Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Programa de Pós-Graduação EAD UNIASSELVI-PÓS Autoria: Profa. Msc. Natalie Aurélia Cidral TEMA PEDAGÓGICO CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090 Pró-Reitor da Pós-Graduação EAD: Prof. Carlos Fabiano Fistarol Coordenador da Pós-Graduação EAD: Prof. Norberto Siegel Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz Prof.ª Cláudia Regina Pinto Michelli Prof. Ivan Tesck Prof.ª Kelly Luana Molinari Corrêa Diagramação e Capa: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Copyright © UNIASSELVI 2015 Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial. Sumário 1. Apresentação .......................................................................7 1.1 Leitura Complementar 1 ...............................................7 2. O Processo de Comunicação .............................................9 2.1 Elementos da Comunicação (MARCONDES FILHO, 2008) ...........................................9 2.2 O Que Deve Ser Considerado na Comunicação (TORQUATO, 2002) .................................9 2.3 Dicas Para Uma Boa Comunicação (NOGUEIRA; BAGUÊS; SILVA, 2010) ............................10 2.4 Tipos de comunicação ..................................................11 3. Programação Neurolinguística ......................................12 3.1 Predominância Sensorial ............................................12 3.2 Estilos de aprendizagem .............................................13 3.3 Suas Primeiras Experiências com a PNL ...................14 3.4 Leitura Complementar 2 .............................................17 4 Referências .........................................................................18 7 tema pedagógico 1. Apresentação Caro(a) pós-graduando(a), A partir de agora, trabalharemos juntos a Programação Neurolinguística. Você já ouviu falar sobre isso? Para poder ser bem-sucedido, todo profissional necessita conhecer suas próprias forças e saber usá-las produtivamente; ter automotivação e uma atitude positiva; saber lidar com suas emoções, estresses e reveses; ter empatia e saber perceber o que as pessoas sentem; saber ouvir e entender o ponto de vista do outro; ter habilidade no trato social e relacionamento interpessoal; saber dialogar, negociar e trabalhar em equipe. Os assuntos que serão desenvolvidos neste módulo são: conhecer os princípios da comunicação e entender a sua importância no nosso dia a dia pessoal e profissional; reconhecer a relação entre uma boa comunicação e os princípios da programação neurolinguística; assim como, conhecer a programação neurolinguística e as suas influências positivas em qualquer tipo de relacionamento interpessoal. 1.1 Leitura Complementar 1 45 LIÇÕES DE UMA VIDA Escrito por Regina Brett, colunista do jornal The Plain Dealer, da região de Ohio, Estados Unidos: “Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi até hoje” (BRETT, 2015). 1. A vida não é justa, mas ainda é boa. 2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno. 3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém. 4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato. 5. Pague mensalmente seus cartões de crédito. 6. Você não tem que ganhar todas às vezes. Concorde em discordar. 7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho. 8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso. 8 tema pedagógico 9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário. 10. Quanto a chocolate, é inútil resistir. 11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente. 12. É bom deixar suas crianças verem que você chora. 13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles. 14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele. 15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe, Deus nunca pisca. 16. Respire fundo. Isso acalma a mente. 17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre. 18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte. 19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e de ninguém mais. 20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta. 21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chique. Não guarde isso para uma ocasião especial. Hoje é especial. 