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Técnico Judiciário
4 Língua Portuguesa
4 Noções de Direito Administrativo
4 Noções de Direito Constitucional
4 Noções de Direito Civil
4 Noções de Direito Processual Civil
4 Noções de Direito Penal
4 Noções de Direito Processual Penal
TJ-RO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE RONDÔNIA
ATUALIZADO E
2021
REVISADO
Redaçãoü
 Noções de Administração de ü
Recursos Humanos e Gestão 
de Pessoas
 Matemáticaü
Legislação Especícaü
Geograa e História de ü
ü Rondônia em videoaulas
ON-LINE
CONTEÚDO
Tribunal de Justiça de Rondônia
TJ-RO
Técnico Judiciário
NV-001ST-21
Cód.: 7908428800901
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos 
pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total, 
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da 
editora Nova Concursos.
Essa obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso 
de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site 
www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e 
Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações.
Dúvidas
www.novaconcursos.com.br/contato
sac@novaconcursos.com.br
Obra
TJ-RO – Tribunal de Justiça de Rondônia
Técnico Judiciário
Autores
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares, Giselli Neves, Paloma da Silveira Leite, 
Gabriela Coelho e Isabella Ramiro
HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE RONDÔNIA (ON-LINE) • Carla Kurz
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO • Fernando Paternostro Zantedeschi e Xico Kraemer
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL • Ana Philippini, Giovana Marques e Samara Kich
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL • Filipe Garcia e Eduardo Gigante
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL • Nairo Lopes e Juliana Ataides
NOÇÕES DE DIREITO PENAL • Renato Philippini, Rodrigo Gonçalves, Samantha Rodrigues
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL • Eduardo Gigante
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E GESTÃO PÚBLICA (ON-LINE) • Nágila Vilela, 
Ricardo Reis e Fernando Zantedeschi
MATEMÁTICA (ON-LINE) • Kairton Batista (Prof. Kaká) e Sérgio Mendes
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA (ON-LINE) • Ana Philippini e Edirlei Souza
Edição:
Setembro/2021
APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento é determinante para a sua preparação 
de sucesso na busca pela tão almejada aprovação. Por isso, pen-
sando no máximo aproveitamento de seus estudos, esse livro 
foi organizado de acordo com os itens exigidos no Edital Nº 1, 
de 01 de setembro de 2021 do TJ-RO, para o cargo de Técnico 
Judiciário.
O conteúdo programático foi sistematizado em um sumário, 
facilitando a busca pelos temas do edital, no entanto, nem sem-
pre a banca organizadora do concurso dispõe os assuntos em 
uma sequência lógica. Por isso, elaboramos este livro abordan-
do todos os itens do edital e reorganizando-os quando necessá-
rio, de uma maneira didática para que você realmente consiga 
aprender e otimizar os seus estudos. 
Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica 
– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobra-
dos nas provas e a seção Hora de Praticar, trazendo exercícios 
gabaritados da banca FGV, organizadora do certame. 
A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência 
de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-
sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas 
aulas que você encontra em nossos Cursos Online – o que será 
um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensan-
do no seu sonho de ser aprovado em um concurso público. Ago-
ra é com você! 
Intensifique ainda mais a sua preparação acessando os con-
teúdos complementares disponíveis on-line para este livro em 
nossa plataforma: História e Geografia de Rondônia, Noções De 
Administração De Recursos Humanos e Gestão Pública, Matemá-
tica e Legislação Específica. Para acessar, basta seguir as orien-
tações na próxima página.
CONTEÚDO ON-LINE
Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta 
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.
CONTEÚDO COMPLEMENTAR:
•	 História e Geografia de Rondônia (disponível on-line em videoaula). 
•	 Noções De Administração De Recursos Humanos e Gestão Pública (disponível em pdf). 
•	 Matemática (disponível em pdf). 
•	 Legislação Específica (disponível em pdf). 
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VERSO DA APOSTILA
NV-003MR-20
Código Bônus
DÚVIDAS E SUGESTÕES
NV-003MR-20
9 088121 44215 3
Código Bônus
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO ......................................................... 11
GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO) .....11
INTERPRETAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INTERNA ...............................................................................................15
SEMÂNTICA ....................................................................................................................................... 17
SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS........................................................................................................17
CAMPOS SEMÂNTICOS ...................................................................................................................................19
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS DOS VERBOS EM PORTUGUÊS ...............................................................20
MORFOLOGIA ..................................................................................................................................... 21
RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS ................................................21
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS ..................................................................................................39
MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES E VERBOS .....................................................................................42
SINTAXE .............................................................................................................................................. 45
FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ............................................................................................................................45
TERMOS DA ORAÇÃO .......................................................................................................................................45
PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ....................................................................................51
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL ...........................................................................................................53
TRANSITIVIDADE E REGÊNCIA DE NOMES E VERBOS ..................................................................................58
PADRÕES GERAIS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL NO PORTUGUÊS ..........................................................59
MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL ............................................................................................. 60
ORTOGRAFIA ...................................................................................................................................... 63
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................................... 64
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE .................................................................................64
PONTUAÇÃO....................................................................................................................................... 66
REESCRITA DE FRASES ..................................................................................................................... 68
SUBSTITUIÇÃO, DESLOCAMENTO, PARALELISMO .......................................................................................68
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: NORMA CULTA ......................................................................................................71
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................75
NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................. 75
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA ...........................................................................................................77
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO.....................................................................................................82
CONCENTRAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO .....................................................................................................83
PRINCÍPIOS EXPRESSOS E IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................83
ÓRGÃOS PÚBLICOS ........................................................................................................................... 86
AGENTES PÚBLICOS ........................................................................................................................ 87
PROCESSO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................95
PODERES ADMINISTRATIVOS .......................................................................................................... 96
ATO ADMINISTRATIVO....................................................................................................................101
CONTROLE E RESPONSABILIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO .......................................................106
CONTROLE ADMINISTRATIVO ......................................................................................................................107
CONTROLE JUDICIAL .....................................................................................................................................107
CONTROLE LEGISLATIVO ..............................................................................................................................108
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ..................................................................................................109
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO .......................................................................................116
LICITAÇÃO E CONTRATOS ..............................................................................................................119
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 .......................................................................................................119
LEI 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002 (LEI DO PREGÃO) .............................................................................132
LEI Nº 14.133, DE 1° DE ABRIL DE 2021 (NOVA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS 
ADMINISTRATIVOS) ........................................................................................................................139
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................ 193
CONSTITUIÇÃO ...............................................................................................................................193
CONCEITO .......................................................................................................................................................193
CLASSIFICAÇÃO .............................................................................................................................................193
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ........................................................................................................194
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...................................................................................197
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS ......................................................................................197
DIREITOS SOCIAIS ..........................................................................................................................................210
NACIONALIDADE ............................................................................................................................................217
CIDADANIA E DIREITOS POLÍTICOS .............................................................................................................218
PARTIDOS POLÍTICOS ...................................................................................................................................221
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA .............................................................................222
UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS .....................................................222
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ...........................................................................................................232
DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................................232
SERVIDORES PÚBLICOS ...............................................................................................................................240
PODER JUDICIÁRIO .........................................................................................................................244
DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................................244
Órgãos Do Poder Judiciário e Competências .............................................................................................244
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) ...................................................................................250
COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIA ..................................................................................................................250
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA: .............................................................................................................252
Ministério Público ..........................................................................................................................................252
Advocacia Pública .........................................................................................................................................253
Defensoria Pública .........................................................................................................................................254
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL ........................................................................................259
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO .....................................................259
VIGÊNCIA ........................................................................................................................................................260
APLICAÇÃO .....................................................................................................................................................261
