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Cervicalgia: causas e sintomas

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CERVICALGIA
A cervicalgia tem uma prevalência de cerca de 10 a 20% da população adulta; por outro lado, estima-se que até 84% dos adultos apresentem lombalgia em algum momento da vida.
REGIÃO CERVICAL
Função primária e orientar a cabeça em oposição a força da gravidade, movimentação multidirecional da cabeça, onde cada músculo têm sua participação específica na realização dos movimentos e no controle postural.
A coluna cervical é composta por 7 vértebras, separadas entre si por discos intervertebrais, que garantem suporte e mobilidade. 
Os locais mais comuns que apresentam alterações degenerativas estão entre C4 e C7, por onde passam as raízes nervosas C5, C6 e C7 pelo forame intervertebral. A coluna cervical possui uma lordose superficial, que pode ser diminuída (ou até revertida) em pacientes com alterações degenerativas.
Os corpos vertebrais são separados pelos discos intervertebrais, que são compostos por duas porções:
1. Central – chamada de núcleo pulposo, o qual é constituído em 90% água e proteoglicanos.
2. Periférica – denominada ânulo fibroso, formada por fibras resistentes dispostas em lamelas concêntricas.
Tais estruturas são responsáveis por absorção de impacto e dispersão de energia mecânica, sendo importantes alvos de processos degenerativos. 
A biomecânica da coluna cervical envolve a distribuição de forças sobre o disco intervertebral, sendo que a região do ânulo fibroso é a responsável pela recepção de carga, distribuindo posteriormente para o núcleo pulposo.
Durante o processo de envelhecimento, ocorre uma redução da quantidade de água do núcleo pulposo e uma diminuição na capacidade de embebição do disco, associado a um aumento do 
número de fibras colágenas, determinando uma menor elasticidade e compressibilidade.
Tais alterações tornam o ânulo fibroso suscetível a rupturas, podendo, através destes pontos, produzir herniações discais com compressões radiculares.
O músculo cervical e trapézio têm a função de apoiar e fornecer movimento e alinhamento da cabeça e pescoço, além de proteger a medula espinhal e os nervos espinhais do estresse mecânico.
· C1: Flexores da cabeça 
· C2: Estender a cabeça
· C3: Flexionar lateralmente a cabeça
· C4: Elevar o ombro
· C5: Flexores do cotovelo 
· C6: Extensores do punho 
· C7: Extensores cotovelo e flexionar o punho
· C8: Estender o polegar e desvio ulnar desse dedo
· T1: Adutor do 5 quirodáctilo e abri e fechar os dedos
INTRODUÇÃO
A coluna cervical pode ser acometida por doenças de origem traumática, degenerativa, inflamatória, infecciosa ou tumoral. A manifestação clínica dessas doenças está relacionada com a lesão dos diferentes componentes do segmento vertebral: 
· Vértebras
· Ligamentos
· Músculos
· Raiz nervosa e medula espinhal
A cervicalgia pode ser classificada quanto à sua duração em:
· Aguda (<1 mês), que são na sua maioria autolimitadas e se resolvem mesmo sem tratamento; 
· Crônica (>3 meses), que normalmente necessitam de abordagem especializada;
· Subaguda (entre 1 mês e 3 meses de evolução). 
ETIOLOGIAS
A forma de apresentação clínica da cervicalgia depende essencialmente da sua causa. Algumas das causas principais são: 
· Musculoesqueléticas:
Tensão muscular: 
Apresenta-se com dor e/ou rigidez no movimento; pode não ter um fator precipitante claro, mas muitas vezes está relacionada à postura e posição do sono; ao exame físico, apresenta desconforto à palpação dos músculos do pescoço e trapézio. Pode persistir até 6 semanas e seu diagnóstico é clínico, sendo a imagem desnecessária.
Espondilose vertebral: 
Corresponde a alterações degenerativas da coluna vertebral, com aparecimento de osteófitos (“bico de papagaio”) ao longo dos corpos vertebrais, que podem comprimir ou não estruturas nervosas (ou seja, podem levar à radiculopatia); porém, normalmente as alterações degenerativas são achadas em pacientes assintomáticos.
