
da necessidade de deslocamento de grandes massas e em grandes alturas. 
Tais equipamentos tornaram-se imprescindíveis nas atividades atuais de 
movimentação de cargas, sejam em portos, armazéns, ou até mesmo na 
construção civil. Conhecer parte da história evolutiva desse equipamento 
permite identificar a importância que o mesmo teve e possui até hoje, 
bem como, entender o que ele se tornou na atualidade. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 O guindaste é provavelmente invenção grega ou romana, da qual 
não existem registros anteriores ao século I a.C. Os grandes monumentos 
de pedra anteriores a essa época - as pirâmides do Egito, por exemplo - 
foram edificados sem auxílio de nenhum mecanismo de suspensão. 
 
 A maior parte do conhecimento sobre os guindastes antigos vem dos 
escritos do arquiteto romano Vitrúvio (século I a.C.) e de Héron de 
Alexandria (século I d.C.). O mais simples dos guindastes descritos 
compunha-se apenas de uma única estaca fincada no chão, que era 
erguida e sustentada por um par de cabos amarrados em sua extremidade 
superior. Em seu topo, prendia-se a roldana por onde corria a corda 
utilizada para suspender os materiais. Essa corda era normalmente 
operada por um molinete fixo num dos lados da estaca, junto à base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Os guindastes romanos apresentavam sérias limitações. Apesar de a 
carga poder ser levantada verticalmente, o ângulo em que ela podia girar, à 
direita ou à esquerda, sem o guindaste se desequilibrar, era muito restrito. 
Além disso, só poderia ser erguida até a altura das estacas. Outro problema 
era a imobilidade do equipamento, que precisava ser desmontado a cada 
etapa da construção. Os construtores medievais conseguiram superar a 
maioria desses problemas. 
 A força humana - utilizada para fazer funcionar o molinete - 
permaneceu insubstituível até o advento das máquinas a vapor. 
 O funcionamento de um guindaste depende de uma relação 
matemática entre a força utilizável no cabo de aço e o ângulo em que se 
encontra o material a ser erguido. 
 
 
 
 A segurança de toda a operação, bem como a capacidade da máquina, 
subordinam-se sempre a essa relação matemática. 
 Os primeiros registros de uso de guindastes remontam do século I ou II 
conforme mostra um relevo em pedra encontrado em um túmulo em Roma, 
datado deste período, onde se vê um guindaste sendo usado para construir 
um monumento. 
 
 Durante a Idade Média os guindastes foram utilizados para construir as 
grandes catedrais da Europa. Para isto os guindastes eram fixados no alto das 
paredes ou muralhas enquanto estas eram construídas. Para içar os materiais 
era utilizada a força de homens que giravam duas grandes rodas uma de 
cada lado do guindaste. 
 Os guindastes neste período também começaram a ser utilizados em 
alguns portos medievais. 
 
 Com uma ampla gama de aplicações para este tipo de equipamento, os 
guindastes acabaram adquirindo características especificas e sendo divididos 
em grupos especializados 
 
 O tipo mais comum de guindaste consiste em uma torre treliçada de 
aço ou em uma torre telescópica montada em uma plataforma móvel, quepode ser constituída de trilhos, rodas, acoplados a caminhões ou ainda sobre 
esteiras. A base da torre é articulada, e pode ser suspendida e abaixada por 
cabos ou ainda por cilindros hidráulicos. Um gancho no topo da torre é 
suspenso por cabos e polias. 
 
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 Os cabos são movimentados através de motores que operam com 
uma variedade de tipos de transmissões. Os motores podem ser a vapor, 
elétricos, ou ainda de combustão interna (IC). Enquanto que com relação à 
transmissão esta costuma ser à base de embreagens principalmente em 
equipamentos mais antigos. Recentemente este padrão começou a ser 
modificado com o uso de motores de combustão interna que permitem 
combinar a característica dos motores de vapor "torque máximo em 
velocidade zero" pela adição de um elemento hidráulico, criando com isso 
um bom controle de torque. As vantagens operacionais deste arranjo são 
conseguidas através do controle eletrônico de movimentação hidráulica. 
Alguns modelos de guindaste que utilizam esta tecnologia podem ser 
convertidos em guindastes de demolição adicionando-se uma esfera de 
demolição, ou em escavadeiras adicionando uma pá carregadeira, embora 
alguns detalhes de projeto possam vir a limitar sua eficácia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 UNIDADE 
NORMA REGULAMENTADORA 11 
NR-11 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nessa unidade do curso, serão apresentados os conceitos legais que 
envolvem a atividade de movimentação de carga utilizando Guindastes. 
 
OBJETIVOS 
 
 Os objetivos dessa unidade são: 
 
 - Apresentar a Norma Regulantadora NR-11. 
 
 - Identificar as responsabilidades e competências do 
 Profissional. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Ao longo dessa unidade vamos entender melhor sobre a função do 
Operador de Guindaste. Vale lembrar que essa função é fundamental para 
uma movimentação de carga de forma segura e com qualidade. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
NR- 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais 
 
11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriais e máquinas transportadoras. 
11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, 
solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias 
nos pavimentos. 
11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a 
abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos 
convenientes. 
11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais 
como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-
rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, 
transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de 
maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança 
e conservados em perfeitas condições de trabalho. 
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, 
roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, 
substituindo-se as suas partes defeituosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga 
máxima de trabalho permitida. 
11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal 
serão exigidas condições especiais de segurança. 
11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das 
mãos. 
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o 
operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o 
habilitará nessa função. 
11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão 
ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho 
portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar 
visível. 
11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a 
revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por 
conta do empregador. 
11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de 
advertência sonora (buzina). 
11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente 
inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, 
deverão ser imediatamente substituídas. 
11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, 
por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar 
concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. 
11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de 
máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo 
se providas de dispositivos neutralizadores adequados. 
CONCLUSÃO 
 
 Nessa unidade podemos ter uma visão ampla sobre as 
responsabilidades do Operador, da Empresa e do pessoal envolvido com a 
movimentação de carga com o uso de um Guindaste ou qualquer outro 
equipamento destinado a esse fim. 
 
 
 
 
 
 
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3 UNIDADE 
AET – AUTORIZAÇÃO 
ESPECIAL DE TRÂNSITO 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nessa primeira unidade do curso, serão apresentados os conceitos 
legais que envolvem o trânsito de Guindastes auto-propelidos em vias 
públicas 
 
OBJETIVOS 
 
 Os objetivos dessa unidade são: 
 
 - Apresentar a AET – Autorização Especial de Trânsito. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Ao longo dessa unidade vamos entender melhor a AET e conferir os 
requisitos para conduzir um Guindaste em vias públicas. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 Os guindastes auto-propelidos precisam portar uma AET para 
trafegar em vias públicas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, 
no artigo 101, e de acordo com a resolução 12/98 do CONTRAN, que 
dispões dos limites máximos de peso, altura, largura e comprimento dos 
ve€culos. 
 
 Importante lembrar que cada estado brasileiro possui normatização 
própria quando a circulação de guindastes em rodovias e vias urbanas. 
 
• Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no 
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites 
de peso e dimensões estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser 
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, 
autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para 
cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas 
necessárias. 
• § 1º A autorização será concedida mediante requerimento que 
especificará as características do veículo ou combinação de 
veículos e de carga, o percurso, a data e o horário do 
deslocamento inicial. 
• § 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade 
por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos 
causar à via ou a terceiros. 
• § 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá 
ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, 
autorização especial de trânsito, com prazo de seis meses, 
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Validade da AET 
6 meses - para guindastes com PBT < 45t 
3 meses - para guindastes com 45 < PBT < 60 
1 mês - para guindastes com PBT > 60t 
Batedores 
credenciados 
para guindastes com PBT > 60t 
Escolta policial para guindastes com PBT > 80t 
Laudo Técnico de 
Vistoria 
para guindastes com PBT > 60t 
Horário de Circulação Do amanhecer ao pôr do Sol 
Velocidade Máxima de 60Km/h 
• Para realização de trabalhos em vias públicas, é necessário 
autorização do orgão com circunscrição sobre a via, sinalização de 
segurança, orientação da polícia militar ou agentes de trânsito 
municipal. 
• Antes de atravessar sobre pontes, certifique-se de que ela suporta 
carga superior ao peso do guindaste. 
• Em passagens estreitas, certifique-se de que as dimensões externas 
do guindaste são menores que os alertas de “Largura Máxima e 
Altura Máxima”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 UNIDADE 
TIPOS DE GUINDASTES 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos 
diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além 
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da 
atividade de içamento e movimentação de carga. 
 
