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DNA 
Polímero formado por nucleótidos – base azotada (parte hidrofóbica) + pentose 
+ grupo fosfato (parte hidrofílica). 
Nucleósido – base + açúcar. 
Bases azotadas - purinas – duplo anel, A e G; pirimidinas – anel simples, T, C e U. 
Dupla hélice – unida por duas forças: pontes de H nas bases complementares e 
interações hidrofóbicas. 
Extremidade 5’COOH e 3’OH. Cadeia codante DNA = mesma sequencia do mRNA; Cadeia anticodante é a 
complementar que serve de molde para a síntese do DNA. 
DNA não codificante: 
ncDNA – DNA que não contem instruções para fazer proteínas, consiste em elementos reguladores, intrões, RNA não 
codante, sequencias repetitivas e telómeros. Estão envolvidos em vários processos biológicos: tRNA, rRNA ou snRNA, 
assim como pequenos cmRNA e microRNA. 
microRNA – pequenas sequencias de RNA cortadas de uma larga sequencia precursora não codante que atuam 
como reguladoras da expressão genica em plantas e animais, pós-transcrição. Existem cerca de 2000 miRNA em 
humanos. 
Biogénese do miRNA: são transcritos pela RNA polimerase II no núcleo em miRNA primários. Estes sofrem capping e 
poliadenilação. São de seguida ligados a um complexo que abrange a enzima RNAase – DROSHA - e o seu cofator 
essencial – proteína de ligação DRGCR8. 
Micro RNA são moléculas curtas de RNA, expressas endogenamente que regulam a expressão génica, ligando-se 
diretamente á UTR 3’ de mRNA codificador de proteínas. Micro RNAs são processados pelo núcleo pela DROSHA, 
exportadas para o citoplasma e a clivagem pelo DICER determina o miRNA maduro. A cadeia madura é carregada no 
RISC que guia o complexo para o mRNA alavo, reprimindo a tradução. 
Estrutura e organização do gene 
 
 
 
Promotor – região reguladora a montante do inicio da transcrição. Local de ligação da maquinaria. 
Caixa TATA – sitio de ligação do fatores de transcrição. 
Intrão – região não codificante que é removida no RNA madura. 
 Fase do intrão: 
 - fase 0 – tripleto normal 
 - fase 1 – 1 do tripleto anterior e 2 do seguinte 
 - fase 2 – 2 do tripleto anterior e 1 do seguinte. 
Exão – na molécula de mRNA pode codificar aminoácidos. Nos outros tipos de RNA é uma parte estrutural. 
UTR – região não traduzida; ORF – open frame Reading ou região que é traduzida. 
Codão START – metionina ATG OU AUG ; Codão STOP – vários 
Tipos de RNA 
tRNA – transporta aminoácidos do citosol para o ribossoma. Contem o anticodão, que pareia com o codão mRNA. 
rRNA – juntamente com as proteínas ribossomais formam as sub-unidades ribossómicos. 
mRNA – leva a informação genética contida no DNA para ser produzida a proteína. 
snRNA – atuam no processamento do mRNA. 
miRNA – microRNA’s. 
• Codificantes: pré-mRNA → mRNA 
• Funcionais: pré-rRNA → rRNA; pré-tRNA →tRNA; snRNA; scRNA; tmRNA em bactérias. 
 
Estrutura da cromatina 
Heterocromatina - DNA inativo com funções estruturais durante o ciclo celular. 
 Constitutiva – não é expresso em proteínas e está sempre condensada – 
centrómeros e telómeros. 
 Facultativa – não é permanente e contem apenas genes inativos. 
Eucromatina – DNA ativo que pode ser expresso em proteínas e enzimas. 
Nucleossoma – estrutura básica da cromatina. Formada pelas histonas H2A, H2B, H3 e H4 enquanto que a H1 une 
todas elas, estabilizando o nucleossoma 
DNA linker – liga dois nucleossomas 
Para a maquinaria aceder ao DNA a cromatina tem de se abrir. 
Acetilação – Histona Acetil transferase. Histonas alteram a conformação, abrindo a cadeia 
Metilação – está associado á repressão transcricional (heterocromatina). 
Genes ativos – DNA desmetilado + histonas acetiladas 
Genes inativos – DNA metilado + Histonas desacetiladas + histonas metiladas 
Remodeling – alterações na estrutura do cromossoma não alterando o posicionamento 
Sliding – movimentação física do nucleossoma ao longo da cadeia de DNA 
Displacement – nucleossoma é transferido para outra molécula de DNA ou partes adjacentes. 
 
