Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 2 Autoridades Governador do Estado do Riode Janeiro Exmº Sr Cláudio Bonfim de Castro e Silva Secretário de Estado de Polícia Militar e Comandante-Geral Exmº Sr Coronel Luiz Henrique Pires Subsecretário de Estado de Polícia Militar e Chefe do Estado- Maior Geral Ilmº Sr Coronel Carlos Eduardo Sarmento da Costa Diretor-Geral de Ensino e Instrução Ilmº Sr Coronel Marco Aurelio Ciarlini Guarabyra Vollmer Comandante do CFAP 31 de Voluntários Ilmº Sr Coronel PM Marcelo Andre Teixeira da Silva Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandre Moreira Soares POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 3 APRESENTAÇÃO Atualmente, conhecimento, informação, tecnologia e serviço constituem valores de primeira grandeza, capazes de transformar o ambiente interno e externo das organizações sociais e das instituições públicas. No intuito de instigar a autonomia, permitir a flexibilidade temporal, evitar o deslocamento de efetivo e facilitar questões de cunho logístico, o Comando da Corporação, através da proposta do Diretor-Geral de Ensino e Instrução, interligando os eixos acima supracitados, oferece a você, Sargento da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o Curso Especial de Formação de Sargentos EAD/2018 (CEFS – EAD/2018). Este curso tem por objetivo não só capacitar, mas confirmar as divisas dos policiais militares já promovidos à graduação de 3º Sargento. Para tanto, as disciplinas do CEFS serão todas no ambiente virtual de aprendizagem, através da Escola Virtual, no Centro de Qualificação de Profissionais de Segurança Pública (CQPS), Assim, ressaltamos a importância de sua dedicação ao curso, pois um policial militar bem formado, bem treinado, capacitado e motivado para o cumprimento da missão, conhecedor dos valores institucionais alicerçados sob a base do conhecimento, da informação, da tecnologia e do serviço, é capaz de consolidar e aprimorar a sua consciência democrática; cultivar elevados padrões morais para continuar com dignidade no exercício da profissão; garantir o respeito às leis e a dedicação ao cumprimento do dever; estimular o senso de responsabilidade e o interesse pela comunidade; dentre outros. Desta forma, esperamos que com este curso você, policial militar, possa estar fortalecendo seu vínculo profissional, repensando o seu papel como profissional diante da necessidade de soluções cada vez mais rápidas e dentro da legalidade para os mais complexos problemas enfrentados no singular cotidiano do Estado do Rio de Janeiro. Desejamos a todos bons estudos! Marco Aurélio C. Guarabyra Vollmer – Coronel PM Diretor-Geral de Ensino e Instrução Marcelo André Teixeira da Silva – Coronel PM Comandante do CFAP POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 4 Desenvolvedores CEADPM Supervisão Geral EAD MAJ PM Rodrigo Fernandes Ferreira Equipe Técnica SUBTEN PM Willian Jardim de Souza 3º SGT PM Edson dos Santos Vasconcelos SD PM Lucas Almeida de Oliveira SD PM Diogo Ramalho Pereira Diagramação 2º SGT PM Alan dos Santos Oliveira 2º SGT PM Wallace Reis Fernandes CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira CB PM Vanessa Souza Rino Bahia Design Instrucional 1º SGT PM Eloisa Cláudia Clemente de Almeida CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira Filmagem e Edição de Vídeo CB PM Renan Campos Barbosa SD PM Alessandra Albuquerque da Silva Designer Gráfico / Diagramação Interativa 2º SGT PM Wallace Reis Fernandes SD PM Leonardo da Silva Ramos Suporte ao Aluno CB PM Vanessa Souza Rino Bahia CFAP Supervisão e Coordenação Pedagógica Cap PM PED Patricia Kalife Paiva 3º SGT PM Rodrigo Barroso Candido CB PM Juliana Pereira de Carvalho SD PM Eduarda Vasconcellos Dias de Oliveira Conteudista 1º TEN PM RR Augustinho Salvador POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................... 6 POLICIAMENTO OSTENSIVO .................................................... 7 ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO 16 AS MODALIDADES DE CONTROLE DA ATIVIDADE POLICIAL .. 26 SUPERVISÃO DE GRADUADOS ............................................... 35 VISÃO SISTÊMICA: INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA, SERVIÇOS PÚBLICOS EENTIDADES DIVERSAS . 41 CONCLUSÃO ........................................................................... 54 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................ 55 EXERCÍCIOS .......................................................................... 58 GABARITO ............................................................................. 59 POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 6 INTRODUÇÃO Olá Sargento! Antes de iniciarmos nossas aulas, gostaria que prestasse muita atenção nas palavras abaixo. As atitudes do graduado vão determinar o resultado do serviço. As suas funções vão interferir no comportamento e até nas prerrogativas e direitos dos subordinados, e de outras pessoas. Conforme você progride na carreira, suas responsabilidades também vão aumentando. Você tem uma função pública muito importante e que demanda de grandes responsabilidades e de habilidades especiais. Atua nos conflitos sociais e lida com os direitos dos concidadãos. Se proceder corretamente, suas atitudes irão ajudar muitas pessoas. Muitos constrangimentos não ocorrerão. Muitos delitos deixarão de ser praticados. Muitas vidas serão poupadas. No entanto, devo lembrar que nossa profissão é perigosa e poderá ficar mais complicadacada vez que violaras normas ou cometer erros. As atitudes do graduado vão determinar o resultado do serviço. As funções dos sargentos irão interferir no comportamento e até nas prerrogativas e direitos dos subordinados, além de outras pessoas. Conforme você vai sendo promovido, suas responsabilidades também aumentam. É necessário valorizar os procedimentos operacionais como expressão da competência, da ética e de segurança. É a observância das normas e a capacidade técnica que irão te manter em segurança e longe de problemas administrativos e/ou judiciais de toda ordem. Valorize também suas relações interpessoais. Será mais fáciltrabahar com a cooperação de outras pessoas. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 7 POLICIAMENTO OSTENSIVO Os procedimentos operacionais no desenvolvimento do policiamento ostensivo Os procedimentos operacionais são providências e condutas padronizadas, que devem ser empregadas no desenvolvimento do serviço e na resolução das ocorrências policiais. São atitudes ou providências, básicas ou próprias de pessoal especializado, fundamentados na legalidade e em técnicas policiais, que proporcionam condições para o atendimento, a resolução e ou encaminhamento das ocorrências atendidas pela PMERJ, facilitando o exercício das funções policiais militares, orientando ações, a fim de minimizar possíveis falhas na condução das ocorrências e obter os melhores resultados operacionais possíveis. O que são procedimentos operacionais? POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 8 É muito importante que o policial militar esteja atualizado sobre as normas e técnicas em vigor na Corporação. Para tanto, o mesmo deve acompanhar as publicações da Corporação, em especial o Boletim Ostensivo da PMERJ, que é público diariamente, fiel reprodutor das ordens do Comandante-Geral. Estas condutas estão previstas em documentos divulgados nas instruções, especialmente nos cursos de formação da Corporação. São eles: Leis, Portarias, Notas de Instruções (NI), Instruções Normativas(IN), Manual do Policial Militar (M4), Ordens do CG publicadas em BOL da PM, Ordens dos Cmt Int, VadeMecum de Ocorrências Policiais Militares, as apostilas dos cursos de formação e de capacitação, além de outros documentos legais. Condutas recomendadas para o policial militar no atendimento de ocorrências Uma equipe policial militar, atuando numa situação de perturbação da ordem, deverá demonstrar conhecimento técnico, controle emocional e disciplina tática na condução da ocorrência. Muitas vezes, conciliando a assistência às vítimas, a prisão e a guarda POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 9 Ao assumir uma ocorrência, você deverá proceder de maneira calma, imparcial, a fim de não se envolver nos fatos. Manter a isenção e o controle no ambiente nem sempre é fácil, mas é essencial para o sucesso de sua missão. dos criminosos, realizando o isolamento do local, arrolando testemunhas, afastando curiosos, acionando SAMU, coletando e registrando cuidadosamente os dados referentes a fato em documentação própria, por exemplo, BOPM – APF na DP. Esses procedimentos vão preservar as garantias dos envolvidos, facilitar a elucidação dos fatos, contribuir para a boa imagem da Corporação e até contribuir para a otimização do planejamento operacional da Corporação em futuras ações. O ambiente onde ocorre a intervenção policial é um ambiente tenso, pode haver pessoas em disputas por direitos, ou alguém sofrendo constrangimentos, ou poderá haver pessoas drogadas, ou feridas, ou ainda, preocupadas com a situação de terceiros. Traga os exaltados a calma e a razão. Ficará mais fácil se os envolvidos pensarem racionalmente. Policiais experientes têm essa habilidade. Observe sempre os mais antigos. Um policial que se exalta e perde o controle, piora o ambiente, dificulta o trabalho dos demais e se torna mais um envolvido na ocorrência. Não realize contato físico desnecessário. