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Biosseguridade na produção de suínos e aves

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O termo biosseguridade é por definição, um conjunto de procedimentos técnicos. No qual o 
objetivo, é de forma direta e indireta prevenir, diminuir ou mesmo controlar os desafios gerados 
na produção de animais, frente aos agentes patogênicos. As medidas adotadas devem estar 
completamente integradas entre si, e com seus executores, de modo a funcionar perfeitamente 
em conjunto. 
A biosseguridade é a prática de medidas, que visam minimizar riscos de enfermidades ou 
presença de resíduos em populações animais. Estes procedimentos devem ser constantemente 
monitorados e se houver a necessidade, podem ser alterados de acordo com os objetivos 
econômicos e produtivos do sistema. 
 
 
 
 
Biossegurança: 
São normas e procedimentos relacionados com a saúde humana, as quais são normalmente 
inflexíveis, a não ser para se tornarem mais restritivas ainda. 
Diz respeito à prevenção da exposição a agentes infecciosos e/ ou produtos químicos/radioativos 
capazes de gerar doenças aos seres humanos. 
Exemplo: Na realização de exames de radiografia, é necessário fazer o uso de equipamentos de 
segurança para não afetar a saúde do médico que realiza o procedimento. 
 
Biosseguridade: 
A biosseguridade refere-se a saúde animal, onde é um conjunto de procedimentos rotineiros e 
envolve cuidados na limpeza, desinfecção, correto descarte dos resíduos de produção, vacinação 
e monitorias, baseia-se em um esforço continuo e precisa ser continuamente monitorado, 
controlado e revisto por todos os responsáveis. Devido o grande número de produções e 
melhoramento na qualidade, medidas de biosseguridade vem sendo cada vez mais implantadas. 
A fiscalização da Biosseguridade ocorre geralmente com maior frequência em locais de 
produção. O plano de biosseguridade não é comumente a todos, cada produtora tem o seu plano 
conforme necessário. 
 
 
 
As medidas de Biosseguridade dependem: 
 
✓ Do conhecimento sobre o agente etiológico 
✓ Existência de suscetíveis/fontes de infecção/ reservatórios/portadores 
✓ Movimentação de animais entre diferentes granjas 
✓ Como cada granja está conectada com os diferentes elos da cadeia produtiva 
Existem programas de sanidade que fazem parte da Biosseguridade, são o PNSS (Suídea) e 
PNSA (avícola) 
Há uma tendência mundial para que o setor produtivo reduza o uso de antimicrobianos no 
controle de doenças. 
 
Planos de Biosseguridade: 
Devem ser específicos para cada propriedade, considerando os riscos presentes no local, na 
região e os resultados esperados, da fase e do tipo de produção. 
precisa ser flexível para mudanças de orçamento e desafios sanitários na propriedade. 
Os componentes de um programa de Biosseguridade incluem: 
✓ A localização do sistema de produção, portaria e escritório. 
✓ Barreiras sanitárias 
✓ Trânsito de pessoas e veículos 
✓ Manejo alimentar, hídrico e de resíduos 
✓ Transporte de animais 
✓ Introdução de animais, quarentena e adaptação 
✓ Programa de limpeza e desinfecção 
✓ Controle de vetores 
 
Medidas de Biosseguridade: 
Biosseguridade interna: 
Medidas para controlar a proliferação e disseminação de patógenos no interior do rebanho. 
Biosseguridade externa: 
Medidas para impedir a entrada de patógenos 
 
 
 
Medidas de Biosseguridade: 
Localização e isolamento das instalações: 
Do ponto de vista sanitário é indispensável que o sistema de produção esteja o mais isolado 
possível, principalmente de outros criatórios ou aglomerados de suínos, de maneira a evitar ao 
máximo a propagação de doenças. 
A granja deve estar situada geograficamente em local tranquilo e distante de outras propriedades 
do mesmo setor e abatedouros. O ideal é que esteja protegida por barreiras naturais e físicas. 
 