Lesões cervicais: 
Ocorrem mais frequentemente após colisões de veículos; apresentam dor e/ou rigidez no movimento do pescoço após lesão abrupta do tipo extensão-flexão; pode estar associada a outros sintomas como cefaleia, dor no ombro, tonturas, parestesias e fadiga; ao exame físico, apresenta diminuição da amplitude de movimento associada ao espasmo do pescoço; seu diagnóstico é clínico e a maior parte apresenta dor persistente e de baixa intensidade, não necessitando de imagens.
Discopatia degenerativa: 
Proeminência do disco intervertebral, podendo comprimir o canal medular, mas está presente em muitos indivíduos assintomáticos; apresenta dor e/ou rigidez no movimento e é exacerbada por posições contínuas como dirigir, ler e sentar; sintomas radiculares podem estar presentes; apresenta dor e redução de amplitude ao movimento; o diagnóstico é clínico, mas pode ter suporte da RM mostrando hipohidratação do disco e fissura do ângulo fibroso, por exemplo.
Síndrome de dor miofascial: 
Quadro muscular peculiar, com dor profunda associada a queimação, geralmente localizada (um lado do pescoço); apresenta sensibilidade à pressão e podem haver cordões de tensão (espessamentos musculares), com pontos gatilhos hipersensibilidade dentro do musculo (trigger points).
· Radiculopatia:
Consiste na disfunção da raiz do nervo espinhal, na maioria das vezes (70-90%) causadas por alterações degenerativas da coluna, como a estenose do forame cervical e hérnia de disco, também causada por processo inflamatório resultando de irritação química ou pressão mecânica sobre essa raiz.
Os sintomas radiculares se manifestam clinicamente nos dermátomos e miótomos da raiz acometida, podendo estar associados à dor cervical. Ao exame físico, encontra-se sensibilidade alterada, reflexos motores diminuídos e/ou força reduzida no membro; a ressonância magnética da coluna vertebral (ou mielograma pela TC) demonstra a compressão da raiz nervosa, porém o diagnóstico pode ser feito clinicamente. Os exames de imagens são essenciais para a confirmação do diagnóstico e os seus achados devem apresentar correlação com os achados da história e do exame físico.
· Mielopatia espondilótica:
Disfunção medular causada por alterações degenerativas que estreitam o canal espinhal, mas pode ter origem um massas tumorais ou abscessos; os pacientes podem apresentar fraqueza nos membros inferiores, dificuldades na marcha ou coordenação e disfunção intestinal ou da bexiga; ao exame físico, podem estar presentes sinais neurológicos forais em membros superior e/ou inferior; o diagnóstico deve ser confirmado com a ressonância magnética evidenciando estreitamento do canal medular cervical e anormalidade do sinal.
· Causas não espinhais:
Doença arterial coronariana: 
Precordialgia com irradiação no pescoço, com piora aos esforços; apresenta exame físico do pescoço sem alterações.
Infecção (osteomielite, abscesso faríngeo, meningite): 
Devem ser suspeitados se o paciente apresentar clínica de infecção, associada a alterações laboratoriais como leucocitose e elevação dos marcadores inflamatórios; nesses casos, se meningite for considerada uma suspeita, realizar a punção lombar para estudo do LCR; apresenta-se com associação de febre e outros sinais que variam conforme a natureza da infecção.
Cefaleia tensional: 
Cefaleia associada à dor cervical, sem outros sintomas neurológicos; ao exame, apresenta sensibilidade à palpação do couro cabeludo e/ou pescoço.
Polimialgia reumática: 
Dor e rigidez matinal nos ombros, quadril, pescoço e tronco; ao exame, diminuição da amplitude de movimentos, com força muscular normal.
Fibromialgia: 
Dor musculoesquelética difusa, associada a fadiga; apresenta múltiplos pontos sensíveis em tecidos moles, sem evidência de inflamação articular ou muscular.
Condições vasculares (dissecção de artéria vertebral, carótida ou aorta): 
Sintomas de isquemia cerebral, como déficits motores e/ou sensoriais agudos.
QUADRO CLÍNICO
A cervicalgia costuma ser insidiosa. 
Em ra​ras situações, tem início de forma súbita, relacionada a mo​vimentos bruscos do pescoço, longa permanência em posição forçada, esforço ou traumatismos.Na maior par​te dos casos, melhora nitidamente com o repouso e piora com a movimentação. Com frequência, há ​espas​mo da musculatura paravertebral.