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 10 O uso da força por agentes de segurança pública deverá obedecer aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e conveniência”. (Portaria Nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010) Procedimentos operacionais básicos empregados nas intervenções policiais Os procedimentos descritos abaixo estão relacionados em uma ordem de prioridade, caso a situação demande várias providências. Veja: A aproximação deve ser cautelosa, logo esteja certo que mesmo em situações assistenciais a chegada deve ser cuidadosa, observando e reconhecendo todo o ambiente.Além de ser mais seguro para equipe, facilitará a avaliação sobre o local e do fato ocorrido, possibilitando um melhor planejamento da ação. Sinalizar os locais de acidente e tomar outras providências necessárias para criar um ambiente seguro para a ação da equipe, prevenindo que ocorram outros acidentes. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 11 Socorrer as pessoas lesionadas em qualquer situação que haja feridos. A preservação da vida tem prioridade: prestar atendimento pré-hospitalar e acionar o Serviço de Assistência Médica de Urgência - SAMU. Diligenciar no sentido de constatar fundada suspeita, bem como identificar e se possível prender pessoas que estejam em flagrante delito. Preservar local de crime, pois este não deve ser tocado após a chegada da PM.As pessoas que se encontrarem no local ou próximo devem ser relacionadas. Apreender elementos de corpo delito que se encontrem fora do local preservado e fazer a entrega destes aos peritos ou, na falta destes, à Autoridade Policial. Apresentar, de imediato, as pessoas presas e as que cometeram infrações penais de menor potencial ofensivo à Autoridade Policial, salvo aquelas que necessitem de assistência médica. Observe ainda as seguintes disposições: Não conduzir crianças e adolescentes no xadrez da VTR e, ainda, separados dos maiores de idade; Conduzir mulheres separadas dos homens; POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 12 Conduzir possíveis desafetos separadamente. Cumprir o ritual da voz de prisão: eu sou o (nome, posto, graduação, lotação), você está preso pelo fato de ter praticado tal delito/ou em razão da ordem judicial tal. Você tem o direito de permanecer calado, tem direito à assistência familiar e tem o direito de assistência de um advogado.Será conduzido para a DP tal. Arrolar testemunhas. Em caso de flagrante, as testemunhas devem ser apresentadas junto com as partes na DP. Desobstruir o trânsito. Fazer cumprir as normas de trânsito quando necessário. Levar ao conhecimento da Autoridade Policial as infrações penais que tiver conhecimento. Poderá ser sob a forma de parte dirigida ao seu superior imediato. Registrar fatos: confeccionar o BOPM, BRAT e outros documentos, quando necessário. Acionar outros órgãos com responsabilidades sobre a ocorrência, tais como BMERJ, LIGHT, por exemplo. Posicionar-se sempre em local que possa observar e ser observado. Encaminhar as ocorrências que não lhe couber dar resolução, orientando os interessados. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 13 O que o policial militar não pode fazer. Em caso de acidente de trânsito sem vítimas, determine aos envolvidos que desobstruam a via e oriente os interessados a acessarem o http://ebrat.pmerj.rj.gov.br para a confecção do BRAT; Consultar o Supervisor em ocorrências que fujam ao controle do policiamento ordinário e nas situações previstas em normas legais. Sempre que o condutor da ocorrência tiver dúvidas sobre que procedimento tomar, pesquise no VadeMecum ou solicite auxilio de outros companheiros, persistindo a dúvida, o supervisor deve ser consultado. Regras do NÃO Não permitir a prática de delitos na sua presença. Não abstrair-se com o uso de aparelhos de telefonia em conversas nas redes sociais ou games. Não é permitido dar caronas em VTR, mesmo a policiais militares, ainda que a prática não altere itinerários. Não acautelar presos em DPO, PPC ou Cias destacadas, nem mesmo por curto período de tempo. As pessoas presas devem ser conduzidas do local da prisão diretamente para a DP. Não fumar durante o atendimento das ocorrências, nem na realização de operações policiais, bem como respeitar a lei do fumo em http://ebrat.pmerj.rj.gov.br/ POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 14 todas as situações. Não ingressar isoladamente em meio a uma multidão ou de um tumultuo. Se necessário intervir num tumultuo, solicite reforço, observe, tente identificar as pessoas agressivas e os líderes da baderna.Somente proceda com a força adequada. Não é permitido o uso de armas de fogo contra pessoas desarmadas de forma alguma. É melhor recuar e acionar os meios necessários para reestabelecer à ordem. Não usar algemas em doente mental em crise. Se necessário imobilizá-lo, utilize tecidos como camisetas de algodão com o objetivo de não causar lesões nos mesmo. Não realizar a apresentação de presos para imprensa. Os telefones instalados nos aquartelamentos (DPO,PPC, Cias destacadas ou Cabinas) deverão ser usados, essencialmente, para assuntos de serviço. Desenvolvimento e segurança no trabalho A Preparação prévia para o serviço é muito importante para a atividade policial militar, pois demanda de habilidades psicomotoras. Algumas atitudes pessoais no dia que antecede o serviço, como não consumir bebidas alcoólicas e dormir bem, lhe ajudarão a garantir um serviço tranquilo. Examinar o material e o armamento ao recebê-los, recusar aqueles que não apresentem boas condições de uso. Exigir e usar os equipamentos obrigatórios como o colete balísticoe o bastão policial. A recusa pode caracterizar transgressão disciplinar. Solicitar reforços ou auxílio sempre que necessário. Lembre-se de que a qualquer momento você pode dispensar o apoio, contudo pode ocorrer uma situação que se agrave ao ponto que você POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 15 Cumprir as ordens e seguir o planejamento: não realizar diligências por conta própria, mantenha a rede rádio e seus superiores informados dos problemas policiais que ocorrem no seu setor. não tenha mais oportunidade de solicitar socorro a tempo. Mantenha-se atento, observando o ambiente e a movimentação das pessoas durante todo o serviço. Cuidado para não se distrair com paisagens ou vitrines, pois se o policial for surpreendido por um marginal poderá perder vida. Comunicar ao seu superior imediato ou, se não for possível a comunicação, registrar na papeleta, os motivos de eventuais afastamentos do posto. Este registro deve ser imediato para não causar dúvidas quanto aos seus procedimentos, mesmo que seja para necessidades fisiológicas. Tomar cuidado para não invadir as competências da polícia judiciária. Ocorrendo confronto armado contra marginais, o mais importante é não haver baixas de policiais e nem de pessoas inocentes. Se o marginal conseguir escapar, poderá ser encontrado e preso em nova diligência. Lembre-se sempre que um bom abrigo lhe dará proteção contra tiros. Em segurança, você terá oportunidade de avaliar melhor a situação e tomar as decisões mais acertadas. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 16 “Os policiais precisam reconhecer que para SERVIR e PROTEGER a comunidade, eles precisam primeiro estar preparados para proteger a si mesmos”. (Anthony J. Pinizzotto PhD, Federal Bereau Investigation) O policiamento ostensivo, além das ações de dissuasão pela presença, realiza intervenções policiais constantes. Além do risco de vida, demanda de uma diversidade de saberes para conseguirmos realizar nossa missão com eficácia. ALGUMAS REGRAS BÁSICAS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO Cerco Policial Ao observar um veículo suspeito em movimento, proceda a divulgação na rede rádio das características do veículo, número de ocupantes, se estão armados ou não, uma possível descrição dos mesmos, o itinerário seguido, bem como o sentido. Caso não tenha condições técnicas para interceptar, solicite auxílio.Acompanhe o veículo suspeito em segurança e mantenha a rede rádio informada dos itinerários e das atitudes dos suspeitos que ocupam o veículo. Durante o acompanhamento, a guarnição deve se manter atrás do veículo, numa distância segura, até encontrar um local que dê condições ou receber o apoio necessário para uma abordagem segura. Observar ainda se existem outros veículos conluiados com POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 17 Evite perseguições, priorize o cerco. o veículo a ser abordado. Se for o caso, o fato deve ser divulgado na rede rádio e abordado o “último de trás”. Arma limpa e seca garante a sua segurança Retire da reserva de material bélico apenas as armas, os equipamentos e os materiais que você saiba empregar. Mesmo o armamento de menor potencial letal exige treinamento para seu emprego com segurança, sob pena de não atingir o objetivo desejado ou até mesmo atingir terceiros. Ao receber a arma, verifique seu estado externo, a coronha, os parafusos de fixação, o estado dos conjuntos, se o percussor está íntegro, se os carregadores não estão deformados ou amassados. Certifique-se que o cano está desobstruído e limpo. Não é conveniente utilizar uma arma que realizou disparos e não foi limpa. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 18 Verifique o estado da munição, uma a uma.Veja se há oxidação, se a pólvora está seca, se a espoleta não está picotada, se as pontas não estão frouxas (pode permitir a entrada de líquidos e umidificar a pólvora). Um breve balanço junto a uma das orelhas poderá perceber se a pólvora está seca. Recuse o material que não estiver em condições, se for necessário, participe o fato circunstanciadamente ao seu superior imediato. Abordar é mostrar presença policial Observou uma pessoa em atitude suspeita, planeje a ação com a equipe, aproxime-se com segurança e aborde. A ação de abordar é prerrogativa dos policiais militares e contribui grandemente para a segurança da população, portanto os policiais militares deverão sempre promover abordagens, de forma técnica e educada. A abordagem deve se adequar a cada situação e aos riscos que elas representem. Não se resume a buscas pessoais de armas e suspeitos, é mais que isso: é uma forma de estabelecer contato e de aproximar-se das pessoas para transmitir-lhes segurança. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 19 Fique Atento! Ao intensificar as ações de abordagem você inibirá práticas delituosas. Baseamento Quando em baseamento, pelo menos um policial deverá estar desembarcado e alerta. Viaturas e sinalizadores não substituem a ação proativa do policial militar no cumprimento de sua missão. O policial militar deverá sempre interagir com o cidadão, mostrar-se atento e disponível. O policiamento de proximidade potencializa a prevenção e melhora a sensação de segurança. Não se distraia com conversas improdutivas. Se tiver que manter um diálogo mais longo, fique atento ao ambiente. Nunca esqueça as premissas da abordagem: cumprimenta, explica, busca e agradece. (Extraído do Bol da PM nº 187, de 06OUT15). POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 20 Recomendações Estar sempre atento à execução do serviço, visando resguardar a sua integridade física, de seus companheiros e da população; Colocar-se de forma visível à população; Utilizar os equipamentos de emprego individual necessários para realização do serviço de forma correta e segura; Utilizar cobertura e talabarte refletivo; Atentar para postura perante a população, dispensando sempre o tratamento cortês e profissional, bem como para com seus pares, superiores e subordinados; Quando em dupla e com utilização de viatura policial militar, permanecer com pelo menosum dos integrantes da guarnição desembarcado, por um período de tempo de aproximadamente trinta minutos, ocorrendo o revezamento entre a guarnição durante o período de baseamento; POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 21 Comunicação é fundamental para o sucesso da missão O rádio é o meio de comunicação oficial da PMERJ. Para uma segurança sistêmica, o uso do aparelho rádio é obrigatório e fundamental, pois integra o policial militar à uma extensa rede de segurança pública. Apesar da rapidez e praticidade na comunicação proporcionada pelo uso dos aplicativos de mensagens instantâneas e redes sociais, sua utilização, segundo especialistas em comportamento organizacional, prejudica o desempenho do policial militar, comprometendo a segurança, a produtividade e a qualidade do serviço a ser prestado à população. Dessa forma, o uso de Smartphones e/ou tablets por policiais militares em serviço de policiamento ostensivo, que desvie o policial de suas atribuições funcionais, será considerado falta de natureza grave, devendo ser objeto de fiscalização das supervisões de diversos escalões. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 22 Priorize sempre a sua segurança ao abordar A principal providência no campo da prevenção contra a vitimização policial a ser tomada por policiais no desenvolvimento do serviço é a observância das normas, das técnicas e uso correto de armas e de equipamentos, incluindo os desegurança. O treinamento continuado e progressivo é o único caminho para segurança do policial e da sociedade. A demonstração de força expressa pelo uso do armamento, equipamentos, posicionamento tático e numérico é um grande recurso para desestimular reações. Nossas famílias são nossos maiores clientes, preze pela excelência de seu serviço Periodicamente, as mídias divulgam notícias dando conta de policiais militares agindo arbitrariamente: matando, prendendo ilegalmente, abusando de sua autoridade, colocando em risco suas vidas, a de seus companheiros, a de outras pessoas, prejudicando a imagem de sua Corporação. Consequentemente, são enquadrados nos mais diversos procedimentos administrativos, civis e penais, que por muitas vezes, acabam custando seus empregos e sua liberdade. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 23 O Policial Militar é um usuário dos serviços de Segurança Pública. Uma cidade ordeira e segura ocasiona maior tranquilidade para todos, especialmente para nossas famílias, que terão a certeza de nossa volta ao lar. Postura e Fardamento O policial militar deverá observar sua apresentação pessoal e postura durante a execução do serviço. Apresentar-se mal fardado, desleixado e desatento não transmite segurança ao cidadão, o que compromete a credibilidade e a confiança na Polícia Militar. O policial é responsável pela manutenção de sua imagem. Você teria coragem de praticar ações que pudessem prejudicar sua própria família? Policial, você está sendo observado. Atente para a sua postura e fardamento. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 24 Fique Atento! Antes de abordar, comunique que irá realizar uma abordagem.Caso não seja possível, tão logo seja cessado o impedimento, informe ao Centro de Operações. Comunique suas ações à sala de operações, assim o apoio chegará mais rápido no caso de prioridades. Fique atento a rede rádio. Respeite as normas de comunicação. Informe todos os deslocamentos, bem como o momento de chegada. A correção nas comunicações não sobrecarrega a rede rádio, pelo contrário, facilita a comunicação e no caso de prioridade ou urgência, facilita o deslocamento do apoio ou do socorro. Você é a imagem da sua instituição exposta na rua diariamente. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 25 Seja educado no trato com as pessoas. Atitude não é sinônimo de grosseria! Evite ponderações e discussões usando uma linguagem clara precisa e concisa. Dê ordens justas e executáveis em tom de voz compatível com a situação e o ambiente. Quando abordar pessoas em atitudes suspeitas, use tom de voz firme que sugira imobilidade identifique-se: “Policia!”; em seguida utilize expressões como “Fique onde está! Calma! Não se mova, fique quieto!”