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Aulas 09 e 10- Recurso Especial e Extraordinário

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UniBrasília 
Curso: Direito 
Disciplina: Processos no Tribunais/Recursos 
Prof. Ms. Milaine Ferreira 
Data: 19/10/2021ATOS 
 
1. APRESENTAÇÃO 
Olá! 
 Estude e estude muito, não somente para a prova, mas para sua vida 
profissional como advogado. 
 Está disciplinado no art. 1.029 e no art. 1.010, do CPC, e, também, na 
Constituição Federal, nos artigos 102, III e no art. 105, III, ambos da CF. 
 
2. OBJETIVO DA AULA: 
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes 
aprendizados: 
 Identificar os requisitos necessários para interposição dos recursos: 
extraordinário e especial. 
 Depreender sobre a aplicabilidade desses recursos no processo e na 
prática jurídica. 
 Compreender a importância desses recursos no exercício da 
profissão. 
3. ROTEIRO 
O aluno deve: 
 Fazer a leitura do Material de apoio (powerpoint). 
 
 
 Ler o material de base (Bibliografia Sugerida) sobre o assunto. 
 Se aprofundar nas leituras complementares. 
 
4. LEITURAS COMPLEMENTARES: 
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as 
sugestões do professor: 
1. GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Novo curso de direito processual civil: 
execução e processo cautelar. Vol.3. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
 
2. NUNES, Elpidio Donizetti. Curso didático de direito processual civil. 15. ed. 
São Paulo: Atlas, 2011. 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL 
O recurso extraordinário (RExt) e o recurso especial (REsp) possuem caráter 
excepcional e assumem uma nova importância no CPC, com a valorização dos 
precedentes. 
Ao estudarmos as várias espécies de recursos notamos que há diversas 
possibilidades, inclusive de forma monocrática, de pôr fim ao recurso devido ao 
fato de que a decisão impugnada está de acordo com a jurisprudência dos 
tribunais superiores ou até mesmo dar provimento ao recurso quando a sentença 
estiver dissonante do entendimento do STJ e do STF. 
Nesse contexto, o RExt e REsp apresentam-se como espécies recursais que 
não estão voltadas para o reexame de matéria já decidida no contexto 
interpartes. Não se colocam para analisar a justiça da decisão de segundo grau. 
 
 
São recursos voltados para tutelar o sistema, o direito objetivo, não 
diretamente o direito das partes. 
Ambos os recursos possuem algumas características importantes: 
 são recursos excepcionais, de modo que somente podem ser interpostos se 
esgotadas as vias ordinárias. 
Se do acórdão que se pretende recorrer, a parte puder apresentar outra 
espécie de recurso que não o RExt ou REsp, deverá apresentá-lo. 
Esses recursos excepcionais somente podem ser interpostos quando não 
houver mais outras possibilidades recursais. 
 todas as decisões são recorríveis. Independentemente de se tratar de uma 
decisão final ou interlocutória, cabe o REsx ou REsp, desde que exauridas 
as demais formas ordinárias de recurso. 
 são recursos que não se prestam a corrigir a injustiça da decisão em razão 
da inadequada interpretação dos fatos na decisão recorrida. São recursos 
que tem por objetivo tutelar a correta interpretação da legislação federal e 
da Constituição. Tutela-se, portanto, o direito objetivo. 
À luz dessa característica temos sedimentado o entendimento de que esses 
recursos não podem revisar a matéria de fato. Veja: 
 
Assim, esses recursos não impedem que a decisão impugnada produza efeitos, a 
não ser que o efeito suspensivo seja concedido à luz do caso concreto (ope 
judicis). 
 exigem prequestionamento, vale dizer, para que sejam admitidos os RExt e 
REsp é necessário que haja enfrentamento no acórdão de questões 
fundamentadas em norma constitucional ou em legislação federal. 
 
À luz das características acima, conclui a doutrina: 
 
 
As Cortes Supremas galgaram o posto de cortes de interpretação e de 
precedentes, cuja missão está não apenas na guarda da Constituição e do direito 
federal, mas na sua efetiva reconstrução interpretativa, decidindo-se quais os 
significados devem prevalecer a respeito das dúvidas interpretativas suscitadas 
pela prática forense, e na sua vocação de guia interpretativo para todos os 
envolvidos na administração da Justiça Civil e para a sociedade como um todo. 
 