A alteração sensitiva associada à compressão radicular é a irradiação da dor para o membro superior em um der​má​to​mo definido. Em geral, o indivíduo refere pa​res​te​sias no mesmo território. Pode ocorrer também hi​poes​tesia no ter​ri​tório acometido.
Se houver reflexos exaltados ou presença de reflexos patológicos, deve-se procurar por compressão me​dular ou outra lesão do neurônio motor superior.
ATENÇÃO! É importante lembrar que nem toda dor irradiada para o membro superior é causada pela compressão de uma raiz na região cervical. Dentre os diagnósticos diferenciais mais importantes, estão as síndromes compressivas dos nervos periféricos, que, geralmente, podem ser diferenciadas pelo ​exame físico.
AVALIAÇÃO 
A avaliação do paciente com cervicalgia inicia-se na exclusão de condições graves, que podem exigir intervenção. São sinais de alerta em paciente com cervicalgia:
· Trauma cervical grave recente (possibilidade de fratura); 
· Sinais ou sintomas neurológicos que sugerem origem medular (fraqueza, dificuldade de marcha, disfunção intestinal ou de bexiga); 
· Sinais neurológicos focais; 
· Parestesia tipo choque; 
· Febre ou calafrios; 
· História de uso de drogas injetáveis; 
· Imunossupressão;
· Sinal de Lhermitte (sensação de choque na coluna ao fletir o pescoço); 
· Perda de peso inexplicável; 
· História de câncer;
· Dor em pescoço anterior (sugestivo de causa não espinhal); 
· E dor que se prolonga por mais de 6 semanas
Em pacientes sem sinais de alerta, a avaliação deve incluir a história detalhada, exame físico, avaliação neurológica e a avaliação de sinais ou sintomas radiculares (utilizando as manobras provocantes).
A história deve incluir as características da dor, como início, duração, irradiação, fatores de melhora ou piora, sintomas associados, além do grau de limitação da atividade por conta da dor. 
O exame físico deve incluir observação do movimento, verificando a amplitude da movimentação para flexão, extensão e lateralização; inspeção da postura; palpação dos músculos trapézio e paravertebrais para determinar o grau de sensibilidade e espasmo.
O exame neurológico deve ser feito em todos os pacientes com cervicalgia recente, trauma, sintomas moderados ou persistentes e associado a dor no ombro ou braço. Inclui avaliação da força muscular, testes sensoriais, reflexos e marcha. Um exame neurológico negativo indica baixa probabilidade de radiculopatia, porém achados positivos não têm boa especificidade para a compressão radicular.
Devem ser realizadas as chamadas manobras provocantes, que são úteis em pacientes com sinais ou sintomas de radiculopatia cervical. São elas: 
Manobra de Spurling: 
Realizada com flexão lateral da cabeça do paciente, na qual o examinador realiza pressão sobre o topo da cabeça. O teste é positivo quando ocorre aumento dos sintomas radiculares nas extremidades. A manobra provoca sintomas geralmente em pacientes com estenose do forame, estenose central ou hérnia de disco envolvendo o forame.
.
Teste da extensão da raiz:
Usado para avaliar a compressão radicular, é realizado passivamente. O paciente tem seu braço estendido, abduzido e externamente rodado, com o cotovelo e punho estendidos e, em seguida, a cabeça é inclinada para o lado oposto. Isso pode reproduzir dor radicular causado por irritação da raiz nervosas.
Teste da distração:
Realizada com tração vertical em sentido superior aplicada simultaneamente sob a mandíbula e occipital; o teste é positivo se a dor diminuir quando a cabeça é levantada, indicando que a pressão sobre as raízes nervosas foi aliviada.
Sinal de Lhermitte: 
Presença de parestesias em mãos e/ou pernas, durante a flexão cervical forçada, sugestivo de mielopatia.
Teste de Adson: 
Palpação do pulso radial durante a abdução, extensão e rotação externa, com rotação homolateral do pescoço. A diminuição do pulso caracteriza um teste positivo, sugestivo de síndrome do desfiladeiro torácico.
Teste de Valsalva: 
Ocasiona um aumento da pressão intratecal, auxílio diagnóstico nas lesões expansivas.