OBJETIVOS 
 
 - Apresentar alguns dos diferentes tipos de equipamentos utilizados 
como componentes auxiliares dos guindastes. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao 
processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na 
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade 
de todo o processo. Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer 
esses equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização 
a fim de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades. 
 
DESENVOLVIMENTO 
1 – GUINDASTES SOBRE TRILHOS 
 
 Os Guindaste sobre trilhos são utilizados em ferrovias para 
manutenção de locomotivas, remoção de equipamentos em caso de 
acidentes, trabalhos em túneis ferroviários, etc. 
 Também são bastante utilizados em portos, instalados em pórticos 
para transporte de cargas e conteiners. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 – GUINDASTES RT (ROUGH TERRAIN = TERRENO ACIDENTADO) 
 Os Guindastes RT são equipamentos projetados para trabalhar em 
terrenos acidentados. Possuem pneus tipo trator que se adaptam a muitas 
irregularidades dos terrenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O guindaste RT tem características próprias que o tornam bastante 
versáteis, pois: 
- Circulam em terrenos acidentados e sem pavimentação. Em termos 
técnicos, serve para operações fora-de-estrada (off-road). 
- Trabalham em áreas de acesso difícil, por que possui sistemas de 
direção hidráulica nas rodas dianteiras e traseiras: Realiza manobras 
em pequeno espaço. 
- Movimentam-se com carga suspensa no gancho. 
 Não podem circular em rodovias. 
 
 
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3 – GUINDASTES AT (ALL TERRAIN = TODO TERRENO) 
 
 Guindaste AT permitem acesso a diversas condições de terreno 
graças a sustentação dos eixos tandem pneumáticos. Em relação aos 
Guingastes Truck Crane, a diferença é que não se pode remover o sistema 
de içamento do veículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 – GUINDASTES TC (TRUCK CRANE = GUINDASTE CAMINHÃO) 
 
 Guindaste TC são montados sobre caminhões previamente 
preparados com reforços de chassi, suspensão e câmbio. 
 Utiliza-se a estrutura do chassi para montar a mesa do sistema de 
içamento e o sistema de patolamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 – GUINDASTES UNIVERSAL DE TORRE (TIPO GRUA) 
 Guindastes tipo grua são empregados principalmente na construção 
civil. São fixados sobre uma base normalmente de concreto armado para 
sustentação. Apesar de grande, em geral, possuem pequena capacidade de 
carga, mas grande rapidez e mobilidade na obra. 
 
 
 
 
 
 
 
6 – GUINDASTES SOBRE LAGARTA (ESTEIRA) 
 Guindastes sobre esteiras são os únicos tipos de guindastes que podem 
se locomover com a carga, mas mesmo com essa habilidade, na maioria das 
atividades devem estar devidamente patolados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 – GUIDASTE DE PLATAFORMA 
 
 Guindaste montado sobre plataforma marítima, empregado na 
construção naval e na indústria petrolífera para montagem de plataforma 
de extração de petróleo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 – GUINDASTES MARÍTIMO ou GUINDASTES FLUTUANTES 
 
 Guindastes marítimos ou flutuantes são empregados principalmente 
na indústria de construção civil para montagem de pontes. Mas também 
são empregados no auxílio a embarcações encalhadas ou recuperação de 
embarcações naufragadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 – GUINDASTES AIR-CRANE (AÉREO) 
 Guindastes air-crane são equipamentos guindastes projetados em 
helicópteros. São muito utilizados na montagem de torres, principalmente 
em locais de difícil acesso para guindastes TC ou AT. Alguns países utilizam 
para auxiliar no combate a incêndios florestais. 
 
 
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10 – GUINDASTE SOBRE TRILHOS SUSPENSOS (PONTE ROLANTE) 
 
 Guindastes montados sobre trilhos suspensos, conhecidos também 
como Pontes Rolantes, são equipamentos montados e fixados sobre as 
vigas de uma construção e são utilizados somente em trabalhos pré-
programados. Muito utilizados na indústria siderúrgica, metalúrgica, 
aeronáutica e outras que exijam a movimentação vertical e horizontal 
dentro do prédio. 
 
 São encontradas com operação em cabine ou controles de solo do 
tipo botoeiras, ligados por fio ou rádio-frequência. 
 
 
MARCAS DE GUINDASTES: 
 
- Americanas: American, Bantan, Clark, Gallion, Grove, Link-Belt, 
Manitowoc, National Crane, Pettibone, P&H, Terex. 
- Européias: Demag, Thyssen Krupp e Liebherr (alemãs), Luna (espanhola) 
e Palfinger (austríaca). 
- Brasileiras: Madal / Palfinger (Caxias do Sul-RS) 
- Chinesas: XCMG, Zoomlion, Sany Crane. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 UNIDADE 
PARTES E COMPONENTES 
DOS GUINDASTES 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta unidade do curso, você estudará aspectos referentes aos 
diferentes componentes básicos que fazem parte de um guindaste. Além 
disso, compreenderá as funções que os mesmos exercem dentro da 
atividade de içamento e movimentação de carga. 
 
OBJETIVOSO objetivo desta unidade é apresentar alguns dos diferentes tipos de 
equipamentos utilizados como componentes auxiliares dos guindastes. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O conjunto de equipamentos utilizados nos guindastes, no auxílio ao 
processo de içamento e movimentação de cargas pode influenciar na 
qualidade do serviço, na segurança da operação, bem como na agilidade 
de todo o processo. 
 Dessa forma, o operador de guindaste deve conhecer esses 
equipamentos, bem como a forma correta de instalação e utilização a fim 
de garantir maiores rendimentos na execução de suas atividades. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 Quando nos referimos as partes de um guindaste, temos que separar 
os componentes em: Componentes Universais e Componentes de 
Características. 
 
1 – COMPONENTES UNIVERSAIS 
 
 Os Componentes Universais são aqueles que todo guindaste possui, 
pois são de vital importância para seu funcionamento. 
 
• Cabos de aço; 
• Moitão e Bola-peso; 
• Polias ou Roldanas; 
• Lança; 
• Contra peso; 
• Guincho; 
• Outriggers ou Patolas 
• Tomada de Força 
• Engrenagem Rotex 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1 – CABOS DE AÇO 
1.1.1 – HISTÓRIA DOS CABOS DE AÇO 
 Os cabos assim como outras invenções, já eram conhecidos em tempos 
remotos, nas escavações feitas em Nínive, foram encontrados arames de 
ouro que por suas formas presume-se se tratar de cordões. 
Nas escavações de Pompéia, foi encontrado um cabo de Bronze de 4,5 
metros de comprimento, composto de três cordões de 19 fios. 
Na Índia e China, foram utilizados cabos primitivos de fibras vegetais, para 
cruzar rios, menciona-se ainda que 1500 anos a.C. os chineses já utilizavam 
cordões de arames. No ano de 1500, Leonardo da Vinci mencionou um 
monta-cargas de cabos de arames de ferro. Os arames pela primeira vez 
foram recozidos, com o objetivo de diminuir a dureza e trabalhar melhor a 
frio. Já no ano de 1644, os cabos são utilizados para levantamento de cargas 
nas construções de fortalezas. 
 
 Em 1818 na Alemanha, foram empregados cabos para levantar grandes 
cargas em trabalhos de mineração, doze anos depois na Inglaterra, iniciava-
se a fabricação de cabos de arames para exploração de minérios. Nessa 
época começa a evolução rápida dos cabos de arame. Na Alemanha foi 
utilizado com êxito em um poço de mina, um cabo com 18 mm de diâmetro, 
600 metros de comprimento, composto por 3 cordões de 4 arames, de 4,5 
mm de diâmetro, e com resistência de 40 Kgf/mm2. Já em 1840 aparecem os 
cabos de 6 cordões (pernas) com alma têxtil e também com torções 
definidas. Em 1854 o inglês James Horsfall, fabricou arames patenteados. O 
processo consiste em passar os arames em um forno de alta temperatura 
(1050 ºC aproximadamente) e esfriar rapidamente em banho de chumbo 
fundido (480 ºC aproximadamente). Este processo deu origem a uma 
estrutura cristalina especial, que permitiu trefilar bitolas finas, obtendo-se 
excelentes características de resistência e flexibilidade. 
 