RNA polimerase VS DNA polimerase 
Semelhanças: A direção de crescimento da cadeia é igual: ambas adicionam nucleótidos a uma extremidade 3’-OH 
em crescimento. Ambas usam como substrato nucleótidos trifosfatados como fonte de energia para o deslocamento 
da enzima. Ambas usam uma cadeia de DNA como molde para a cadeia que sintetizam. 
 Diferenças: RNA polimerase não tem atividade de reparação. As DNA polimerases precisam de sequencias 
iniciadoras – primers. As RNA polimerase sintetizam uma cadeia molde RNA complementada a partir do molde de 
DNA enquanto que as DNA polimerase usam a cadeia molde para sintetizar a complementar do DNA. 
 
Transcrição do RNA 
Dogma Central – a expressão da informação genéticas é unidirecional. 
Unidades de transcrição – apenas uma pequena porção do DNA é traduzida 
Processo de formação do mRNA a partir da cadeia molde de DNA no núcleo. É catalisada pela enzima RNA-
polimerase. Fatores de transcrição responsáveis por romper as ligações de H entre as bases. 
Tipos de RNA polimerase 
- PolI – sintetiza rRNA no núcleo. 
- PolII – sintetiza mRNA e snRNA no nucleoplasma. 
- PolIII – sintetiza genes de tRNA, a componente 5S do tRNA e outros snRNA no nucleoplasma. 
Fatores de transcrição – TF’s 
As RNA polimerase precisão de fatores de transcrição. 
TF’s gerais – formam complexo no DNA, recrutam RNA polimerase, promovem inicio da transcrição e são suficientes 
para os níveis basais da transcrição. – Housekeeping genes 
TF’s específicos – função reguladora na transcrição, ativados/inativados em alturas e locais específicos. Controlam o 
padrão de transcrição no tempo/espaço e ligam o DNA aos elementos de controlo – enhancers ou repressors. 
 Caixa CG 
 Caixa TATA 
 Caixa CAAT 
Mecanismos de TF’s que regulam a transcrição: 
• Estabilizam/bloqueiam a ligação da RNA Pol ao DNA. 
• Catalisam a acetilação/desacetilação das histonas, por vezes com o auxilio de proteínas (HAT – histona acetil-
transferase; HADC – histona desacetilase). 
• Ligação de um ativador ao sitio de ligação 
potencializa a ligação do TFiiD á caixa TATA e o 
recrutamento do TFiiB. 
Reconhecimento do promotor pela RNA Polimerase 
através de proteínas acessórias. 
Nas bactérias o TF’s mais importantes são os fatores 
sigma – permite a polimerase ligar-se ao promotor. 
A ligação da RNA polII ao promotor requer 26 TF’s que 
formam sequencias chamadas de enhancers ou 
silencers. 
Assim que se dá o reconhecimento do promotor o 
mecanismo da transcrição passa por 3 fases: 
1. Iniciação: 
• TBP (componente do TFiiD) liga-se ao DNA pela caixa TATA. 
• TFiiD e TFiiB ligam-se ao TBP e promovem a ligação da RNA PolII ao inico da transcrição. 
• Ligação do TFiiD, TFiiE e TFiiH através da atividade da helicase – destabiliza a dupla hélice - e quinase 
– fosforilação do CTD. 
• TFiiH usa ATP para fosforilar a RNA PolII, de forma a que esta é liberada do complexo e é capaz de 
iniciar a transcrição. 
• A cadeia molde entra na PolII até o centro ativo. 
• Inicia-se a transcrição 
2. Elongação: 
• Enquanto a RNA PolII encontra novos nucleótidos da cadeia molde DNA, sucessivos nucleótidos são 
adicionados ao transcrito em crescimento na extremidade 3’. 
• Quando a base complementar se liga o centro ativo muda estruturalmente e promove a formação 
da ligação fosfodiéster na cadeia de cescimento. 
3. Terminação: 
• Quando a RNA PolII chega ao codão STOP esta dissocia-se do DNA e a molécula de mRNA recém 
formada é libertada. 
• Iniciação da segunda ronda de transcrição não implica o termino da primeira. Um gene pode ter 
várias moléculas de mRNA em crescimento. 
Regulação da transcrição: 
• Conformação da cromatina 
• Metilação do DNA 
• Regulação de genes por promotores 
Processamento do mRNA 