DIAGNÓSTICO
As radiografias simples de frente, perfil e oblíqua ​podem mostrar a redução do espaço entre dois corpos ​vertebrais pela doença discal degenerativa e o estreitamento do fo​ra​​me. As radiografias dinâmicas em flexão e extensão podem ser úteis para documentar a ins​tabilidade entre dois segmentos. 
Dentre os exames de imagem, a RM é o de escolha pa​ra a avaliação da compressão radicular. ​
Quando a RM não estiver ​disponível, a TC ou a mielotomografia po​dem ser úteis. 
O uso do contraste é reservado para suspeita de infecção ou neoplasia. 
A eletroneuromiografia pode ajudar no diagnóstico das radiculopatias para melhor topografia da lesão. Nos in​divíduos em que há dúvida diagnóstica entre compressão ra​dicular na região cervical e síndrome compressiva dos nervos periféricos.
Na ausência de sinais de alarme, a imagem não é necessária em pacientes com cervicalgia aguda ou crônica leve que não interfere nas atividades diárias.
Os exames laboratoriais são úteis quando há suspeita de causas não espinhais, como causa reumatológica, infecciosa ou oncológica. Como exemplos, pode-se solicitar marcadores inflamatórios, hemograma, troponinas e eletrocardiograma.
TRATAMENTO
Causas osteomusculares na maior parte das vezes são resolvidas com tratamento clínico e de suporte, assim como a maioria dos pacientes com radiculopatia, que merecem terapia conservadora como tratamento inicial. 
Pacientes com déficits neurológicos não-progressivos também podem iniciar de forma conservadora, mas devem ser acompanhados de perto para evidências de progressão.
A terapia conservadora consiste em:
· Analgésicos orais; 
· Breve curso de corticoides orais; 
· Orientar evitar atividades provocativas; 
· Imobilização do pescoço a curto prazo com colar cervical; 
· Fisioterapia com exercícios e mobilização gradual;
· Educação postural
Pacientes com radiculopatia confirmada que apresentam dor intensa ou incapacitante, sem déficits neurológicos, apesar do tratamento conservador, podem ser submetidos a injeções epidurais de glicocorticoide ao invés de cirurgia. 
Já o tratamento cirúrgico deve ser indicado apenas para os casos de radiculopatia que tenham compressão da raiz do nervo comprovada por RM ou mielografia por TC, com fraqueza motora progressiva.
Pacientes com mielopatia compressiva devem ser submetidos à avaliação cirúrgica de urgência.
Curiosidade:
Na maior parte dos casos, o tratamento cirúrgico deve ser considerado após o in​su​cesso do tratamento não operatório feito de forma adequada e por um período mínimo de três me​ses. A escolha da técnica e da via de acesso depende da expe​riên​cia do cirurgião e do lo​cal onde a compressão é maior. Pela via posterior, ​pode-se fazer uma foraminotomia com ressecção parcial da articulação interapofisária. Com es​sa via, é possível obter um acesso adequado à região ​lateral do canal vertebral e da raiz. Ela permite a exploração do tra​​jeto da raiz e a ressecção de uma hérnia de disco ou do osteófito res​​ponsável pela compressão. As cirurgias pela via anterior são mais fáceis de ​exe​cutar. A forma mais comum de tratamento pela via anterior ​envolve a discectomia associada à artrodese. Além da discectomia, per​mite a ressecção dos osteófitos. A discectomia pela via anterior associada à artrodese tem a vantagem de imobilizar um seg​mento com alterações de​generativas.
OS PROBLEMAS CAUSADOS PELO USO EXCESSIVO DE SMARTPHONES
A postura incorreta é uma das principais causas de cervicalgias, promovendo diminuição da qualidade de vida quando em casos mais graves. 
Considera-se boa postura o alinhamento das orelhas com os ombros, que devem ficar retraídos, diminuindo, dessa maneira, o estresse vertebral. 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a cabeça humana pesa cerca de 5,4 kg, mas, como o pescoço inclina-se para frente e para baixo, o peso relativo sobrea coluna cervical aumenta progressivamente com a postura do “text neck” (é a denominação dada à dor na região cervical causada pelo uso constante de celulares), podendo chegar a aproximadamente 22,2 kg quando a cabeça se inclina 45 graus. Dessa forma, se tornam necessários mecanismos adaptativos e compensatórios da postura para a sustentação desse acréscimo de peso, o que por sua vez pode provocar danos osteomusculares irreversíveis. 