Eficácia da Lei no Espaço ..............................................................................................................................261
INTERPRETAÇÃO ............................................................................................................................................262
INTEGRAÇÃO DAS LEIS ..................................................................................................................................263CONFLITO DAS LEIS NO TEMPO ...................................................................................................................263
PESSOAS NATURAIS .......................................................................................................................263
PERSONALIDADE ............................................................................................................................................264
CAPACIDADE ...................................................................................................................................................265
NOME ...............................................................................................................................................................270
ESTADO ...........................................................................................................................................................271
DOMICÍLIO .......................................................................................................................................................272
DIREITOS DA PERSONALIDADE ....................................................................................................................273
PESSOAS JURÍDICAS ......................................................................................................................279
DISPOSIÇÕES GERAIS ....................................................................................................................................279
DOMICÍLIO .......................................................................................................................................................280
ASSOCIAÇÕES ................................................................................................................................................280
FUNDAÇÕES ...................................................................................................................................................281
BENS .................................................................................................................................................282
FATOS JURÍDICOS ............................................................................................................................287
NEGÓCIO JURÍDICO ........................................................................................................................................287
ATOS JURÍDICOS LÍCITOS .............................................................................................................................295
ATOS ILÍCITOS ................................................................................................................................................295
PRESCRIÇÃO ...................................................................................................................................................295
Disposições Gerais ........................................................................................................................................295
DECADÊNCIA ..................................................................................................................................................298
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL ......................................................... 303
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS ..................303
JURISDIÇÃO E AÇÃO .......................................................................................................................307
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS DO PROCESSO .........................................307
PARTES E PROCURADORES ............................................................................................................308
DOS SUJEITOS DO PROCESSO ......................................................................................................................308
CAPACIDADE PROCESSUAL ..........................................................................................................................308
DEVERES DAS PARTES E DOS SEUS PROCURADORES ...............................................................................310
PROCURADORES ............................................................................................................................................312
MINISTÉRIO PÚBLICO .....................................................................................................................312
ADVOCACIA PÚBLICA E DEFENSORIA PÚBLICA ..........................................................................313
ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS ....................................................................................................................313
DO JUIZ E AUXILIARES DA JUSTIÇA .............................................................................................314
ATOS PROCESSUAIS .......................................................................................................................319
PROCESSO E PROCEDIMENTO ......................................................................................................................319
Disposições Gerais .......................................................................................................................................319
PROCEDIMENTO COMUM .............................................................................................................................336
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA .....................................................................................................................356
PROCESSO DE EXECUÇÃO ..............................................................................................................366
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS .................................................................................377
NOÇÕES DE DIREITO PENAL.....................................................................................397
APLICAÇÃO DA LEI PENAL .............................................................................................................397
PRINCÍPIOS .....................................................................................................................................................397
Legalidade ......................................................................................................................................................397
Anterioridade ..................................................................................................................................................397
A LEI PENAL NO TEMPO ................................................................................................................................397
Lei Penal Excepcional, Especial e Temporária .............................................................................................399
Tempo do Crime .............................................................................................................................................400
A LEI PENAL NO ESPAÇO ...............................................................................................................................401
Territorialidade ...............................................................................................................................................401
Lugar do Crime ...............................................................................................................................................402
Extraterritorialidade da Lei Penal .................................................................................................................403
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO ...........................................................................................................403
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA .....................................................................................................403CONTAGEM DE PRAZO ...................................................................................................................................404
Frações Não Computáveis da Pena .............................................................................................................404
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL ...................................................................................................................404
Conflito Aparente de Normas Penais ...........................................................................................................405
ANALOGIA .......................................................................................................................................................407
IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL ..............................................................................................................408
CRIMES CONTRA A PESSOA ..........................................................................................................408
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO ..................................................................................................434
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .........................................................................458
DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS AO DIREITO PENAL ........................................489
CRIMES HEDIONDOS ......................................................................................................................492
ABUSO DE AUTORIDADE .................................................................................................................493
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .............................................................................499
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................... 523
INQUÉRITO POLICIAL ......................................................................................................................523
AÇÃO PENAL ....................................................................................................................................528
JUIZ, MINISTÉRIO PÚBLICO, ACUSADO E DEFENSOR, ASSISTENTES E AUXILIARES DA 
JUSTIÇA ............................................................................................................................................531
COMPETÊNCIA PENAL DO STF, DO STJ, DOS TRIBUNAIS ESTADUAIS E DOS JUÍZES 
ESTADUAIS .......................................................................................................................................534
ATOS PROCESSUAIS ......................................................................................................................536
FORMA, TEMPO E LUGAR ..............................................................................................................................536
CITAÇÕES, INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES ................................................................................................537
ATOS JURISDICIONAIS ..................................................................................................................................541
Despachos, Decisões Interlocutórias e Sentença (Conceito, Publicação, Efeitos) ...................................541
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
11
LÍNGUA PORTUGUESA
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO 
TEXTO E SEU SENTIDO
GÊNERO DO TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO, 
NARRATIVO, DESCRITIVO E ARGUMENTATIVO)
Prosa e Poesia
Os textos literários dividem-se em duas partes: 
prosa e poesia. Neste tópico estudaremos a definição 
de cada uma. 
Comecemos pela poesia: a poesia é a linguagem 
subjetiva, metafísica, vaga com o mundo interior do 
poeta. Quanto a sua forma, é um texto curto com ora-
ções e períodos curtos, em que sobressaem a estética, 
a harmonia e o ritmo. Trata-se da mais antiga compo-
sição do mundo. Antes da existência do papel já exis-
tia os textos literários. Com os livros de argila e o uso 
de poemas, seria possível transmitir muita coisa com 
pouco material. 
A Prosa, por sua vez, é a linguagem objetiva, usual, 
veículo natural do pensamento humano. Ela possui 
diversas formas, chamadas de subgêneros literários, 
como: romances, crítica, novela, conto etc. 
Vejamos as diferenças entre um texto em forma de 
poesia e outro em forma de prosa:
Poema
 z Frases curtas.
 z Destaque para a beleza dos versos.
 z De rimas: Porta/importa, minha/vizinha.
 z Uso de métrica - contagem de sílabas poéticas.
 z escrito em forma de versos.
Prosa
 z Frases longas. 
 z Não há beleza no texto, somente a informação.
 z Texto objetivo: transmitir uma mensagem.
 z Não há métrica, nem rima, nem ritmo.
 z Texto escrito em forma de parágrafos.
Dica
Embora os nomes sejam parecidos, você deve se 
atentar para o fato de que poema e poesia não 
são a mesma coisa. Poema é um texto literário 
composto de versos, estrofes e, às vezes, rima. 
Já a  poesia  é a própria manifestação artística, 
baseada na linguagem subjetiva e estética.
A Linguagem Literária e a não literária
Antes de mais nada é preciso saber que existem 
a linguagem literária e a linguagem não literária, 
e elas são bem diferentes. Vamos ao conceito: a lin-
guagem literária é emotiva e sentimental, e abarca 
as figuras de linguagem e o sentido conotativo das 
palavras. Apresenta o fantástico que precisa ser des-
coberto através de uma leitura atenta. Já a linguagem 
não literária é aquela própria para a transmissão de 
saberes, da informação, no âmbito das necessidades 
da comunicação social. Você pode encontra-la na ciên-
cia, na técnica, no jornalismo e na conversação entre 
os falantes.
Podemos estabelecer o seguinte confronto entre as 
duas formas:
LINGUAGEM LITERÁRIA LINGUAGEM NÃO LITERÁRIA
Intralinguística Extralinguística
Ambígua Clara/exata
Conotação Denotação
Sugestão Precisão
Transfiguração da realidade Realidade
Subjetiva Objetiva
Ordem inversa Ordem direta
Gêneros Literários
Na teoria literária, o estudo dos gêneros literários 
ocupa-se em agrupar as diversas modalidades de 
expressão literária pelas suas características de forma 
e conteúdo. Cada gênero possui uma técnica, um esti-
lo e uma função. Vale destacar que a distinção entre 
os gêneros é bem flexível, sendo possível às vezes a 
mistura deles. Para classificar uma obra, então, é 
necessário verificar a predominância de um gênero. A 
classificação básica dos gêneros compreende: o lírico, 
o épico e o dramático.
 z Gênero Lírico – A poesia lírica surgiu na Grécia 
Antiga, sendo originalmente declamada ao som da 
lira, daí a origem da palavra lírico. A lira, pela tra-
dição literária, passou a simbolizar a poesia.