A molécula RNA recém produzida a partir do DNA modelo é um transcrito primário. O processamento dessa 
molécula para mRNA maduro ocorre dentro do núcleo das moléculas eucariotas. Inicia-se durante a transcrição, e a 
maquinaria de splicing é recrutada depoisda colocação da cap5’ pela PoliII e TF’s 
Consiste em 3 eventos: 
1. Adição da guanina modificada pelo CTD na extremidade 5’ – cap 5’ – necessária para o ribossoma se ligar ao 
mRNA para iniciar a síntese proteica. Função: protege o transcrito das exonucleases 5’ →3’ e facilita o 
transporte do núcleo para o citoplasma – Capeamento do mRNA 
2. Adição de uma cauda de polyA na extremidade 3’. Esta estabiliza o mRNA e facilita o transporte para o 
citoplasma – Poliadenilação do mRNA 
3. Remoção dos intrões pelo Splicing. 
Splicing – processo que remove os intrões e junta os 
exões durante a transcrição do mRNA pelo sliceossoma. 
As células procariotas não têm intrões. O spliceossoma é 
formado por proteínas ligadas ao snRNA. 
Splicing alternado – tipo de splicing no qual os intrões 
são removidos de formas diferentes, ligando os exões 
também de formas diferentes. Pode produzir diferentes 
proteínas a partir do mesmo gene. Os diferentes mRNA 
formados são chamados de transcritos. 
Tradução do mRNA – sentido 5’ ->3’ 
A síntese de proteínas envolve 2 processos: 
• Transferência de informação no qual a sequencia de bases do mRNA determina a sequencia de aminoácidos. 
• Processos químicos pelos quais os aminoácidos são ligados. 
Componentes da tradução: 
• mRNA – contem sequencia codante 
• ribossomas – local de síntese proteica, alinham os tRNA com os anticodões e adicionam aminoácidos ao 
polipéptido em crescimento por ligações peptídicas. 
• tRNA – contem anticodão com o correspondente aminoácido, transporta-os para o ribossoma. 
• Aminoacil-tRNA sintetases – catalisam a ligação de um aminoácido ao tRNA. 
• Fatores de iniciação, elongação e terminação – especializadas para participar nas diferentes fases da 
tradução. 
1. Iniciação: envolve múltiplas proteínas elFs – eukaryotic initiation factos. 
o elF1A e elF3 ligam-se á sub-unidade ribossomal 40S. 
o elF2 em complexo com GTP liga-se ao tRNA iniciador. 
o elF4 ligado ao cap5’ leva o mRNA para o ribossoma 
o Scanning do mRNA (5’ →3’) até ao codão iniciador AUG – metionina. 
o Dissociação dos fatores de iniciação e ligação do anti-codão complementar através do metionil – 
tRNA iniciador. 
o Sub-unidade 60S (inclui 3 sitios de ligação para o tRNA: E-exit-P-peptidyl-A-aminoacyl) liga-se á 40s 
e forma o complexo de iniciação. 
o Depois da formação do complexo de iniciação, a tradução prossegue por elongação da cadeia. 
2. Elongação 
o tRNA iniciador liga-se ao sitio P deixando o A vazio. 
o Segundo tRNA liga-se ao local A formando uma ligação peptídica – enzima peptidil transferase – com 
o aminoácido inicial. 
o tRNA iniciador é translocado para o sitio E e é liberado. 
o Ribossoma move-se ao longo do mRNA fazendo a ligação de anti-codão-codão e adicionando 
aminoácidos á cadeia polipeptídica. 
3. Terminação: quando o ribossoma atinge um codão STOP no mRNA, o polipeptídeo e o mRNA são libertos: 
o O tRNA que suporta a cadeia polipeptídica fica na unidade P. 
o Fator de libertação (RF) liga-se ao ribossoma. 
o O polipeptídeo é separado do tRNA a que está ligado. 
o As sun-unidades 40S e 60S são recicladas e usadas na tradução de outro mRNA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Replicação de DNA 
É um processo semi-conservativo, cada cadeia da dubla hélice serve de molde para a síntese de uma nova cadeia 
filha. Requer a quebra das ligações de H entre as bases. 
o Inicia-se em pontos específicos – origens de replicação – resultando numa forquilha de replicação onde a 