Cinturão vegetal: 
Fazer um cinturão verde (reflorestamento ou mata nativa), a partir da cerca de isolamento, com 
uma largura de aproximadamente 50m. Podem ser utilizadas espécies de crescimento rápido 
(pinus ou eucaliptos) plantadas em linhas desencontradas, formando um quebra-vento. 
Jardinagem mantendo arbustos e gramados aparados (evitar tocas e ninhos) 
 
Cerca de isolamento: 
Cercar a área que abriga a granja, com tela de pelo menos 1,5m de altura para evitar o livre 
acesso de pessoas, veículos e outros animais. Essa cerca deve estar afastada a, pelo menos, 20m 
das instalações. 
A cerca deve ter portão único para entrada de veículos apenas para entrega de materiais e 
equipamentos. Esse portão deve permanecer fechado com cadeado. 
A Granja deve dispor de um sistema de desinfeção de veículos e os mesmos devem ser 
desinfetados antes de entrarem no perímetro interno da cerca 
A cerca de isolamento vai delimitar a área suja (fora da granja) da área limpa (dentro da granja) 
 
Acesso: 
Não permitir o trânsito de pessoas e/ou veículos no local sem prévia autorização. 
Colocar placa indicativa da existência da granja no caminho de acesso e no portão a indicação 
"Entrada Proibida". A granja deve ser cercada e a entrada de veículos deve ser proibida, exceto 
para reformas da granja e, nesses casos, os veículos devem ser desinfetados com produto não 
corrosivo. 
 
Portaria: 
Utilizar a portaria como único local de acesso de pessoas à granja. Construir a portaria, com 
escritório e banheiro junto à cerca que contorna a granja, numa posição que permita controlar a 
circulação de pessoas e veículos. O banheiro deve possuir uma área suja, chuveiro e uma área 
limpa, onde devem ficar as roupas e botas da granja para que o fluxo entre as áreas seja possível 
apenas pelo chuveiro. Dependendo do tamanho da granja, torna-se necessário a construção de 
uma cantina, anexo a portaria, para refeições dos funcionários. 
 
Controle de entrada de veículos: 
Os veículos utilizados dentro da granja (ex.: tratores) devem ser exclusivos. Os caminhões de 
transporte de ração, insumos e animais não podem ter acesso ao complexo interno da granja, 
sendo proibida a entrada de motoristas. Para evitar a entrada de veículos para transporte de 
dejetos, o sistema de tratamento e armazenamento dos dejetos deve ser construído externamente 
à cerca de isolamento. 
Todos os veículos, máquinas e equipamentos que entram na granja, devem passar pelo processo 
de desinfecção antes. 
O gerente/responsável deve ser comunicado com antecedência da visita ou entrada de caminhões 
de ração ou equipamentos. 
 
Entrada de pessoas: 
Os funcionários devem tomar banho e trocar a roupa todos os dias na entrada da granja e serem 
esclarecidos sobre os princípios de controle de doenças para não visitarem outras criações de 
suínos. 
Restringir ao máximo as visitas ao sistema de produção. Não permitir que pessoas entrem na 
granja antes de transcorrer um período mínimo de 24 horas após visitarem outros rebanhos 
suínos, abatedouros ou laboratórios. Exigir banho e troca de roupas e manter um livro de registro 
de visita, informando nome, endereço, objetivo da visita e data em que visitou a última criação, 
abatedouro ou laboratório. 
Não permitir que pessoas entrem na granja antes de um período de 72 após a entrada em outras 
propriedades com status sanitário inferior a granja a ser visitada. 
48h (do último contato com suínos e outros animais), mínimo 24h. Banho e troca de roupa na 
entrada e saída. 
 
