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EMBRIOLOGIA DAS ARTERIAS

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DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DAS ARTÉRIAS 
1. Vasculogênese e angiogênese – pares de vasos sanguíneos; 
A vasculogênese é a formação de novos vasos sanguíneos pela união, fusão de precursores individuais celulares, os angioblastos. Já a angiogênese é a formação de novos vasos pelo brotamento e ramificação de vasos sanguíneos preexistentes. A formação desses vasos sanguíneos, se inicia por volta da terceira semana do desenvolvimento embrionário, em que as células mesenquimais passam por um processo de diferenciação, dando origem as células formadoras de vasos, os angioblastos. 
Os angioblastos se agregam para formar aglomerados celulares isolados, ou o que chamamos de ilhotas sanguíneas, que são associados à vesícula umbilical ou com os cordões endoteliais dentro do embrião. Surgem nas ilhotas pequenas cavidades, lúmen do vaso sanguíneo primitivo, assim os angioblastos se organizam ao seu redor e de forma achatada, formando um verdadeiro endotélio. Se essas cavidades vierem a se fusionar, chamamos esse processo de vasculogenese. Contudo, se a partir dessas cavidades, vasos se ramificarem, e em seguida, por meio do brotamento, se fundir com outros vasos, chamamos esse processo de angiogênese. 
2. Explicar as artérias arcos aórticos – irrigam os arcos faríngeos;
O aparelho faríngeo, ou arcos faríngeos, se desenvolve durante a quarta semana, e assim são irrigados pelas artérias dos arcos faríngeos do saco aórtico. As células mesodérmicas migram dos arcos para o saco aórtico, conectando as artérias dos arcos faríngeos ao trato de saída, na aorta dorsal. 
Assim temos o desenvolvimento de seis pares de artérias dos arcos faríngeos, contudo o quinto par é rudimentar, ou seja, ele não existe. É importante salientar que os pares de artérias arcos faríngeos não estão presentes todos ao mesmo tempo durante o desenvolvimento embrionário. 
O primeiro par das artérias arcos faríngeos formam as artérias maxilares que irrigam a região da orelha, dos dentes, músculos dos olhos. 
O segundo par das artérias arcos aórticos formará as artérias estapédicas, que vão nutrir os ossículos da orelha media. A aorta dorsal direita e esquerda contribuem para o desenvolvimento tanto das artérias maxilares e estapédicas. 
O terceiro par dá origem as artérias carótidas (comuns, externas e internas. A região proximal dá origem as carótidas comuns, enquanto a região distal forma a carótida interna; essa última irriga a orelha media, orbitas, encéfalo, meninges, hipófise. Novamente as aortas dorsais contribuem. 
O quarto par de artérias arcos aórticos dá origem, em seu LADO DIREITO na região proximal, a artéria subclávia direita. Aorta dorsal direita e a sétima artéria intersegmentar também contribuem para a formação para a artéria subclávia direita. Artéria subclávia esquerda vem da sétima artéria intersegmentar esquerda. O LADO ESQUERDO do quarto par de artéria arco aórtico produz a região proximal do arco aórtico, que vem também do saco aórtico. A aorta dorsal esquerda dá origem a aorta descendente. 
O sexto par de artérias arcos aórticos dão origem as artérias pulmonares direita e esquerda. Na região distal do LADO ESQUERDO do sexto par liga as artérias pulmonares a aorta dorsal esquerda. O ducto arterial se desenvolve, chamamos de ducto arterial. Na fase embrionária, o ducto desvia esse sangue para a aorta dorsal, já que o pulmão está sendo formado e ainda não é capaz de fazer trocas gasosas. 
3. Origem da aorta ascendente, do arco da aorta e da aorta descendente;
A partir de um processo de septação, o tronco arterioso dará origem a aorta ascendente. Esse processo ocorre durante a quinta semana do desenvolvimento embrionário, porque há a migração e proliferação de células mesenquimais na região do bulbo cardíaco, que fica na região caudal do tronco. Isso formará as cristas bulbares e troncais. As cristas sofrem uma rotação de 180 graus em espiral, resulta na formação de um septo aorticopulmonar espiral quando as cristas se fundem. Esse septo divide o bulbo cardíaco e o tronco arterioso em dois canais arteriais, a aorta ascendente e o tronco pulmonar. Devido à espiralização do septo aorticopulmonar, o tronco pulmonar gira ao redor da aorta ascendente.