No gênero lírico predomina o sentimento, a emo-
ção, a subjetividade, a expressão do “eu”. Trata-se da 
manifestação do mundo interior através de uma visão 
pessoal do mundo.
Quanto à temática, o tema lírico por excelência é o 
amor, sendo que os demais lhe são correlatos: a soli-
dão, a angústia, a saudade, a tristeza.
A linguagem lírica mostra-se densamente metafó-
rica, sendo predominante a exploração da sonoridade 
e o arranjo das palavras.
Aqui estamos falando especificamente do lirismo 
na Literatura, mas o lirismo identifica-se com outras 
formas de arte, podendo ser encontrado na própria 
poesia, em um romance, em um filme ou quadro e em 
outras formas de arte.
Observe neste poema as características do gênero 
lírico, o espírito subjetivo, que aparece embalado por 
emoções e sentimentos.
Eu cantarei de amor tão docemente,
Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.
12
Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.
Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.
Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.
Luís de CamõesImportante!
Para a compreensão dos gêneros literários, pre-
cisamos saber que o lirismo, a subjetividade, não 
são exclusividade do gênero lírico, podendo apa-
recer nos demais. Também é preciso saber sepa-
rar a participação do “eu-lírico”, ou seja, a própria 
voz que fala no poema do artista (o poeta).
 z Gênero Dramático – Do grego, a palavra “drama” 
significa “ação”. Trata-se de um modo específico 
de textos, baseado na performance, sendo assim, 
o gênero dramático abrange os textos em forma de 
diálogo destinados à encenação.
No gênero dramático, não há a narração de fatos, 
como existe no romance, tendo em vista que os per-
sonagens assumem seus papéis diante de um público 
que assim é envolvido com os acontecimentos.
Vale destacar que uma peça é uma obra literária, 
enquanto texto destinado à leitura. Por outro lado, 
como espetáculo teatral, depende dos meios técnicos 
empregados na apresentação, como: maquilagem, ilu-
minação, imposição de voz, cenário e figurino.
Exemplos de Textos Dramáticos
 z Tragédia: acontecimentos trágicos, temas deri-
vados das paixões humanas do qual fazem parte 
personagens nobres e heroicas, sejam deuses ou 
semideuses. Os finais são sempre nefastos. Como 
exemplo, podemos citar “Édipo Rei”, de Sófocles; 
“Romeu e Julieta”, de Shakespeare.
 z Comédia: textos humorísticos de caráter crítico, 
irônico, jocoso e satírico, podendo ser até mes-
mo obsceno, cuja temática são ações cotidianas 
das quais fazem parte personagens humanos e 
estereotipados, geralmente o povo e a nobreza. O 
objetivo era fazer sátiras políticas, críticas sociais, 
fazer paródias com o intuito de causar o riso. 
 z Tragicomédia: textos que trazem a junção de ele-
mentos trágicos e cômicos na representação teatral.
 z Farsa: surgida por volta do século XIV, a farsa 
caracteriza-se pela crítica social. É um texto cur-
to, formado por diálogos simples e representado 
por personagens caricaturais em ações corriquei-
ras, cômicas, burlescas. Como exemplo famoso na 
língua portuguesa, podemos citar “A farsa de Inês 
Pereira”, de Gil Vicente.
 z Auto: surgido na Idade Média, os autos são 
textos curtos, de linguagem simples, com ele-
mentos cômicos e intenção moralizadora. Suas 
personagens simbolizam as virtudes, os pecados, 
ou representam anjos, demônios e santos. Um 
dos autos mais famosos na língua portuguesa é 
o “Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação”, de 
Gil Vicente. Modernamente, encontramos textos 
notáveis que revelam certa influência medieval, 
como é o caso do “Auto da Compadecida”, de Aria-
no Suassuna.
c) Gênero Épico ou Narrativo - O gênero narrativo 
estrutura-se pela narração, sendo característico a 
narração das ações dos personagens em determi-
nado tempo e espaço. 
A forma narrativa consagrada na antiguidade era 
a épica em que se faziam relatos de versos sobre as 
origens das nacionalidades, os acontecimentos histó-
ricos que mudaram o curso da humanidade. Os heróis 
das epopeias eram personagens históricas ou semi-
deuses, isto é, pessoas que se destacaram por excep-
cionais façanhas. Cumpre ressaltar as mais célebres 
epopeias: a “Ilíada” e a “Odisseia”, de Homero; a “Enei-
da”, de Vergílio; “Os Lusíadas”, de Camões.
Modernamente, as formas narrativas resultam da 
evolução do gênero épico, a saber: o romance, o conto, a 
novela e a crônica. O romance e a novela possuem uma 
estrutura de múltiplos conflitos, em que se caracteriza 
a pluralidade de ações. De modo contrário, o conto gira 
em torno de um único conflito, decorre disso a unidade 
de ações. A crônica, por sua vez, que nasceu das colunas 
dos jornais, explora fatos da atualidade.
Texto Narrativo
Os textos compostos predominantemente por 
sequências narrativas cumprem o objetivo de contar 
uma história, narrar um fato. Por isso, precisam man-
ter a atenção do leitor/ouvinte e, para tal, lançam mão 
de algumas estratégias, como a organização dos fatos 
a partir de marcadores temporais e espaciais, a inclu-
são de um momento de tensão (chamado de clímax) 
e um desfecho que poderá ou não apresentar uma 
moral.
Conforme Cavalcante (2013), o tipo textual narrati-
vo pode ser caracterizado por sete aspectos. São eles:
 z Situação inicial: Envolve a “quebra” de um equilí-
brio, o que demanda uma situação conflituosa;
 z Complicação: Desenvolvimento da tensão apre-
sentada inicialmente;
 z Ações (para o clímax): Acontecimentos que 
ampliam a tensão;
 z Resolução: Momento de solução da tensão;
 z Situação final: Retorno da situação equilibrada;
 z Avaliação: Apresentação de uma “opinião” sobre 
a resolução;
 z Moral: Apresentação de valores morais que a his-
tória possa ter apresentado.
Esses sete passos podem ser encontrados no 
seguinte exemplo, a canção “Era um garoto que como 
eu...” Vamos lê-la e identificar essas características, 
bem como aprender a identificar outros pontos do 
tipo textual narrativo.
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Era um garoto que como eu Amava 
os Beatles e os Rolling Stones 
Girava o mundo sempre a cantar
As coisas lindas da América
Não era belo, mas mesmo assim 
Havia mil garotas afim 
Cantava Help and Ticket to Ride 
Oh Lady Jane e Yesterday
Cantava viva à liberdade
Situação inicial: 
predomínio de 
equilíbrio
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra, o separou
Fora chamado na América
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
Complicação: 
início da tensão
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs Clímax
Era um garoto que como eu 
Amava os Beatles e os Rolling Stones
Girava o mundo, mas acabou
Fazendo a guerra no Vietnã
Resolução
Cabelos longos não usa mais 
Não toca a sua guitarra e sim 
Um instrumento que sempre dá
A mesma nota,
ra-tá-tá-tá
Não tem amigos, não vê garotas 
Só gente morta caindo ao chão 
Ao seu país não voltará
Pois está morto no Vietnã
[...]