Vestiário: 
É o local destinado para trocas de roupas e calçados, e deve estar localizado junto a cerca de 
isolamento, anexo ou não ao escritório. 
Paredes e pisos impermeáveis, banheiro e ducha, deve dispor de área suja e área limpa, separadas 
por barreira física. 
 
Banho: 
O visitante deverá entrar na área destinada a banho somente com as vestimentas do corpo 
Área suja: deixar todos os pertences pessoais 
Tomar banho para entrar e sair da propriedade, mesmo sendo no mesmo dia. 
Área limpa: é a última; deve ter toalhas, calças, aventais, camisetas, meias, roupas íntimas 
descartáveis e botas (de vários tamanhos) 
 
Introdução deequipamentos: 
Avaliar previamente qualquer produto ou equipamento que necessite ser introduzido na granja, 
em relação à possível presença de agentes contaminantes. Em caso de suspeita de riscos de 
contaminação, proceder uma desinfecção antes de ser introduzido na granja. Para isso, deve-se 
construir um sistema de fumigação junto à portaria. 
É proibida a entrada de qualquer tipo de fômites na área limpa sem prévia desinfecção. De 
preferência, que os homens estejam barbeados. Caso não, deve-se utilizar máscara descartável. 
Para higiene das mãos: solução degermante com glicerina para desinfecção, deverá estar 
presente em todas as instalações. Pedilúvio com solução desinfetante, onde os mesmos devem 
ser repostos de acordo com a utilização, ou descartáveis. 
 
Escritório: 
localizado junto ou próximo à cerca de isolamento, com área suja voltada para a parte externa 
da cerca e área limpa voltada para o interior da UP. A área suja deve ser separada da área limpa 
por uma barreira física de tal forma que o único acesso à área limpa e à UP seja pelo vestiário. 
Em suinocultores familiares é comum o escritório, vestiário e banheiro estar localizado junto 
ou na casa do produtor. 
Banheiro: 
A granja deve dispor de banheiro com lavatório e vaso sanitário no interior da cerca de 
isolamento. Se o banheiro estiver localizado fora da cerca de isolamento, as pessoas que 
estão no interior da UP podem sair, porém respeitando as medidas sanitárias. 
 
Refeitório: 
Granjas que possuem refeitório junto à cerca de isolamento: não pode ter acesso pelo lado 
externo. 
 
Lavanderia: 
Granja que dispõe de lavanderia no interior da cerca de isolamento, só pode lavar roupas 
utilizadas na UP. Em granjas familiares, a roupa de uso na UP pode ser lavada na casa do 
proprietário ou funcionário (cuidados). 
 
Transporte de animais: 
O transporte de animais deve ser feito em veículos apropriados, preferencialmente de uso 
exclusivo. Os caminhões devem ser lavados e desinfetados após cada desembarque de animais. 
O deslocamento dos suínos entre as instalações e embarcadouro deve ser feito por corredores de 
manejo. 
Arco/rodolúvel: devem estar sempre na entrada da propriedade, passar um veículo por vez. 
 
Ração: 
A fábrica de ração ou estocagem de insumos deve estar localizada junto ou fora da cerca de 
isolamento. Os veículos utilizados para transporte de ração ou insumos, não podem transportar 
animais vivos ou mortos ou outro material biológico. 
Os silos de armazenamento devem estar localizados próximos à cerca de isolamento. O 
abastecimento pelo caminhão graneleiro deve ser feito pelo lado de fora da cerca. 
Limpeza dos silos a seco, com a total retirada de placas e depósitos mofados ou danificados, 
utilizando vassouras e pás de cabo longo. Além de evitar acesso de roedores e insetos. 
 
Qualidade da água: 
Inspecionar a qualidade microbiológica - a cada 6 meses 
Utilizar água de fonte conhecida para o abastecimento da granja, com reservatórios protegidos, 
limpos e desinfetados, no mínimo, a cada seis meses. 
O principal risco é a transmissão de doenças principalmente entéricas. A descontaminação é 
feita a base de cloro. 
O fornecimento de água deverá ser em bebedouros com vazão adequados à idade animal. 
 