topoisomerase desenrola a dupla hélice de DNA e a DNA helicase quebra as pontes de H entre as bases após 
a DNA polimerase. 
o As proteínas SSB (single-stranded DNA binding proteins) estabilizam a cadeia simples do DNA e impedem 
que as cadeias se juntem novamente. 
o A DNA polimerase adiciona desoxirribonucleicos no terminal 3’ da cadeia em crescimento, usando a cadeia 
separada como molde. Substratos para a DNA 
polimerase: dATP, dGTP, dTTP e dCTP. 
o A polimerização catalisada pela DNA polimerase 
ocorre no terminal 3’ em crescimento a síntese é 
continua numa das cadeias molde – cadeia líder ou 
leading. 
o Na outra cadeia como a síntese ocorre no sentido 
5’ →3’ (ou seja é lida de 3’ →5’) ocorre em 
fragmentos – fragmentos de Okasaki - e na direção 
contrária ao movimento da forquilha de 
replicação. Estes fragmentos vão ser mais tarde 
ligados pela DNA ligase. Esta cadeia é a atrasada 
ou lagging. 
o No inicio da replicação em ambas as cadeias são 
sintetizados pequenos fragmentos de RNA para 
servirem de iniciadores da polimerização - RNA 
primers – que são sintetizados pelos complexos 
proteicos – primossomas – cujo componente 
principal é a primase (tipo de RNA polimerase) 
o A replicação em eucariotas pode ser iniciada em 
vários locais ao longo da cadeia – o que reduz o 
tempo de replicação. A replicação é bidirecional. 
Proof-reading: A DNA polimerase verifica a cadeia através de uma exonuclease (3’ →5’) que consegue remover a 
base errada. 
Enzimologia da replicação do DNA 
1. Inicio da replicação 
o Topoisomerase – DNA girase desenrola o DNA 
o Helicase – separa as fitas de DNA 
o SSB – liga-se ao DNA fita simples e estabiliza-o, impedindo que voltem a unir-se. 
o Primossoma – complexo enzimático com 
o RNA primase – tipo de RNA polimerase que sintetiza primers de RNA 
2. Elongação 
o DNA polimerase 
o DNA polimerase α – sintese e iniciação da fita atrasada 
o DNA polimerase β – repara o DNA 
o DNA polimerase δ – síntese da fita líder; exonuclease de atividade 3’ →5’ 
o DNA polimerase ε – reparo do DNA; exonuclease de atividade 5’ →3’ 
o Nucleótidos - dATP, dGTP, dTTP e dCTP. 
o Fita de crescimento contínuo – leading 5’ ->3’ 
o Fita de crescimento descontinuo – lagging 3’ ->5’ – fragmentos de Okazaki 
3. Terminação 
o Nucleases reparadoras – retiram os seguimentos de primer 
o DNA polimerase b – repara DNA e preenche os espaços vazios. 
o DNA ligase – une os fragmentos de DNA 
o Telomerase – síntese de telómeros. 
Mecanismos de reparação dos telómeros 
Durante a replicação da cadeia atrasada os primers dos fragmentos de Okazaki podem ser substituídos por DNA e 
ligados para formar uma fita continua. Mas quando a forquilha de replicação chega á extremidade de um 
cromossoma há um prolongamento do DNA que não é coberto pelos fragmentos. Assim partes do DNA eucarióticos 
seguem sem serem copiados em cada ciclo de replicação. Sem um mecanismo de compensação o cromossoma iria 
encurtar cada vez mais. 
Para evitar a perda de genes as extremidades dos cromossomas têm tampões de DNA – telómeros. Estes precisam 
ser protegido dos sistemas de reparação das células. As extremidades dos telómeros formam alças protetoras assim 
como a presença de proteínas associadas ás extremidades que impedem a reparação. 
Algumas células tem a capacidade de reverter o encurtamento dos telómeros através da expressão da telomerase, 
que estende os telómeros dos cromossomas. 
Telomerase – transcriptase reversa que consegue sintetizar DNA a partir de RNA. Reconhece a extremidade rica em 
G do telómero a aumenta por complementaridade o comprimento do telómero. Existe normalmente nas células 
germinativas e de tronco mas não nas células somáticas 
 
