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Neurolinguistica

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FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANDE 
 
 
 
 
NEOROLINGUISTICA 
 
 
 
 
 ALINE DA SILVA MELO 
 
 
 
 
 
A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUISTICA COMO ABORDAGEM INTEGRATIVA 
PARA A EDUCAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 GARANHUNS 
2020 
 
 
 
 
 
A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUISTICA COMO ABORDAGEM INTEGRATIVA 
PARA A EDUCAÇÃO 
Autor1, Aline da Silva Melo 
 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou 
violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem como objetivo investigar os processos de sofrimento psíquico 
em estudantes acadêmicos e como esses sintomas podem interferir na vida pessoal do 
indivíduo. Visou também propor uma contribuição para melhor entendimento acerca de 
um novo olhar sobre a importância humana e seus vínculos interpessoais, e também 
elaborar uma análise a respeito das responsabilidades que o ensino brasileiro não está 
assumindo para contribuir com o avanço humano. Buscou-se compreender que tipos 
de habilidades podem ser desenvolvidas através do ensino e como o conhecimento 
subjetivo de si mesmo, contribui para criação de um ambiente melhor habitado por 
pessoas emocionalmente equilibradas, utilizando a razão e a emoção de maneira 
eficientes e harmônicas. A contextualização teórica serviu para elaborar este trabalho, 
que visa investigar os processos da programação neorolinguística e como este ramo da 
ciência pode contribuir para melhoria humana, por consequência para a sociedade e a 
cultura através da educação. Este trabalho foi de natureza qualitativa, e tem por 
instrumentos os aspectos humanos que desempenham forte papel na vida cotidiana, 
como por exemplo o sofrimento psíquico, a super preocupação com as estereótipos 
estéticos e capitalistas e etc. Foi possível construir novas perspectivas de pensamentos 
sobre quesitos e tabus sociais que vem sendo aos poucos esquecidos e não 
priorizados, a importância do sujeito e de sua subjetividade é evidenciada em primeira 
instancia, tendo por acréscimo as consequências dos atos a níveis sociais e pessoais. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Sofrimento Psíquico. Programação neorolinguistica. Educação. Desenvolvimento 
Humano. Autoconhecimento. 
 
1 Mell-line-e@hotmail.com 
Graduada em Letras pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de 
Garanhuns, Mestranda em Técnicas e inovações de Saúde Mental, pela Universidade de Pernambuco, 
Membro do Laboratório Ciência da Consciência e Espiritualidade no campus UPE. 
 
mailto:Mell-line-e@hotmail.com
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O avanço humano e os vínculos das interações sociais dão-se por meio das 
relações capitalistas, que estimulam níveis de desempenho e resultados cada vez 
maiores e mais exigentes. Isso induz a uma busca incessante do indivíduo por tentar 
preencher a lacuna causada pelo mal-estar de nunca está pronto ou satisfeito para o 
mercado de trabalho ou a vida particular, dar-se então o sofrimento na busca de algo 
que sempre está fora de si, tentando adequar-se às demandas e enquadrar-se aos 
padrões sociais estabelecidos. Dentre os pontos que devem ser relevantes ao observar 
esse processo, verificar como o indivíduo está condicionado às referências nas quais 
está inserido é primordial. No campo educacional, esse processo não é diferente, 
fazendo parte desse modelo preconizado, as singularidades dentro do sistema estão 
sujeitas às formas ali enquadradas. 
A programação neurolinguistica como abordagem integrativa nas áreas de 
desenvolvimento humano, em especial no âmbito acadêmico, o qual será o foco deste 
trabalho, possibilita uma maior abrangência sobre os comportamentos, formas de 
desenvolver autoconhecimento e tornar-se um indivíduo mais consciente de si próprio e 
do mundo que o cerca, no âmbito acadêmico a utilização desta área da ciência 
possibilita reiterar temas pouco abordados como por exemplo, o poder que o ser 
humano tem de dominar seu próprio corpo e mente. 
Nesse sentido se faz necessário imbuir questionamentos de como as relações 
humanas e o capitalismo, interferem na vida e provocam adoecimento e interferência na 
chegando a academia e como o viés cientifico pode contribuir para melhoria dos 
aspectos interpessoais. 
A programação neurolinguistica proporciona um caminho para lidar com 
aspectos que merecem atenção, propondo uma reprogramação de hábitos, costumes e 
até de mudanças satisfatórias na vida, por isso será a base para chegar a pontos 
reflexivos sobre os maiores questionamentos da vida humana atual. 
Tem como objetivo geral possibilitar a identificação e possíveis discussões dos 
sintomas do sofrimento psíquico nas unidades acadêmicas e ainda como esse fato 
 