Situação final / 
Avaliação
No peito, um coração não há 
Mas duas medalhas sim Moral
Disponível em: https://www.letras.mus.br/engenheiros-do-
hawaii/12886/. Acesso em: 30 ago. 2021.
Essas sete marcas que definem o tipo textual nar-
rativo podem ser resumidas em marcas de organiza-
ção linguística que são caracterizadas por:
 z Presença de marcadores temporais e espaciais;
 z Verbos, predominantemente, utilizados no 
passado;
 z Presença de narrador e personagens.
Importante!
Os gêneros textuais que são predominantemen-
te narrativos apresentam outras tipologias tex-
tuais em sua composição, tendo em vista que 
nenhum texto é composto exclusivamente por 
uma sequência textual. Por isso, devemos sem-
pre identificar as marcas linguísticas que são pre-
dominantes em um texto, a fim de classificá-lo.
Para sua compreensão, também é necessário saber 
o que são marcadores temporais e espaciais. São 
formas linguísticas como advérbios, pronomes, locu-
ções etc. utilizados para demarcar um espaço físico 
ou temporal em textos. Nos tipos textuais narrativos, 
esses elementos são essenciais para marcar o equi-
líbrio e a tensão da história, além de garantirem a 
coesão do texto. Exemplos de marcadores temporais 
e espaciais: Atualmente, naquele dia, nesse momento, 
aqui, ali, então... 
Outro indicador do texto narrativo é a presença do 
narrador da história. Por isso, é importante apren-
dermos a identificar os principais tipos de narrador 
de um texto:
Narrador: Também conhecido como foco narrativo, é o 
responsável por contar os fatos que compõem o texto
Narrador personagem: Verbos flexionados em 1ª pes-
soa. O narrador participa dos fatos
Narrador observador: Verbos flexionados em 3ª pes-
soa. O narrador tem propriedade dos fatos contados, 
porém, não participa das ações
Narrador onisciente: Os fatos podem ser contados na 
3ª ou 1ª pessoa verbal. O narrador conhece os fatos e 
não participa das ações, porém, o fluxo de consciência 
do narrador pode ser exposto, levando o texto para a 
1ª pessoa
Alguns gêneros conhecidos por suas marcas pre-
dominantemente narrativas são notícia, diário, conto, 
fábula, entre outros. É importante reafirmar que o 
fato de esses gêneros seremessencialmente narrati-
vos não significa que não possam apresentar outras 
sequências em sua composição.
Para diferenciar os tipos textuais e proceder na 
classificação correta, é sempre essencial atentar-se às 
marcas que predominam no texto.
Após demarcarmos as principais características do 
tipo textual narrativo, vamos agora conhecer as mar-
cas mais importantes da sequência textual classifica-
da como descritiva.
Texto Descritivo 
O tipo textual descritivo é marcado pelas formas 
nominais que dominam o texto. Os gêneros que uti-
lizam esse tipo textual geralmente utilizam a sequên-
cia descritiva como suporte para um propósito maior. 
São exemplos de textos cujo tipo textual predominan-
te é a descrição: relato de viagem, currículo, anúncio, 
classificados, lista de compras.
Veja um trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, 
que relata, no ano de 1500, suas impressões a respeito 
de alguns aspectos do território que viria a ser chama-
do de Brasil.
“Ali veríeis galantes, pintados de preto e verme-
lho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas 
pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também 
andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, 
novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre 
elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o 
quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura 
preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra tra-
zia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, 
e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão 
nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que 
não havia nisso desvergonha nenhuma.”
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/carta-de-pero-vaz-
de-caminha/. Acesso em: 30 ago. 2021.
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Note que apesar da presença pontual da sequência narrativa, há predominância da descrição do cenário e dos 
personagens, evidenciada pela presença de adjetivos (galantes, preto, vermelho, nuas, tingida, descobertas etc.). 
A carta de Pero Vaz constitui uma espécie de relato descritivo utilizado para manter a comunicação entre a Corte 
Portuguesa e os navegadores.
Considerando as emergências comunicativas do mundo moderno, a carta tornou-se um gênero menos usual e, 
aos poucos, substituído por outros gêneros, como, por exemplo, o e-mail.
A sequência descritiva também pode se apresentar de forma esquemática em alguns gêneros, como podemos 
ver no cardápio a seguir: 
Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/07/12/filha-de-dono-de-cantina-faz-desenhos-para-divulgar-cardapio-e-
ajudar-o-pai-a-vender-na-web.ghtml. Acesso em: 30 ago. 2021.
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Note que há a presença de muitos adjetivos, locu-
ções, substantivos, que buscam levar o leitor a ima-
ginar o objeto descrito. O gênero mostrado apresenta 
a descrição das refeições (pão, croissant, feijão, carne 
etc.) com uso de adjetivos ou locuções adjetivas (de 
queijo, doce, salgado, com calabresa, moída etc.). Ele 
está organizado de forma esquematizada em seções 
(salgados, lanches, caldos e panquecas) de maneira a 
facilitar a leitura (o pedido, no caso) do cliente. 
Texto Argumentativo
O tipo textual argumentativo é sem dúvidas o mais 
complexo e, por vezes, pode apresentar maior dificul-
dade na identificação, bem como em sua análise.
O texto argumentativo tem por objetivo a defesa 
de um ponto de vista, portanto, envolve a defesa 
de uma tese e a apresentação de argumentos que 
visam sustentar essa tese. Alguns exemplos de tex-
tos argumentativos são artigos, monografias, ensaios 
científicos e filosóficos, dentre outros.
Outro aspecto importante dos textos argumentati-
vos é que eles são compostos por estruturas linguís-
ticas conhecidas como operadores argumentativos, 
que organizam as orações subordinadas, estruturas 
mais comuns nesse tipo textual.
A seguir, apresentamos um quadro sintético com 
algumas estruturas linguísticas que funcionam como 
operadores argumentativos e que facilitam a escrita e 
a leitura de textos argumentativos:
OPERADORES ARGUMENTATIVOS
É incontestável que...
Tal atitude é louvável / repudiável / notável...
É mister / é fundamental / é essencial...
Observe o exemplo a seguir: 
“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no 
tratamento das mais diversas doenças relacionadas 
ao tabagismo; os ganhos com os impostos nem de 
longe compensam o dinheiro gasto com essas doen-
ças. Além disso, as empresas têm grandes prejuízos 
por causa de afastamentos de trabalhadores devido 
aos males causados pelo fumo. Portanto, é mis-
ter que sejam proibidas quaisquer propagandas de 
cigarros em todos os meios de comunicação.”
Disponível em: http://educacao.globo.com/portugues/assunto/
texto-argumentativo/argumentacao.html. Acesso em: 30 ago. 2021. 
Adaptado.
Essas estruturas, quando utilizadas adequadamen-
te no texto argumentativo, expõem a opinião do autor, 
ajudando na defesa de seu ponto de vista e construin-
do a estrutura argumentativa desse tipo textual.
INTERPRETAÇÃO E ORGANIZAÇÃO INTERNA
Interpretar é buscar ideias, pistas do autor do tex-
to, nas linhas apresentadas. Porém, apesar de, aparen-
temente, parecer algo subjetivo, existem “regras” para 
se buscar essas pistas. 
A primeira e mais importante delas é identificar a 
orientação do pensamento do autor do texto, que fica 
perceptível quando identificamos como o raciocínio 
dele foi exposto, se de maneira mais racional, a partir 
da análise de dados, informações com fontes confiáveis 
ou se de maneira mais empirista, partindo dos efeitos, 
das consequências, a fim de se identificar as causas.
Por isso, é preciso compreender como podemos 
interpretar um texto mediante estratégias de leitura. 
Muitos pesquisadores já se debruçaram sobre o tema, 
que é intrigante e de grande profundidade acadêmi-
ca; neste material, selecionamos as estratégias mais 
eficazes que podem contribuir para sua aprovação 
em seleções que avaliam a competência leitora dos 
candidatos.