Destino de cadáveres: 
Todo sistema de produção acumula carcaças de animais mortos e restos de placentas, abortos, 
umbigos e testículos que precisam ter um destino adequado para evitar a transmissão de agentes 
patogênicos, a atração de outros animais, a proliferação de moscas, a contaminação ambiental e 
o mau cheiro, além de preservar a saúde pública. A quantidade desses resíduos depende do 
tamanho da criação e da sua taxa de mortalidade, portanto, deve ser estimada individualmente, 
para cada rebanho. 
Existem várias formas de destino para esse material como: 
A compostagem que é um método eficiente, resultado da ação de bactérias termofílicas 
aeróbias sobre componentes orgânicos (carcaças e restos), misturados à componentes ricos em 
carbono (maravalha, serragem ou palha), portanto, a mais recomendada 
A fossa anaeróbia que apresenta problemas de operacionalização e odor forte e 
a incineração, que é sanitariamente adequado, mas com alto custo ambiental e custo financeiro 
incompatível com a suinocultura. 
 
Controle de vetores: 
A transmissão de doenças por vetores como roedores, moscas, pássaros e mamíferos silvestres e 
domésticos deve ser evitada ao máximo. Entre as medidas gerais de controle estão: a cerca de 
isolamento; o destino adequado do lixo, dos animais mortos, de restos de parição e de dejetos; a 
limpeza e organização da fábrica e depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores. 
A desinfecção das instalações deve ser suficiente para evitar sua proliferação, além do uso de 
telas e iscas como modo de prevenção. 
 
Controle de roedores: 
O primeiro passo para evitar roedores é criar um ambiente impróprio para a proliferação dos 
mesmos, ou seja, limpeza e organização, eliminando os resíduos e acondicionando bem a ração 
e os ingredientes. O combate direto pode ser realizado através de meios mecânicos como a 
utilização de armadilhas e ratoeiras ou através de produtos químicos (raticidas), os quais devem 
ser empregados com cuidado (dispositivos apropriados) para evitar intoxicação dos animais e 
operadores. Essa desratização deve ser repetida a cada seis meses para evitar a superpopulação 
de roedores. 
A granja deve utilizar procedimentos efetivos de combate a roedores e insetos em todas as 
instalações e documentar e numerar os procedimentos realizados. 
 
Controle de insetos: 
Para o controle de moscas, recomenda-se o "controle integrado" que envolve medidas mecânicas 
direcionadas ao destino e tratamento de dejetos, o qual deve ser realizado permanentemente, 
somado ao controle químico ou biológico que eliminam o inseto em alguma fase do seu ciclo de 
vida. Sempre que houver aumento da população de insetos na granja, em especial de moscas, 
deve-se procurar e eliminar os focos de procriação. 
 
Programa de limpeza e desinfecção (PLD): 
Instalações tais como currais, troncos e bretes também são fontes de contaminação, e muitas 
vezes são ignoradas na higienização, pela localização externa. O esterco, barro, poeira, sangue e 
outras sujidades devem ser retirados com vassoura, pá ou até mesmo raspadas (se for o caso), 
evitando o acúmulo de matéria orgânica e facilitando a exposição à luz solar, reduzindo os 
agentes causadores de doenças. 
As superfícies e áreas de trabalho devem ser completamente lavadas e desinfetadas após cada 
uso, especialmente entre lotes de animais. As estruturas de armazenamento de alimentos e de 
água (silos, galpões, bebedouros e reservatórios) são importantes fontes de agentes causadores 
de doenças, e devem ser limpos regularmente, eliminando-se sujidades, resíduos ou sobras. O 
equipamento de transporte e processamento de alimentos (carroças, carretas, misturadores, 
vagões, etc.) deve ser limpo e desinfetado antes e após cada uso ou periodicamente. 
 