 
 
 
afeta a vida particular de cada um. Mais claramente, o trabalho: (i) identificar como a 
vida do universitário e os propósitos educacionais se correlacionam com esse processo 
de sofrimento psíquico na academia; (ii) discorrer sobre os sintomas dos sofrimentos 
abordados; (iii) compreender quais áreas da vida estudantil se fazem afetadas pelo 
sofrimento do indivíduo. 
Este trabalho se faz relevante por que lida com o cerne do ser humano e suas 
relações. Há de convir que dentre os termos mais abordados em pesquisas atualmente 
está a subjetividade humana trabalhada por alguma área do conhecimento isolada, 
esquecendo que o ser humano é uno, familiar, profissional, social, cultural, físico, 
mental e psíquico e que formam o mesmo indivíduo. 
A metodologia deste trabalho é de base bibliográfica. Colhendo dados de 
grandes estudiosos nas áreas de programação neurolinguistica, no aporte teórico para 
o sofrimento psíquico serão utilizados os estudos das autoras Vieira e Pires (2009); 
para a linha métodos de para auto melhoramento, linhas de raciocínio e aprimoramento 
do mental, utilizaremos Morin (2000), nos processos humanos e linhas de traremos os 
estudos de Freire (2010), e demais pesquisadores e estudiosos dessas áreas. O 
diálogo entre esses autores possibilitou as respostas para inquietações quanto aos 
questionamentos desse trabalho. 
2 DESENVOLVIMENTO 
Dentro dessa perspectiva, cabe verificar métodos de contribuição para que haja 
dentro dos âmbitos educacionais, no caso deste trabalho, de âmbito acadêmico, uma 
abrangência sobre possíveis problemas dentro do campus, como por exemplo, a 
deficiência de desempenho, de concentração ou ainda de socialização com outros 
estudantes. Este trabalho também se propõe em observar a importância dos vínculos 
extra campus, família, grupos de amigos e relações sociais e culturais em geral. Nesse 
sentido, ao pensar em melhorias humanas dentro da academia, a saúde integral - ou 
seja, as dimensões física, mental e emocional da saúde – é o fator primordial de maior 
impacto para efetivar as ações humanas de maneira clara, saudável e consciente. Isto 
independe do lugar físico, da cultura ou do meio em que o indivíduo está vinculado. 
 
 
 