 A forma primitiva de fabricação dos cabos em instalações de cablear a 
mão, impedia o seu rápido aperfeiçoamento, em 1860 na Alemanha aparecia 
a primeira cableadora mecânica, mas só em 1880 essas máquinas apareciam 
no mercado e a indústria de cabos iniciava sua fase de crescimento. 
A partir daí, utiliza-se cada vez mais arames de aço com resistência de 80, 
120, e 200 Kgf/mm2, podendo-se hoje produzir arames com até 300 Kgf/mm2 
que são utilizados nas indústrias aeronáuticas e de instrumentos musicais. 
Com a melhoria da qualidade dos arames, aumentou-se também a segurança 
dos cabos. 
 
 Uma das primeiras instalações de grande porte com cabos de aço para 
transporte de pessoas é o conhecido BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR da 
cidade do Rio de Janeiro, construído em 1913 e em funcionamento até hoje 
(sem acidentes). Mediante a utilização de cabos de aço, consegue-se 
instalações de pouco espaço com possibilidades de levantar grandes cargas 
de forma econômica. 
 
 
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 Como em outros ramos, uma guerra causou seu rápido 
desenvolvimento. Um dos maiores usos bélicos de cabos de aço ocorreu 
em 1919 durante a Primeira Guerra Mundial. Num esforço para conter 
ataques dos submarinos aos navios, foi decidida a colocação de 70.000 
minas no Mar do Norte, entre a Inglaterra e a Noruega, bloqueando com 
eficiência o acesso dos submarinos ao Oceano Atlântico. O campo minado 
teria um comprimento médio de 370 km (230 milhas) e uma largura média 
de 40 km (25 milhas). Termos como “impossível” e “idiota” foram 
liberalmente associados ao esquema. Apesar disso, o projeto foi aprovado 
e a indústria do cabo de aço foi convocada para entregar 24.300 km (80 
milhões de pés) para o projeto do Mar do Norte e mais de 61.000 km (200 
milhões de pés) para o esforço de guerra. Os novos cabos de alta 
resistência exigiram mais pesquisa e aumento de produção a valores 
recordes. Um novo processo chamado galvanização, foi aplicados nos 
cabos para auxiliá-los a suportar a ação do sal e as condições submarinas 
agressivas. 
 
1.1.2 – DEFINIÇÃO, CONSTITUIÇÃO E COMPOSIÇÃO 
 
 Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos entre si e estirados 
constituídos de três partes: arame, perna e alma. Os arames são esticados 
a frio e enrolados entre si formando as pernas. As pernas são enroladas 
em volta de um núcleo (alma) formando o cabo de aço. As pernas do cabo 
de aço podem ser fabricadas em uma, duas ou mais composições. 
Antigamente, as composições envolviam várias operações com arames de 
mesmo diâmetro, tais como: 1 + 6/12 (2 operações) ou 1 + 6/12/18 (3 
operações). Assim eram torcidos primeiramente 6 arames em volta de um 
arame central. Posteriormente, em nova passagem, o núcleo 1+6 era 
coberto com 12 arames. Essa nova camada tem por força um passo 
(distância em que o arame dá uma volta completa) diferente do passo do 
núcleo, ocasionando um cruzamento com arames internos, e o mesmo se 
repete com a cobertura dos 18 arames para a fabricação de pernas de 37 
arames. 
 Com o aperfeiçoamento das máquinas, foi possível fabricar cabos 
com uma única operação, sendo todas as camadas no mesmo passo. 
Assim surgiram as composições “Seale”, “Filler” e “Warrington”, formadas 
de arames de diferentes diâmetros. 
 
Composição SEALE: Possui pelo 
menos duas camadas adjacentes 
com o mesmo número de arames. 
Todos os arames de uma mesma 
camada possuem alta resistência 
ao desgaste, mas possuem 
diâmetros diferentes da camada 
adjacente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.3 – ALMAS 
 
 Exceto os cabos denominados “compactos”, que não possuem alma, os 
cabos de aço possuem diferentes tipos de almas, que servem para apoiar as 
pernas, evitando contato forçado entre elas quando o mesmo é tracionado 
ou tensionado. As almas podem ser de fibras (naturais ou artificiais) ou de 
aço. As almas de fibras em geral, dão maior flexibilidade ao cabo de aço, 
oferecem apoio macio as pernas, são mais leves e mais baratos. 
 Outra vantagem das almas de fibra é que normalmente o cabo é 
engraxado. Assim, quando o cabo trabalha, “aperta” a alma que solta parte 
da graxa e lubrifica o cabo de dentro pra fora. Almas de aço são usadas 
somente em locais de temperatura eleva, cabos estáticos ou se o projeto de 
movimentação assim o exigir. 
 
 
 
Composição FILLER: Possui arames 
principaise arames finos que 
servem de preenchimento para 
melhor acomodação dos outros 
arames. Os arames de enchimento 
não estão sujeitos as 
especificações que os arames 
principais devem satisfazer. Tem 
boa resistência ao desgaste e a 
fadiga e alta resistência ao 
amassamentos. 
 
 
 
Composição WARRINGTON: 
Possui pelo menos uma camada de 
arames de dois diâmetros 
diferentes e alternados. Possui boa 
resistência ao desgaste e boa 
resistência a fadiga. 
 
 
 
 
 
Composição Warrington-Seale: 
Possui as principais características 
da composição Warrington e da 
composição Seale, proporcio-
nando ao cabo alta resistência a 
abrasão (desgaste por atrito) 
conjugado com alta resistência à 
fadiga de flexão. 
 
 
 
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- ALMAS DE FIBRAS NATURAIS (AF): Podem ser de sisal (cânhamo), 
algodão, rami ou juta. A grande maioria dos cabos de aço é fabricada com 
sisal, que é 100% brasileiro e mostrou-se mais firme, duradouro e 
absorvente que as outras fibras. 
 
- ALMAS DE FIBRAS ARTIFICIAIS (AFA): podem ser de polipropileno (PP), 
polietileno (PE), nylon (PA) e raramente de poliéster. Por serem mais 
caras, as almas de fibras artificiais são usadas somente em cabos finos. 
 
- ALMA DE AÇO (AA): Almas AA são formadas por uma perna de cabo, 
garantem maior resistência ao amassamento e aumenta a resistência à 
tração em cerca de 7%. 
 
- ALMA DE AÇO COM CABO INDEPENDENTE (AACI): são formadas por 
outro cabo de aço independente, o que dá ao cabo de aço maior 
flexibilidade e alta resistência. 
 
1.1.4 – TORÇÃO 
 
 Os arames, para virarem cabo, têm que ser torcidos em máquinas 
especiais chamadas torcedeiras ou cableadoras. Dependendo do lado que 
se deixa as máquinas girarem, as pernas saem à esquerda ou à direita. 
 Os cabos de aço, por padrão, possuem torção sempre à Direita (Z). 
Somente se usa torção à esquerda (S) em pares com cabos à direita em 
guindaste que precisam de grandes lances de cabos ou em equipamentos 
de perfuração de poços artesianos ou exploração de petróleo. As torções 
podem ser Regular ou Lang. 
 
- TORÇÃO REGULAR: os cabos de torção regular ou cruzada têm os arames 
torcidos para um lado e as pernas para outro. 
 
- TORÇÃO LANG: os cabos de torção Lang têm os arames e as pernas 
torcidos para o mesmo lado. 
 
 
Carga de Ruptura ou Ponto de Ruptura: tensão 
máxima a que um cabo pode ser submetido até que 
haja o rompimento do cabo. 
 
Passo: distância que um arame ou perna percorre 
até chegar ao mesmo lugar na circunferência. Os 
cabos de passos largos têm maior ponto de ruptura. 
Já os cabos de passos curtos têm menor ponto de 
ruptura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.5 – ACABAMENTO 
 
 Os cabos podem ser polidos, galvanizados (zinco) ou inoxidável. Os 
cabos polidos necessitam ser engraxados com certa frequência a fim de se 
evitar a oxidação. 
 