A partir disso, apresentamos estratégias de leitura 
que focam nas formas de inferência sobre um texto. 
Dessa forma, é fundamental identificar como ocorre 
o processo de inferência, que se dá por dedução 
ou por indução. Para entender melhor, veja esse 
exemplo:
O marido da minha chefe parou de beber. 
Observe que é possível inferir várias informa-
ções a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do 
enunciador é casada (informação comprovada pela 
expressão “marido”), a segunda é que o enuncia-
dor está trabalhando (informação comprovada pela 
expressão “minha chefe”) e a terceira é que o marido 
da chefe do enunciador bebia (expressão comprovada 
pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas 
contextuais do próprio texto que induzem o leitor a 
interpretar essas informações. 
Tratando-se de interpretação textual, os processos 
de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
tem de uma certeza prévia para a concepção de uma 
interpretação, construída pelas pistas oferecidas no 
texto junto da articulação com as informações acessa-
das pelo leitor do texto.
A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
senta como ocorre a relação desses processos:
INFERÊNCIA
DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR
INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA
A partir desse esquema, conseguimos visualizar 
melhor como o processo de interpretação ocorre. Agora, 
iremos detalhar esse processo, reconhecendo as estra-
tégias que compõem cada maneira de inferir informa-
ções de um texto. Por isso, vamos apresentar nos tópicos 
seguintes como usar estratégias de cunho dedutivo, indu-
tivo e, ainda, como articular a isso o nosso conhecimento 
de mundo na interpretação de textos.
A indução
As estratégias de interpretação que observam 
métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto 
oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no 
texto e que variam conforme o tipo textual.
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos 
identificar uma organização cronológica e espacial no 
desenvolvimento das açõesmarcadas, por exemplo, 
pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode-
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação 
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu-
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado 
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma 
ideia/ponto de vista.
16
No processo interpretativo indutivo, as ideias são 
organizadas a partir de uma especificação para uma 
generalização. Vejamos um exemplo:
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa 
espécie de animal. O que observei neles, no tempo em 
que estive na redação do O Globo, foi o bastante para 
não os amar, nem os imitar. São em geral de uma las-
timável limitação de ideias, cheios de fórmulas, de 
receitas, só capazes de colher fatos detalhados 
e impotentes para generalizar, curvados aos for-
tes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos a um 
infantil fetichismo do estilo e guiados por conceitos 
obsoletos e um pueril e errôneo critério de beleza.
(BARRETO, 2010, p. 21)
O trecho em destaque na citação do escritor Lima 
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías 
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento 
indutivo compõe a interpretação e decodificação de 
um texto. Para deixar ainda mais evidente as estraté-
gias usadas para identificar essa forma de interpretar, 
deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza-
ção cronológica de um texto.
PROCURE SINÔNIMOS
A propriedade vocabular leva 
o cérebro a aproximar as pa-
lavras que têm maior asso-
ciação com o tema do texto
ATENÇÃO AOS 
CONECTIVOS
Os conectivos (conjunções, 
preposições, pronomes) 
são marcadores claros de 
opiniões, espaços físicos e 
localizadores textuais
A dedução
A leitura de um texto envolve a análise de diversos 
aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou de 
maneira implícita no enunciado. 
Em questões de concurso, as bancas costumam 
procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos 
para abordar em suas provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus 
conhecimentos prévios a partir de uma informação 
que julga certa, buscando uma interpretação; assim, 
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
forme Kleiman (2016, p. 47): 
Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo 
temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema; 
ele estará também postulando uma possível estru-
tura textual; na predição ele estará ativando seu 
conhecimento prévio, e na testagem ele estará enri-
quecendo, refinando, checando esse conhecimento.
Atente-se a essa informação, pois é uma das pri-
meiras estratégias de leitura para uma boa inter-
pretação textual: formular hipóteses, a partir da 
macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini-
cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual 
ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano, 
entre outras informações que podem vir como “aces-
sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a 
leitura que deverá se seguir. Uma outra dica impor-
tante é ler as questões da prova antes de ler o texto, 
pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme 
um objetivo mais definido.
O processo de interpretação por estratégias de dedu-
ção envolve a articulação de três tipos de conhecimento:
 z Conhecimento Linguístico;
 z Conhecimento Textual;
 z Conhecimento de Mundo.
O conhecimento de mundo, por tratar-se de um 
assunto mais abrangente, será abordado mais adiante. 
Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
Conhecimento Linguístico
Esse é o conhecimento basilar para compreensão 
e decodificação do texto, envolve o reconhecimento 
das formas linguísticas estabelecidas socialmente por 
uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
nhecimento das regras de uma língua. 
É importante salientar que as regras de reconhe-
cimento sobre o funcionamento da língua não são, 
necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras 
que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-
tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a, 
que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-
bo-objeto (SVO) etc.
Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento 
linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento 
sobre como pronunciar português, passando pelo conhe-
cimento de vocabulário e regras da língua, chegando até 
o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).
Um exemplo em que a interpretação textual é preju-
dicada pelo conhecimento linguístico é o texto a seguir:
Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22/09/2020.
Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores 
proficientes nessa língua serão capazes de decodificar 
e entender o que está escrito; assim, o conhecimento 
linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas 
são algumas estratégias de interpretação em que 
podemos usar métodos dedutivos.
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Conhecimento Textual
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci-
mento linguístico e se desenvolve pela experiência 
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de 
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe-
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade porque 
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que 
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê 
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma 
reportagem como se lê um poema.
Em outras palavras, esse conhecimento relaciona-
-se com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de 
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais.
Conhecimento de Mundo
O uso dos conhecimentos prévios é fundamental 
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre 
importante que o candidato a cargos públicos reserve 
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes 
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen-
tar seu conhecimento de mundo.
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso 
conhecimento de mundo que é relevante para a com-
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso 
cérebro associar informações, a fim de compreender 
o novo texto que está em processo de interpretação.
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer-
cício para atestarmos a importância da ativação do 
conhecimento de mundo em um processo de interpre-
tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede:
Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa-
fiou valentemente todos os risos desdenhosos que 
tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-
nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam 
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as 
três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de 
provas, abrindo caminho, às vezes através de imen-
sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e 
vales turbulentos (KLEIMAN, 2016, p. 24).
Agora tente responder as seguintes perguntas 
sobre o texto:
Quem é o herói de que trata o texto?
Quem são as três irmãs?
Qual é o planeta inexplorado?
Certamente, você não conseguiu responder nenhu-
ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des-
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será 
afetada. O texto se chama “A descoberta da América 
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque 
responder às questões; certamente você não terá mais 
as mesmas dificuldades.
Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao vol-
tar seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo 
do que se trata, seu cérebro ativou um conhecimen-
to prévio que é essencial para a interpretação de 
questões.
Organização e hierarquia das ideias
 z Ideia Principal e Ideias Secundárias
Em se tratando da organização das ideias em um 
texto, podemos seguir por duas linhas de pensamento e 
estudo: a primeira refere-se ao produtor de um texto, a 
como o emissor deve organizar suas ideias, estabelecer 
uma hierarquia e uma conexão entre o que deseja emi-
tir. A segunda diz respeito ao intérprete do texto, como 
interpretar, compreender e responder corretamente às 
questões de interpretação textual.
Para compreender bem um texto, é necessário 
conseguirinterpretar a articulação entre as ideias 
dele. Uma leitura eficiente compreende a ideia geral 
que o texto deseja transmitir, e não somente decodifi-
ca os signos (letras) a fim de formar palavras e frases.
Cada texto apresenta uma intenção e, por trás 
dela, uma ideia principal – que pode estar implícita 
ou explícita – e algumas ideias secundárias, que dão 
suporte à ideia principal. Além disso, é necessário 
identificar a progressão das ideias ao longo do texto e 
como elas se conectam.