22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo. 23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo. 24. O órgão sexual mais importante é o cérebro. 25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você. 26. Enquadre todos os assim chamados “desastres” com estas palavras “Em cinco anos, isto importará? ” 27. Sempre escolha a vida. 28. Perdoe tudo de todo mundo. 29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta. 30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo. 31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará. 32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso. 33. Acredite em milagres. 34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez. 35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora. 36. Envelhecer ganha da alternativa morrer jovem. 37. Suas crianças têm apenas uma infância. 38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou. 39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares. 40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta. 41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa. 42. O melhor ainda está por vir. 43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça. 44. Produza! 45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente. 9 tema pedagógico 2. O Processo de Comunicação “Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.” (Nelson Mandela) COMUNICAÇÃO é o processo de transmissão de informação de uma pessoa para outra e compartilhada por ambas. Para que haja comunicação, é necessário que o destinatário da informação a receba e a compreenda. A informação simplesmente transmitida, mas não recebida ou compreendida, não foi comunicada (MARCONDES FILHO, 2008). 2.1 Elementos da Comunicação (MARCONDES FILHO, 2008) • EMISSOR OU FONTE: é a pessoa, coisa ou processo que emite a mensagem. • TRANSMISSOR OU CODIFICADOR: é o equipamento que liga a fonte ao canal. • MENSAGEM: é o conteúdo das informações transmitidas. • CÓDIGO: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizados para elaborar a mensagem. • CANAL: espaço situado entre emissor e receptor. • RUÍDO: é a perturbação dentro do processo de comunicação • RECEPTOR OU DECODIFICADOR: é o equipamento que liga o canal ao destino. • DESTINO: é a pessoa, coisa ou processo para o qual a mensagem é enviada. 2.2 O Que Deve Ser Considerado na Comunicação (TORQUATO, 2002) • O que deve ser comunicado? • Como deve ser comunicado? • Quando deve ser comunicado? • De quem deve vir a informação? • Para quem deve ir a informação? • Por que deve ser comunicado? • Quanto deve ser comunicado? gdela Destacar 10 tema pedagógico 2.3 Dicas Para Uma Boa Comunicação (NOGUEIRA; BAGUÊS; SILVA, 2010) 1º) Seja simpático, agradável e cativante. Se você devesse dominar apenas um elemento da comunicação pessoal, seria esse. Se sua audiência gosta de você, ela perdoará qualquer coisaque fizer errado. Então, se você for simpático, já começa com o pé direito. 2º) Comunique com energia. A energia de um bom comunicador é percebida como força vital, vitalidade, entusiasmo. Isso é fundamental. Se você não tem energia, não terá plateia. Você pode gerar energia através do seu tom de voz, dos seus gestos, do seu olhar, dos seus movimentos e da sua presença. 3º) Aprenda a pintar imagens com palavras em vez de apenas usar palavras. Se for falar sobre um derramamento petróleo de mais de 100.000 litros, você pode dizer que houve um derramamento de um Maracanã cheio de petróleo. Use metáforas e analogias que ajudem o ouvinte a criar uma imagem do que você está falando. 4º) Esteja preparado. Você não precisa ser a maior autoridade do mundo sobre o assunto, mas seus ouvintes precisam sentir que você sabe mais sobre do que eles. 5º) Esteja confortável e assim torne os outros confortáveis. O conforto e a descontração do orador são transmitidos para a plateia. Leve o seu trabalho a sério, mas não se leve tão a sério. Mantenha o bom humor. Converse com a sua audiência e a descontraia, assim todos ficarão confortáveis. 