 Vantagens do engraxamento: 
 
 - Minimizar o desgaste 
 - Reduzir o atrito 
 - Minimizar o acúmulo de poeira 
 - Impedir a oxidação 
 - Absorver o calor gerado pelo atrito 
 - Melhorar a transmissão de potência. 
 
 
1.1.7 – FATOR DE SEGURANÇA 
 
 O uso de fatores de segurança (FS) permite que se tenha garantia de 
dispor da capacidade adequada ao serviço a ser feito, durante toda a vida do 
cabo. Os critérios para o estabelecimento dos fatores de segurança 
envolvem o tipo de serviço, o projeto do equipamento e as consequências da 
falha. 
 
APLICAÇÕES 
FATORES DE 
SEGURANÇA 
CABOS E CORDOALHAS ESTÁTICAS 3 A 4 
CABO PARA TRAÇÃO NO SENTIDO 
HORIZONTAL 
4 A 5 
GUINCHOS, GUINDASTES, ESCAVADEIRAS 5 
PONTES ROLANTES 6 A 8 
TALHAS ELÉTRICAS E OUTRAS 7 
GUINDASTES ESTACIONÁRIOS 6 A 8 
LAÇOS 5 A 6 
ELEVADORES DE OBRA 8 A 10 
ELEVADORES DE PASSAGEIROS 12 
 
1.1.7 – DIÂMETRO 
 
 Para dimensionarmos qual deve ser o diâmetro do cabo de aço para 
transportar uma determinada carga devemos sempre utilizar o fator de 
segurança da tabela acima em função do seu tipo de serviço. 
 
 
 
 
 
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Diâmetro Peso em Kg por Metro Linear Cargas de Ruptura - Resistência 
180/200 Kg/mm² (I.P.S) em KGF 
6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 6x7 6x19 / 6x25 / 6x41 
Polegada mm 
AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI AF / AFA AA / AACI 
1/16" 1,60 0,012 0,013 176 190 
5/64" 2,00 0,014 0,015 240 259 
3/32" 2,40 0,019 0,021 340 365 
1/8" 3,20 0,034 0,037 0,039 0,043 600 646 620 660 
5/32" 4,00 0,055 0,061 959 1040 
3/16" 4,80 0,078 0,086 0,088 0,097 1347 1449 1398 1500 
1/4" 6,40 0,140 0,154 0,156 0,172 2388 2571 2480 2663 
5/16" 8,00 0,221 0,244 0,244 0,268 3837 4153 3867 4153 
3/8" 9,50 0,310 0,341 0,351 0,390 5316 5714 5531 5949 
7/16" 11,50 0,430 0,473 0,780 0,520 7194 7735 7510 8061 
1/2" 13,00 0,570 0,627 0,630 0,680 9347 10051 9714 10408 
9/16" 14,50 0,710 0,781 0,790 0,880 11837 12755 12245 13163 
5/8" 16,00 0,880 0,968 0,980 1,071 14388 15510 15204 16224 
3/4" 19,00 1,250 1,380 1,410 1,548 20612 22143 21633 23265 
7/8" 22,00 1,919 2,113 29184 31428 
1" 26,00 2,500 2,753 37959 40714 
1.1/8" 29,00 3,170 3,480 47755 51326 
1.1/4" 32,00 3,913 4,300 58673 62959 
 
Exemplo: para se transportar uma carga de 1000Kg, utilizaremos as duas 
tabelas para determinar o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado. 
A fórmula é simples: Carga Real = Carga X Fator de Segurança. Então: 
 
Carga Real = 1000Kg X 5, onde 1000kg é o peso da carga e 5 é o fator de 
segurança para guindastes. 
Carga Real = 5000Kg. 
 
 Na Tabela de Diâmetros acima, vemos que o cabo que atende 
melhor as especificações para um guindaste é o cabo de 3/8”, pois possui 
a carga de ruptura de 5531Kg, ou seja, acima da carga real que precisamos 
transportar. 
 
1.1.8 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO 
 
Material do fio 
Resistência à 
tração (N/mm2) 
Resistência à 
tração (Kgf/mm2) 
Aço comum (iron) 600 61,2 
Aço para tração (traction Steel) 1200 a 1400 122 a 142 
Aço M.P.S. ( Mild Plow Steel = aço 
arado leve) 
1400 a 1600 142 a 163 
Aço P.S. (Plow Steel = aço leve) 1600 a 1800 163 a 183 
Aço I.P.S. (Improved Plow Steel = 
aço leve melhorado) 
1800 a 2000 183 a 203 
Aço E.I.P.S. (Extra I.P.S.) 2000 a 2300 203 a 234 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.1.8 – CLASSIFICAÇÕES 
 
Aplicação Cabo ideal 
Pontes rolantes 
6 x 41 Warrington Seale + AF (cargas frias) ou AACI 
(cargas quentes), torção regular, performado, IPS, polido 
Monta-carga 
(guincho de obra) 
6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido 
Perfuração por 
percussão 
6 x 19 Seale + AFA (alma de fibra artificial), torção regular 
à esquerda, IPS, polido 
Cabo trator 
teleférico 
6 x 19 Seale + AF, torção lang, IPS, polido 
Elevadores de 
passageiros 
8 x 19 Seale + AF, torção regular, traction steel, polido 
Pesca 
6 x 19 Seale + AFA e 6 x 7 + AFA, torção regular, 
galvanizado, IPS 
Guindastes e 
gruas 
6 x 25 Filler + AACI ou 19 x 7, torção regular, EIPS, polido 
Laços para uso 
geral 
6 x 25 Filler + AF ou AACI, ou 6 x 41 Warrington Seale + 
AF ou AACI, polido 
Bate-estacas 6 x 25 Filler + AACI, torção regular, EIPS, polido 
 
 
1.1.8 – INSPEÇÃO 
 
 Os cabos de aço quando em serviço, devem ser inspecionados 
periodicamente, a fim de que a sua substituiçãoseja determinada sem que 
seu estado chegue a apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma 
inspeção correta, compreende algumas observações. 
 
� Número de arames rompidos: Deve - se notar o número de arames 
rompidos em 1 passo ou em 5 passos do cabo. Observar se as rupturas estão 
distribuídas uniformemente ou se estão concentradas em uma ou duas 
pernas apenas. Neste caso há o perigo dessas pernas se romperem antes do 
cabo. É importante também observar a "localização das rupturas, se são 
externas, internas ou no contato entre as pernas. 
 
 
 
 
 
LIMITES DE FIOS PARTIDOS 1 PASSO 1 PERNA 
CABOS DE USO GERAL 6 FIOS 2 FIOS 
CABOS ESTÁTICOS 3 FIOS 2 FIOS 
 
 
 
 
 
 
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� Arames gastos por abrasão: Mesmo que os arames não cheguem a se 
romper, podem atingir um ponto de desgaste tal, que diminua 
consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de aço, tornando 
seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por abrasão 
não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem 
arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios 
externos e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar 
periodicamente o coeficiente de segurança, para que este não atinja um 
mínimo perigoso. 
 
 
 
 
 
 
 
DIÂMETRO DO CABO 
REDUÇÃO MÁXIMA ADMISSÍVEL 
EM RELAÇÃO AO DIÂMETRO DO 
CABO 
Até 8 mm (5/16”) 0,4 mm 
Acima de 8 mm até 13 mm (1/2”) 0,8 mm 
Acima de 13 mm até 19mm (3/4") 1,2 mm 
Acima de 19 até 29 mm (1.1/8”) 1,6 mm 
Acima de 29 mm até 38 mm 
(1.1/2”) 
2,4 mm 
 
 
� Corrosão: Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o 
cabo de aço não está sofrendo corrosão. É conveniente também uma 
verificação do diâmetro do cabo em toda sua extensão, para investigar 
qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta redução pode ser devida à 
decomposição da alma de fibra por ter secado e deteriorado, mostrando 
que não há mais lubrificação interna no cabo, e consequentemente 
poderá existir também uma corrosão interna no mesmo. A corrosão 
interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que se 
manifeste exteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ERRADO CERTO 
 
� Maus tratos e nós:
 Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para 
verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo 
que possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo, 
principalmente às fixações. 
 