 � Ideias Principais: Apresentam o núcleo do tex-
to, a mensagem primordial que o remetente/
emissor deseja transmitir. Não há nenhum texto 
sem uma ideia principal, ou seja, um núcleo que 
norteia todo o restante da mensagem. Sem uma 
ideia principal, o texto não terá sentido e será 
incoerente. A ideia principal não precisa estar 
explícita no texto, e necessariamente não é a pri-
meira a ser exposta, mas ela é compreendida ao 
longo da leitura através de recursos linguísticos 
e dos sinais que o emissor coloca no texto. Ela 
dá lógica ao texto e permite a construção deste;
 � Ideias Secundárias: Ao longo do discurso, o emis-
sor utiliza recursos e argumentos para apresen-
tar a ideia principal; esses recursos são as ideias 
secundárias. Elas são ligadas por conectores, 
como advérbios e conjunções, e seguem uma 
ideia lógica e sequencial ao longo do texto. Quan-
to mais ideias secundárias são apresentadas, mais 
fácil torna-se compreender a ideia principal e a 
intencionalidade do discurso, pois as ideias secun-
dárias levam o leitor à ideia principal.
As ideias secundárias podem ser apresentadas por 
alguns meios. Entre eles, temos:
 � Apresentação de sinônimos ou ideias sinôni-
mas: Por meio de ideias ou palavras correlacio-
nadas, é possível reforçar a ideia principal;
 � Antônimos: A apresentação de antônimos ou 
ideias contrárias reforça no entendimento do 
leitor o que não é a ideia principal e no que ela 
consiste;
 � Exemplificação: Por meio de exemplos, casos 
reais ou dados estatísticos, o leitor pode com-
preender melhor do que se trata a ideia principal.
SEMÂNTICA
SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS
Denotação
O sentido denotativo da linguagem compreende 
o significado literal da palavra independente do seu 
contexto de uso. Preocupa-se com o significado mais 
objetivo e literal associado ao significado que aparece 
nos dicionários. A denotação tem como finalidade dar 
ênfase à informação que se quer passar para o recep-
tor de forma mais objetiva, imparcial e prática. Por 
isso, é muito utilizada em textos informativos, como 
notícias, reportagens, jornais, artigos, manuais didá-
ticos, entre outros. 
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Ex.: O fogo se alastrou por todo o prédio. (fogo: 
chamas)
O coração é um músculo que bombeia sangue para 
o corpo. (coração: parte do corpo)
Conotação
O sentido conotativo compreende o significado 
figurado e depende do contexto em que está inserido. 
A conotação põe em evidência os recursos estilísticos 
dos quais a língua dispõe para expressar diferen-
tes sentidos ao texto de maneira subjetiva, afetiva e 
poética. A conotação tem como finalidade dar ênfase 
à expressividade da mensagem de maneira que ela 
possa provocar sentimentos ou diferentes sensações 
no leitor. Por esse motivo, é muito utilizada em poe-
sias, conversas cotidianas, letras de músicas, anúncios 
publicitários e outros. 
Ex.: “Amor é fogo que arde sem se ver”. 
Você mora no meu coração.
O significado das palavras
Quando escolhemos determinadas palavras ou 
expressões dentro de um conjunto de possibilidades 
de uso, estamos levando em conta o contexto que 
influencia e permite o estabelecimento de diferentes 
relações de sentido. Essas relações podem se dar por 
meio de: sinonímia, antonímia, homonímia, paroní-
mia, polissemia, hiponímia e hiperonímia. 
Importante!
Léxico: Conjunto de todas as palavras e expres-
sões de um idioma.
Vocabulário: Conjunto de palavras e expressões 
que cada falante seleciona do léxico para se 
comunicar.
 z Sinonímia
São palavras ou expressões que, empregadas em 
um determinado contexto, têm significados seme-
lhantes. É importante entender que a identidade dos 
sinônimos é ocasional, ou seja, em alguns contextos 
uma palavra pode ser empregada no lugar de outra, 
o que pode não acontecer em outras situações. O 
uso das palavras “chamar”, “clamar” e “bradar”, por 
exemplo, pode ocorrer de maneira equivocada se uti-
lizadas como sinônimos, uma vez que a intensidade 
de suas significações é diferente. 
O emprego dos sinônimos é um importante recur-
so para a coesão textual, uma vez que essa estratégia 
revela, além do domínio do vocabulário do falante, a 
capacidade que ele tem de realizar retomadas coesi-
vas, o que contribuiu para melhor fluidez na leitura 
do texto.
 z Antonímia
São palavras ou expressões que, empregadas em 
um determinado contexto, têm significados opostos. 
As relações de antonímia podem ser estabelecidas em 
gradações (grande/pequeno; velho/jovem); reciproci-
dade (comprar/vender) ou complementaridade (ele é 
casado/ele é solteiro). Vejamos o exemplo a seguir:
Fonte: https://bit.ly/3kETkpl. Acesso em: 16/10/2020.
A relação de sentido estabelecida na tirinha é 
construída a partir dos sentidos opostos das palavras 
“prende” e “solta”, marcando o uso de antônimos, nes-
se contexto.
 z Homonímia
Homônimos são palavras que têm a mesma pro-
núncia ou grafia, porém apresentam significados dife-
rentes. É importante estar atento a essas palavras e a 
seus dois significados. A seguir, listamos alguns homô-
nimos importantes:
acender (colocar fogo) ascender (subir)
acento (sinal gráfico) assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar) asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço) apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro) buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago) buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais) cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego) segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto) sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento) senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente) séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro) serração (ato de serrar)
cerrar (fechar) serrar (cortar)
cervo (veado) servo (criado)
chá (bebida) xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de 
pagamento)
xeque (lance no jogo de 
xadrez)
círio (vela) sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar) sito (situado)
concertar (ajustar, combinar) consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical) conserto (reparo)
coser (costurar) cozer (cozinhar)
esotérico (secreto) exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que 
assiste)
expectador (aquele que tem 
esperança, que espera)
esperto (perspicaz) experto (experiente, perito)
espiar (observar) expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar) expirar (terminar)
estático (imóvel) extático (admirado)
esterno (osso do peito) externo (exterior)
estrato (camada) extrato (o que se extrai de algo)
LÍ
N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
A
19
estremar (demarcar) extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso) inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante) insipiente (ignorante)
laço (nó) lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho) russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno) taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a) taxar (fixar taxa)
Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/seman/seman6.php. 
Acessado em: 17/10/2020.
Parônimos
Parônimos são palavras que apresentam sentido 
diferente e forma semelhante, conforme demonstra-
mos nos exemplos a seguir:
 z Absorver/absolver
 � Tentaremos absorver toda esta água com 
esponjas. (sorver)
 � Após confissão, o padre absolveu todos os fiéis 
de seus pecados. (inocentar)
 z Aferir/auferir
 � Realizaremos uma prova para aferir seus 
conhecimentos. (avaliar, cotejar)
 � O empresário consegue sempre auferir lucros 
em seus investimentos. (obter)
 z Cavaleiro/cavalheiro
 � Todos os cavaleiros que integravam a cava-
laria do rei participaram na batalha. (homem 
que anda de cavalo)
 � Meu marido é umverdadeiro cavalheiro, abre 
sempre as portas para eu passar. (homem edu-
cado e cortês)
 z Cumprimento/comprimento
 � O comprimento do tecido que eu comprei é de 
3,50 metros. (tamanho, grandeza)
 � Dê meus cumprimentos a seu avô. (saudação)
 z Delatar/dilatar
 � Um dos alunos da turma delatou o colega que 
chutou a porta e partiu o vidro. (denunciar)
 � Comendo tanto assim, você vai acabar dilatan-
do seu estômago. (alargar, estender)
 z Dirigente/diligente
 � O dirigente da empresa não quis prestar decla-
rações sobre o funcionamento da mesma. (pes-
soa que dirige, gere)
 � Minha funcionária é diligente na realização de 
suas funções. (expedito, aplicado)
 z Discriminar/descriminar
 � Ela se sentiu discriminada por não poder 
entrar naquele clube. (diferenciar, segregar)
 � Em muitos países se discute sobre descrimi-
nar o uso de algumas drogas. (descriminalizar, 
inocentar)
Fonte: https://www.normaculta.com.br/palavras-par onimas/. 