01)- CONCEITO 
 
 Recursos de caráter extraordinário que tem por objetivo a uniformidade de 
aplicação do direito constitucional ou infraconstitucional. O recurso 
extraordinário é julgado pelo STF e o recurso especial é julgado pelo STJ. 
 
02)- Cabimento 
 
O cabimento desses recursos possui sede constitucional. 
 
 Cabimento de recurso extraordinário 
O RExt tem as hipóteses de cabimento descritas no art. 102, III, da CF: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou 
última 
instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 
 
 
Vamos analisar brevemente cada uma das hipóteses: 
 Cabe RExt quando a decisão contrariar algum dispositivo da CF. 
Se o acórdão prolatado pelos demais tribunais ordinários ou especiais (inclui-se 
aqui o STJ, TSE, STM e TST) contrariar algum dispositivo da Constituição, poderá 
ser impugnado mediante recurso extraordinário. 
 Cabe RExt quando a decisão declarar a inconstitucionalidade de tratado ou 
lei federal. 
Cabe ao STF a “última palavra” em relação à interpretação da legislação frente 
à Constituição. Assim, se uma decisão considerar um tratado internacional, que, 
devidamente internalizado, constitui lei federal em nosso ordenamento, ou se 
uma lei federal for considerada inconstitucional, caberá reanálise objetiva da 
norma para averiguar a efetiva inconstitucionalidade por intermédio do RExt. 
 Cabe RExt quando a decisão julgar válida lei ou ato de governo local 
contestado em face da Constituição. 
Nessa hipótese, temos o contrário. Ao invés de analisar a inconstitucionalidade 
da legislação federal, buscasse verificar se a interpretação que privilegiou o 
ordenamento local ou ato de governo local não está contrário à Constituição. 
 Cabe RExt quando a decisão julgar válida lei local contestada em face de lei 
federal. 
Nessa última hipótese de cabimento do recurso extraordinário verifica-se 
a harmonização da legislação federal. Somente será da competência do STF 
se, entre uma lei federal e uma lei estadual ou municipal, a decisão optar pela 
aplicação da última por entender que a norma central regulou a matéria de 
competência local. 
 
Nesse caso, como a repartição de competência é constitucionalmente 
prevista, ao deixar de aplicar a lei federal, conclui-se obliquamente que a lei 
 
 
federal é inconstitucional, pois invadiu a esfera de competência de lei estadual 
ou local. 
 
 Cabimento do recurso especial 
O recurso especial encontra cabimento nas hipóteses do art. 105, III, da CF: 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, 
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. 
Vamos analisar cada uma das hipóteses: 
 Cabe REsp quando a decisão contrariar tratado ou lei federal ou negar a 
vigência a essa lei ou tratado. 
Aqui está a principal regra de competência do STJ em termos recursais, no 
exercício do controle da legislação federal e com a finalidade de garantir a 
uniformidade de sua interpretação e perfeita vigência. 
 Cabe REsp quando a decisão julgar válido ato de governo localcontestado 
em face de lei federal. 
Nessa hipótese deixa-se de aplicar determinada lei federal em face de ato de 
governo local, de forma que ao STJ cabe analisar se tal afastamento da legislação 
federal está correto. 
 Cabe REsp para fins de uniformização de jurisprudência quanto à 
intepretação da legislação federal. 
 Procedimento 
 
 
O art. 1.029 prevê que tanto o RExt como o REsp são interpostos mediante 
petição dirigida ao Presidente do tribunal recorrido, devendo conter: 
 exposição do fato e do direito; 
 demonstração de que o recurso está dentro das hipóteses de cabimento 
acima 
estudadas; e 
 razões do pedido. 
Veja: 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na 
Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente 
do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. 
Os §§ do art. 1.029 trazem algumas regras específicas referentes à interposição 
desses recursos. Com a finalidade de facilitar a compreensão, citaremos os 
dispositivos e, em seguida, faremos alguns apontamentos: 
§ 1o Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a 
prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de 
jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que 
houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de 
julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da 
respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que 
identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 
§ 2º Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016. 
 