Replicação do DNA circular teta: Bactérias 
É iniciada numa única origem de replicação. Se existirem duas forquilhas de replicação estas progridem em ambos os 
sentidos, ate se encontrarem. Se tiver só uma forquilha, continua em redor ate produzir duas moléculas completas 
de DNA circulante. 
 
Replicação circular rolante: 
Inicia-se com a quebra de apenas uma cadeia num local especifico, onde os produtos de replicação circular rolante 
são varias moléculas de DNA circular. 
 
 
 
Transcrição: Procariotas VS eucariotas 
 Procariotas Eucariotas 
Região promotora Caixa TATA e TTGACA Caixa TATA 
mRNA Monocistrónico e policistrónico Monocistrónico 
RNA polimerase 1 RNA polimerase com 6 unidades RNA PolI – rRNA 
RNA PolII– Mrna 
RNA PolIII – tRNA, 2 sub-unidades 
Estabilização do mRNA Inexistente Capping de 5’ e poliadenilação da 
extremidade 3’ 
Iniciação Fator sigma – ligação da RNA 
polimerase ao promotor 
Ligação da RNA polimerase ao 
promotor após os TF’s 
Intrões Inexistentes Eliminados no splicing 
Localização Acoplada á tradução Núcleo 
Controlo Simples Complexo através de vários TF’s em 
vários locais da região promotora 
 
Edição do RNA 
Dá-se no mRNA, tRNA e rRNA e foi detetada na mitocôndria, cloroplastos e snRNA. É editado segundo 2 
mecanismos: 
1. Alteração química de nucleótidos individuais – mutações pontuais. 
2. Edição através da deleção/inserção. 
1) Catalizadas por enzimas que reconhecem sequencias especificas: 
• Citosina deaminase – converte citosina em uracilo 
• Adenosina deaminase – converte adenosina em inosina, que depois os ribossomas traduzem como 
guaninas. 
2) A inserção/deleção são guiadas pelas moléculas RNA guias. No caso das inserções como os gRNA são ricos em 
adeninas a inserção de uracilos é a mais comum. 
 
Tamanho do genoma 
C-value – conteúdo do genoma haploide 
Unidades: Kb – kilobases= 10^3 pares de bases; Mb – megabase= 10^6 pares de bases 
Genoma viral – 100-1000 Kb. 
Genoma bacteriano – 1-10 Mb. 
Genoma eucariótico – 100-1000 Mb. Aqui não há relação entre o C-value e a complexidade do organismo. 
 
Mutações 
A maioria é espontânea – aleatória. As taxas de mutação podem ser aumentadas com mutagénicos químicos ou 
radiação – mutações indutoras. 
Mutações germinativas – células que formam gametas – são herdadas. 
Mutações somáticas – todas as outras que não são herdadas. 
Mutações condicionais – produzem mudanças fenotípicas sob condições especificas. 
Também podem ser classificadas de acordo com o seu efeito no gene: 
• Mutação de perda de função – knockout ou null – inativação completa do gene. 
• Mutação hipofórmica – reduz o nível de expressão de um gene ou atividade de um produto. 
• Mutação hipermórfica – nível de expressão genética maior do que o normal porque altera a regulação do 
gene, ou seja, o produto é superproduzido. 
• Mutação de ganho de função – altera a ação de um gene qualitativamente. 
A nível molecular podem-se sub-dividir: 
• Transição – base pirimidina substituída por uma pirimidina, ou purina substituído por outra purina. 
• Transversão – pirimidina é substituída por uma purina ou vice-versa. Existem 8 possíveis mutações. 
o Anemia falciforme – GAG →GTG 
Podem ainda ser classificadas de acordo com o seu efeito na translação: 
• Mutações missense ou não sinónimo – troca de um aminoácido por outro. 
• Mutações sinónimas ou silenciosas – substituições no DNA que não altera a sequencia do aminoácido. 
• Mutações nonsense – cria um novo codão STOP. 
• Mutações framshift – inserções ou deleções que deslocam o quadro de leitura dos codões mRNA. Qualquer 
inserção ou exclusão que não seja múltipla de 3 produzirá esse deslocamento. 
Hotspot para mutações - Apesar de a maioria das mutações serem espontâneas apresentam locais mais prováveis de 
acontecerem, por exemplo locais de metilação da citosina 
Resumo 
Origem Espontânea 
Induzida 
Na ausência de mutagénicos 
Na presença de mutagénicos 
Tipo de célula Somática 
Germinativa 
Células não reprodutoras 
Células reprodutoras 
Expressão Condicional 
Incondicional 
Expressa em condições restritivas 
Expressa em condições independ. 
Efeito na função Perda de função 
Hipomórfica 
Hipermórfica 
Ganho de função 
Função normal é eliminada 
Função normal é reduzida 
Função normal ampliada 
Expressa em células inapropriadas 
Mudança molecular Substituição de bases 
Transição 
Transversão 
Inserção 
Deleção 
Um par de base é substituído por outro: purina 
por pirimidina etc 
Presença de um ou mais nucleótidos extra. 
Um ou mais nucleótidos em falta 
Efeito na tradução Silenciosa – sinónimo 
Missense – não sinónimo 
Nonsense – terminação 
Frameshift 
Sem alteração na sequencia de aa 
Alteração na sequencia de aa 
Criação de um codão STOP 
Mudança do quadro de leitura 
 