A postura anteriorizada da cabeça provoca o encurtamento das fibras musculares em torno dos pontos de articulação do atlanto-axial (articulação entre o Atlas e o Áxis), bem como tensão dos músculos em torno das articulações, possivelmente produzindo dores crônicas no pescoço. 
Esta questão é de grande relevância em se tratando do público jovem, principalmente as crianças, uma vez que suas cabeças são maiores em relação ao seu tamanho corporal e, portanto, eles têm um risco aumentado para consequências dessa postura, como o aumento da: 
· Cifose torácica
· Hérnias de disco cervicais
· Dores crônicas no dorso e no ombro
· Cefaléias e neuralgias
Dada uma maior propensão a usar telefones celulares e por um tempo mais prolongado.
Para evitar danos futuros na coluna cervical, o ideal é que o aparelho seja elevado até que o centro da tela fique na altura dos olhos. “O correto é direcionar a visão e não o pescoço até o celular”.
No Brasil, os dados também são alarmantes: cerca de 30% da população do País apresenta algum caso de dor crônica na coluna, sendo a má postura é uma das principais causas de dores crônicas na coluna, além de questões hereditárias, excesso de peso, movimentos repetitivos, sedentarismo e traumas na região.
Outros malefícios com o uso crônico são:
1. MALEFÍCIOS DA VISÃO
As principais contribuições do smartphones para surgimento de males na visão deve-se a luminosidade demasiada da tela, assim como do brilho, sendo que o efeito causado se potencializa quando o usuário mantém por longo tempo o dispositivo próximo ao rosto, o que ocorre com frequência.
2. MALEFÍCIOS DA AUDIÇÃO
A geração da tecnologia é propensa a usar mais aparelhos auditivos no futuro, se expor a uma intensidade acima de 80 decibéis diariamente pode provocar danos irreversíveis ao ouvido.
3. LESÕES MUSCULARES
A utilização dos smartphones por longos períodos e com postura inadequada, são as lesões musculares. A tendinite, inflamação nos tendões, especialmente nos punhos e mãos, é uma patologia que gradativamente tem-se tornado mais comum. Para evitá-la especialistas recomendam alongamentos enquanto se usa o aparelho, e principalmente não utilizá-lo por muito tempo, mas se for necessário, estabelecer intervalos para descontrair a musculação.
4. ALTERAÇÕES DE HUMOR
Um excelente exemplo é quando assumindo uma outra personalidade num jogo, na qual por ser uma realidade alternativa e muitas vezes idealizada pelo próprio usuário, onde o mesmo satisfaz todos os seus anseios. Situações similares ocorrem em redes sociais, em que o indivíduo posta fatos que não condiz com a vida do próprio, como forma de escapar da realidade. Nomofobia é uma síndrome recente, na qual designa pessoas dependentes de smartphones. São depressivos, pois se afastam do convívio de amigos e familiares e buscam se isolarem com smartphones, porque acreditam ser a única fonte de alegria dos próprios.
5. INSÔNIA
Uma das principais causas de insônias atualmente é o uso inadequado de meios tecnológicos. Muitos sujeitos utilizam de maneira exagerada no período da noite tais tecnologias e saem prejudicados no momento da luz emitida por esses aparelhos inibe a produção de melatonina, um hormônio essencial para a qualidade do sono, além de aumentar a ansiedade quem o utiliza.
6. EXPLOSÕES
Embora não seja tão comum, o mau uso dos smartphones podem ocasionar uma explosão de bateria. Como referência, tivemos o Samsung Galaxy Note 7, onde problemas intensos resultaram em várias explosões, o que fez o smartphone ser retirado do mercado. Quando um aparelho celular está ligado na tomada, a bateria eleva a temperatura automaticamente, então todo cuidado é pouco para evitar esse superaquecimento, o que pode levar à explosão.
· CONCLUSÃO
 É aconselhável uma seletividade ao consumir tais recursos, como implantar um certo horário indicando qual momento de ficar offline, longe dos aparelhos tecnológicos. Praticar mais esportes, se torna um ótimo meio de esta distraído sem prejudicar a saúde, assim como ajuda a reduzir o nível de ansiedade. 
Ao mesmo tempo é possível citar a meditação, ou outros métodos para acalmar e possuir um afastamento dos agentes causadores de muitos problemas físicos, psicológicos e mentais.

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