 
 A educação passa atualmente por um processo difícil e o cenário é altamente 
favorável para o aumento de diversas doenças e síndromes diagnosticadas, que, além 
de comprometer o desempenho acadêmico, desmotivam e, inclusive, podem causar a 
morte. 
O sofrimento é uma abordagem que deve ser tratada com todo respeito de 
maneira a não existir nenhum teorde banalização da dor alheia. O sofrimento humano 
é algo do ser humano e precisa ser considerado. Para Vieira e Pires (2009. Pág. 21), o 
sofrimento pode ser “entendido como ato ou efeito de sofrer, suportar, tolerar, padecer 
com paciência. Transcende a dor física para atingir o plano moral e espiritual. Por isso, 
ele é considerado uma característica humana”. Assim, todo e qualquer indivíduo é 
passível a experiênciar sofrimento psíquico, seja ele de ordem clínica ou não. 
Sendo o sofrimento “uma característica humana” (VIEIRA E PIRES, 2009. Pág. 
21), se faz necessário ressaltar que saber que existe sofrimento pela sempre 
inconstante satisfação humana, é o mesmo que dizer que, estamos sempre em 
gradações de níveis emocionais diferentes em todo o decorrer da existência física de 
um ser, e não necessariamente dizer que este ser, está em processo de sofrimento 
constante. Assim, ao observar o acadêmico, é necessário já partir de pressuposto que 
nele há graus diferentes de emoções, sentimentos e enraizado em um contexto sócio-
cultural cheio de constantes mudanças físicas. 
Dessa maneira, pensar o acadêmico é também pensar a construção do ser 
humano por traz de uma espera por um currículo. Por esta razão se fez importante 
procurar identificar como a vida do universitário e os propósitos educacionais se 
correlacionam com o processo de sofrimento psíquico na academia. Dentre os fatores 
primordiais, Amaral GA. et al. (2008) explica que o sofrimento independe de sexo, no 
entanto o sexo feminino, ainda é muito pré-conceituado, das outras características: ser 
de renda baixa, ter menos idade, pouco ou nenhum apoio social, como também uma 
grande dificuldade de socialização, dificultando os vínculos de amizades, dificuldades 
no aprendizado, ou não acompanhamento da grade disciplinar, trabalhar em outros 
períodos do dia, avaliar as notas ou o desempenho nas aulas e provas, ocasionando 
pensamentos de inferioridade ou desempenho acadêmico como ruim e por fim, o 
constante acumulo de pensamento inconstrutivos de abandonar o curso. 
 
 
 
 
O meio acadêmico também é responsável pelo humano que ali estuda. Fazendo-
se corresponsável pelo sofrimento do acadêmico se não tomar medidas cabíveis de 
prevenção, promoção de saúde a todo e qualquer estudante. 
Estudos abordam que reflexos do sofrimento psíquico ou nos possíveis 
transtornos que também causam sofrimento, para Lopes CS. Et al. (2016) 
“aproximadamente, 30% dos adultos brasileiros apresentaram transtornos mentais 
comuns, como encontrado em pesquisa com adolescentes”. Dentre as pesquisas que 
tem como resultado as respostas sobre o índice de transtornos, Goldberg (1993) traz 
que: 
Estudos realizados com universitários brasileiros, especialmente os da área da 
saúde, indicam variação de TMC de 18,5% a 44,9%4-11. TMC são estados 
mistos de depressão e ansiedade, caracterizados pela presença de sintomas 
como insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração 
e queixas somáticas. (GOLDBERG,1993). 
 
Assim, se faz necessário a abordagem precisa da academia para diminuir e 
aplicar a diligência de profissionais certificados para contribuir com o melhor 
desempenho de vida dos acadêmicos, ou ainda criar grupos de apoio da escuta, para 
que os estudantes possam ser ouvidos sem julgamentos. 
A maior parte do ensino brasileiro foi pensando dentro de normas que serviram e 
já cumpriram o seu papel, é necessária uma nova educação que não só complemente e 
integre o micro, como também que esse micro possa atuar de forma positiva e genuína 
para o avanço do país. 
O desenvolvimento cognitivo é simplesmente a primeira meta que deve pensada 
pelos cientistas brasileiros, políticos, ministério da educação, organizações que lidem 
diretamente com a educação, a mídia (para isto, este veículo deve repensar o tipo de 
venda que usam na programação brasileira), as instituições socais, as comunidades e 
por fim as famílias. 
É necessário que todas as organizações estejam presente nessa “coisa pequena 
que define o desenvolvimento de um país”. Deixando-se de lado interesse puramente 
capitalista e desigual. Um modo de se pensar a educação é observar o micro e como 
ele pode interferir a nível macro, nesse sentido, é notável a observação de que pessoas 
 