6º) Seja comprometido. Você precisa deixar a audiência perceber que realmente leva a sério aquilo que está falando. Eles têm que acreditar que você acredita no que está dizendo. Pessoas comuns se tornam oradores extraordinários quando se tornam acesas pelo comprometimento. Se a audiência sente que você não é sincero, ela não vai se importar com o que está falando e você vai perdê-la. 7º) Utilize sua voz como um instrumento. Abra a boca para falar. Fale para fora. Pronuncie bem cada palavra, principalmente os seus finais. Afirme a sílaba tônica das palavras. Varie o seu tom de voz. Fale alto, fale baixo, fale devagar, às vezes depressa. Faça pausas. 8º) Esteja presente. Reconheça-se falando. Sinta seu corpo e seus pés no chão. Ouça o que você fala. Observe sua postura e seus gestos. Esteja junto das suas emoções e das suas palavras. Mantenha o contato ocular com a plateia e perceba isso. Veja a plateia e se veja. Olhe somente nos olhos. 11 tema pedagógico 2.4 Tipos de comunicação COMUNICAÇÃO VERBAL Quase toda a comunicação verbal é realizada por escrito e devidamente documentada por meio de protocolo, mas é composta pela palavra (SÓ PORTUGUÊS, 2015). Comunicação Oral: são as ordens, pedidos, conversas, debates, discussões. Comunicação Escrita: são as cartas, telegramas, bilhetinhos, letreiros, cartazes, livros, folhetos, jornais, revistas. COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL Através da comunicação não-verbal ocorre a troca de sinais: olhar, gesto, postura, mímica. Esse tipo representa 70% de toda comunicação que usamos ou produzimos (SÓ PORTUGUÊS, 2015). Comunicação por mímica: são os gestos das mãos, do corpo, da face, as caretas. Comunicação por expressões faciais: as pessoas costumam se entender pelo olhar, pela forma dos lábios, pela contração dos músculos da face. Comunicação pela postura: o modo como nos sentamos, o corpo inclinado para trás ou para frente, até mesmo a posição dos pés. Tudo isso, na maioria das vezes, é o nosso subconsciente transmitindo uma mensagem. Comunicação por gestos: pode ser voluntária, como um beijo ou um cumprimento. Mas também pode ser involuntária, como, por exemplo, mãos que não param de rabiscar ou de mexer em algo. Isso é sinal de tensão ou nervosismo. Conhecendo os tipos de comunicação e reconhecendo a importância da comunicação não-verbal no seu dia a dia, já que é a responsável por 70% do que realmente comunicamos, você compreenderá a relevância de aprender a programação neurolinguística e de saber usá-la para interpretar, da melhor forma possível, o que o outro está querendo comunicar. Isso possibilitará um maior e melhor relacionamento interpessoal, até mesmo com as pessoas mais difíceis. 12 tema pedagógico 3. Programação Neurolinguística “A PNL é uma ferramenta educacional, não uma forma de terapia. Nós ensinamos às pessoas algumas coisas sobre como seus cérebros funcionam e elas usam essa informação para mudar.” (Richard Bandler) Neuro (derivado do grego neuron, para nervo) representa o princípio fundamental de que todo comportamento é o resultado de processos neurológicos. Linguística (derivado do latim lingue, que significa linguagem) indica que processos neurais são representados, organizados e sequenciados em modelos e estratégias, através da linguagem e de sistemas de comunicação. Programação se refere ao processo de organizar os componentes de um sistema (representações sensoriais, nesse caso) para alcançar resultados específicos (ANDREAS; FAULKNER, 1995). A Programação Neurolinguística é a arte e a ciência da excelência, ou seja, das qualidades pessoais. É arte, porque cada pessoa imprime sua personalidade e seu estilo àquilo que faz, algo que jamais pode ser apreendido através de palavras e técnicas. E é ciência, porque utiliza um método e um processo para determinar os padrões que as pessoas usam para obter resultados excepcionais naquilo que fazem. Esse processo se chama modelagem, e os padrões, habilidades e técnicas descobertas através dele estão sendo cada vez mais usados em terapia, no campo da educação e profissional, para criar um nível de comunicação mais eficaz, um melhor desenvolvimento pessoal e uma aprendizagem mais rápida (O’CONNOR, 2008). Você já fez algo com tal eficiência a ponto de ficar impressionado? Já lhe aconteceu de se admirar do que fez e ficar pensando como conseguiu aquilo? A Programação Neurolinguística nos ensina a entender e a modelar nossos sucessos para que possamos repeti-los. 3.1 Predominância Sensorial Nossa mente processa tudo através de imagens, sons e sensações registrados internamente. Em PNL, chamamos os aspectos ligados às sensações de sentidos. Embora todos nós tenhamos os três sistemas visual, auditivo e sinestésico, é comum que um deles esteja mais desenvolvido que os outros (RICCI, 2015). 