Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Maria Eduarda de Azeredo Amaral, Medicina - UniRV Náuseas E Vômitos TRATO GASTROINTESTINAL TGI: Boca → ânus; inclui órgãos associados, como glândulas; FUNÇÕES 1. Digestão; 2. Secreção → Produtos das glândulas presentes no TGI e células secretoras. Obs.: Muito relacionada com o processo diarreico. 3. Motilidade → mistura da secreção e conteúdos alimentares; contrações de células musculares do TGI via despolarização celular. Levar o alimento no TGI. 4. X 5. Defesa → principal entrada para patógenos via boca. Defesa contra toxinas, microrganismos em geral. ANOREXIA • Perda de apetite. • Afetada por vários fatores, como a fome. A fome é regulada pelo hipotálamo e outros centros cerebrais, assim como pelas contrações estomacais do órgão quando vazio. • Associada com condições emocionais, fármacos e doenças. Uremia: acúmulo de escórias nitrogenadas no sangue → contribui p/ anorexia. Prenúncio para náuseas e outros distúrbios que causam vômitos e náuseas. NÁUSEAS • Sensação subjetiva de “desejo de vomitar” Estimulação do centro bulbar do vômito, podendo preceder ou acompanhar os vômitos. Costuma ser precedida por anorexia. ETIOLOGIAS: • Diversas Movimento, tonteira, enxaqueca, desmaios, hipoglicemia, gastrenterite, intoxicações alimentares ou dor forte. Medicações podem gerar náuseas. Enjoo matinal – meses iniciais da gravidez. Distensões de regiões proximais do intestino delgado podem estar associadas com náuseas. Associam-se com frequência ao SNA → salivação profusa, vasoconstrição, palidez, sudorese, taquicardia. ÂNSIA Movimentos espasmódicos rítmicos do diafragma, da parede torácica e dos músculos abdominais. Precede ou alterna entre períodos de vômitos. VÔMITO • Êmese Expulsão forçada do conteúdo gástrico pela boca; Precedido, geralmente, de náuseas. • Conteúdo gástrico = vômito Mecanismo de proteção: tentativa de limitar possíveis substâncias nocivas que possam causas danos, e, para isso, elimina conteúdo gástrico e de algumas partes do intestino delgado. • Queixas comum da rotina médica • Caso seja persistente ou acompanhada de outros sintomas, deve ser investigado. CAUSAS PRINCIPAIS: Alimentos, medicações, gestação, infecciosa (enteropatias agudas), pós-cirurgia, doença do SNC (labiritinte, doença psiquiátricas, enxaqueca) alterações metabólicas ( diabetes mellitus, uremia e outras). FISIOPATOLOGIA CENTROS BULBARES: • Centro do Vômito → prova • Zona do gatilho quimiorreceptor Vômito: reflexo integrado do centro do vômito, localizado na região dorsal da formação reticular do bulbo, próximo aos núcleos sensoriais do nervo vago. Zona do gatilho quimiorreceptor: localizada em uma área pequena do assoalho do quarto ventrículo. Exposta ao sangue e LCR. AÇÃO DE VOMITAR Ocorre em três fases: Maria Eduarda de Azeredo Amaral, Medicina - UniRV • Pré-ejeção ou prodrômica: sensação de náusea, com sinais autonômicos (salivação, deglutição, palidez, taquicardia); • Ejeção: vômito; • Pós-ejeção: respostas autonômicas e viscerais que promovem o retorno do organismo ao repouso com ou sem náuseas residuais. Etapas gerais: 1. Respiração profunda 2. Fechamento de vias respiratórias 3. Contração forte e violenta do diafragma e músculos abdominais 4. Relaxamento do esfíncter gastresofágico A respiração é interrompida durante a ação. Pode estar acompanhada de: tontura, vertigem, queda de pressão arterial e bradicardia. CENTRO DO VÔMITO Estímulos originados de: • Sistema digestório; • Córtex cerebral; • Aparelho vestibular (cinetose – tontura causada por movimento); • Zona de gatilho quimiorreceptor; • Outros órgãos; Aferências: Fibras aferentes vagais e esplânicas: ricas em receptores 5HT3. Podem ser estimuladas por fatores irritantes gástricos (ex.:salicilato e enterotoxina estafilocócica), por distensão de mucosa de vias biliares e gastrintestinais e fatores irritantes peritoneais. Sistema vestibular: possui fibras com alta concentração de receptores histamínicos H1 e receptores muscarínicos colinérgicos. As fibras H1 e as muscarínicas M1 parecem ser estimuladas por movimento, como o que ocorre em viagens de automóveis e infecções. Zona quimiorreceptora; Hipoxia: efeitos diretos no centro do vômito → desencadeia náuseas e vômitos Desencadeiam vômitos nos períodos de redução do débito cardíaco, choque, hipoxia ambiental, isquemia cerebral por elevação da pressão intracraniana. Inflamações de órgãos intrabdominais Pode causar vômitos, por estimulação das vias aferentes viscerais, que se comunicam com o centro do vômito. Neurotransmissores: Alguns são neuromediadores de náuseas e vômitos; • Receptores de dopamina, serotonina, opioides no TGI, centro do vômito e na zona de gatilho. Antagonistas da dopamina (proclorperazina): supressores do vômito pela estimulação da zona do gatilho. Antagonistas da serotonina (granisetrona, ondansetrona): tto