 
 
 
que não tem um grau de escolaridade – no sentido de ter apropriado conhecimento que 
faça melhoramentos individuais, possibilite um melhor transitar no cotidiano e usar 
raciocínio logico para responder questões de níveis mentais e emocionais – sofrem com 
a pobreza, o preconceito e todas as vertentes dos problemas socioculturais que este 
pais e todos os outros carregam. O Ensino e a aprendizagem são um dever do pais e 
um direito de toda população. 
Repensar a educação é atribuir um modelo que vise atender as particularidades 
de cada indivíduo para aprimorar suas potencialidades humanas. Nas atuais áreas de 
conhecimento, já é possível ver as primeiras sementes serem plantadas de uma 
educação que não tem como objetivo uma aprovação em uma avaliação de vestibular e 
sim, o desempenho humano para uma melhoria coletiva e social. 
O ser humano é dotado de habilidade que se evidenciadas e desenvolvidas 
causam efeitos grandiosos, partindo da base das relações humanas, o emocional. 
Vivemos numa época de degradação e sofrimento, um verdadeiro apocalipse de ideias 
que não evoluem, um governo que derruba as bases da educação, uma mídia que tem 
lado partidário e que tem por fim, vender produtos como bebidas e marcas. Isso gera 
uma sociedade do espetáculo em pleno 2020. 
 A essência humana vem se perdendo ao longo dos anos, ou está se tornando 
outra coisa sociocultural-midiático? Em ambas as perguntas o passo inicial para 
responde-las é retomarmos a outras perguntas que servem de apoio a diversos povos 
em diversas épocas, quais são os valores estão sendo evidenciados? Onde está o 
respeito e como estará nosso país em 30 anos se não retomarmos a consciência e 
possibilitarmos planos de virtudes humanas para as pessoas? 
A educação é o caminho para que se mude as características de um indivíduo, 
por consequência do meio que ele está inserido e assim sua 
comunidade/cidade/estado/pais, do micro ao macro. 
E educação Freiriana, dentre suas inúmeras qualidades está no olhar sob o 
indivíduo de maneira equânime, ou seja, evidenciando que cada criança, adolescente 
ou adulto, tem limitações e potencias, e cada ser humano tem particularidades. Isso 
pode ser mais ou menos notável de acordo com o acompanhamento que o indivíduo, 
neste caso o acadêmico possui. A educação vem desempenhando um forte papel na 
 
 
 
 
sociedade brasileira, que por muito esforço dos estudantes chegam a vida acadêmica e 
dela tiram o melhor proveito para exercer uma função social, o trabalho. 
Mudou-se o foco de proporcionar ao estudante motivações para trazer melhorias 
culturais, éticas e morais ao país de origem, vem sendo esquecido que as ações 
humanas deveriam ser para engradecer individualmente e coletivamente cada âmbito 
da vida. Quando se pensa em um modelo que possa acrescentar verdadeiramente a 
essência do indivíduo e pensando pelo viés Freiriano, tratar com prioridade cada linha 
do conhecimento da ciência e aprimorar o uso do mental e do emocional de maneira a 
transformar vidas e cotidiano, por consequência a história de um país. 
O ser humano possui entre tantas qualidades as inteligências mais notórias a 
inteligência mental e a inteligência emocional, ou seja, nossas ações, hábitos, atitudes 
e a forma como vemos o mundo pode mudar completamente quando temos acesso ao 
arcabouço de interatividade, quanto estamos procurando um melhorando pessoal, e 
quanto mais pessoas estiverem mais preocupadas em melhorar suas interações sociais 
através do aprimoramento da razão, mais entraremos em um processo de mudança 
substancias para a época atual. 
A inteligência emocionaldesenvolve no ser humano atitudes que garantem uma 
qualidade de vida, pelos estudos do PhD em psicologia de Harvard, Doutor Golemam, -
pode-se destacar que a lapidação do emocional acarreta principalmente em fatores 
como autoconhecimento, o poder de administrar emoções, controlando impulsos. 
Também o discernimento da automotivação, ou seja, nos tornamos donos do nosso 
próprio desempenho. Passamos a utilizar de forma natural a empatia com as pessoas 
ao nosso redor. Nesse sentido, é evidente que o contato com as pessoas se tornam 
mais saudáveis e é possível ouvir não só o eco de nossas próprias palavras, mas o 
outro ser humano que interage conosco. Da mesma maneira a inteligência mental 
proporciona agir com maior racionalidade diante dos fatos comuns do cotidiano, 
escolher quais as melhores opções para fazer determinadas funções e distinguir por 
meio do pensamento lógico, como proceder com situações as quais nos são 
apresentadas todos os dias. 
A melhor maneira de proporcionar o alcance sobre tantos níveis de múltiplas 
inteligências é trabalha-las desde a primeira infância para que essas características se 
 