Limpeza (diária): 
A limpeza consiste na remoção de sujidades como matéria orgânica e detritos acumulados, 
podendo ser realizada manualmente ou mecanicamente. O procedimento reduz 
consideravelmente a carga bacteriana presente nessas superfícies e é decisivo para o sucesso das 
etapas posteriores. Por sua vez, a lavagem remove remanescentes com auxílio de água e 
detergentes, eliminando grande parte da contaminação presente. Durante o enxágue acontece a 
remoção, com água, do detergente utilizado. A retirada do detergente é importante para não gerar 
resíduos que possam interferir na ação do desinfetante. 
A limpeza é realizada imediatamente após a retirada dos animais de uma instalação. 
 
Desinfecção (periodicamente): 
a desinfecção é uma prática preventiva muito importante nas criações intensivas. Os 
desinfetantes são substâncias químicas capazesde destruir a maioria e, eventualmente, a 
totalidade dos microrganismos na sua forma vegetativa, devem ser usados por tempo 
determinado e na concentração da solução recomendada. A eficácia do desinfetante é 
influenciada pela temperatura e seu tempo de ação. Alguns tipos de desinfetantes podem ser 
prejudicados por dureza e pH da água. 
Os desinfetantes utilizados em medicina veterinária pertencem aos grupos farmacológicos dos 
álcoois, aldeídos, clorexidina, compostos fenólicos, halogênios (iodo, iodóforos e cloro), 
peróxidos e surfactantes 
 
Vazio sanitário: 
Deve ser realizado após a limpeza e desinfecção de uma instalação, além de possibilitar a 
secagem do local, expõe os patógenos que não foram totalmente destruídos nos processos 
anteriores a agentes físicos naturais. Só terá eficácia se for possível que o local seja fechado, 
impedindo-se a passagem de pessoas ou animais. 
O período de vazio sanitário mínimo deve ser de 7 dias, (variável de acordo com patógeno), 
nos casos de despopulação total de uma granja, variável - dependendo dos agentes que se 
pretende eliminar. 
 
Introdução de animais novos no plantel: 
Uma das principais formas de disseminação de doenças é a introdução de animais portadores 
saudáveis. Adquirir animais e/ou sêmen de granjas com certificado GRSC (Granja de 
Reprodutores Suídeos Certificada) – MAPA. 
Define que toda granja de suídeos certificada deverá ser livre de peste suína clássica, doença de 
Aujeszky, brucelose, tuberculose, sarna e livre ou controlada para leptospirose. 
Exigir cópia do GRSC e verificar a data de validade do mesmo. 
 
Monitoramento: 
Procedimentos diagnósticos rotineiros para vigilância ativa do rebanho. 
 
Erradicação: 
o programa de biosseguridade pode ser adaptado e modificado com o objetivo de erradicar ou 
controlar determinada doença. 
 
Educação sanitária: 
O treinamento dos funcionários: ponto fundamental para o sucesso do programa. O funcionário 
deve entender os objetivos e consequências do manejo para ter envolvimento e motivação, Deve 
atingir níveis administrativos, gerenciais e operacionais. 
 
Programa de vacinação: 
Cada região do país possui um calendário de vacinas obrigatórias, a decisão de quais vacinas 
utilizar depende de uma avaliação individual da granja e dos riscos e perdas econômicas que 
representam as doenças que se deseja prevenir. 
Realizar apenas as vacinas necessárias, e de laboratórios idôneos. Evitar erros ao armazenar ou 
administrar subdoses. 
 
Everminação: 
A frequência de everminação de uma granja está ligada à qualidade do manejo sanitário, elo da 
cadeia produtiva. Realizar everminação apenas quando necessário. 
 