 
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá 
desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, 
DESDE QUE não o repute grave. 
§ 4o Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de 
demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior 
Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se 
discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, 
considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso 
extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. 
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a 
recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação 
da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado 
para seu exame 
prevento para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período 
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de 
admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos 
termos do art. 1.037. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
 
Vamos compreender os estritos termos desse dispositivo?! 
 Quando o RExt ou REsp basear-se em dissídio jurisprudencial, a parte 
deverá efetuar prova da existência desse julgado, que poderá ser feito de 
variadas formas: certidão, cópia, citação de repositório jurisprudencial, 
mídia eletrônica ou reprodução do julgado disponível na internet. 
 
 
 Ao interpor um recurso, a parte deve se atentar para os requisitos 
intrínsecos e extrínsecos do processo. 
Vimos que, se esses requisitos não forem observados ou não puderem ser 
corrigidos, o recurso não será admitido. 
Assim, por exemplo, se a parte interpor um recurso de apelação (cujo prazo é 
de 15 dias úteis), no 20º dia útil não há como sanar o vício e o recurso intempestivo 
não será admitido. Por outro lado, se o vício for sanável, por exemplo, faltar a 
juntada de algum documento ou de preparo, desde que não seja grave, permite-
se a correção do vício formal para que o recurso seja processado. 
 No curso do RExt ou do REsp é possível que seja formado incidente de 
resolução de demandas repetitivas quando for verificada a existência de 
diversos processos que discutam a mesma questão jurídica ou na hipótese 
de haver risco à isonomia ou à segurança jurídica, a partir de decisões 
conflitantes. 
Assim, quando o Presidente do STJ ou do STF receber requerimento para a 
suspensão de algum processo para instauração de um incidente de resolução de 
demandas repetitivas (IRDR), determinará a suspensão daquele RExt ou REsp, 
respectivamente, e, além disso, poderá estender a suspensão a todos os 
processos que tramitam no território nacional até decisão ulterior do RExt ou 
REsp no qual o IRDR foi suscitado. 
 Em regra, o RExt e o REsp possuem tão somente efeito devolutivo. 
Contudo, é possível que haja pedido formulado pela parte interessada 
para que o efeito suspensivo seja concedido judicialmente (efeito 
suspensivo ope judicis). 
 
Vamos tratar do processamento inicial do REsp ou do RExt. Com o NCPC, 
tivemos importante alteração na legislação processual, em vista da ideia de 
 
 
julgamento coletivo desses recursos, a fim de que tenhamos maior uniformidade 
na legislação. 
Além disso, esses recursos podem ter o processamento restringido em face 
de outros julgados sobre o mesmo assunto, caso em que o RExt e o REsp poderão 
não ser conhecidos. 
A fim de facilitar a compreensão de vocês, vamos tratar do art. 1.030 de forma 
analítica, abordando todas as possibilidades. Após, citaremos o dispositivo legal 
para que você se habitue à redação do legislador. 
1471707 
Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal recorrido, 
determina-se a intimação da parte contrária para que apresente, no prazo de 15 
dias, as contrarrazões. 
Após, os autos serão enviados ao Presidente ou vice-Presidente do tribunal 
para análise de admissibilidade do recurso extraordinário ou especial. 
Dessa decisão podemos ter várias possibilidades. Vamos analisá-las: 
1ª POSSIBILIDADE: negativa de seguimento 
São duas as situações de negativa de seguimento do recurso: 
a) Se o RExt discutir questão constitucional sobre a qual não foi reconhecida a 
repercussão geral ou esteja contrário à repercussão geral já reconhecida. 
b) Se o RExt ou REsp estiverem em contradição com acórdão do STF ou do STF 
decidido em IRDR. 
Nesses dois casos, o RExt e o REsp não serão conhecidos. 
Da decisão do Presidente ou do vice-Presidente (decisão monocrática) do 
tribunal recorrido é cabível agravo interno para que seja reanalisada a 
admissibilidade pelo órgão colegiado no tribunal. 
2ª POSSIBILIDADE: encaminhar os autos ao colegiado para juízo de retratação Se 
o Presidente do tribunal recorrido entender que o julgamento do juízo a quo está 
 