Acessado em 17/10/2020.
Polissemia (Plurissignificação)
Multiplicidade de sentidos encontradas em algu-
mas palavras, dependendo do contexto. As palavras 
polissêmicas guardam uma relação de sentido entre 
si, diferenciando-as das palavras homônimas. A polis-
semia é encontrada no exemplo a seguir:
Fonte: https://bit.ly/3jynvgs. Acessado em: 17/10/2020.
 z Hipônimo e Hiperônimo
Relação estabelecida entre termos que guardam 
relação de sentido entre si e mantém uma ordem gra-
dativa. Exemplo: Hiperônimo – veículo; Hipônimos – 
carro, automóvel, moto, bicicleta, ônibus...
CAMPOS SEMÂNTICOS
Estudar os campos semânticos quer dizer enten-
der o que cada palavra significa, tanto individual-
mente quanto em um determinado contexto. Aqui, 
trataremos de contexto porque há situações nas quais 
uma palavra pode ter mudança de significado pela 
influência de outras. A semântica classifica as pala-
vras em relação ao contexto e em relação ao sentido 
da palavra isolada.
Podemos relacionar campos semânticos ao con-
ceito de polissemia. No entanto, não se trata da mes-
ma coisa. Polissemia é quando uma mesma palavra 
é capaz de assumir diversos significados, a depender 
do contexto de uso. Podemos citar como exemplo de 
palavras polissêmicas:
 z Banco:
 � Local que administra recursos financeiros: On-
tem, os bancos entraram em greve;
 � Objeto para sentar: Os bancos da praça vão ser 
trocados por modelos mais novos;
 � Verbo bancar no presente: Eu banco as contas 
da minha família. 
 z Boca:
 � Parte do corpo: Um beijo é um segredo que se 
diz na boca e não no ouvido. (Jean Rostand);
 � Abertura da garrafa: Quero saber onde está a 
tampa pra essa boca;
 � Metonímia para indicar quantidade de pessoas 
que vão comer: Na minha casa comem seis 
bocas.
20
 z Folha:
 � Papel: Preciso comprar uma resma de folhas;
 � Partes das árvores na natureza: No outono, a 
cidade fica cheia de folhas nas ruas.
 z Letra:
 � Caligrafia: A letra dessa menina é muito bonita!;
 � Símbolo do alfabeto: O alfabeto brasileiro so-
freu alterações no número de letras;
 � Sequência de frases (letra de música): A letra 
dessa canção é muito profunda.
 z Manga:
 � Fruta: Preciso comprar manga para a salada de 
frutas do lanche;
 � Parte de uma roupa: Prefiro camisas de manga 
curta. 
Assim, é possível estabelecer conjuntos de pala-
vras que juntas significam a mesma coisa, ou seja, 
pertencem ao mesmo campo semântico. Isso significa 
que essas palavras podem ser usadas dentro de deter-
minado contexto como sinônimos.
Importante!
É relevante destacar que o campo semântico 
está sempre “aberto”, ou seja, novas palavras 
podem ser incorporadas a qualquer momento a 
um campo semântico, desde que faça sentido a 
este.
A seguir, veremos exemplos de campos semânticos 
de algumas palavras da língua portuguesa:
 z Brincadeira: Divertimento, distração, piada, goza-
ção, palhaçada, zoação;
 z Breve: Rápido, curto, ligeiro, resumido, conciso, 
abreviado, pouca duração;
 z Cansaço: Canseira, fadiga, esgotado, pregado, lom-
beira, prostrado, exausto;
 z Conta: Fatura, cálculo, consideração, nota, estima-
tiva, avaliação, estima;
 z Fabricar: Construir, montar, criar, projetar, edifi-
car, confeccionar, fazer, elaborar;
 z Natureza: Espécie, meio ambiente, natural, tipo, 
temperamento, caráter, gênio;
 z Nota: Bilhete, dinheiro, grana, som, anotação, 
cédula, comentário;
 z Partir: Sair, ir embora, dar o fora, sumir, morrer, 
quebrar, espatifar;
 z Expressões relacionadas à morte: Bater as botas, 
passou dessa para melhor, não está mais entre nós, 
falecer, apagar, bater as botas, passar para um pla-
no superior, apagar, foi para o céu etc.
Podemos concluir, portanto, que o campo semânti-
co de determinada palavra ou expressão é um conjun-
to de palavras que podem ser utilizadas para alcançar 
o objetivo comunicativo. Essas palavras, por vezes, 
estão no nosso conhecimento prévio da língua. Utili-
zando esses conjuntos, torna-se mais simples a comu-
nicação cotidiana.
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS DOS VERBOS EM 
PORTUGUÊS
Tempos
O tempo designa o recorte temporal em que a ação 
verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar 
o tempo dessa ação no passado, presente ou futuro. 
Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe 
a seguir:
 z Presente:
Pode expressar não apenas um fato atual, como 
também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias 
no mesmo horário.
Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e 
instala uma ditadura.
Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais! 
(equivalente a estudarei).
 z Passado: 
 � Pretérito perfeito: Ação realizada plenamente 
no passado.
Ex.: Estudei até ser aprovado;
 � Pretérito imperfeito: Ação inacabada, que 
pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou 
durativa.
Ex.: Estudava todos os dias;
 � Pretérito mais-que-perfeito: Ação anterior à 
outra mais antiga.
Ex.: Quando notei (passado), a água já transborda-
ra (ação anterior) da banheira.
 z Futuro:
 � Futuro do presente: indica um fato que deve 
ser realizado em um momento vindouro.
Ex.: Estudarei bastante ano que vem.
 � Futuro do pretérito: Expressa um fato poste-
rior em relação a outro fato já passado.
Ex.: Estudaria muito, se tivesse me planejado.
A partir dessas informações, podemos também 
identificar os verbos conjugados nos tempos simples 
e nos tempos compostos. Os tempos verbais simples 
são formados por uma única palavra, ou verbo, conju-
gado no presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois 
verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o ver-
bo auxiliar é o único a sofrer flexões.
Modos
Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma 
relação enunciada pelo verbo.
 z Indicativo: O modo indicativo exprime atitude de 
certeza.
Ex.: Estudei muito para ser aprovado.
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N
G
U
A
 P
O
RT
U
G
U
ES
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 z Subjuntivo: O modo subjuntivo exprime atitude 
de dúvida, desejo ou possibilidade.
Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado.
 z Imperativo: O modo imperativo designa ordem, 
convite, conselho, súplica ou pedido.
Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado.
MORFOLOGIA
RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS 
CLASSES GRAMATICAIS
Artigos
Os artigos devem concordar em gênero e número 
com os substantivos. São, por isso, considerados deter-
minantes dos substantivos.
Essa classe está dividida em artigos definidos e 
artigos indefinidos. Os definidos funcionam como 
determinantes objetivos, individualizando a palavra, 
já os indefinidos funcionam como determinantes 
imprecisos.
O artigo definido — o — e o artigo indefinido — 
um —variam em gênero e número, tornando-se “os, 
a, as”, para os definidos, e “uns, uma, umas”, para os 
indefinidos. Assim, temos:
 z Artigos definidos: o, os; a, as;
 z Artigos indefinidos: um, uns; uma, umas.