Auditoria: 
Avaliar a operacionalidade do programa e evitar erros de procedimentos não percebidos por 
quem os executa. 
Permite mudanças e melhorias, e deve ser realizada por uma equipe treinada 
Sistema check list direcionado: instalações, alimentação, material genético, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biosseguridade em granjas: 
Componentes operacionais: 
✓ Isolamento 
✓ Controle de trânsito 
✓ Higienização, controle de vetores e tratamentos de resíduos 
✓ Quarentena, medicações e vacinações. 
✓ Monitoramento laboratorial, confecção de registros e comunicação de resultados 
✓ Erradicação de enfermidades 
✓ Auditorias 
✓ Educação continuada 
✓ Plano de contingência 
 
Localização: 
Todo aviário deve ser construído o mais longe e isolado de outros setores com aves, de outras 
granjas. A granja deve se manter a mais distante e isolada possível de qualquer centro urbano, 
planta de abate, lixão. 
 
Barreiras naturais e físicas: 
Cinturão vegetal, cerca perimetral (área suja / área limpa) impedindo a entrada de pessoas e 
veículos não autorizados e de outros animais, e telas anti pássaros nos aviários. 
 
Portaria de acesso: 
Registro no livro de controle de visitas, e a presença do arco rodoluvel para a higienização. 
 
Controle de visitas e funcionários: 
Tem a possibilidade de levar cargas microbianas de uma granja a outra, por esses motivos que 
funcionários precisam realizar alguns rituais de higienização, como banhos e troca de vestuário. 
Deve-se respeitar um fluxo de visitas com lotes de animais mais jovens para os mais velhos, 
atentar-se ao status sanitário. Os visitantes e os terceiros prestadores de serviços podem usar 
roupas de cores distintas dos funcionários 
 
Vestuário: 
Após o procedimento de banho deve ser colocada a roupa interna da granja. Materiais 
desinfetados e fumigados. 
A entrada dos aviários devem ter pedilúvios para a desinfecção dos calçados, e a antissepsia 
das mãos. 
 
Controle de aves nas propriedades dos vizinhos: 
Quando possível, podemos fazer acordos por escrito com os vizinhos num raio de 1 a 2 
quilômetros para que eles não criem aves de fundo de quintal. Em contrapartida, a empresa pode 
doar frangos abatidos e/ou ovos por mês. 
Havendo acordos, empresa deve fazer inspeções regulares, (no mínimo uma vez ao mês) e que 
deve estar a cargo do responsável da granja. 
 
Controle das aves nas casas dos funcionários: 
Se possível, no contrato de trabalho devem constar regras específicas de biosseguridade, o 
funcionário deve sofrer penalidades se a auditoria da empresa, depois de contratado, constatar a 
presença de aves de fundo de quintal. 
No mínimo uma vez a cada três meses, um representante da empresa deve fazer visita na casa 
dos funcionários. 
 
Fluxo de veículos: 
É necessário ter o registro da propriedade, processo de lavagem e desinfecção. 
Os caminhões de ração devem ser dedicados para o transporte de ração, se possível, instalar 
silos externos na cerca da granja para evitar entrada nas granjas. 
 
Limpeza e desinfecção dos aviários e dos equipamentos: 
É necessário a realização de limpeza diárias e de rotina, aproveitar os vazios sanitários (“todos 
dentro, todos fora”) dos aviários ou intervalos entre lotes para fazer um ponto de corte das 
contaminações que possam ficar do lote anterior. 
Retirada de resíduos de fezes, penas, poeira e qualquer outro resíduo orgânico do lote anterior. 
Desmontar os equipamentos do aviário (comedouros, bebedouros) de tal modo que facilite a 
limpeza e lavagem. 
Reutilização da cama: 
O tratamento visa diminuir agentes patogênicos que ficam na cama para não comprometer a 
saúde do próximo lote, devemos fermentar a cama por um período mínimo de 10 dias. 
Atenção: A reutilização da cama de aviário só poderá ser realizada se não houver sido 
constatado problemas sanitários que possam colocar em risco a saúde das aves e após um 
tratamento de descontaminação da cama. É necessário deixar o aviário fechado, sem a presença 
de aves, por pelo menos 10 dias após a limpeza e desinfecção. 
Antes do recebimento dos pintos deve ser feita uma nova desinfecção do aviário 
 