 
contrário ao julgamento do STF ou do STJ em recurso com repercussão geral ou 
recurso repetitivo, enviará o processo para juízo de retratação pelos tribunais em 
segundainstância. 
3ª POSSIBILIDADE: sobrestar o processo 
Caso, relativamente à mesma matéria, haja IRDR em trâmite, o recurso ficará 
sobrestado até decisão do STF ou do STJ no RExt ou REsp que contenha o 
incidente de resolução de 
demandas repetitivas. 
Da decisão do Presidente ou do vice-Presidente (decisão monocrática) é cabível 
agravo interno para que seja reanalisado o sobrestamento pelo órgão colegiado 
no tribunal. 
4ª POSSIBILIDADE: selecionar o recurso para envio ao STF ou ao STJ como 
processo paradigma de recursos especiais ou extraordinários repetitivos. 
O art. 1.036, do CPC, trata do julgamento de RExt e REsp repetitivos. No §1º desse 
dispositivo há a possiblidade de os tribunais de segunda instância informaremao 
STF ou ao STJ a existência de recursos repetitivos no respectivo tribunal. Para 
tanto irão destacar dois desses processos para serem considerados paradigmas e 
representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao STF ou ao STJ 
para julgamento coletivo. 
5ª POSSIBILIDADE: juízo de admissibilidade e envio ao STF/STJ Se não for o caso 
de julgamento anterior (1ª possibilidade), se não for o caso de retratação pelo 
órgão julgador (2ª possibilidade), se não for o caso de sobrestamento (3ª 
possibilidade) ou de seleção para julgamento de RExt ou REsp repetitivo (4ª 
possibilidade), o Presidente ou o vice-Presidente fará o juízo de admissibilidade. 
 
Temos duas possibilidades: 
 
 
A) Se o juízo de admissibilidade for positivo (houve conhecimento do recurso), os 
autos serão enviados ao tribunal superior para processamento. 
B) Se o juízo de admissibilidade for negativo (não for conhecido o recurso por 
ausência dos pressupostos processuais), a parte poderá pedir agravo de 
instrumento na forma do art. 1.042, do CPC. 
 
Veja como ficou mais fácil a compreensão do dispositivo do CPC: 
Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido 
será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (QUINZE) DIAS, findo 
o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, que deverá: 
I – NEGAR SEGUIMENTO: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo 
Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a 
recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com 
entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão 
geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que 
esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do 
Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento 
de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do JUÍZO DE 
RETRATAÇÃO, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo 
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos 
regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
 
 
III – SOBRESTAR o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo 
ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – SELECIONAR O RECURSO COMO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA 
constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; 
V – realizar o JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE e, se positivo, remeter o feito ao Supremo 
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: (Incluído pela Lei 
nº 13.256, de 2016) 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou 
de 
julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação. 
§ 1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V [juízo 
de admissibilidade] caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. 
§ 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III [negativa de 
seguimento e sobrestamento] caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
 
Você deve ter notado que tanto o recurso especial como o recurso 
extraordinário são interpostos em face da mesma decisão. Isso ocorre porque a 
competência recursal do STF (no RExt) é específica e diferente da competência 
recursal do STJ (no REsp), que possui hipóteses de cabimento próprias. 
Conforme estudamos no início desse capítulo, o STF é o “guardião da CF” 
ao passo que o STF é “guardião do ordenamento jurídico”. 
Como não há hierarquia entre os dois tribunais – que possuem esfera de 
atuação distintas – se estiverem adequadas as hipóteses de cabimento, é possível 
interpor conjuntamente o RExt e o REsp. 
 
