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1 EGR 878 - MÁQUINAS AGRÍCOLAS I PROF. DR. REGES DURIGON - NEMA/CCR/UFSM PREPARO PRIMÁRIO DO SOLO - ARADOS EVOLUÇÃO DO USO E MANEJO DO SOLO PREPARO CONVENCIONAL PLANTIO DIRETO CLIMA: TEMPERADO X TROPICAL - TEMPERATURA - PRECIPITAÇÃO OBJETIVO GERAL: Desenvolver estrutura do solo desejável para a semeadura, facilitando rápida infiltração e boa retenção de água, provendo adequada aeração e minimizando a resistência à penetração das raízes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Controlar/remover plantas daninhas; - Misturar (incorporar) fertilizantes/produtos químicos; - Manejar resíduos de plantas; - Movimentar ovos/larvas insetos; - Promover drenagem. Consistência solo: Forças de adesão/coesão (umidade) - Tenacidade, friabilidade, plasticidade, pegajosidade. ARADO DE AIVECAS 2 FUNCIONAMENTO (AÇÃO) - O Arado de aiveca corta, levanta e vira a fatia de solo; - Utiliza a curvatura da aiveca para desagregar o solo e depois depositá-lo ao lado com a parte coberta por restos vegetais para baixo; - A ação da aiveca movendo-se através do solo exerce pressão para cima e em direção ao deslocamento; - O solo é “cortado” em distâncias regulares; - Os blocos de solo raspam e deslizam uns sobre os outros a medida que eles se movimentam sobre a aiveca, causando a desagregação do solo; - A medida que a velocidade de deslocamento aumenta, esta desagregação também aumenta, influindo também a forma da aiveca. Rompimento do prisma de solo pela ação da aiveca. CLASSIFICAÇÃO * Quanto a forma de acionamento: - Tração animal - Tração mecanizada * Quanto a forma de acoplamento: - Arrasto - Montado - Semi-montado * Quando a movimentação do órgãos ativo: - Fixo - Reversível * Quanto ao número de órgãos ativos: - Monocorpo - Multicorpo ARADOS DE AIVECAS REVERSÍVEIS TRAÇÃO ANIMAL TRAÇÃO MECANIZADA ARADO AIVECAS MONTADO ARADO AIVECAS ARRASTO 3 OBJETIVOS DO USO • Enterrar de restos vegetais em profundidade; • Controlar de plantas invasoras; • Uso em tração animal; • Auxilia no secamento do solo (várzeas); • Preparo profundo do solo. CONSTITUIÇÃO DO ARADO DE AIVECA 1 – Aiveca 2 – Relha 3 – Rastro (Costaneira) 4 – Suporte 5 – Coluna RELHA * FUNÇÃO: - Cortar e separar o prisma (leiva) de solo; - Iniciar a elevação da leiva (função da aiveca). * DESGASTE: - Intenso: age como um facão (horizontal); - Atrito do solo: maior solo arenoso. * MATERIAL: - Ferro fundido: autoafiável, resistente abrasão e quebradiço; - Aço triplex: resistente impacto (pedras/raízes) e dificulta a adesão do solo. 4 ÂNGULOS DA RELHA * ÂNGULO VERTICAL: - Inclinação em relação plano horizontal solo; - Varia de 15 a 20°; - Maior ângulo: levantamento abrupto solo; - Maior desagregação da leiva; - Maior força de tração requerida. * ÂNGULO HORIZONTAL: - Ângulo entre seu bordo e a linha de tração; - Varia em função do tipo de solo; - Grandes ângulos: maior largura de corte por relha e exigirão maior demanda de tração. Arenosos e soltos50° Médios45° Argilosos e duros35° Tipo de soloÂngulo Horizontal AIVECA * FUNÇÕES: - Elevar e inverter a posição da leiva de solo; - Desagregação: face curva (flexão do solo); * MATERIAL: Aço triplex Resistente ao atrito e desgaste. * AIVECA: - Continuação da relha; - União entre ambas deve ser boa; - Falhas: aumentam a força de tração; - Relha e aiveca peças separadas: a relha desgasta e danifica com mais intensidade (substituída e/ou afiada); * AIVECA: 3 zonas bem distintas (função) - Primeira (inferior): elevar a leiva de solo; - Segunda (intermediária): desagregar solo; - Terceira (próximo saída solo): inversão leiva. TIPOS DE AIVECAS Cilíndrica Helicoidal Mista Recortada RASTRO, COSTANEIRA OU DENTAL * Peça metálica