 
 
 
 
1.2 – MOITÃO OU GATO e BOLA-PESO 
 Moitão é uma caixa de roldanas fixadas com o cabo de aço, ligadas por 
um eixo onde o gancho é fixado. O Gancho pó girar 360º ou ser fixado 
através de um pino antigiro. O pino antigiro só deve ser usado quando a 
carga possuir um sistema que não a permita girar, caso contrário, se a carga 
girar, girará também os cabos de aço. O Gancho também possui uma 
lingueta que impede as alças das lingadas de se soltarem durante o içamento 
e o transporte da carga. Quando maior a capacidade do moitão, maior será a 
quantidade de roldanas. Bola-peso, também denominada de moitão 
secundário, a bola peso possui uma esfera metálica que trabalha como peso 
na linha auxiliar, criando uma tensão no cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MOITÃO DUPLO MOITÃO TRIPLO BOLA-PESO 
 
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1.3 – POLIAS OU ROLDANAS 
 Polia ou roldana , consta de um disco que pode girar em torno de um 
eixo que passa por seu centro. Além disso, na periferia desse disco existe 
um sulco, denominado gola, dentro da qual trabalha um cabo de aço de 
transmissão de movimento. As polias, quanto ao modo de operação, 
classificam-se em fixas e móveis. Nas fixas (ponta da lança) os mancais de 
seus eixos permanecem em repouso em relação ao suporte onde foram 
fixados. Nas móveis (moitão) tais mancais se movimentam juntamente 
com a carga que está sendo deslocada pela máquina. Na polia fixa a 
potência P é igual à resistência Q. Na polia móvel a potência P é a metade 
da resistência Q. Numa associação de n roldanas móveis, a potência será 
igual a (Q/2)xn . Um conjunto de roldanas ou polias associadas a uma 
mesma peça e girando independentemente constitui um cadernal. 
 
Imagine que você tenha um peso total de 45 kg suspenso por uma corda, 
como mostrado abaixo: 
 
 
 
 
Na figura ao lado, para suspender este peso é preciso 
aplicar uma força dirigida para cima de 45 kg na corda. 
Se esta corda tiver 30 metros (cerca de 100 pés) de 
comprimento e o seu objetivo for levantar este peso 
até uma altura de 30 metros, será preciso puxar a 
corda até esta altura. Isso é bastante simples e óbvio. 
Agora, imagine que você acrescente uma polia ao 
conjunto: 
 
 
 
 
Isso muda alguma coisa? Na verdade, não. A 
única mudança é a direção da força necessária 
para que o peso seja levantado. Ainda será 
necessário aplicar 45 kg de força para manter 
esse peso erguido e puxar os 30 metros da 
corda para alcançar essa mesma altura. 
 
 
 
 
 
 
 
A próxima figura mostra como ficaria a disposição após a adição de uma 
segunda polia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Essa nova disposição provoca mudanças significativas. Como você pode 
ver, o peso agora está suspenso por 2 polias. Com isso, o peso total é 
dividido entre elas, ou seja, cada uma delas suporta apenas metade do peso 
total, ou 22,75 kg. Nesse caso, se você quiser manter este peso suspenso no 
ar, precisará aplicar apenas os 22,75 kg de força (o suporte no teto aplicará a 
metade restante da força na outra extremidade da corda). Se quiser erguer 
esse peso por 30 metros, precisará puxar um comprimento de corda duas 
vezes maior que o comprimento necessário no sistema anterior, ou seja, 60 
metros nesse caso. Isso demonstra uma relação entre força e distância. A 
força necessária diminuiu pela metade, enquanto o comprimento da corda 
dobrou. 
 
O diagrama seguinte adiciona uma terceira e uma quarta polia ao conjunto: 
 
 
 
 Nesse caso, a polia ligada ao peso é formada, na verdade, por 2 polias 
diferentes montadas no mesmo eixo, como mostrado à direita. Esse arranjo 
reduz novamente a força pela metade e dobra a distância necessária. Logo, 
para manter o peso suspenso no ar, é necessário aplicar uma força de 
apenas 11,375 kg. Para levantá-lo 30 metros, são necessários 120 metros de 
corda. O sistema de roldanas pode conter tantas polias quanto desejado. No 
entanto, com um número de polias muito grande o atrito no eixo dessas 
polias começa a se tornar uma fonte de resistência significativa. 
 
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 O sistema de polias e passadas de cabos de aço utilizadas em um 
guindaste são idênticas ao exemplo mostrado. Quanto maior for o peso a 
ser levantando, maior será a quantidade de roldanas da lança e do moitão 
utilizadas. Entretanto, quanto maior for a quantidade de passadas, mais 
lento será o levantamento, tendo em vista que a quantidade de metros do 
cabo também será maior. Quanto menor for o peso da carga, menos 
passadas serão necessárias, o que torna o içamento mais rápido também. 
 A vida útil de um cabo de aço também depende diretamente do bom 
estado e perfeito funcionamentodas polias. Com o uso constante, o cabo 
tem seu diâmetro reduzido. Como durante o trabalho o cabo provoca um 
desgaste natural das polias, quanto maior a redução do diâmetro do cabo, 
maior o desgaste irregular da polia, provocando assim um sulco de 
diâmetro inferior ao recomendado. Quando um cabo novo é colocado na 
polia danificada, este passa a não assentar perfeitamente no canal, 
provocando amassamentos e desgaste por abrasão prematuros, que 
diminuirão sua durabilidade. Por tudo isso, procure verificar as polias com 
cuidado de tempos em tempos, e retifique aquelas que estiverem com 
problema. No caso do perfil da polia estar muito danificado, a melhor 
opção é substituí-lo por uma nova. O uso de um gabarito de polias facilita 
identificação destes problemas. 
 
 
1.4 – LANÇA 
1.4.1 – LANÇA TRELIÇADA 
 
Lanças Treliçadas são constituídas por 
grandes longarinas de aço entrelaçadas. 
Apresentam maior capacidade de carga, 
uma vez que sua estrutura é mais leve. 
Por serem de grandes comprimentos, 
demandam maior tempo e custo 
operacional de transporte, montagem, 
desmontagem e mudança no 
comprimento da lança, além de estar 
exposta a maior probabilidade de danos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.4.2 – LANÇA TELESCÓPICA 
 
Lanças Telescópicas são constituídas por 
mecanismos que permitem estender e 
encolher a lança até o comprimento ou 
altura desejados. Por serem mais pesadas, 
têm sua capacidade de carga reduzida em 
relação a lança treliçada. Entretanto, 
possuem facilidade e rapidez na montagem, 
desmontagem e transporte, além de sofrer 
menos riscos de danos no transporte e 
manuseio. 
 
 
 
1.4.3 – JIB 
 
É um acessório auxiliar montado na ponta 
da lança ou extensão. Esse equipamento 
permite formar ângulos em relação à lança 
(é chamado Ângulo Off-Set). Os JIB’s 
facilitam a colocação de cargas em locais 
fechados ou em situações onde necessita 
uma lança maior. Sua capacidade 
geralmente está limitada pela sua 
resistência estrutural. Eles podem conter 
uma extensão, que é um acessório que 
permite aumentar o seu comprimento. 
 
 
 
1.4.4 – MASTRO 
 
Os mastros são lanças secundárias 
normalmente instaladas em guindastes 
estacionários ou sobre esteiras e têm 
como principal finalidade aumentar a 
distância do centro de gravidade e a 
capacidade do guindaste, com o uso de 
um contra-peso adicional. Seu uso só é 
permitido com autorização por escrito 
do fabricante, mediante apresentação 
de projeto detalhado, justificando seu 
uso. 
 
 
Mastros não deve ser confundidos com lanças, uma vez que sua estrutura 
não permite levantar cargas. 
 
 
 
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1.4.5 – LUFING 
 
O Lufing é uma estrutura montada na ponta 
da lança para permitir a movimentação 
horizontal da carga mantendo a mesma 
altura. É muito utilizada, por exemplo, na 
montagem de estruturas de viaduto ou 
estruturas pré-moldadas de grande peso e 
volume. Exigem que seja adicionado contra-
peso extra, da mesma forma que o mastro, 
pois reduzem a capacidade do guindaste. 
 