 
 
 
tornem natural na vida adulta. Ao lidar com um ensino que procure desenvolver a 
potencialidade do ser humano, alcança-se não só uma unilateral concepção de um 
regime com bases somente em competências limitadas apenas a suma aplicações de 
conteúdos do português e matemática, mas levam em conta habilidades diferenciais. 
Dentre as habilidades que podem ser trabalhadas, o Doutor Golemam em seus 
anos de pesquisas, destacam a logica, lógica matemática, que ao contrário do que se 
aprende nos anos letivos, possibilita ao indivíduo um panorama do que nos cerca de 
uma maneira lúcida. A linguística para o além de simplesmente entender a função das 
palavras, mas, o poder criativo da língua, dos sons e da voz. Possibilitando conhecer as 
estruturas e ramificações de uma cultura, cada particularidade da linguagem humana é 
um grande mapa para um tesouro, o avançar é estar cada vez mais próximo do baú. 
Através da habilidade de utilizar a linguagem é possível expressar de forma clara 
pensamentos organizados para uma transmissão clara de ideias com intenções de 
comunicação. 
Dentro dos aspectos lúdicos, a capacidade dos sons, timbres, melodias 
desenvolvidas pelos que tem aptidão a música, com ou sem colocação vocal. O 
desenvolvimento dessa habilidade possibilita maior sensibilidade a apreciação audível 
da grande ciência da música, além de permitir que se mude um cenário musical de uma 
sociedade, deixando de ser um exemplo de cultura que vela o desrespeito, a 
discriminação, a objetificação da mulher –as vezes por elas mesmo – e a venda de 
produtos midiáticos, passando a ser responsável por produzir música com ganhos para 
o autoconhecimento pessoal e coletivo. 
Além dessas habilidades já citadas, podemos citar a espacial, como sendo a 
capacidade de organizar um modelo a nível mental, e expandir as direções e 
dimensões do pensamento. A habilidade corporal ou cenestésica, utilizada geralmente 
por praticantes de esportes, artistas e pessoas que conseguem ter domínios sobre os 
movimentos de maneira ordenada. As habilidades voltadas ao quesito emocional são a 
habilidade interpessoal e a habilidade intrapessoal. Aquela tendo a capacidade de se 
posicionar de maneira clara as mudanças de humor externas, situações de alta tensão 
no trabalho, família, âmbito acadêmico, e etc. Já a intrapessoal, diz respeito ao 
autoconhecimento e auto aprimoramento da subjetividade de cada um, possibilitando 
 
 
 
 
lidar com as próprias emoções de maneira sábia. A habilidade naturalista, cumpre um 
papel de suma importância, abrange a noção do ser humano que vive num ecossistema 
repleto de outras espécies, essa habilidade possibilita o eco-respeito e a eco-
responsabilidade. Pictórica é o nome da habilidade que traduzir no papel as imagens 
mentais, possibilitando uma melhor abordagem na solução de problemas. 
Entendo essa parcela de habilidades humanas, podemos perceber que o âmbito 
escolar, principalmente no contexto do ensino público, desde os primeiros anos não se 
observa ou se tem como objetivo desenvolver essas habilidades em prol do indivíduo. 
Nossa base mental e emocional deve ser completamente equilibrada para podermos 
desempenhar um papel substancial para evolução da nossa raça humana. A natureza 
com toda sua inteligência, não labutou tanto para que a raça que domina todas as 
outras, não passe de seres que vivem apenas pelo os impulsos inferiores do prazer 
sexo e da alimentação desenfreada. 
Nossa mente que pensa e que sente é responsável pelas ações de racionalizar e 
gerar impulsos. Por isso, o processo de autoconhecimento se faz tão importante. 
Através do aprimoramento e a lapidação do nosso mental, nossas habilidades se 
tornam latentes, nos possibilitando uma enorme capacidade cognitiva que se por um 
lado consegue apropriar-se de um problema e elaborar uma solução lógica, usa o 
desempenho emocional para criar uma forma sem vícios, atribuindo qualidade ao 
discurso, que de maneira coletiva faz o processo de preservação de estados de 
harmonia dentro dos contextos interpessoais. 
Nesse sentido, Morin (2010), evidência: 
 