 
Contudo, o recurso extraordinário somente será julgado após o recurso 
especial. Isso ocorre porque o texto constitucional se sobrepõe hierarquicamente 
em relação a todo o ordenamento constitucional. Assim, se tivermos a violação 
de uma norma infraconstitucional e constitucional, o que irá prevalecer é o 
entendimento conforme o texto constitucional. 
Veja, não é uma questão de hierarquia, mas da hierarquia normativa da CF em 
face da legislação infraconstitucional! 
Em face disso, se a parte interpor ambos os recursos (RExt e REsp), os autos 
serão enviados ao STJ para processamento do recurso especial conforme 
expressamente determina o art. 1.031 do CPC. 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e 
recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
Concluído o julgamento do REsp, se não estiver prejudicado o RExt, os 
autos serão enviados ao STF para conhecimento e processamento do RExt. 
Por exemplo, a parte recorre em relação a determinado pedido que fora 
negado nas instâncias ordinárias. 
Entende a parte recorrente que o seu pedido encontra fundamento tanto 
na legislação infraconstitucional que fora desrespeitada quanto no Texto 
Constitucional, também violado pelas decisões nas instâncias ordinárias. Em face 
disso, a parte interporá ambos os recursos. O RExt ficará aguardando o 
julgamento do REsp. Se o REsp não foi provido, os autos serão encaminhados ao 
STF para julgamento do RExt. Por outro lado, se o pedido da parte for acolhido no 
julgamento do REsp não faz sentido enviar o RExt para julgamento. 
Nesse caso, o RExt está prejudicado. 
Veja: 
 
 
§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao 
Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não 
estiver prejudicado. 
Portanto, em regra, a ordem será, primeiramente, o julgamento do REsp, 
seguida do julgado do RExt se não estiver prejudicado. 
Há a possibilidade, contudo, de inversão de ordem. O relator do processo 
no STJ poderá entender que a análise da matéria constitucional é prejudicial à 
análise da violação à legislação federal. Nesse caso, o relator poderá determinar 
o envio do processo ao STF. 
No STF, o relator do recurso poderá acolher a prejudicialidade e determinar 
o processamento do RExt ou, negá-la, e determinar o retorno para o 
processamento do REsp no STJ. 
§ 2o Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso 
extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os 
autos ao Supremo Tribunal Federal. 
§ 3o Na hipótese do § 2o, se o relator do recurso extraordinário, em DECISÃO 
IRRECORRÍVEL, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal 
de Justiça para o julgamento do recurso especial. 
Como vimos no início da aula, embora os processos sejam julgados interpartes, o 
RExt e o REsp destinam-se, segundo a doutrina predominante, a outorgar 
adequada interpretação ao direito e à formação de precedentes. Assim, o juízo de 
admissibilidade dos recursos tem de ser lido no influxo de sua nova função. 
Dito de forma simples, não obstante a parte ter ingressado com um REsp, 
se o relator no STJ entender que o recurso versa sobre questão constitucional, 
determinará a intimação da parte recorrente para que, no prazo de 15 dias, 
demonstre a repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional. 
 
 
Após isso, o então REsp será encaminhado ao STF para que seja julgado 
como recurso extraordinário. Isso mesmo! Não obstante o interesse das partes, 
reputa-se que o interesse da coletividade, com correta interpretação 
constitucional da matéria, se sobreporia, razão pela qual o recurso será julgado 
como extraordinário pelo STF. 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso 
especialversa sobre questão constitucional, deverá conceder PRAZO DE 15 
(QUINZE) DIAS para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral 
e se manifeste sobre a questão constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o 
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá 
devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. 
Ainda sobre o dispositivo acima, prevê o parágrafo único que o relator do 
processo no STF poderá negar admissibilidade ao recurso extraordinário e 
devolvê-lo para processamento como recurso especial perante o STJ. 
 
O art. 1.033, do CPC, faz o caminho inverso. Se no art. 1.032 temos a 
possibilidade de que o relator do REsp no STJ entenda que a matéria tem caráter 
constitucional e, em face disso, determina o envio dos autos para que seja 
processado como recurso RExt; no art. 1.033 temos a possibilidade de o STF 
entender que o recurso envolve diretamente legislação federal (ainda que 
reflexamente aborde assunto constitucional) e determine, portanto, a remessa 
dos autos ao STJ para que efetue o processamento do recurso como especial. 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa 
à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da 
interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de 
Justiça para julgamento como recurso especial. 
 