. O uso de palavras obscenas ou vulgares, além de revelarem insegurança do policial, aumentam a tensão do ambiete. Nas situações em que o policial encontrar pessoas exaltadas, as atitudes do policial deverá sempre ser no sentido de trazer as pessoas a calma e a racionalidade. Se necessário, repita a ordem legal várias vezes! Use a influência da imagem da Corporação e sua boa aparência. É nosso dever tratar as pessoas com urbanidade e cortesia empregando pronomes de tratamento respeitosos: Senhor e Senhora. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 26 O Decálogo do Policiamento Ostensivo, (Bol da PM nº 052 – 04 Jun 2018), que é um conjunto de 10 orientações para o policial militar empregar no serviço. Lembra a tábua que Deus deu a Moisés? São procedimentos operacionais essenciais para o bom andamento do serviço e para a segurança do policial militar. É publicado no Bol da PM, diariamente, um dos verbetes que é colocado no cabeçalho, no tópico Segurança do policial militar. AS MODALIDADES DE CONTROLE DA ATIVIDADE POLICIAL Controle externo e controle interno O controle das ações policiais se apresenta em duas modalidades: controle externo e controle interno. O controle externo O controle externo pode ser realizado de diversas formas por organismos não pertencentes aos quadros da PMERJ. O controle da atividade policial pelo Ministério PúblicoO Art. 3º, da Lei complementar nº 75, define que o controle externo da atividade policial será exercido pelo Ministério Público e tem como objetivo manter a regularidade e a adequação dos procedimentos empregados na execução da atividade policial. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 27 Outras formas de controle externo As Organizações Não Governamentais (ONG) e a Imprensa também funcionam como elementos de controle externo da ação policial, normalmente denunciando práticas ilícitas diretamente ao Ministério Público ou via meios de comunicação. Corregedoria Geral Unificada A CGU recebe reclamações e informações sobre irregularidades e de abusos de poder cometidos por policiais militares, policiais civis e Lei complementar nº 75:“Art. 3º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial tendo em vista: o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de Direito, aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, aos princípios informadores das relações internacionais, bem como aos direitos assegurados na Constituição Federal e na lei; a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio público; a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de poder; a indisponibilidade da persecução penal; a competência dos órgãos incumbidos da segurança pública.” POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 28 bombeiros militares, instaura procedimentos para apurar as infrações de natureza grave, independentemente da hierarquia dos funcionários envolvidos. As polícias estaduais têm corregedorias internas, articuladas com a CGU, voltadas para as questões disciplinares de seus agentes. Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro (SICIERJ) O (SICIERJ) através da Lei Estadual Nº 7989 de 14 de junho de 2018, que entende como papel da Ouvidoria fomentar o controle social e a participação popular por meio do recebimento, registro e tratamento de manifestações do cidadão sobre o serviço prestado à sociedade e a adequada aplicação de recursos públicos. Além do controle fiscal propriamente dito (controle contábil), fiscaliza o cumprimento do Código de Ética para os servidores de controle interno, cria condições para o controle social sobre os programas financiados pelo Estado e estabelece estratégias de prevenção e combate à corrupção. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 29 A Ouvidoria das Polícias do Estado do Rio de Janeiro O Controle interno O controle interno da PMERJ é realizado pela própria instituição e se faz de dois modos: pelo Controle Administrativo e pelo Controle Operacional. Controle administrativo O controle administrativo tem por finalidade assegurar o cumprimento das normas administrativas da Corporação. É exercido através do acompanhamento documental e das inspeções. O controle documental das atividades administrativas A Ouvidoria da Polícia tem como missão proporcionar e incentivar o controle exercido pela sociedade às policias civis e militares do Rio de Janeiro. Ela recebe e encaminha denúncias, elogios e sugestões sobre as ações e atividades da PMERJ e da PCERJ. Visite em: http://www.ouvidoriadapolicia.rj.gov.br/ http://www.ouvidoriadapolicia.rj.gov.br/ POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 30 Fique Atento! Será baseadonos Regulamentos Administrativos da Corporação, pela Secretaria de Estado e Policia Militar (SEPM), pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e outros órgãos com competência para tal. A inspeção Será realizada de maneira regulamentar, mediante programação dos órgãos de direção geral e setorial. O Comandante-Geral poderá realizar ou determinar inspeções inopinadas. Controle Operacional Será feito pelo Estado-Maior e pelos Comandos Intermediários, através do acompanhamento documental (formulários, relatórios e outros meios estabelecidos previamente) e pela Supervisão. Controle documental das atividades operacionais O controle documental será baseado no acompanhamento dos dados remetidos periodicamente ao EMG e ao respectivo CPA, sobre emprego do efetivo, índice de ocorrências, emprego dos meios logísticos, etc. Supervisão São atividades dinâmicas, exercidas com vistas ao desempenho do homem isoladamente ou em grupo, ou da fração encarada como um todo.A Supervisão mantém a regularidade dos serviços conforme os planos de policiamento. São atividades de supervisão: As ações de supervisão são atividades operacionais POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 31 Atuação do Oficial-de-Dia, no que tange ao policiamento Atuação dos Centros de Operações, Comunicações e Informações Atuação dos Supervisores das UOp Emprego dos meios logísticos em apoio ao policiamento de Alto Escalão de MédioEscalão de PequenoEscalão A Supervisão será realizada em três escalões: Supervisão de Alto Escalão Abrange toda a área do Estado e tem por finalidade fiscalizar o cumprimento do Plano Geral de Policiamento (PGP), o cumprimento das Normas para o Policiamento e o cumprimento das diretrizes, ordens e instruções do Comando- Geral. Sua execução está regulada na Diretriz Geral de Operações e subdivide-se em: a) Do Comandante-Geral -É a supervisão realizada pelo Comandante-Geral ou por oficial que o mesmo determinar. Tal supervisão poderá ser executada de forma ostensiva ou reservadamente. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 32 b) Do Estado Maior -É a supervisão determinada pelo chefe do Estado-Maior Operacional. É executada pelo Chefe do EMG ou por qualquer oficial designado para realização do serviço. Tem caráter regular e é executada por quartos de serviço. É uma supervisão tipicamente técnica. Pode ser realizada ostensiva ou reservadamente e abrange toda a área do Estado. Supervisão de Médio Escalão É a supervisão de responsabilidade dos Comandos Intermediários (1º CPA, 2º CPA, 3º CPA, 4º CPA, 5º CPA, 6º CPA, 7º CPA, CPE e CPP). É executado diariamente, mediante escala determinada pelos Cmt. Int. Tem as mesmas finalidades da Supervisão de Alto Escalão e é realizada em dois níveis: a) Cmt e seu Estado-Maior. b) Demais Oficiais. Supervisão de Pequeno Escalão É a supervisão realizada pelas Unidades Operacionais, Unidades Especiais e Especializadas. Tem as seguintes finalidades: orientar o pessoal de serviço; fiscalizar o cumprimento da missão; apoiar o policiamento; verificar o armamento e o equipamento dos homens e viaturas; fiscalizar o cumprimento das escalas; realizar a correiçãopreventiva. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 33 A supervisão de pequeno escalão é realizada em três níveis: Corregedoria Interna da PMERJ A Corregedoria Interna da Polícia Militar é responsável pela análise, investigação, solução e/ou encaminhamento de denúncias de crimes e infrações administrativas praticadas por policiais militares. Recebe reclamações e informações sobre irregularidades e de abusos de poder cometidos por policiais militares. Consequentemente, instaura procedimentos para apurar as infrações de natureza grave, independente da hierarquia dos funcionários envolvidos. Comando - atribuída ao Cmt e Oficiais do EM mediante escala, a fim de avaliar corretamente a aplicação do policiamento e rendimento operacional, em razão da presença e distribuição do mesmo. Oficiais - executada pelos oficiais da unidade mediante escala, na área da Unidade Operacional, durante 24 horas do dia, sob a fiscalização do SubCmt e do P/3, através de planejamento pormenorizado. Graduados - executada por graduados no âmbito das UOp/E mediante escala, durante as 24 horas do dia, sob a fiscalização do SubCmt e P/3, mediante planejamento pormenorizado. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 34 Supervisão Correcional da Corregedoria Interna da PMERJ É uma modalidade de supervisão de alto escalão. É realizada pela Seção de Investigação e Supervisão Disciplinar, órgão de assessoramento direto e imediato da CINTPM. Pode ser realizada por equipes das DPJM. Ouvidoria das UPP`s Tem como finalidade precípua receber reclamações e elogios relacionados a policiais militares, sendo uma atividade eminentemente técnica, cujas atribuições são as seguintes: Ouvir as reclamações de qualquer cidadão contra os abusos de autoridades e agentes policiais militares; A Ouvidoria garantirá sigilo da fonte e anonimato ao denunciante. www.ouvidoriaupp.com.br http://www.ouvidoriaupp.com.br/ http://www.ouvidoriaupp.com.br/ POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 35 O serviço de supervisão tem objetivo a fiscalização do policiamento. Além disso, acompanha e avalia de forma constante as atividades operacionais, orienta e apoia os policiais no desempenho de suas atividades. O controle externo da atividade policial não tem por objetivo inibir as atividades policiais. A princípio, tem por objetivo verificar a eficiência da atividade policial, prevenir, apurar e corrigir distorções bem como eventuais desvios e abusos, garantindo o respeito aos direitos e garantias dos cidadãos. SUPERVISÃO DE GRADUADOS Os objetivos do serviço de supervisão Vamos analisar um fato real? Policiais discutem enquanto levam amigas da jovem ferida para o hospital: imagens foram gravadas pela câmera do carro de patrulha (VEJA) “As imagens, gravadas pelas câmeras de um carro de patrulha, registram em detalhes http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/perseguicao-insana http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/perseguicao-insana POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 36 Situações em que a supervisão deverá ser acionada Em caso de ocorrências de vulto, a supervisão de oficiais ou de graduados deve ser acionada a fim de acompanhar o desenvolvimento da ocorrência e manter as autoridades informadas: No caso de apreensão de armas e drogas, a supervisão de graduados deve ser avisada para acompanhar os procedimentos operacionais e administrativos; Ocorrências envolvendo policiais ou bombeiros militares, militares das forças armadas, policiais civis ou federais, ou ainda funcionários públicos de cargos relevantes também merecem atenção da supervisão; Em ocorrências que envolvam autoridades portadoras de prerrogativas e imunidades legais, a supervisão de oficial deve acompanhar o andamento até a resolução da mesma; Caso o policial se sinta mal e necessite de ser encaminhado a um órgão de saúde deverá solicitar apoio da supervisão de graduado que encaminhará ou conduzirá o solicitante a uma unidade de saúde. Quando houver dúvidas sobre quais procedimentos adotar, os agentes de serviço também deverão se socorrer na supervisão. O supervisor deverá orientar o solicitante sobre quais procedimentos adotar e, se necessário, comparecer ao local da ocorrência para melhor avaliar e orientar de forma correta. Atuação do supervisor em situações de crise O policial militar que assumir uma ocorrência definida como situaçãode crise (situações que fogem aos recursos do policiamento normal), como no caso de pessoas armadas controlando um ambiente com reféns ou sem reféns, deverá proceder conforme a NI 002/2011, conter os meliantes, isolar o local e acionar o Supervisor que estabelecerá contato com o Cmt da Unidade. Caberá ao Supervisor POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 37 Fique Atento! realizar o contato inicial com o oficial de operações do BOPE. O condutor continuará com os procedimentos iniciais, preservando a integridade dos envolvidos até a chegada da tropa especial que atuará na resolução da crise. O controle do entorno da área afetada fica sob responsabilidade da UOP. Caso seja necessário o acionamento de unidades especiais ou especializadas, o procedimento é semelhante ao acionamento do BOPE.O supervisor avalia a situação, realiza contato com o Cmt da UOP (que acionará as autoridades envolvidas) e realiza o contato inicial com o oficial de operações ou oficial de dia da unidade apoiadora. Todo policial militar deve conhecer a NI 002/2011. A supervisão de graduado É dever do supervisor conhecer previamente as ordens relativas ao serviço que irá realizar, devendo, para tal, se informar junto a P/3 sobre as ordens em vigor e a distribuição do policiamento. Como representante do Comandante da Unidade, o Supervisor deve fazer valer sua autoridade, demonstrando interesse pelo bom andamento do serviço, se interessando pelos problemas existentes na POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 38 O supervisor deve tratar seus subordinados com urbanidade, não deve dar azo para brincadeiras e nem permitir comportamentos promíscuos. execução do serviço tentando resolver e orientando as equipes para a eliminação de óbices, sem deixar de fiscalizar. A supervisão de graduado deve estar em condições de substituir, eventualmente, o Oficial Supervisor em seus impedimentos, nas operações, na fiscalização e no apoio as diversas modalidades de policiamento. A atuação do Supervisor deve ser prévia no sentido de orientar seus subordinados na execução do serviço, a fim de evitar alterações, apoiar o policiamento na realização das operações e no atendimento das ocorrências, intervindo sempre que julgar necessário, observando as ordens em vigor, dando atenção aos seguintes quesitos: Cumprir fielmente os roteiros de supervisão; Identificar os policiais militares escalados; Manter a disciplina; Registrar e tomar providências quanto às alterações observadas; Conferir a documentação inerente ao serviço; POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 39 Conferir se a carteira de identidade da PMERJ pertence ao policial militar de serviço, se é válida e corresponde a graduação ostentada pelo Policial Militar fiscalizado; A regularidade da arma particular que o policial militar esteja portando; Se o armamento da Corporação empregado durante o serviço é o previsto para o serviço; Apresentação pessoal e postura do policial militar, inclusive com a verificação das condições do uniforme e de suas peças complementares; O uso de telefone celular e/ou aparelho tipo NEXTEL ou equivalentes, com autorização para emprego em serviço; As condições das viaturas policiais e seus equipamentos, inclusive no que tange a constatação em seu interior de objetos e/ou materiais estranhos à natureza do serviço; Conferir a papeleta de serviço antes de registrar a supervisão; Ao supervisionar postos fixos como Cias destacadas, cabines, DPO, PPC e bases de policiamento comunitário, verificar a existência e o estado do mobiliário, bem como o das dependências. Atentar quanto ao estado geral, à limpeza e a arrumação. Certificar-se, ainda, que não há materiais estranhos ao serviço guardados no local; Ao supervisionar postos fixos que tenham carga de armas e munições, conferir a existência do material bélico relacionado, bem como a escrituração referente ao controle e a distribuição do mesmo; Responder as continências regulamentares prestadas pelos supervisionados; Ao final do serviço, o supervisor deverá encaminhar o relatório de supervisão, bem como outros documentos decorrentes do serviço para a P/3. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 40 Documentos da pasta do Supervisor Ao receber a pasta referente ao serviço, certifique-se de que contém os documentos necessários a realização do serviço, como: Ordens de operação em vigor; Roteiro de supervisão, com a relação dos postos a serem percorridos; Formulários de registro de acidentes com viaturas; Relatório de supervisão ou brochura do supervisor; Relatório de Operações, se for o caso; Exemplares do BRAT; Formulários de BOPM. Convém portar, ainda, para eventuais consultas, o VadeMecum de Ocorrências Policiais Militares, um exemplar do Código de Processo Penal comentado, um Código Penal anotado, a NI 002/2011 (que trata de situações de crises) e a NI 004/2.011 (que trata do acionamento das unidades do COE e do CPE). Tenha em mente que você não tem conhecimento para resolver todos os problemas do mundo. Quando ocorrer dúvidas sobre quais procedimentos devem ser adotados, pesquise no VadeMecum, na legislação penal ou consulte o Oficial Supervisor ou o P/3. Se for o caso, dirija-se a DP e consulte a autoridade policial. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 41 A supervisão de graduados é um serviço de grande relevância para o sucesso do planejamento operacional, que demanda relevante conhecimento das atividades de policiamento ostensivo, da área de policiamento, dos meios, do pessoal e até da logística. Os sargentos e subtenentes que realizam este serviço devem se impor pela autoridade, respeitabilidade e pela demonstração de conhecimento da atividade policial. Procedimentos do Policial Militar ao ser supervisionado Ao perceber a presença da supervisão, de qualquer escalão ou nível, o policial militar deverá se apresentar regularmente, exibir a papeleta de serviço, a documentação que for solicitada, responder prontamente os esclarecimentos solicitados, bem como atender as determinações legais que lhe forem feitas. Caso seja necessário, deverá apresentar alterações ou ponderações de forma respeitosa em linguagem formal. VISÃO SISTÊMICA: INTEGRAÇÃO COM OS DEMAIS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA, SERVIÇOS PÚBLICOS EENTIDADES DIVERSAS Cooperação e Integração das forças de Segurança As forças policiais, federais e estaduais e mais recentemente, as forças armadas, têm conseguido bons resultados trabalhando em POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 42 cooperação. As criticadas dicotomias entre as policias Civil e Militar, não são barreira para a finalidade constitucional das polícias, que é a preservação da ordem pública. No RJ, bem como em todos os estados da região sudeste, observa-se integração das forças de segurança, independentemente de suas atribuições e do âmbito de atuação (federal/estadual/municipal). Aqui, no RJ, temos vários programas e mecanismos de integração. Dentre os mais importantes, podemos citar o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Regiões Integradas de Segurança Pública O Decreto nº. 41.930, de 08 de julho de 2007, foi implantado com o objetivo de aperfeiçoar as ações de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro.Especificamente, a integração do planejamento e a coordenação operacional no nível tático das organizações policiais, um novo modelo de integração geográfica entre as Polícias Civil e Militar, através das RISP. Essa integração se justifica pela necessidade de obter maior efetividade das ações operacionais em uma mesma área de responsabilidade territorial, garantindo-se unidadede propósitos e apoio mútuo entre as instituições de defesa social. http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Decreto41930.pdf POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 43 Esta articulação territorial regional se expressa no nível tático, se consolida em termos práticos ao nível dos Departamentos de Polícia de Área - DPA da PCERJ e dos Comandos de Policiamento de Área – CPA da PMERJ. Os Diretores dos DPA e os Comandantes dos CPA, além das atribuições internas inerentes às suas respectivas instituições, também são responsáveis pelo estabelecimento de estratégias de integração e cooperação regionais; pela instituição de um fórum permanente de análise, compartilhamento de informações e ações conjuntas; pela adequação dos recursos humanos e logísticos às necessidades regionais; pelo acompanhamento e avaliação das ações realizadas. A RISP tornou-se uma instância de articulação regional e objetiva: Mais eficiência no monitoramento de metas e ações planejadas Mais sinergia entre as ações das Polícias Civil e Militar Maior compartilhamento de informações POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 44 Abrangência territorial das RISP O território Estado do Rio de Janeiro está dividido em 7 RISP, segundo as seguintes abrangências territoriais: RISP REGIÃO CPA 1ª Capital (Zona Sul, Centro e parte da Norte) Apol do 1º CPA 2ª Capital (Zona Oeste e parte da Norte Apol do 2 º CPA 3ª Baixada Fluminense Apol do 3 º CPA 4ª Niterói e Região dos Lagos Apol do 4 º CPA 5ª Sul Fluminense Apol do 5 º CPA 6ª Norte Fluminense e Noroeste Apol do 6 º CPA 7ª Região Serrana Apol do 7 º CPA POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 45 A RISP é liderada por um delegado (Diretor de Departamento) e um Coronel PM (Cmt de área – CPA). Não existe subordinação hierárquica. A gestão da RISP é compartilhada conjuntamente pela PCERJ e PMERJ, sob a supervisão da SESEG. Áreas Integradas de Segurança Pública As AISP foram criadas através da Resolução SESEG nº. 263, de 27 de julho de 1999, como parte de uma política de Segurança Pública, que tinha por objetivo estreitar a ligação entre as Polícias Civil e Militar, bem como destas com as comunidades abrangidas pelas AISP, através da gestão participativa na identificação e resolução dos problemas locais de segurança pública. Nesse sentido, cada AISP foi estruturada com base nas áreas geográficas de atuação das Polícias Civil e Militar. Dessa maneira, o contorno geográfico de cada AISP foi estabelecido a partir da área de atuação de um batalhão de Polícia Militar e as circunscrições das delegacias de Polícia Civil contidas na área de cada batalhão. A atual divisão territorial do Estado do Rio de Janeiro, segundo o critério de Áreas Integradas de Segurança Pública, contempla um total de 42 AISP (número de UOP), conforme a Resolução SESEG nº. 478, de 11/05/2011, que visou adequar os limites geográficos de atuação das unidades da Polícia Civil e Militar, de forma a torná-las compatíveis aos objetivos da gestão territorial da Segurança http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.pdf http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.pdf POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 46 AISP busca facilitar a comunicação e a cooperação entre as Unidades Operacionais e Delegacias, bem como atender as demandas de Segurança Pública das comunidades. Pública,segundo RISP, AISP e Circunscrições Integradas de Segurança Pública (CISP). As AISP têm por objetivo estreitar a ligação entre as Polícias Civil e Militar, bem como destas com as comunidades abrangidas pelas AISP através da gestão participativa na identificação e resolução dos problemas locais de Segurança Pública. Características das AISP A identificação da AISP se fará pelo número da UOP; Destacam-se como características principais das AISP: a descentralização, a autonomia para agentes e órgãos de ponta e o reforço do controle civil. Exemplo: o 18 BPM, juntamente com a 32ª DP e a 41ª DP formam a 18ª AISP. Circunscrições Integradas de Segurança Pública As CISP, assim como as RISP, também foram criadas pelo Decreto Estadual nº. 41.930, e caracterizam, segundo o novo modelo de integração geográfica, a menor instância de apuração dos indicadores de criminalidade. Nesse sentido, constituem a esfera de integração territorial, em nível operacional, das Companhias Integradas da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro – PMERJ, com as Delegacias de Polícia da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro - PCERJ. As CISP têm como princípio básico o conceito de que a responsabilidade pelo policiamento de uma subárea da Companhia de POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 47 Polícia Militar Integrada deverá, sempre que possível, coincidir com a circunscrição de uma Delegacia de Polícia. Assim, as CISP correspondem às áreas territoriais de atuação e responsabilidade conjunta das Companhias Integradas e das Delegacias de Polícia. As CISP têm os seguintes objetivos: Visão sistêmica: integração com todos os órgãos de segurança, serviços públicos e entidades diversas. A preservação da ordem pública implica o dever do policiamento ostensivo atuar sempre que houver perturbação da ordem ou mesmo quando houver fundada suspeita de ações que possam macular a paz social, seja onde for. Da mesma forma, a PMERJ, para realizar sua missão de polícia cidadã, compartilha recursos com outros órgãos. Além das policiais, como a Secretaria de Fazenda (Barreira Fiscal), a Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e todas as outras Prefeituras Fluminenses, por ocasião das festas tradicionais (por exemplo: Réveillon e Carnaval), mega shows (como o Rock in