 
 
1.5 – CONTRA-PESO 
 O contra peso é uma carga adicional colocada no guindaste para 
aumentar a capacidade da máquina quanto à estabilidade (tombamento). 
Quanto maior for o contra peso e/ou a distância do mesmo ao centro de 
giro do guindaste, maior será a resistência ao tombamento. Existem 
basicamente três tipos de contrapeso, sendo eles: 
 
• Contra peso stardard (padrão): é fixo ao chassi giratório, não afetando a 
carga máxima permitida por eixo, para circulação de rodovias; 
 
• Contra peso adicional no chassi superior: é aquele adicionado na obra, 
conforme especificação do fabricante; 
 
• Contra peso adicional fora do guindaste: pode ser metálico ou de 
concreto. São montados sobre rodas que se distanciam do guindaste 
conforme a necessidade e também giram juntamente com o guindaste. 
São fixados no mastro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.6 – GUINCHO 
 É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força 
necessária para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através 
do mecanismo de elevação composto de: motor, freio do motor, redutor, 
eixo, freio de carga, tambor (dromo), cabos de aço, polias, suportes, caixa de 
gancho, mancais e gancho. 
 O cabo de aço é fixado ao tambor (dromo) e a carga permanece 
suspensa graças ao freio eletro-magnético, chamado de dynamic break que 
funciona com ausência de energia, ou seja, mesmo que o guindaste esteja 
desligado, a carga permanecerá suspensa. 
 
 
 
1.7 – OUTRIGGERS (ESTABILIZADORES) OU PATOLAS 
 É importante que o 
guindaste esteja 
completamente estável e 
nivelado durante a operação 
de içamento. Os pneus não 
oferecem a estabilidade 
necessária, portanto, o 
caminhão utiliza suportes 
que agem para evitar que o 
guindaste não incline para 
um lado ou para o outro. 
 
Os suportes usam dispositivos hidráulicos para levantar do chão todo o 
caminhão, inclusive os pneus. Eles são compostos pelas vigas, que são as 
pernas do suporte e as sapatas, que são os pés. Às vezes, são colocados 
calços embaixo das sapatas para dissipar a força do guindaste e da carga 
contra o concreto ou pavimento. Estes são geralmente tábuas de madeira, 
alinhadas para criar uma base maior que a própria sapata. O calços mais 
utilizados, por sua grande resistência são os dormentes ferroviários. 
 
 
 
 
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1.8 – TOMADA DE FORÇA 
 Localizada na caixa de câmbio, transfere a força de rotação do motor 
para a bomba hidráulica, permitindo o funcionamento do sistema de 
içamento. 
 
IMPORTANTE: A tomada de força só deve ser acionada com o guindaste 
estacionado e devidamente patolado. 
 
 
 
1.9 – ENGRENAGEM ROTEX 
 Para manobrar a carga, a lança precisa ser capaz de se mover para a 
direita e esquerda, bem como para cima e para baixo. Embaixo da cabine 
de comando do operador encontra-se uma engrenagem Rotex sobre um 
mancal de plataforma giratória, girando a 2 rotações por minuto (rpm). É 
acionado por um motor hidráulico bidirecional, montado na cabine de 
comando e envolvido por uma cobertura de metal para proteger contra 
acidentes. A rotação é controla por um pedal hidráulico na cabine de 
comando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 – COMPONENTES DE CARACTERÍSTICAS 
 
2.1 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas TC. 
 
 
 
2.2 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Rodas TC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3 – Guindaste de Lança Treliçada sobre Esteiras. 
 
2.4 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Jib sobre 
Esteiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.5 – Guindaste de Lança Treliçada com Mastro e Contra-Peso 
sobre Esteiras. 
 
 
2.6 – Guindastede Lança Treliçada com Mastro e Lufing Jib 
sobre Esteiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.7 – Guindaste de Lança Telescópica sobre Rodas Truck 
Crane. 
 
2.8 – Guindaste de Lança Telescópica com Jib sobre Rodas 
Truck Crane. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.9 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro de Lança 
sobre Rodas Truck Crane. 
 
 
2.10 – Guindaste de Lança Telescópica com Mastro e Lufing Jib 
sobre Rodas All Terrain. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 UNIDADE 
INSPEÇÃO PRÉ-OPERACIONAL 
 
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23 CABOS DE AÇO
ÍTEM
ESTADO 
BOM RUIM
ÁGUA DA BATERIA
ROLDANAS DA PONTA DA LANÇA
FREIO DE ESTACIONAMENTO
FREIO DE RODAS (FLUIDOS)
FOLGA DA DIREÇÃO HIDRÁULICA
CABOS DA BATERIA
LÂMPADAS (SETA, FAROL, PILOTO)
ÁGUA DO RADIADOR
NÍVEL DE ÓLEO HIDRÁULICO
NÍVEL DE ÓLEO DO CÁRTER
NÍVEL DE ÓLEO DA DIREÇÃO HIDRÁULICA
FILTRO DE AR
NÍVEL DE ÓLEO HIDRAMÁTICO
ESTADO DOS PNEUS (CALIBRAGEM)
BUZINA
INDICADOR DE TEMPERATURA
INDICADOR DE PRESSÃO DE ÓLEO
AMPERÍMETRO
FOLGA DAS ALAVANCAS DE COMANDO
OBSERVAÇÃO
INSTRUMENTOS DO PAINEL
EXTINTOR DE INCÊNDIOS
PINOS E CONEXÕES DAS MANGUEIRAS
OPERADOR ALUNO:
GUINDASTE (MARCA/MODELO):
HORÍMETRO:
DATA: ______/______/____________
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta unidade do curso, veremos os itens que devem ser 
verificados no guindaste, nas lingadas e na carga, antes de qualquer 
movimentação. 
 
OBJETIVOS 
 
 O objetivo desta unidade é mostrar ao operador as necessidades de 
se efetuar uma inspeção pré-operação (check-list) a fim de se evitar 
qualquer acidente durante a movimentação, bem como elaborar um Plano 
de Movimentação de Carga eficiente. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 As inspeções pré-operação devem ser realizadas pelos operadores 
como determina a NR-11 vista na Unidade 1 e também atendendo a 
requisitos internacionais da OSHA (Occupation Safety & Health 
Administration = Administração de Saúde e Segurança Ocupacional). 
 Além disso, a elaboração do Plano de Movimentação de Cargas deve 
atender a todos os requisitos de segurança, tornando a movimentação 
uma tarefa segura e confiável para o operador e para todos os outros 
trabalhadores do local. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1 – CHECK-LIST (INSPEÇÃO PRÉ-OPERAÇÃO) 
 A principal função do Check-List é assegurar que os principais itens 
de segurança para a operação estão em ordem e assim diminuir os riscos 
de acidentes por falhas nos equipamentos ou acessórios de 
movimentação de cargas. 
 Começaremos pelos principais itens do guindaste. 
 A OSHA requer que os guindastes sejam inspecionados 
regularmente. Uma inspeção freqüente (normalmente chamada de 
inspeção pré-operacional) deve ser executada por pessoa competente 
antes de cada utilização do guindaste. Esta inspeção normalmente é 
responsabilidade do operador. Desde que o guindaste deve estar o tempo 
todo numa condição segura de operação, esta inspeção essencialmente 
continua o tempo todo no qual o guindaste está em uso. 
 OSHA também requer uma inspeção mensal dos itens críticos e uma 
inspeção completa anual. Ambas as inspeções devem fornecer relatórios, 
os quais devem ser mantidos na empresa. 
 Usando o critério da OSHA 29 CFR 1926.550 e ANSI / ASME B30.5m 
como também usando as instruções do fabricante contidas no manual do 
operador, o operador deve no mínimo inspecionar os itens do guindaste 
conforme especificado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Alguns itens comumente listados pelos fabricantes para a realização do 
check-list são: 
 
� Transmissão, eixo cardam e tomada de força; 
� Sistema hidráulico; 
� Sistema de Giro; 
� Sistema de elevação, extensão e retração da lança; 
� Sistema de içamento de carga; 
� Sistema de controle do Guindaste; 
� Sistema de freio do guincho e acelerador; 
� Dispositivos de Segurança; 
� Estabilizadores; 
� Sistema elétrico. 
 
Inspeção “Walk Around” 
 
 O operador deve executar uma inspeção “Walk around” no guindaste 
verificando qualquer deficiência aparente. Outras áreas a serem 
inspecionadas incluem o cavalo ou “carbody”, “outriggers” ou esteiras, trem 
de força. OSHA requer que qualquer deficiência seja reparada, partes 
defeituosas substituídas, antes de continuar utilizando o guindaste. 
 