 
Quanto ao art. 1.034, do CPC, a leitura atenta é o suficiente para a prova. 
Art. 1.034. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o 
Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, 
aplicando o direito. 22 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e 
MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª edição, rev., ampl. e 
atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 1106. 
Parágrafo único. Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial 
por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais 
fundamentos para a solução do capítulo impugnado. 
Para encerrarmos a análise dos recursos excepcionais vamos analisar o art. 
1.035, do CPC, que se aplica apenas aos RExt. 
Vimos na leitura acima que os recursos que tramitam perante o STF devem 
demonstrar a repercussão geral. 
Isso não ocorre em relação ao REsp, mas apenas em relação ao RExt. 
A demonstração da repercussão geral é considerada pela doutrina como 
requisito intrínseco de admissibilidade do RExt. A repercussão geral tende a 
selecionar para julgamento pelo STF tão somente os processos cuja matéria 
discutida transcende aquele caso concreto, revestindo-se de interesse 
institucional. 
De acordo com o art. 1.035, do CPC, ao analisar determinado processo, o 
STF poderá entender que determinado RExt não tem repercussão geral. Segundo 
a doutrina predomiante: 
O recurso apenas poderá ser inadmitido se dois terços dos membros do 
tribunal reputarem que a questão não tem tal relevância geral. Ou seja, a 
manifestação negando a existência de repercussão geral precisará provir do 
Plenário do STF, que reúne todos os seus membros. O relator isoladamente ou 
mesmo a Turma não poderão negar conhecimento 
 
 
ao recurso esse fundamento, enquanto não houver pronunciamento nesse 
sentido do 
próprio Plenário. 
Veja: 
Art. 1.035. O Supremo Tribuna l Federal, em decisão irrecorrível, NÃO conhecerá 
do 
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver 
repercussão geral, nos termos deste artigo. 
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada A EXISTÊNCIA OU NÃO DE 
QUESTÕES RELEVANTES DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO, POLÍTICO, SOCIAL OU 
JURÍDICO QUE ULTRAPASSEM OS INTERESSES SUBJETIVOS DO PROCESSO. 
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para 
apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. 
Assim, considera-se com repercussão geral o recurso que aborda questões 
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassa 
os interesses subjetivos do processo. 
WAMBIER, Luiz Rodrigues e TALAMINI, Eduardo. Curso Avançado de Processo 
Civil, vol. 2, 16ª edição, reform. E ampl. com o novo CPC, São Paulo: Editora 
Revista dos Tribunais, 2016, 607. 
 
Além disso, de acordo com o §3º, considera-se dotado de repercussão geral 
sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
 contrariar súmula de jurisprudência do STF; 
 tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
Veja: 
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
 
 
II – Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016) 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos 
termos 
do art. 97 da Constituição Federal. 
Sintetizando: 
Veja, na sequência, os demais §§ do art. 1.035: 
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de 
terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno 
do Supremo Tribunal Federal. 
 
REPERCUSSÃO GERAL 
 
01)_CONCEITO: 
 
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que 
ultrapassem os interesses subjetivos do processo CONSIDERA-SE COM 
REPERCUSSÃO GERAL O ACÓRDÃO QUE contrariar súmula do STF reconhecer a 
inconstitucionalidade de lei federal (+ tratado) 
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal 
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso 
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente 
o prazo de 5 (cinco) dias 
para manifestar-se sobre esse requerimento. 
 
 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar 
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de 
recursos repetitivos caberá agravo interno. 
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de 
origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem 
que versem sobre matéria idêntica. 
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no 
prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, RESSALVADOS os 
que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
§ 10. Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016. 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será 
publicada no diário oficial e valerá como acórdão. 
De acordo com os §§ acima, alguns pontos são relevantes para a prova: 
 Admite-se a manifestação de terceiros por decisão do relator para fins de 
aferição da repercussão geral. 
 Reconhecida a repercussão geral de determinada matéria, o relator do 
processo no STF irá determinar a suspensão de todos os processos no 
território nacional que envolva a mesma questão. 
 Se houver determinação de sobrestamento em RExt que esteja 
intempestivo, o interessado poderá requerer ao Presidente do tribunal de 
origem que inadmita o recurso interposto fora do prazo. Para tanto, 
primeiramente, irá determinar a intimação da parte recorrente para que 
se manifeste no prazo de 5 dias. 
Note que a finalidade aqui é evitar o estado de sobrestamento do processo 
sem qualquer utilidade. 
Independentemente de a matéria ser a mesma da que foi reconhecida com 
repercussão geral, o processo não chegará a ser analisado porque é intempestivo. 
 