A artéria esquerda do quarto arco aórtico mantém sua conexão com a aorta dorsal fundida e, com um pequeno segmento do saco aórtico, ela se torna o arco da aorta; e a porção mais proximal da aorta descendente. O restante da aorta descendente, a partir do quarto nível torácico em direção caudal, é originário das aortas dorsais fundidas.
4. Derivados das artérias intersegmentares dorsais, ventrais, laterais;
As artérias intersegmentares dorsais são ramos das artérias dorsais, e sua quantidade é definida pelos pares de somitos. Elas irrigam os somitos e seu derivados e dão origem a parte da vasculatura da cabeça, pescoço, parede corporal, membros e coluna vertebral.
Essas artérias no pescoço, sete pares, se unem para formar uma artéria longitudinal de cada lado, a artéria vertebral. A maioria das conexões originais das artérias à aorta dorsal desaparece. No tórax, as artérias intersegmentares dorsais persistem como artérias intercostais. A maioria das artérias intersegmentares no abdome se torna artérias lombares; entretanto, o quinto par das artérias intersegmentares lombares permanece como artérias ilíacas comuns. Na região sacral, as artérias intersegmentares formam as artérias sacrais laterais. A região caudal da aorta dorsal dá origem a artéria sacral mediana. Artérias intersegmentares ventrais contribuem para a irrigação do intestino primitivo. 
As artérias intersegmentares laterais que se formam ao longo das aortas dorsais, degeneram. Na área do sistema urogenital, vindo do mesoderma lateral, há um grupo de derivados dessas artérias. Os rins, os ovários vão ser irrigados por esse tipo de artérias. 
5. Derivados das artérias vitelínicas;
As artérias vitelínicas irrigam o saco vitelínico. Na região do intestino anterior, médio e posterior há também irrigação derivada das artérias vitelínicas, com contribuição das artérias intersegmentares ventrais (que ajudam a formar as artérias celíacas e artéria mesentérica inferior para irrigar os derivados do intestino superior e a cloaca). 
O intestino anterior é irrigado pelo tronco celíaco. A artéria mesentérica superior irriga o intestino médio. A artéria mesentérica inferior irriga o intestino posterior. 
6. Derivados das artérias umbilicais; 
As artérias umbilicais transportam sangue com baixo teor de oxigênio e produtos residuais do embrião para a placenta. Essas artérias surgem a partir da aorta dorsal. As porções proximais dessas artérias se tornam as artérias ilíacas internas e as artérias vesicais superiores, que irrigam a bexiga. As porções distais das artérias umbilicais obliteram e se modificam, formando os ligamentos umbilicais médios.
7. Modificações que ocorrem em vasos do tipo artéria depois do nascimento; 
A transposição de grandes artérias (TGA) é a causa comum de doença cardíaca cianótica em neonatos. TGA é frequentemente associada a outros defeitos cardíacos (p. ex., Defeitos do Septo Atrial e Defeitos do Septo Ventricular). Em casos típicos, a aorta se localiza anterior e a direita do tronco pulmonar e origina-se do ventrículo direito morfológico, ao passo que o tronco pulmonar origina-se do ventrículo esquerdo morfológico. Os defeitos DSA e DSV associados permitem algumas trocas entre as circulações pulmonar e sistêmica.
Por causa desses defeitos anatômicos, o sangue venoso sistêmico desoxigenado que retorna ao átrio direito entra no ventrículo direito e, então, passa para o corpo através da aorta. O sangue venoso pulmonar oxigenado passa através do ventrículo esquerdo de volta para a circulação pulmonar. Com um forame oval patente e a obstrução do ducto arterioso, há certa mistura de sangue. Entretanto, na ausência de um forame oval patente, uma atriosseptoplastia por balão (criação de um espaço entre os átrios) é um recurso que permite a sobrevivência das crianças acometidas por facilitar o fluxo sanguíneoda esquerda para a direita enquanto se espera pela correção cirúrgica definitiva. Sem a correção cirúrgica da TGA, essas crianças geralmente morrem dentro de poucos meses.

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