Agentes de mutação 
• Agua: Depurinação – erro na replicação de DNA forma locais sem purinas causados por hidrólises. 
• Agente oxidante: Desaminação – substitui um grupo amina por uma hidroxila causando pareamentos 
errôneos causados pelo óxido nítrico. 
• Base análoga: estruturas moleculares semelhantes a bases comuns que podem ser incorporados caso 
estejam no filamento DNA em replicação 
• Agentes alquilantes: Reagem com o DNA adicionando grupos etil ou metil ás bases. Normalmente a área 
afetada é a guanina acabando por provocar um misspairing com a timina. 
• Agentes intercalares: intercalam entre as bases resultando na distorção e portanto inserção/deleção de 
pares de bases. 
• Ultravioleta: forma dímeros de timinas – ligações covalentes entre pirimidinas adjacentes, principalmente T. 
• Radiações ionizantes: formação de iões reativos e radicais livres. 
Mecanismos e reparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Mismatch repair: repara pares de bases emparelhados corretamente. 
• AP endonuclease repara sítios de nucleótidos nos quais a base foi perdida. 
• Enzimas especiais repara o dano causado por luz ultravioleta. 
• Reparo por excisão: funciona numa variedade de danos ao DNA. Pode ser geral – ocorre ativação em 
qualquer zona do genoma – ou pode ser acoplada á transcrição – RNA polimerase deteta uma lesão no DNA, 
ativa a maquinaria NER que desenrola a cadeia e repara a lesão. 
• Reparo pós-replicação ignora as bases danificadas: quando a replicação é bloqueada devido a uma mutação 
ocorre ativação do sistema. 
Herança Autossómica Dominante: possibilidade de 50% quando um dos progenitores possui a mutação. 
Exemplos: acondroplastia; distrofia miotónica, doença adulta do rim policístico; doença de Huntigton, etc 
Herança Autossómica Recessiva: apenas quando variantes patogénicas são herdadas da mae/pai sendo estes 
portadores saudáveis, 80%. 
Exemplos: albinismo; alcaptonúria; anemia falciforme; doença de Tay-Sachs; fibrose cística e quase todos os erros 
hereditários do metabolismo. 
Herança ligada ao Cromossoma X: Ocorre quando uma variante genética está no cromossoma X, surgindo om mais 
frequência nos homens que nas mulheres. 
 
 
Inativação do cromossoma X: Processo fisiológico no qual um dos X é inativado nas células somáticas das mulheres 
normais igualando assim a expressão da maioria dos genes ligados ao cromossoma X em ambos os sexos – Teoria da 
Compensação de Dose. 
Herança Recessiva Ligada ao X: Tipicamente expressa no fenótipo de todos os homens que a recebem, mas somente 
nas mulheres homozigóticas 
Exemplo: daltonismo; hemofilia; síndrome de Hunter, etc 
Herança Dominante ligada ao X: é regularmente expresso em heterozigotos. Difere da Herança Autossómica 
Dominante pela ausência da transmissão homem-homem. 
Exemplo: síndrome do X frágil; raquitismo resistente á vitamina C; Síndrome de Rett 
Herança ligada ao Y: transmitido para todos os homens e nenhuma mulher. 
Herança Materna – Mitocondrial: 
 Segregação replicativa – ausência de segregação controlada entre a mitose e a meiose 
 Homoplasmia e Heteroplasmia – maioria das células contem muitas cópias de moléculas de mtDNA. 
Quando surge uma mutação no mtDNA inicialmente so esta presente numa delas numa mitocondria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hibridização em Southern Blot 
O DNA é fragmentado utilizando-se enzimas de restrição e os fragmentos são separados por eletroforese em gel de 
agarose de alta resolução. 
Aplicações: 
• Deteção direta de mutações pontuais patogénicas por mapeamento e restrição 
• Deteçãp de RFLP convencionais 
• Deteção de VNTR 
• Deteção de deleções/inserções génicas por mapeamento de restrição. 
PCR 
Análises de dissociação de DNA: amplificar o aprimoramento das antigas análises