 Usaremos o check-list anexo para nossas aulas práticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Equipamento Horímetro DATA 
OPERADOR: 
Nº ITEM S N OBSERVAÇÃO 
1 SISTEMA ELÉTRICO (BATERIA, LAMPADAS, BUZINAS E SIRENES) 
2 SISTEMA DE ARREFECIMENTO 
3 SISTEMA HIDRÁULICO (MANGUEIRAS, CILINDROS, NIVEL) 
4 NIVEL DE ÓLEO DO MOTOR 
5 FILTRO DE AR 
6 CONDIÇÃO DOS PNEUS 
7 FREIOS (SERVIÇO E ESTACIONAMENTO) 
8 INSTRUMENTOS DO PAINEL 
9 TRANSMISSÃO, EIXO CARDAM E TOMADA DE FORÇA (PTO) 
10 EXTINTOR DE INCÊNDIO 
11 SISTEMA DE CONTROLE DO GUINDASTE 
12 SISTEMA DE GIRO 
13 SISTEMA DE ELEVAÇÃO, EXTENSÃO E RETRAÇÃO DA LANÇA 
14 SISTEMA DE FREIO DO GUINCHO E ACELERADOR 
15 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA (AML, LMI) 
16 SISTEMA DE ESTABILIZAÇÃO (PATOLAS) 
17 
SISTEMA DE IÇAMENTO (CABOS, TAMBORES, MOITÃO, ROLDANAS, 
GANCHOS) 
 
18 
19 
20 
21 
22 
OBSERVAÇÕES: 
ASSINATURA DO OPERADOR 
 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 UNIDADE 
ESTABILIZAÇÃO OU 
PATOLAMENTO 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta unidade do curso, aprenderemos como estabilizar (patolar) o 
guindaste de modo a torná-lo estável para movimentar a carga. 
 
OBJETIVOS 
 
 O objetivo desta unidade é mostrar como patolar o guindaste de 
maneira correta e observar os fatores que possam desestabilizar o 
guindaste. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Para estabilizar o guindaste, devemos primeiramente checar o 
terreno no qual o guindaste ficará apoiado, buscando corrigir imperfeições 
do terreno e evitar algumas situações que aumentam o risco de 
tombamento. 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
 O guindaste somente suportará a carga se o solo suportar o 
guindaste. Antes de iniciar a operação, certifique-se de que o solo é 
nivelado e compactado o bastante para suportar o peso do guindaste e/ou 
carga sem sofrer rupturas ou afundamentos. Se necessário, utilize calços 
sob as patolas. 
 A parte mais importante de uma operação é o patolamento, por isso 
deve ser feita com muito cuidado e precisão. Caso contrário, podem 
ocorrer sérios acidentes. 
 Verifique se onde serão colocadas as sapatas, não passa ou passava 
alguma tubulação de água ou esgoto, galerias fluviais, calhas com cabos 
elétricos, um antigo poço, sinais de umidade no solo, posição de bueiros, 
bocas de lobo ou entradas subterrâneas. 
 Para que a tabela de carga “sobre patolas” seja aplicada todas as 
patolas devem estar completamente abertas. Sempre que uma ou mais 
patolas nãoestiverem completamente abertas, devemos ir para a tabela 
de carga “meia patola” ou “sobre pneus” conforme o caso. 
 Quando manuseamos a carga em uma área onde a patola não está 
completamente aberto, a perda de capacidade pode chegar a mais de 
50%. 
 O guindaste deve ser patolado de modo que os pneus estejam sem 
contato com o solo. Isto assegura que o eixo de tombamento está 
estabilizado e o chassi do cavalo é utilizado para maximizar o contra peso. 
 Antes de utilizar “meia patola”, certifique-se de que existe uma 
tabela de carga fornecida pelo fabricante com o numero de série da 
máquina. Uma patola aberta parcialmente ou de maneira indevida pode 
causar tensões em áreas não apropriadas da caixa de patola, resultando 
em dano à mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Alguns fabricantes fornecem tabelas de carga para içamento com 
patola parcialmente estendidos. Quando isto ocorrer, as instruções do 
fabricante devem ser seguidas à risca, incluindo a pinagem da patola. 
 Assegure-se de que as travas da patola estão devidamente instaladas, 
caso contrário à mesma poderá escorregar do cilindro vertical. 
 Se os cilindros verticais forem equipados com pinos ou parafuso de 
trava, certifique-se de que eles estão aplicados. 
 
USO DE “MATS” 
 
 Os “mats” permitem que o peso do guindaste e a carga sejam 
distribuídos por uma área maior. “Mats” devem ser usados sob todas as 
patolas. 
 Assegure-se que o calçamento está nivelado e que a patola está a 90º 
em relação ao cilindro vertical. 
 O calçamento deve ser sempre colocado sob as patolas. Nunca sob as 
vigas da patola. As vigas não estão projetadas para suportar esta carga, e o 
guindaste perde a estabilidade. 
 Use calçamento que tenha capacidade de resistir a choque, 
dobramentos e cisalhamento. O calçamento deve ser também resistente o 
suficiente para vencer pequenos vãos no solo bem como suportar o peso do 
guindaste e da carga. 
 Como regra geral, o calçamento deve ter no mínimo três vezes a área 
da patola. A patola deverá estar toda apoiada no calçamento, o qual irá 
transmitir a carga proveniente da mesma para a superfície de apoio (solo). 
 
 
 Patolamento direto Patolamento com Mats 
 A força aplicada é dividida por 3 
 
Testes Destrutivos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sapata destruída com 
95.256 Kg (100%) 
Sapata destruída com 
63.504 Kg (70%) 
Sapata destruída com 
49.896 Kg (50%) 
 
 
 
 
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8 UNIDADE 
TABELA DE CARGA 
 
Unidade Jacareí-SP 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Nesta unidade do curso, estudaremos as tabelas de carga. 
 
OBJETIVOS 
 
 O objetivo desta unidade é interpretar a tabela de carga de um 
guindaste. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A Tabela de Carga do Guindaste é um componente fundamental para 
o seu funcionamento, sendo que sua falta, o torna impossível a utilização 
do mesmo. Ela apresenta vários conceitos que estudaremos nessa unidade 
para compreender melhor o funcionamento do guindaste. Veremos 
primeiramente os conceitos necessários ao entendimento da Tabela de 
Carga 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
1 – CENTRO DE GRAVIDADE 
 
 Centro de gravidade (CG) é o 
ponto de um objeto no qual pode 
ser considerado que todo peso 
está ali concentrado. Como todos 
os objetos, os principais 
componentes dos guindastes têm 
seus respectivos CGs. 
 Quando estes componentes 
são montados no guindaste, o 
mesmo tem um centro de 
gravidade combinado. 
 
 
2 – PRINC€PIO DA ALAVANCA 
 
 O princ€pio da alavanca • 
usado para determinar as 
capacidades tabeladas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 - ALAVANCA E ESTABILIDADE 
 
 Conforme a estrutura do upper gira, o centro de gravidade do 
guindaste move-se para junto do seu eixo de tombamento. O movimento do 
centro de gravidade do guindaste aumenta a alavanca exercida pela carga no 
guindaste e faz com que diminua a capacidade de carga do mesmo. Isto 
explica porque um guindaste pode tornar-se instável até o ponto de tombar, 
quando uma carga é içada pela frente de um guindaste RT e girado para o 
lado. Sempre consulte a tabela de carga antes de qualquer içamento. Um 
guindaste é estável quando seu momento é maior do que o momento 
exercido pela carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A maioria dos guindastes montados sobre cavalo tem sua capacidade 
máxima pela traseira. Quando o upper é girado para a lateral, a capacidade 
será menor porque a distância do centro de gravidade do guindaste ao eixo 
de tombamento é diminuída. A maioria dos fabricantes não permite o 
içamento de cargas pela frente da máquina a menos que a patola dianteira 
esteja apoiada. 
 
4 – TAXA DE INCLINAÇÃO 
 
 Conforme o guindaste inclina, o movimento exercido pela carga 
aumenta e o exercido pelo guindaste diminui. Isto pode ocorrer 
rapidamente, tornando-se impossível retornar a posição inicial pelo 
abaixamento da carga. 
 
 
 
 
 
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5 – FATORES DE ESTABILIDADE FRONTAL 
 
 Estabilidade dianteira é definida como a capacidade do guindaste 
resistir a tombamento frontal. Quando do desenvolvimento das cargas 
tabeladas pela estabilidade, os fabricantes reduzem as cargas de 
tombamento por um percentual estabelecido por padrões internacionais. 
 