13 tema pedagógico E para saber qual é seu canal sensorial predominante, conte as palavras processuais que você utiliza ao escrever um texto neutro, ou seja, um texto que não se refira especificamente a experiências apenas visuais (um texto que fale sobre fotografia, por exemplo), auditivas (um concerto) ou sinestésicas (a comida de seu restaurante favorito). Se em seu texto existirem mais palavras auditivas, isso quer dizer que seu canal auditivo é mais desenvolvido e utilizado em relação aos demais. Quer dizer que você dá preferência à parte auditiva das situações. E as palavras processuais menos utilizadas, aquelas que você usou em menor número em seu texto, correspondem ao canal menos utilizado e que poderia ser mais explorado. Há pessoas que são tão visuais que são capazes de falar durante meia hora sobre um almoço delicioso, usando apenas palavras visuais (falando sobre a beleza dos pratos, da louça, dos talheres, etc.). Já outras, são mais sinestésicas e estão sempre dizendo “Eu sinto...”. Geralmente são pessoas que gostam de tocar nas demais, gostam de abraçar. Pessoas predominantemente auditivas dizem muito “E então eu disse... Daí ele falou... Eu sempre falo que...”. E você? Já sabe qual é sua predominância? Ou você é uma dessas raras pessoas que são equilibradas quanto ao uso dos canais sensoriais? 3.2 Estilos de aprendizagem Os estilos de aprendizagem utilizam três formas de percepção de informações (ALVAREZ, 2001): - Visual: faz uso da visão como meio de obter e reter as informações; - Auditivo: vale-se da audição para absorver informações e; - Sinestésico: aproveita-se dos sentidos relacionados ao movimento para guardar informações. Cada indivíduo, em regra, tem predominância em um desses (predominância, e não totalidade). Conhecer-se para saber qual o estilo predominante auxiliará muito nos estudos e, consequentemente, na vida. Apesar de o ser humano ter habilidade para aprender pelos sistemas auditivo, visual e sinestésico demaneira combinada, há pessoas que utilizam um deles de forma predominante (ALVAREZ, CAETANO, NASTAS, 1997). 14 tema pedagógico Quadro 1 – Sistemas de aprendizagem VISUAL AUDITIVO SINESTÉSICO Como você aprende. Vendo, sendo capaz de fazer uma imagem ime- diata do que está rece- bendo como informação. Ouvindo, sendo capaz de montar uma história com a informação que está recebendo. Fazendo ou executan- do, sendo capaz de guiar-se pela experiên- cia motora. O que distrai sua atenção. Estímulos visuais em demasia ou conflitantes. Grande número de in- formações recebidas. Ruídos de fundo. Estí- mulos auditivos dados rapidamente para serem convertidos em informações auditivas. Estímulos conflitantes visuais e/ou auditivos. Ser impedido de mo- ver-se ou de fazer algo. Processamento de informação. Tende a devanear quando está pensando. Pensa em ritmo rápido. Os olhos tendem a ficar fixos quando está pen- sando. Seus pensamen- tos ocorrem em uma velocidade moderada. Pessoas que tendem a olhar para baixo quan- do estão pensando. Seus pensamentos ocorrem em um ritmo mais lento. Como você interage com o ambiente. Verifica sempre o que está acontecendo ao seu redor. Ouve o que está sendo dito a sua volta e não pa- rece consciente de modi- ficações no plano visual. Mais focalizado em si, bastante consciente do clima que o circunda; não parece consciente da atividade visual. Estilos de organização. A percepção é global; percebe o todo e, se necessário, decompõe em partes a percepção inicial. Organizados; depen- dem de informações de- talhadas e de instruções passo a passo. São orientados pela Lingua- gem. Repetem para si o que devem memorizar. Organização gradual, criativa e divergente. Não há modelos defini- dos e estatísticos para aprendizagem. Chega a conclusões di- ferentes da maioria. Fonte: A autora. 3.3 Suas Primeiras Experiências com a PNL Para ter uma pequena “prova”, um gostinho inicial da PNL, você pode fazer o descrito a seguir. Se puder fazê-lo devagar, em um local tranquilo, talvez fazendo uma vez só para ver como é, para depois fazer para valer, melhor. 