Rio), grandes eventos (tipo a Copa do Mundo no Brasil), com o IBAMA na preservação do meio ambiente e no combate aos delitos ambientais, além de muitos outros órgãos públicos mediante convênios. aumentar o controle das atividades planejadas e ações sobre as manchas criminais; maior proximidade do fenômeno criminal local; explorar a individualização da responsabilidade e do mérito a partir de metas desdobradas para os indicadores de criminalidade. http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=38 http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=38 POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 48 Integração dos recursos e das demandas Para haver integração deve haver o emprego de tecnologias para comunicação, comando e controle. Centro Integrado de Comando e Controle O Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que funciona, na Cidade Nova, está dotado de condições físicas e técnicas para a instituição do gabinete de gestão de crise para todo o Estado, constituindo-se um polo concentrador das ações de defesa civil e social, tanto no atendimento às demandas de rotina da região metropolitana do Rio de Janeiro quanto nas situações de excepcionalidades, tais como grandes eventos, desastres e eventos de defesa social de alto risco. O sistema integra informações das áreas operacionais das forças emergenciais como a Polícia Militar, Forças Armadas, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, SAMU, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Defesa Civil e Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (Cet-Rio). O CICC comporta em suas instalações 03 (três) atividades com funções distintas e conexas entre si: I. Centro Integrado de Operações de Defesa Social (CIODS); II -Centro Integrado de Operações Coordenadas (CIOC); III- Gabinete de Gestão de Crise(GGC). O CIODS é um centro de atendimento de emergência multi agênciasque congrega em suas instalações os principais órgãos de Defesa Civil e Social do Poder Público da cidade do Rio de Janeiro, estado e União, no tocante as áreas de segurança pública e defesa POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 49 social e de proteção e defesa civil, dispondo de aparato tecnológico que facilita, implementa e otimiza o emprego dos recursos das agências. O CIODS tem como finalidade propiciar a atuação integrada das agências envolvidas direta ou indiretamente no atendimento emergencial, na promoção de segurança pública, defesa social e proteção e defesa civil, agilizando e otimizando suas ações, bem como facilitando a troca de informações e dados entre as mesmas para a tomada de decisões conjuntas. Visando sempre o conceito de ação multiagências, as agências que compõem o CIODS manterão em escala 24/7 coordenadores que realizarão o acompanhamento de todo o serviço, buscando solucionar problemas que eventualmente ocorram, apoiando-se mutuamente. Exemplo: serviço 190 e 192. O Centro Integrado de Operações Coordenadas (CIOC), é um centro para a gestão de ocorrências ou eventos de considerável vulto, tais como: I - grandes eventos; II - desastres; III - eventos de defesa social de alto risco; IV- eventos que fujam à normalidade, a critério do Chefe do Poder Executivo ou a qualquer outra autoridade por ele delegada. A configuração de seus componentes dar-se-á conforme a necessidade e a demanda dos fatos apresentados e seu funcionamento se dará mediante o surgimento de demandas especificas que apontem para a necessidade de acionamento da estrutura de Comando, Controle e Integração. Ex. Enchentes e Incêndios POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 50 O Gabinete de Gestão de Crises (GGC), constitui-se em uma estrutura que tem por finalidade dar resposta a crises no campo de ação das agências componentes permanentes e transitórias da estrutura do Centro Integrado de Comando e Controle. Órgão integrante da estrutura estadual, destinado à reunião das autoridades competentes para a condução de uma crise instalada no âmbito do Estado, proporcionando capacidade de mobilização, gestão de informação, acompanhamento das ações desencadeadas e de tomada de decisão. Terá a disposição toda a infraestrutura do CIODS e do CIOC, sendo este o braço operacional que permite a implementação das decisões que forem tomadas. Ex. Segundo turno das Eleições 2018. O CICC funciona como base de monitoramento das demandas cotidianas e de grandes eventos. Já se tornou uma referência mundial em segurança de grandes eventos. Neste Centro, encontra-se o Centro de Controle Operacional da Polícia Militar (CECOPOM), que gerencia todas as demandas de acionamento do serviço policial militar, o serviço 190, e o serviço 192, de atendimento ao público. Atendimento de Ocorrências Quando um chamado entra para Centro de Atendimento de Emergência do 190, pode ser classificado como ocorrência, trote, informação, desconexão, etc. Somente segue para o CECOPOM os chamados classificados como ocorrências, ou seja cerca de 22%. Como funciona o CICC? POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 51 Dessas, aproximadamente, 65% acabam como nada constatado, endereço não localizado e providência dispensada. Mesmo nestes casos é obrigatória a confecção do BOPM. O QUE É UMA OCORRÊNCIA POLICIAL? • É qualquer violação da lei? • É qualquer violação de um Direito Público? • É qualquer violação ou situação potencialmente violadora de Direitos Públicos? • É qualquer violação ou situação potencialmente violadora de Direitos Públicos que necessitem da intervenção do Estado? • É qualquer violação ou situação potencialmente violadora de Direitos Públicos que necessitem da intervenção do Estado através do uso da coerção física legal? O CECOPOM não tem gerência sobe as operações, do tipo A Rep, realizadas pelas Unidades Operacionais. Quando um atendimento é classificado como ocorrência é feita a identificação do endereço georreferenciado no mapa digital. Feito isso, as informações seguem para a tela do despachador de VTR, que analisa quais recursos serão utilizados. Ele seleciona a viatura disponível mais próxima do local da ocorrência que, por meio do computador embarcado, recebe as informações e inicia seu deslocamento para atendimento. Foto/ slaid/ gráfico POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 52 São armazenados no sistema todos os tempos dos processos, como o tempo que o operador levou para registrar esta ocorrência e o tempo que o policial gastou para atender ao chamado enviado. Além disso, pelo GPS do computador, descobre-se a localização de outras viaturas, casos seja necessário enviar reforços. A cada minuto, todo o trabalho operacionalizado e alimenta as estatísticas. A precisão dos números permite um gerenciamento eficiente dos recursos humanos e de equipamentos. Com todo o processo informatizado, pode-se verificar: _ tempo médio de registro de uma ocorrência; _ tempo médio gasto pela viatura até o local do crime; _ total de ocorrências abertas ou atendidas; _ total de viaturas empenhadas ou disponíveis; _ total de ocorrências atendidas por batalhão; _ os dados acima são apenas alguns, entre outros dados. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 53 O emprego das Forças Armadas As Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) são reguladas pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3.897, de 2001, e concedem provisoriamente aos militares a faculdade de atuar com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade. Nessas ações, as Forças Armadas agem de forma episódica, em área restrita e por tempo limitado, com o objetivo de preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp97.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/d3897.htm https://www.defesa.gov.br/index.php/forcas-armadas POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 54 CONCLUSÃO A integração dos órgãos de segurança e serviços se faz por meio de parcerias, convênios, apoio de logística, informações policiais e até recursos financeiros, essenciais para que a PMERJ consiga desempenhar sua função de polícia cidadã. Sendo assim, o Policiamento Ostensivo é de suma importância para contribuir para a sensação de segurança, pois a Polícia Militar é um dos componentes do Estado necessários, no desafio de garantir o direito constitucional de ir e vir da população, em meio à violência urbana. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 55 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Álvaro. Da segurança pública na Constituição de 1988, Revista de Informação Legislativa. Brasília, ano 26, n/ 104, out./dez., 1989, p.235-6. Álvaro.PorumaPolíciaestável,eficazeorganizada.SãoPaulo:O pinião,1993. DINIZ;Eugenio;JUNIOR;DomícioProença;MUNIZ,Jaqueline,“Uso daForçaeOstensividadenaAçãoPolicial”; GEE-COPPE- UFRJapudConjunturaPolítica.BoletimdeAnalisenº6.DepartamentodeCiê nciasPolítica–UFMG; p.p.22-26, abril1999. Ferreira Marcus. Áreas Integradas de Segurança Pública – Instituto de Segurança Pública – Série Formação Policial. Volume 10 Instituto de Segurança Pública. ISP. LAZZARINI, Álvaro. Estudos de Direito Administrativo, 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,1999. Matriz curricular nacional para ações formativas dos profissionais da área de segurança pública/Secretaria Nacional de Segurança Pública, coordenação: Andréia da Silveira Passos...et al.Brasilia: Secretaria Nacional de Segurança Pública Documentos Oficiais BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 de outubro de 1988. CongressoNacional, Brasília, 1988, 360 p. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 56 BRASIL - Portaria No- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Diretriz Interministerial sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública). Rio de Janeiro - DECRETO Nº 41.931 DE 25 DE JUNHO DE 2009. Rio de Janeiro - Resolução SESEG N. 263 de 27 de julho de 1999. Rio de Janeiro - Resolução SESEG nº. 478 de 11 de maio de2011. Rio de Janeiro - Decreto nº 42.780, de 03 de janeiro de 2011. Rio de Janeiro - Manual do Policial Militar, de 05 de dezembro de 1983. Rio de Janeiro - Normas Gerais de Policiamento (M-3)” /83 da PMERJ. Rio de Janeiro - Diretriz Geral de Operações (D 1) – PMERJ. Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 597,publicada no Bol da PM nº 003,de 07Jan15. Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 598,publicada no Bol da PM nº 003,de 07Jan15. Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 600,publicada no Bol da PM nº 003,de 07Jan15. Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 602,publicada no Bol da PM nº 003,de 07Jan15. http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.pdf POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 57 Rio de Janeiro - Apostila de Policiamento Ostensivo do CFAP – Augustinho Salvador. 2.014. PMERJ. Rio de Janeiro - Atuação do policial militar no policiamento ostensivo – potencialização da prevenção e da ostensividade - BOL PM n.° 187 de 09 de outubro de 2015. Rio de Janeiro - Decálogo policiamento ostensivo – orientação - determinação. Bol da PM nº 052 e de 04 de junho de 2018. Rio de Janeiro - Atuação do policial militar no policiamento ostensivo – potencialização da prevenção e da ostensividade - BOL PM n.° 094 de 03 de agosto de 2.018. Rio de Janeiro - - BOL PM n.° 094 de 03 de agosto de 2.018. COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA. Programa de Integração das Normas Internacionais de Direitos Humanos e Princípios Humanitários Aplicáveis à Função Policial: Normas Internacionais de Direitos Humanos Aplicáveis às Instituições Policiais. Brasília. 2010. Rio de Janeiro - Constituição do Estado do Rio de Janeiro, 1989. Endereços eletrônicos: Instituto de Segurança Pública. ISPhttp://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=38 Ouvidoria das Policias do Estado do Rio de Janeiro http://www.ouvidoriadapolicia.rj.gov.br/ Proderj http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resoluc ao263.pdf http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=38 http://www.ouvidoriadapolicia.rj.gov.br/ http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.pdf http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.pdf POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 58 EXERCÍCIOS 1) Quais procedimentos básicos, que devem ser adotados por policiais militares ao encontrarem pessoas feridas? 2) Arma limpa e seca garante a sua segurança. Que sinais podem indicar que a arma que você vai retirar da reserva está ou não em condições de uso? 3) O controle das ações policiais se apresenta em duas modalidades controle externo e controle interno, como pode ser realizado o controle externo? 4) como é realizado o controle administrativo da PMEJ? 5) por que é importante a apresentação pessoal do policial na execução do policiamento ostensivo? 6) quais as vantagens em observar as normas de comunicação para o serviço? 7) No atendimento de ocorrências policiais é normal encontrar pessoas em conflito ou exaltadas por terem sido constrangidas, ou agredidas. Qual deverá ser a conduta do policial militar ao se deparar com pessoas nas situações enunciadas? 8) Como acontece o despacho das viaturas para o atendimento de ocorrências, após os atendentes do Centro de Atendimento de Emergências do 190 realizarem o atendimento? 9) Qual o principal objetivo de uma patrulha ao sofrer uma reação armada de marginais? POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 59 10) O que a supervisão de graduados deve observar, em particular, ao realizar uma supervisão num aquartelamento fora da sede do Batalhão, como DPO, PPC, Cia destacadas? GABARITO 1) Prestar atendimento pré-hospitalar e acionar o Serviço de Assistência Médica de Urgência - SAMU. 2) O seu estado externo a coronha, os parafusos de fixação; o estado dos conjuntos, se o percussor está integro; se os carregadores não estão deformados ou amassados; certifique-se que o cano está desobstruído e limpo. 3) O controle externo pode ser realizado de diversas formas por organismos não pertencentes aos quadros da PMERJ. Legalmente o controle da atividade policial é de responsabilidade do Ministério Público. Pode ser realizado ainda por organizações não governamentais e pela imprensa. 4) O controle administrativo tem por finalidade assegurar o cumprimento das normas administrativas da Corporação. É exercido através do acompanhamento documental e das inspeções. 5) Apresentar-se mal fardado, desleixado e desatento não transmite segurança ao cidadão, o que compromete a credibilidade e a confiança na Polícia Militar. O policial é responsável pela manutenção de sua imagem. Você é a imagem da sua instituição exposta na rua diariamente. POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 60 É nosso dever tratar as pessoas com urbanidade e cortesia empregando pronomes de tratamento respeitosos: Senhor e Senhora. 6) A correção nas comunicações não sobrecarrega a rede rádio, facilita a comunicação e no caso de prioridade ou urgência o facilita o deslocamento do apoio ou do socorro. 7) Traga os exaltados a calma e a razão. Ficará mais fácil se os envolvidos pensarem racionalmente.Policiaisexperientes tem essahabilidade. Observe osmaisantigos. Um policial que se exalta e perde o controle, piora o ambiente, dificulta o trabalho dos demais e se torna mais um envolvido na ocorrência Se necessário repita a ordem legal várias vezes. Nas situações em que o policial encontrar pessoas exaltadas, as atitudes do policial deverão sempre ser no sentido de trazer as pessoas a calma e a racionalidade. 8) Os atendentes do Centro de Atendimento de Emergência do 190, ao serem acionados por uma vítima ou testemunha, farão o cadastro da ocorrência e a identificação do endereço georreferenciado no mapa digital. Feito isso, as informações seguem para a tela do despachador (de VTR), que analisa quais recursos serão utilizados. Ele seleciona a viatura disponível mais próxima do local da ocorrência que, por meio do computador embarcado, recebe um alerta sonoro e inicia seu deslocamento para realizar o atendimento. 9) Ocorrendo confronto armado contra marginais, o mais importante é não haver baixas de policiais nem de pessoas inocentes. Se o marginal conseguir escapar poderá ser encontrado e preso em POLICIAMENTO OSTENSIVO - CEFS 61 nova diligência. Lembre-se que um bom abrigo lhe dará proteção contra tiros, em segurança, você terá oportunidade de avaliar melhor a situação e tomar as decisões mais acertadas. 10) Ao supervisionar postos fixos como Cias destacadas, cabines, DPO PPC e bases de policiamento comunitário, verificar a existência e o estado do mobiliário, bem como as dependências, quanto ao estado geral, a limpeza e a arrumação, certificar-se ainda que não há materiais estranhos ao serviço guardados no local. Ao supervisionar postos fixos que tenham carga de armas e munições, conferir a existência do material bélico relacionado, bem como a escrituração referente ao controle e a distribuição do mesmo.
Compartilhar