montada por trás da aiveca; * Apoia-se no sulco de aração; * Auxilia no equilíbrio longitudinal do arado; * Absorve as forças laterais geradas pela ação do corte e levantamento da leiva; * Auxilia a estabelecer a profundidade de corte; * Pode ser substituída pela roda guia. 5 SUPORTE OU PORTA RELHA * Peça ligada a coluna do arado; * Une a coluna com a relha e a aiveca; * Por trás também está unida a costaneira; * Peça estrutural importante: forma, dimensão e furação define os ângulos do arado; * Deve ter estrutura e rigidez suficiente para suportar as cargas contínuas e as sobrecargas aplicadas a todas as demais peças. HASTE OU COLUNA * Une o órgão ativo (Suporte + aiveca + relha + costaneira) ao chassi do arado; * Está colocada na vertical e sofre um esforço de flexão para trás; * Deve ser construída de material resistente: aço forjado ou chapas metálicas dobradas; * Peça onde é colocado o mecanismo de segurança. MECANISMOS DE SEGURANÇA Parafuso de segurança para fixar a coluna: - Rompimento com impactos; - Desvantagem: operador para o conjunto, desce do trator e troca o parafuso; Mecanismo de segurança (parafuso) Rearme: - Rearme feito parando o trator e dando marcha a ré; - Rearme automático: não necessita marcha a ré. 6 DISCO CORTADOR OU SEGA CIRCULAR * Peça colocada à frente (20 mm) do fio da relha; * Função: Cortar os resíduos (vegetação), delimitando a leiva de solo cortada e impedindo o embuchamento; * Posição regulável: preso ao chassi do arado; * Faz o corte vertical da leiva: diminui o esforço de tração do arado. CHASSI PRINCIPAL * Estrutura principal do arado; * Função: Suportar todos os componentes do arado; * Varia de forma e construção: - Deve ser resistente (não deformar-se); - Deve ter pouco peso; * Distribuir adequadamente todos os órgãos ativos. VISTA DO CHASSI DO ARADO DE AIVECAS ACOPLAMENTO (ENGATE) DO TRATOR AO ARADO * Mantê-los em local plano; * Dar marcha a ré no trator, fazendo com que o eixo de simetria do trator coincida com o eixo de simetria do arado, até encostar os dois pontos inferiores do sistema hidráulico de levantamento do trator o mais próximo possível dos pinos localizados em ambos os lados da barra transversal; * Iniciar o engate do arado pelo lado esquerdo, acoplando a rótula esquerda ao pino esquerdo. Travar o pino com um contrapino apropriado (com mola); 7 * Em seguida, aumentando ou diminuindo o comprimento do braço do 3º ponto do sistema hidráulico, faz-se coincidir a rótula com os furos para acoplamento existentes na torre do chassi; * Finalmente, faz-se o acoplamento do braço inferior direito, cuja altura é regulável através da manivela existente neste braço. Se não conseguir coincidência da rôtula direita com o pino direito, alterar o comprimento do braço do 3° ponto sem desacoplá-lo, de forma a conseguir a coincidência desejada. Uma vez conseguida essa coincidência, colocar o pino de acoplamento e travar o pino com um contrapino. PRINCIPAIS REGULAGENS BITOLA DO TRATOR: - Regulagem feita antes do acoplamento do arado; - Escolhida em função da largura total de corte do arado e da largura do pneu; B = L + l - Supondo um arado com largura de corte total de 1 m e trator com pneus 18,4-30, a bitola deverá ser ajustada o mais próximo possível de 1,47 m. Onde: B = bitola; L = largura de corte do arado; l = largura do pneu. - Cálculo da bitola do trator: ALINHAMENTO DO CENTRO DE RESISTÊNCIA DO ARADO: - A linha de tração deve passar pelo centro de resistência do arado; - O centro de resistência do arado deve estar coincidindo com o eixo de simetria do trator, a fim de evitar uma tração deslocada; - A correta posição do centro de resistência do arado é obtida através das barras estabilizadoras reguláveis