15 tema pedagógico Pense em uma experiência agradável como se fosse um filme. Talvez queira fechar os olhos para fazer melhor. Você se vê lá nas cenas, a experiência acontece quase como se fosse com outra pessoa. Agora entre no filme. Veja o que estava vendo, ouça o que estava ouvindo, sinta como acontecendo agora. Alguma diferença? Abra os olhos e olhe em volta para apagar sua tela mental. Agora pense em um inseto, como uma aranha ou formiga. Aumente seu tamanho, ponha cores reais nessa imaginação. Aumente ainda mais o tamanho. Alguma diferença? Agora diga para si mesmo: “Isso é uma ilusão”. Muda algo? Faça o inseto voltar ao normal e afaste-o ou simplesmente apague-o. Você teve oportunidade de entrar em contato com alguns de seus processos internos. Esses processos estão relacionados aos sentidos: vemos, ouvimos, sentimos e falamos com nós mesmos (diálogo interno). Ao visualizar internamente, podemos lembrar ou construir imagens, o mesmo ocorre com os sons. Um dos recursos mais usados em PNL é a descoberta da relação entre processos internos de uma pessoa e o movimento dos olhos. A indicação externa do que estamos fazendo é a posição dos olhos. Tipicamente, ao construirmos imagens, movemos os olhos para o alto, à direita. Ao captar uma sensação, tipicamente olhamos para baixo, à direita. Veja na figura a posição dos olhos correspondente a cada tipo de acesso. (AR – auditivo recordado; VC – visual construído; C – cinestésico ou sensação, às vezes representado por K, e assim por diante). Essas posições correspondem ao padrão de aproximadamente 90% das pessoas, e nas demais, aparecem invertidos lateralmente. Figura 1 – Posição dos olhos Fonte: A autora. 16 tema pedagógico Para verificar esses padrões, peça para alguém responder às perguntas abaixo e observe seus olhos (O’CONNOR, 2008). VISUAIS a) Visual recordado – De que cor é a porta da frente da sua casa ou seu apartamento? De que cor são os olhos da sua mãe? Qual a altura do edifício onde você mora? b) Visual construído – Como você se pareceria, do meu ponto de vista? Como você ficaria de cabelo roxo? Em um mapa de cabeça para baixo, em que direção ficaria o Sul? AUDITIVOS c) Auditivo recordado – Qual é o seu tipo preferido de música? Como seria sua voz debaixo d’água? Qual seria o som de uma serra elétrica cortando uma chapa de aço? d) Auditivo construído – Você consegue ouvir um papagaio dizendo seu nome carinhosamente no seu ouvido direito? E no esquerdo? Como é apertar uma tecla de um piano e ouvir um latido? SINESTÉSICO e) Sinestésico – Qual é a sensação da água no seu corpo quando você nada? Como é a sensação de apertar o dedo na porta? Como é o pelo de um gato? Qual de suas mãos neste momento tem mais sensações? f) Diálogo interno (auditivo digital) – Em que tom de voz você diz algo a si mesmo quando verifica que fez um bom trabalho? O que diz para si mesmo quando algo dá errado? Quando fala consigo mesmo, de onde vem o som? Os sinais visuais e outros, chamados pistas de acesso, são usados, por exemplo, para detectar o que uma pessoa está fazendo e no que ela está prestando atenção, ou seja, as estratégias de pensamento que ela está aplicando (O’CONNOR, 2008). Esses pequenos experimentos evidenciam o campo de trabalho da PNL, que é a sua experiência subjetiva, o seu mundo interior, com toda a riqueza e potencial em boa parte inexplorado. Diferenças fundamentais da PNL para outras disciplinas e metodologias são a visão da mente como constituída de processos em andamento, nos quais se pode intervir, a integração corpo-mente e uma 17 tema pedagógico abordagem sistêmica e ecológica, em que há um profundo respeito aos objetivos das pessoas e às suas crenças. Nesse contexto, a PNL se insere justamente como uma atitude e uma ferramenta para apoiar as pessoas na definição e consecução de seus próprios objetivos. 