 
Assim, pode-se prosseguir com eventual execução definitiva no processo de 
origem. 
 Se for negada a repercussão geral, todos os processos sobrestados que 
penderem de análise de admissibilidade tambémserão considerados 
automaticamente não admitidos. 
 Os processos que tiverem repercussão geral conhecida têm prioridade de 
trâmite, com exceção daqueles processos no STF que envolvam réu preso 
e pedidos de habeas corpus. Não obstante essa regra, eles devem ser 
julgados no prazo de um ano. 
Com isso encerramos a análise dos recursos excepcionais, ou seja, do recurso 
extraordinário e do recurso especial. 
 
Sintese. 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 
 
● CONCEITO: espécies recursais que não estão voltadas para o reexame de 
matéria já decidida no contexto interpartes. Não se colocam para analisar a justiça 
da decisão de segundo grau. São recursos voltados para tutelar o sistema e o 
direito objetivo, não diretamente o direito das partes. 
● CARACTERÍSTICAS: 
 são recursos excepcionais, interponíveis se esgotadas as vias ordinárias. 
 cabíveis contra decisões interlocutórias e sentenças. 
 visam tutelar a correta interpretação da legislação federal. 
 não são providos de efeito suspensivo (ope legis), mas admitem concessão 
judicial (ope judicis) 
 exigem prequestionamento. 
 
 
 
● CABIMENTO 
 cabimento do RExt: 
➢ Decisão contrária a dispositivo desta Constituição; 
➢ Decisão que declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
➢ Decisão que julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta 
Constituição. 
➢ Decisão que julgar válida lei local contestada em face de lei federal. 
 cabimento do REsp: 
➢ Decisão que contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
➢ Decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face de lei 
federal; 
➢ Decisão que der à lei federal uma interpretação divergente da que lhe tenha 
atribuído outro tribunal. 
 
● INTERPOSTO O RECURSO, O PRESIDENTE/VICE DO TRIBUNAL PODERÁ 
 
1ª POSSIBILIDADE: negativa de seguimento: 
 
a) Se o RExt discutir questão constitucional sobre a qual não foi reconhecida a 
repercussão geral ou esteja contrário à repercussão geral já reconhecida. 
b) Se o RExt ou REsp estiverem em contradição com acórdão do STF ou do STF 
decidido em IRDR. 
2ª POSSIBILIDADE: encaminhar os autos ao colegiado para juízo de retratação 
3ª POSSIBILIDADE: sobrestar o processo 
4ª POSSIBILIDADE: selecionar o recurso para envio ao STF ou ao STJ como 
processo paradigma de recursos especiais ou extraordinários repetitivos 
 
 
5ª POSSIBILIDADE: juízo de admissibilidade e envio ao STF/STJ 
A) Se o juízo de admissibilidade for positivo (houve conhecimento do recurso), os 
autos serão enviados ao tribunal superior para processamento. 
B) Se o juízo de admissibilidade for negativo (não for conhecido o recurso por 
ausência dos pressupostos processuais), a parte poderá agravar de instrumento 
na forma do art. 1.042 do CPC, o qual já estudamos. 
● O recurso extraordinário somente será julgado após o recurso especial. 
● REPERCUSSÃO GERAL: questões relevantes do ponto de vista econômico, 
político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo 
 CONSIDERA-SE COM REPERCUSSÃO GERAL O ACÓRDÃO QUE 
➢ contrariar súmula do STF 
➢ reconhecer a inconstitucionalidade de lei federal (+ tratado) 
 Boa aula! 
 
BIBLIOGRAFIA 
NUNES, Elpidio Donizetti. Curso didático de direito processual civil. 20. ed. São Paulo: Atlas, 
2017. 
GONÇALVES, Marcos Vinicius Rios. Novo curso de direito processual civil: teoria geral e 
processo de conhecimento. São Paulo: Saraiva, 2020.

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