(...) o desenvolvimento de aptidões gerais da mente permite melhor 
desenvolvimento das competências particulares ou especializadas. Quanto 
mais poderosa é a inteligência geral, maior é sua faculdade de tratar problemas 
especiais. A compreensão dos dados particulares também necessita da 
ativação da inteligência geral, que opera e organiza a mobilização dos 
conhecimentos de conjunto em cada caso particular. (...) Dessa maneira, há 
correlação entre a mobilização dos conhecimentos de conjunto e a ativação da 
inteligência geral (Morin, 2000, p. 39). 
 
 
 
 
 
Este grande antropólogo, sociólogo e filósofo de origem francesa, diagnostica o 
homem em sua essência maior, sua completude e em seu maior poder, sua mente. É 
claro a intenção de se explicar que que o ser humano em suas instancias deve ser 
colocado em contextualizações escolares, familiares, culturais e social, que possibilitem 
o desempenho de uma expansão do microentedimento, para o macroconhecimento, 
sendo possível entender, compreender, projetar, desempenhar, realizar os fatores 
multidimensionais a sua volta em sua complexidade. 
A programação neolinguística (PNL) pode, e deve ser uma base para uma 
mudança de estado mental/físico/psíquico, já que tem por corpus de estudo as práticas 
estruturais de experiências subjetivas, estudando assim, possíveis ordens de padrões, 
ou seja, uma espécie de programação, que são desenvolvidos pelo cérebro humano e o 
método de transmissão de conteúdo, a linguagem, envolvendo também o corpo (o 
físico). 
Por essa razão, a PNL, vai em busca dos mecanismos que fazem corpo, mente e 
cérebro estarem em processo de funcionamento além do biológico, como 
desenvolvemos o nosso processo de pensar, como geramos e somos dominados pelos 
estados emocionais e por fim, como podemos ultrapassar crenças e empecilhos, para 
que haja uma otimização das ações humanas. 
3 CONCLUSÃO 
Este trabalho se baseou em processos de melhoramentos humanos através dos 
mecanismos de abordagem da programação neorolinguistica e do autoconhecimento 
humano. Todas as áreas de conhecimento podem refletir sobre os desempenhos da 
programação cerebral, e como ela pode conduzir para um caminho de retorno filosófico 
e lógico do ser. 
Ao propor um trabalho que lide com nuances sutis da nossa espécie, estamos 
resgatando o que há de mais puro e sublime na nossa cultura, na nossa sociedade e 
nos nossos valores, uma sociedade adoecida é uma sociedade fracassada em 
princípios e em bases de valor pessoal. 
 
 
 
 
A construção das bases de uma sociedade é o fomento para o crescimento de 
um país. Este trabalho evidencia a importância de se estabelecer uma boaeducação 
que se preocupe com o foco de todo processo: o ser humano. Assim, através de todo 
exposto, percebemos que é possível co-criar uma realidade diferente da que a visão 
capitalista nos impõe, é possível se perceber como indivíduo, e dessa noção primeira, 
construir a própria face do mundo, da sociedade e do país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
 
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de Goiás: um estudo de prevalência. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul 2008; 30(2):124-130. 
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2010 
 
Lopes CS, Abreu GA, Santos DF, Menezes PR, Carvalho KMB, Cunha CF, 
Vasconcellos MTL, Bloch KV, Szklo M. ERICA: prevalência de transtornos mentais 
comuns em adolescentes brasileiros. Rev Saude Publica 2016; 50(Supl. 1):1-14. 
 
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: 
Cortez/Unesco, 2000. 
 
VIERA, Dirce Fátima, PIRES, Maria Luiza. O Sofrimento Como Vício. São Paulo: 
Integrare, 2009.

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