3.4 Leitura Complementar 2 COMO TRABALHAR COM PESSOAS DIFÍCEIS? Há pessoas que existem para atazanar nossa vida. É o chefe mal-humorado que reclama de tudo e de todos; o colega de trabalho que espalha fofocas por onde passa. E aquele amigo, querido, é verdade, mas que adora fazer gracinhas nas horas mais impróprias! Sem falar do parente chato que está sempre arrumando confusão na família. O estresse é tamanho que muitas vezes pensamos que é quase uma missão impossível ter de conviver e trabalhar com essa gente. A boa notícia é que recuperar a sanidade mental depende de nós mesmos. “A primeira coisa a fazer é tentar não estimular o comportamento inadequado dessas pessoas”, afirma o consultor em treinamento Geraldo Baleeiro, que classifica os “malas” em três tipos: os agressivos, os negativos e os fechados. Veja como lidar com eles (RODRIGUES, 2015): A) Não lhes dê ouvidos – É muito comum encontrarmos no trabalho pessoas que vivem fazendo comentários maliciosos ou que fingem ser boazinhas para conquistar a confiança da chefia. Os “traíras” ou “políticos” estão sempre prontos a agir. Com o tempo, acabam minando o espírito de cumplicidade e camaradagem da equipe. Cuidado, pois quando lhes dão brecha, eles só fazem “proliferar”. O antídoto, nesse caso, é valorizar e enaltecer o trabalho em equipe, sempre. B) Evite confrontos – Pessoas com temperamento difícil, que têm acessos de raiva fora de hora, deixam claro sua imaturidade e falta de controle emocional. Para lidar com esse espécime, o ideal é manter sempre um tom amigável. Nada de ironias e deboches. Ouça-o com atenção e procure entender o porquê de tanta agressividade. C) Cuidado com quem fala – É fácil identificar os mentirosos de plantão. Eles nunca assumem seus erros e fazem qualquer coisa para se safar de situações embaraçosas, geralmente causadas por eles mesmos. “Pessoas desse tipo não têm crédito nenhum”,afirma o consultor. “E mais: normalmente não caem em desgraça sozinhos”. Por isso, o melhor é checar tudo o que dizem. Não embarque em uma história furada, pois o maior prejudicado pode ser você. 18 tema pedagógico D) Não seja indiferente – Realmente não é nada fácil lidar com aquelas pessoas que se sentem injustiçadas por qualquer motivo. Se estiverem participando de alguma reunião de trabalho, por exemplo, não fazem um pingo de força para participar das discussões. Simplesmente entram mudas e saem caladas. Para tentar reverter essa situação e trazer os “reclusos” de volta para o convívio social, a primeira providência é descobrir suas fraquezas, seus medos. Com base nas informações, monte algumas estratégias de aproximação. Só assim poderá ajudá-los. E) Seja assertivo – Ao contrário dos “reclusos”, os chamados “mártires” geralmente falam pelos cotovelos, mas sempre de maneira negativa. Desrespeitam normas e chefias. Zombam e criticam tudo e todos. Nesse caso, aja rápido. Tenha uma conversa franca e direta para entender seu comportamento hostil. Monitore seus passos para impedir que contagiem as pessoas ao redor. “Se nada funcionar, a solução será demiti-los”, afirma Baleeiro. 4 Referências ALVAREZ, A.; CAETANO, A.; NASTAS, S. Processamento Auditivo Central: O que é isto? Revista Fono Atual, v1; p17-18, 1997. ALVAREZ, A. Processamento Auditivo: Fundamentos e Terapias. São Paulo: Lovise, 2001. ANDREAS, S.; FAULKNER C. Programação Neurolinguística: a nova tecnologia do sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 1995, 9ed. BRETT, R. 45 lições de uma vida. Disponível em: < http://www.tribunabm.com. br/> Último acesso: 15 de junho de 2015. MARCONDES FILHO, C. Para entender a comunicação: contatos antecipados com a nova teoria. São Paulo: Paulus, 2008. NOGUEIRA, K. A.; BAGUÊS, T. D. M.; SILVA, M. C. L. Comunicação Empresarial: o processo comunicativo e as barreiras à comunicação eficaz. Trabalho de Conclusão de Curso. Centro Universitário Anhanguera, São Paulo, 2010. O’CONNOR, J. Manual de Programação Neurolinguística. São Paulo: Novo Século, 2008. 19 tema pedagógico RICCI, C. V. C. E. A programação neurolinguística na comunicação. Disponível em: < http://www.atitudeeditorial.com.br/ > Último acesso: 15 de junho de 2015. RODRIGUES, K. Pessoas difíceis. Disponível em: < http://professoresnotadez. blogspot.com.br/ > Último acesso: 15 de junho de 2015. SÓ PORTUGUÊS. Linguagem: tipos de linguagem. Disponível em: < http://www. soportugues.com.br/ > Último acesso: 15 de junho de 2015. TORQUATO, G. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Pioneira, 2002.
Compartilhar