Aplicação dos desinfetantes: 
Seguir as normas de uso do fabricante: forma de aplicação, diluição, tempo de espera, proteção 
dos funcionários (uso dos EPIs) 
É importante fazer o rodízio periódico do princípio ativo do desinfetante utilizado 
 
Ração: 
Podem proliferar fungos e bactérias se não armazenadas corretamente. É importante evitar 
umidade nos silos de ração, é de extrema importância a limpeza periódica dos silos. 
 
Água: 
É necessário ser água potável, e realizar controles periódicos, coletando amostras em diferentes 
pontos, como em caixa d’água e bebedouros. E sempre na limpeza utilizar cloro. 
 
Controle de insetos, roedores e outros animais: 
São os maiores transmissores de patógenos, por conta disso a monitoração é de extrema 
importância para manter a infestação em níveis muitos baixos. 
Utilizar produtos inseticidas, dependendo do produto, no período de vazio sanitário. 
Utilizar somente desinfetantes e inseticidas recomendados para uso na avicultura de corte que 
não deixem resíduo na carne de frango – liberados pelo MAPA. 
As aves podem ingerir insetos quemorreram devido à ação dos praguicidas, sendo detectada a 
presença destes resíduos na carne da ave. 
 
Quarentena e vacinações: 
É necessário a realização da quarentena, e seguir o calendário e programa de vacinações. 
A determinação de um programa de vacinação deve atender às necessidades epidemiológicas de 
cada região e estar de acordo com as especificações dos Órgãos Oficiais. No caso de vacinação 
em spray, interromper a ventilação do aviário durante a vacinação, no caso de vacinação na água 
de bebida, usar água sem cloro. 
 
Controle de resíduos, animais mortos e resíduos: 
A granja deve contar com um sistema de manejo para os resíduos conforme legislação ambiental 
da região onde está construída. Os resíduos, e animais mortos são usados como compostagem, 
desidratados ou incinerados. 
 
Aquisição dos pintos: 
Os pintos devem ser adquiridos de incubatórios registrados no MAPA e serem livres de 
micoplasmose, aspergilose e salmonelose. Todos os pintos devem ser vacinados ainda no 
incubatório contra a doença de Marek. 
Todo plantel deve estar submetido ao programa de monitorização sanitária do Serviço Oficial, 
para doença de Newcastle, Influenza Aviária e Salmonelose. 
Trânsito interestadual de aves: deve ser acompanhado pela guia de trânsito animal (GTA) 
 
Conclusões: 
✓ Um rebanho sadio apresenta melhor desempenho e menor custo de produção. 
✓ É primordial e essencial para a sobrevivência de todos os tipos de sistemas de produção 
✓ Protocolos de biosseguridade são fáceis de serem elaborados: a questão é sua execução no 
trabalho rotineiro da granja 
✓ A implementação de um plano de biosseguridade não segue um único protocolo. Não será 
igual para todas as granjas. Cada propriedade tem variações em termos de localização, 
instalações, manejo, nutrição, ambiência, genética e assistência técnica disponíveis. Com isso, 
as medidas preventivas devem levar em consideração os perigos sanitários aos quais a 
propriedade é exposta. 
✓ O investimento em biosseguridade não está relacionado apenas ao lucro do setor 
da suinocultura, mas também com seu papel na saúde única, sendo muitos patógenos 
causadores de zoonoses. 
✓ O plano deve contemplar todos os aspectos gerias da medicina veterinária preventiva, bem 
como conter cada aspecto exclusivo direcionados a cada sistema de produção particular.

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