Os artigos podem ser combinados às preposições. 
São as chamadas contrações. Algumas contrações 
comuns na língua são:
 z em + a = na;
 z a + o = ao;
 z a + a = à;
 z de + a = da.
Dica
Toda palavra determinada por um artigo torna-
-se um substantivo. Ex.: o não, o porquê, ocuidar 
etc.
Numerais
São palavras que se relacionam diretamente ao 
substantivo, inferindo ideia de quantidade ou posi-
ção. Os numerais podem ser:
 z Cardinais: Indicam quantidade em si. Ex.: Dois 
potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os 
meninos eram bons em português;
 z Ordinais: Indicam a ordem de sucessão de uma 
série. Ex.: Foi o segundo colocado do concurso; che-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar;
 z Multiplicativos: Indicam o número de vezes pelo 
qual determinada quantidade é multiplicada. Ex.: 
Ele ganha o triplo no novo emprego;
 z Fracionários: Indicam frações, divisões ou dimi-
nuições proporcionais em quantidade. Ex.: Tomou 
um terço de vinho; o copo estava meio cheio; ele 
recebeu metade do pagamento.
Podemos encontrar ainda os numerais coletivos, 
isto é, designam um conjunto, porém expressam uma 
quantidade exata de seres/conceitos. Veja:
Dúzia: conjunto de doze unidades;
Novena: período de nove dias;
Década: período de dez anos;
Século: período de cem anos;
Bimestre: período de dois meses.
Um: numeral ou artigo?
A forma um pode assumir na língua a função de 
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como 
podemos reconhecer cada função? É preciso observar 
o contexto em uso. Observe:
 z Durante a votação, houve um deputado que se 
posicionou contra o projeto.
 z Durante a votação, apenas um deputado se posi-
cionou contra o projeto.
Na primeira frase, podemos substituir o termo um 
por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e 
o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-
der é que a espécie do indivíduo que se posicionou 
contra o projeto é um deputado e não uma deputada, 
por exemplo.
Já na segunda oração, a alteração do gênero não 
implicaria em mudanças no sentido, pois o que se 
pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM 
deputado, marcando a quantidade. 
Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos 
atentos com a aparição das expressões adverbiais, o 
que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.
Ainda sobre os numerais, atente-se às dicas a 
seguir:
 z Sobre o numeral milhão/milhares, é importante 
destacar que sua forma é masculina. Logo, a con-
cordância com palavras femininas é inaceitável 
pela gramática.
Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje.
Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje.
 z A forma 14 por extenso apresenta duas formas 
aceitas pela norma gramatical: catorze e quatorze.
Substantivos
Os substantivos classificam os seres em geral. Uma 
característica básica dessa classe é admitir um deter-
minante — artigo, pronome etc. Os substantivos fle-
xionam-se em gênero, número e grau.
Tipos de Substantivos
A classificação dos substantivos admite nove tipos 
diferentes. São eles:
 z Simples: Formados a partir de um único radical. 
Ex.: vento, escola;
 z Composto: Formados pelo processo de justaposi-
ção. Ex.: couve-flor, aguardente;
 z Primitivo: Possibilitam a formação de um novo 
substantivo. Ex.: pedra, dente;
22
 z Derivado: Formados a partir dos derivados. Ex.: 
pedreiro, dentista;
 z Concreto: Designam seres com independência 
ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde-
pendentemente de sua conotação espiritual ou 
real. Ex.: Maria, gato, Deus, fada, carro;
 z Abstrato: Indicam estado, sentimento, ação, qua-
lidade. Os substantivos abstratos existem apenas 
em função de outros seres. A feiura, por exemplo, 
depende de uma pessoa, um substantivo concreto 
a quem esteja associada. Ex.: chute, amor, cora-
gem, liberalismo, feiura;
 z Comum: Designam todos os seres de uma espécie. 
Ex.: homem, cidade;
 z Próprio: Designam uma determinada espécie. Ex.: 
Pedro, Fortaleza;
 z Coletivo: Usados no singular, designam um con-
junto de uma mesma espécie. Ex.: pinacoteca, 
manada.
É importante destacar que a classificação de um 
substantivo depende do contexto em que ele está inse-
rido. Vejamos:
Judas foi um apóstolo. (Judas como nome de uma 
pessoa = Próprio);
O amigo mostrou-se um judas (judas significando 
traidor = comum).
O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas
O novo acordo ortográfico estabelece novas regras 
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso da 
inicial maiúscula.
Dessa forma, devemos usar com letra maiúscula as 
inicias das palavras que designam:
 z Nomes, sobrenomes e apelidos de pessoas 
reais ou imaginárias. Ex.: Gabriela, Silva, Xuxa, 
Cinderela;
 z Nomes de cidades, países, estados, continentes 
etc., reais ou imaginários. Ex.: Belo Horizonte, 
Ceará, Nárnia, Londres;
 z Nomes de festividades. Ex.: Carnaval, Natal, Dia 
das Crianças;
 z Nomes de instituições e entidades. Ex.: Embai-
xada do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, 
Gabinete da Vice-presidência, Organização das 
Nações Unidas;
 z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás 
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um 
nome próprio, como no exemplo dado, este tam-
bém deverá ser escrito com inicial maiúscula;
 z Nomenclatura legislativa especificada. Ex.: Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB);
 z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da 
Vacina, Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial;
 z Nome dos pontos cardeais e equivalentes. Ex.: 
Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Oriente, 
Ocidente. Importante: os pontos cardeais são gra-
fados com maiúsculas apenas quando utilizados 
indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer 
o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican-
do uma direção, devem ser escritos com minúscu-
las. Ex.: Correu a América de norte a sul;
 z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS, 
Unesco, Sr., S (Sul), K (Potássio).
Atente-se ao seguinte: Em palavras com hífen, 
pode-se optar pelo uso de maiúsculas ou minúsculas. 
Portanto, são aceitas as formas Vice-Presidente, Vice-
-presidente e vice-presidente; porém, é preciso man-
ter a mesma forma em todo o texto. Já nomes próprios 
compostos por hífen devem ser escritos com as iniciais 
maiúsculas, como em Grã-Bretanha e Timor-Leste.
Adjetivos
Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-
tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos 
podem indicar:
 z Qualidade: professor chato;
 z Estado: aluno triste;
 z Aspecto, aparência: estrada esburacada.
Locuções Adjetivas
As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor 
dos adjetivos, indicando as mesmas características 
deles.
Elas são formadas por preposição + substantivo, 
referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-
tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.
A seguir, colocamos diferentes locuções adjeti-
vas ao lado da forma adjetiva, importantes para seu 
estudo:
 z Voo de águia / aquilino;
 z Poder de aluno / discente;
 z Conselho de professores / docente;
 z Cor de chumbo / plúmbea;
 z Luz da lua / lunar;
 z Sangue de baço / esplênico;
 z Nervo do intestino / celíaco ou entérico;
 z Noite de inverno / hibernal ou invernal.
É importante destacar que, mais do que “decorar” 
formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun-
damental reconhecer as principais características de 
uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e 
apresentar valor de posse.
Ex.: Viu o crime pela abertura da porta;
A abertura de conta pode ser realizada on-line.
Quando a locução adjetiva é composta pela prepo-
sição “de”, pode ser confundida com a locução adver-
bial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importante 
perceber que a locução adjetiva apresenta valor de 
posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para 
ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da 
porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-
zando o substantivo “abertura”.
Já na segunda frase, a locução destacada é adver-
bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con-
ta”, o que indica o valor de passividade da locução, 
demonstrando seu caráter adverbial.
As locuções adjetivas também desempenham fun-
ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes, 
numerais e orações substantivas.
Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar.
Subst. / loc. adj.
LÍ
N
G
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A
 P

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