MARGEM DE ESTABILIDADE 
GUINDASTE DE ESTEIRA 75% 
GUINDASTE SOBRE CAVALO PATOLADO 85% 
GUINDASTE SOBRE CAMINH‚O COMERCIAL 85% 
 
6 – FATORES DE ESTABILIDADE TRASEIRA 
 
 Normalmente estamos preocupados com o tombamento para 
frente, obviamente na direção da carga; entretanto, os guindastes podem 
tombar pela traseira. A estabilidade traseira é a capacidade do guindaste 
em resistir ao tombamento sem carga. 
 As margens de estabilidade traseira são baseadas nas seguintes 
condições gerais: 
- de lado 
- nivelado dentro de 1% sobre solo firme 
- todos os tanques com pelo menos ½ de capacidade 
- outros níveis de fluido conforme especificado 
 
7 – LIMITAÇÕES DE CAPACIDADE 
 
 Sobrecarga no guindaste pode causar tombamento ou falha 
estrutural. Um guindaste sobrecarregado resulta em tombamento ou 
falha estrutural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8 – BASES PARA AS CAPACIDADES TABELADAS 
 
 Todas as capacidades de carga listadas na tabela de carga são baseadas 
na resistência estrutural ou na estabilidade do guindaste. Estas capacidades 
são normalmente identificadas pela divisão da tabela de carga através do uso 
de linha preta, asteriscos ou área sombreada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 – COMPONENTES QUE PODEM FALHAR POR SOBRECARGA 
 
 Guindastes não estão 
sujeitos simplesmentea 
tombamento. Eles podem ter 
uma falha estrutural antes 
mesmo de qualquer sinal de 
tombamento. A falha estrutural 
é frequentemente inesperada, 
especialmente quando o 
operador está trabalhando na 
área estrutural e está esperando 
que a máquina de sinal de 
tombamento para que ele avalie 
a sobrecarga. Ao lado são 
mostrados alguns componentes 
que podem falhar. 
 
 
 
 A correta capacidade de içamento é o principal objetivo de 
interpretar e aplicar a tabela de carga. Para determinar a capacidade de 
içamento do guindaste existem certos passos ou procedimentos que 
devem ser seguidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 – ÁREAS DE OPERAÇÃO 
 
 Áreas de operação, ou quadrantes como elas também são conhecidas, 
se referem a uma parte particular do circulo de trabalho do guindaste. O 
tamanho de cada área pode diferir de modelo para modelo e de fabricante 
para fabricante. Algumas tabelas de carga são válidas para 360º de operação. 
Antes de operar, consulte a tabela de carga especifica da máquina. 
 
Quadrantes típicos são: 
 
- pelo lado 
- pela traseira 
- pela frente 
 
 
 
 
 
Os guindastes sobre esteiras podem ter seu sua área de operação baseada 
no centro de rotação do upper ou na linha de centro das esteiras. 
 
11 – COMPRIMENTO DA LANÇA 
 
 O significado do termo “comprimento da lança” na tabela de carga não 
é sempre o mesmo. Às vezes o termo inclui a extensão da lança, outras vezes 
não. Esteja certo de entender o que a tabela de carga chama de 
“comprimento da lança”. Normalmente é conforme mostrado a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Por causa da versatilidade do guindaste de lança telescópica é comum 
quando executamos um içamento encontrarmos valores de lança 
intermediários aos existentes na tabela de carga. Nesse caso, devemos 
utilizar a menor capacidade sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 – RAIO DA CARGA 
 
 O raio da carga é a distância horizontal do centro de gravidade do 
guindaste até a linha de centro do moitão ou ao centro de gravidade da 
carga içada. 
 
 A menos que indicado pelo fabricante, use o raio de operação ao invés 
do ângulo da lança para determinar a capacidade bruta. 
 
 
 
 
 
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A deflexão da lança do 
guindaste provocará um 
aumento de raio. Por isso 
enfatizamos novamente que se 
utilize sempre a menor 
capacidade quando o raio 
estiver entre duas posições na 
tabela de carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12 – ÂNGULO DA LANÇA 
 
 O ângulo da lança nos 
guindastes de lança telescópica é 
o ângulo entre a linha de centro 
da lança base e a horizontal depois 
de içada a carga. 
 
 
 
 
 
 O ângulo da lança nos 
guindastes treliçados é o ângulo 
entre a linha de centro da lança e 
a horizontal depois de içada a 
carga. 
 
 
 
 
 
13 – CAPACIDADE BRUTA 
 
 
 
Capacidade bruta, a 
qual algumas vezes é 
chamada de 
capacidade tabelada, 
são listadas na tabela 
de carga de acordo 
com o comprimento de 
lança, ângulo da lança e 
raio. 
 
 
Capacidades brutas 
não são as cargas 
máximas ou objetos 
que podem ser içados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14 – DEDUÇÕES NA CAPACIDADE 
 
 Os acessórios de içamento podem adicionar uma quantidade tal de 
carga ao guindaste, que pode reduzir sua capacidade consideravelmente. 
Todos os acessórios de içamento devem ser considerados como parte de 
carga, e devem ser deduzidas da capacidade bruta ou tabeladas. 
 Dependendo de sua localização, o peso atual dos acessórios de 
içamento pode representar uma carga menor ou até mesmo maior do que 
seu peso real. É crucial que todos os acessórios usados no içamento sejam 
levados em consideração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 – CARGA DINÂMICA 
 
 As capacidades do guindaste são baseadas em cargas estáticas ou 
estacionárias. As forças criadas pelo movimento da carga e acessórios afetam 
a capacidade dos guindastes do mesmo modo que se houvéssemos 
aumentado o peso da carga. Trancos e movimentos bruscos devem ser 
sempre evitados. Sempre opere o guindaste de maneira suave e controlada. 
 
16 – CAPACIDADE DE IÇAMENTO 
 
 Se o guindaste não estiver devidamente equipado sua capacidade de 
içamento pode ser menor do que a capacidade liquida e pode ser que o 
guindaste não tenha capacidade de içar a carga liquida com segurança. 
Nestes casos a capacidade fica limitada a capacidade do componente mais 
fraco (cabo de içamento, moitão, etc.) A carga total não pode exceder a 
capacidade do componente mais fraco. 
 
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17 – NÚMERO DE PERNAS 
 
Número de pernas = O número de cabos de carga que diretamente 
suportam o moitão. 
Para evitar ruptura do cabo de carga e assegurar que o guincho pode içar 
a carga com segurança, devem ser passados no moitão pelo menos o 
número mínimo de pernas do cabo de carga. 
 
 
 1 PERNA 2 PERNAS 4 PERNAS 
 
18 – CARGAS CRÍTICAS 
 
Toda carga de peso maior que 75% do peso estabelecido na Tabela de 
Carga para aquela condição, torna-se uma carga crítica. Nesses casos as 
seguintes precauções devem ser tomadas: 
 
SOLO: O solo deve ser compacto e estável. 
CALÇOS: Se o solo não for de concreto, utilize calços sob as patolas. 
NÍVEL: O guindaste deve estar perfeitamente nivelado. 
CARGA: O peso da carga deve ser exatamente determinado. 
CENTRO DE GRAVIDADE: O gancho deve ser posicionado exatamente 
sobre o centro de gravidade da carga. 
RAIO DA CARGA: Determinar exatamente o raio da carga. 
COMPRIMENTO DA LANÇA: Determinar exatamente o comprimento da 
lança. 
ÂNGULO DA LANÇA: Deve ser precisamente conhecido, para se calcular o 
raio e influencia na capacidade de elevação de carga. 
VENTO: Os efeitos do vento devem ser considerados e o içamento adiado, 
caso os efeitos tornem-se significativos para a estabilidade da operação. 
DISTRIBUIÇÃO DOS CABOS: Os cabos devem estar simetricamente 
distribuídos. 
LINGADA: Verificar resistência e segurança, lembrando que a lingada tem 
seu peso somado à carga. Conheça o peso da lingada. 
OPERAÇÃO: Todos os movimentos para controle da máquina e da carga, 
devem ser executados o mais suavemente possível. 
TREINAMENTO: A determinação desses parâmetros por pessoal

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