do sistema hidráulico do trator. • A distância dos braços inferiores até as rodas traseiras devem ser iguais (usar as correntes estabilizadoras), ou seja, centralizar o corpo do arado em relação ao trator fazendo com que a resultante das forças resistentes (CR) se posicione sobre a linha de tração (LT). NIVELAMENTO LONGITUDINAL DO ARADO: - Realizado através do braço do 3° ponto do sistema hidráulico do trator; - Regulagem feita em local plano, onde as aivecas colocadas próximasdo solo devem ficar todas à mesma altura; - Todas as aivecas, quando na posição de operação, devem penetrar à mesma profundidade no solo. NIVELAMENTO TRANSVERSAL DO ARADO: - Realizado em local plano, com o trator e o arado colocados na posição para regulagem da profundidade de aração; - Executado através da manivela contida no braço inferior direito do sistema hidráulico; 8 • Longitudinal (A): regulagem no 3o ponto; • Transversal (B): regulagem no braço direito, manivela niveladora (feito no sulco ou coloca-se um calço na roda traseira que vai no sulco). LARGURA DE CORTE DO ARADO: - Regulada através da posição da barra transversal do chassi, que contém os dois pinos onde o arado é acoplado nos dois pontos inferiores do sistema hidráulico; - Sempre que alterar a largura de corte do arado, deve-se regular a bitola do trator, de forma a assegurar a posição relativa da aiveca em relação ao pneu, conforme descrito anteriormente. - Para o trator de rodas, trabalhando com a roda traseira direita dentro do sulco, a largura de corte do arado deve ser regulada de forma que a primeira aiveca fique com a extremidade posterior da relha alinhada com a face interna do pneu traseiro que trabalha dentro do sulco; PROFUNDIDADE DE ARAÇÃO: - Regulada em terreno plano; - Colocar sob as rodas dianteira e traseira esquerda do trator um calço, com altura igual a profundidade de aração desejada; - Colocar o batente da alavanca de controle da profundidade na posição que indique a profundidade desejada no trabalho; - Quando em operação, esta alavanca for acionada até atingir o batente, o arado aumentará a profundidade de aração até o valor selecionado; - Em tratores, cujo sistema hidráulico possui controle automático de profundidade e ondulação, este sistema garante uma mesma profundidade de aração, mesmo com topografia irregular ou diferentes resistências à penetração; - 0 arado atua sobre o trator originando um esforço de compressão no braço do 3° ponto e esforço de tração nos braços inferiores do sistema hidráulico; - Nesta situação, o braço do 3° ponto atua sobre um sensor do esforço exercido. Se o esforço de compressão é constante, o arado é mantido a uma profundidade uniforme de operação. - Se as rodas dianteiras do trator passarem por uma elevação, o esforço exercido sobre o braço do 3° ponto aumenta, atuando sobre o sensor que aciona o cilindro hidráulico do sistema de levantamento, o qual levanta o arado para diminuir a profundidade de aração, voltando à condição inicial; - A roda traseira do trator ao passar pela elevação, faz com que o arado seja levantado, diminuindo o esforço de compressão exercido sobre o braço do 3° ponto; - O sensor aciona o cilindro hidráulico, fazendo com que o arado abaixe até a posição inicial, mantendo a mesma profundidade; 9 - Quando o arado atinge a elevação, aumenta o esforço de compressão sobre o braço do 3° ponto; - O sensor aciona o cilindro hidráulico para levantar o arado, até a posição equivale à profundidade desejada; - Para adequação da sensibilidade do sistema, os tratores apresentam 3 pontos para acoplamento do braço do 3° ponto do sistema hidráulico. Solos duros Solos médios Solos leves
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