de náuseas e vômitos associados a condições de quimio e radioterapia. Cinetose: Centro vestibular possui receptores de norepinefrina e acetilcolina. • Acetilcolina → mediar estímulos que excitam o centro do vômito; • Norepinefrina → efeito estabilizador, protegendo contra citocinese; Distúrbios orgânicos, como hipotensão grave, cefaleia (enxaqueca), hipóxia, elevação da pressão intracraniana, são capazes de estimular a via aferente cortical. Alguns estímulos, como movimento, otite média, alterações vasculares do labirinto e tumores, são capazes de promover impulsos vestibulares que passam através do nervo auditivo para o cerebelo e então para a ZQG e finalmente para o centro do vômito. Pico hipertensivo → alterações que desencadeiam náuseas e vômitos. Sistema quimiorreceptor, sistema vestibular e vagal → relacionam-se com náuseas e vômitos. Maria Eduarda de Azeredo Amaral, Medicina - UniRV Nervo vago → cardíaco e intestinal → pacientes com náuseas e vômitos provocam taquicardia. Intoxicações alimentares → vômito inicial já consegue retorno ao estado pré-repouso. VÔMITO SECO Movimentos inspiratórios rítmicos e síncronos do diafragma, mm abdominais e intercostais externos, boca e glote continuam fechadas. Região antral do estômago contrai, enquanto que a proximal relaxa. Mediação via nervos aferentes vagais que ativam neurônios pós-ganglionares da parede do estômago e conteúdo gástrico oscila entre estômago e esôfago. SNC → mais veloz na induz de náuseas e vômitos → estímulos sensoriais, como olfato, quase de imediato podem induzir. NERVO VAGO: principal aferente dos estímulos eméticos produzidos no TGI, seguido de aferente simpático. Obs.: Estimulação elétrica do aferente vagal abdominal é capaz de induzir vômitos dentro de 20 segundos. TIPOS DE VÔMITOS VÔMITOS ALIMENTARES Com restos de alimentos; Obstruções digestivas altas, acima da cárdia ou curta permanência no estômago; VÔMITOS AQUOSOS Saliva deglutida ou secreção esofagiana; Afecções de esôfago; VÔMITOS BILIOSOS Tingidos de bile; Tons verde-claro ao verde-musgo; Processo obstrutivo abaixo da ampola de Vater; Casos de íleo adinâmico em pacientes sépticos e vômitos prolongados VÔMITOS MUCOSOS Muco e aspecto gelatinoso; Gastrites, distúrbios respiratórios com grande produção e deglutição de secreções (sinusite e bronquite) VÔMITOS PORRÁCEOS Massas de aspecto herbáceos, por mistura de secreção gástrica, biliar, duodenal e materialfecal; Obstruções intestinais, peritonites, íleos adinâmicos; VÔMITOS FECALOIDES Verdes ou escuros e possuem cheio de fezes; Obstruções baixas do íleo ou colo, ou associado a peritonite; VÔMITOS DE SANGUE Vômitos com raias de sangue até hematêmeses; Sangramentos discretos a intensos; Vermelho vivo: pouco contato com sulco gástrico; ponto de sangramento na cárdia ou acima; Vômitos escuros: “borra de café” → sangue alterado pelo suco gástrico e sugerem sangramento lento do esôfago, cárdia, estômago ou duodeno. Podem ser devidos à deglutição de sangue: epistaxe, fissura mamária, trauma de boca, conteúdo do canal do parto; VÔMITO “EM JATO” Ou “em projétil” Súbito, inesperado, não precedido de náuseas Hipertensão intracraniana, quadros obstrutivos e semiobstrutivosdo TGI (estenose pilórica e intoxicações) SINTOMAS ACOMPANHADOS GECA – Gastroenterites; Enterite, enteropatia • Taquicardia; • Cefaleias (associação com sistema vestibular); • Febre e calafrios; • Alteração gustativa; • E outros a depender da etiologia e doença prevalente; ANAMNESE Questionar sobre: Duração, intensidade e tipo de vômito; Presença de relações com refeições; Idade do paciente; Ingestão de drogas; Sintomas associados; Comprometimento do estado geral e da hidratação, perda de peso; Maria Eduarda de Azeredo Amaral, Medicina - UniRV Distensão abdominal, ausência de ruídos hidroaéreos, massa abdominal, peristaltismo visível, parada de eliminação de gases e fezes, icterícia, história de cirurgia prévia, trauma, instabilidade emocional, história familiar. TRATAMENTO Avaliar necessidade de reposição volêmica e fatores de risco do paciente para analisar se precisa de tratamento ambulatorial. HDA: questionar alimentação prévia diferenciada ou que parece não ter feito muito bem. • Quando, como, o que comeu? • Quantas horas? • Associada a outros sintomas? • Mulher em estado fértil → solicitar b-HCG → avaliar gravidez. MEDIDAS: • Suspensão temporária da alimentação; • Hidratação adequada; • Reposição volêmica: 10-15 mL de solução glicossalina ou solução hidratante preconizada pela OMS, a cada 15 minutos. Caso a tolerância seja boa, reiniciar a dieta, com pequenos volumes iniciais a cada 2-3h METOCLOPRAMIDA • Síndrome extrapiramidal; Vonal http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:i _Z7yk5FREAJ:rmmg.org/exportar- pdf/1836/v24s10a02.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
Compartilhar