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Sistema Reprodutor Feminino Verusca Luiza APG 24 – Objetivos: Compreender a anatomia do órgão genital feminino; Analisar a formação dos ovócitos (gametogênese); Estudar os hormônios envolvidos na gravidez e seus efeitos fisiológicos; Citar as alterações morfológicas desencadeadas pelos hormônios. Referências: Moore, Silverthorn, Margarida Aires, Fisiologia Endócrina. Anatomia do aparelho reprodutor feminino A Genitália externa também é chamada de vulva ou pudendo e é formada pelas seguintes estruturas: Monte púbis, grandes lábios, pequenos lábios, clitóris e vestíbulo (bulbos do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores e menores); Essa região possui muitas terminações nervosas sensoriais táteis, como corpúsculos de Meissner e Pacini que contribuem para a fisiologia do estímulo sexual; O pudendo feminino serve: 1. Como tecido sensitivo e erétil para a excitação e relação sexual; 2. Para direcionar o fluxo de urina; 3. Para evitar a entrada de material estranho nos sistemas genital e urinário. Monte Púbis Eminência de tecido adiposo, anterior a sínfise púbica; A quantidade de tecido adiposo aumenta na puberdade e diminui após a menopausa; A superfície do monte é continua com a parede anterior do abdome; É coberto por pelos pubianos após a puberdade. Grandes lábios Proporcional proteção indireta para o clitóris e para os óstios da uretra e da vagina; Seguem em sentindo inferoposterior a partir do monte púbis em direção ao ânus; Superficie externa é coberta por pelos pubianos; Situam-se nas laterais da rima do pudendo (Aqui estão os pequenos lábios e o vestíbulo da vagina); A região anterior se une para formar a comissura anterior; Verusca Luiza A região posterior, em mulheres nulíoaras (que nunca tiveram filhos), fundem-se para formar a comissura posterior (Essa comissura desaparece após o primeiro parto vaginal); Pequenos lábios Pregas arredondadas de pele sem pelos e sem tecido adiposo; Estão situados na rima do pudendo; Fecham o vestíbulo da vagina, no qual se abrem os óstios externo da uretra e da vagina; Apresentam tecido conjuntivo esponjoso contendo tecido erétil e muitos pequenos vasos sanguíneo; Anteriormente, os pequenos lábios formam duas lâminas: as mediais e as laterais As lâminas mediais se unem e formam o frênulo do clitóris; As lâminas laterais unem-se a glândula do clitóris e formam o prepúcio do clitóris; Nas mulheres mais jovens (que ainda não tiveram relações sexuais), os lábios menores estão unidos posteriormente pelo frênulo dos lábios do pudendo; Região interna apresenta muitas glândulas sebáceas e terminações nervosas sensitivas. Clitóris O clitóris é um órgão erétil; Localizado no ponto de encontro dos pequenos lábios anteriormente; Apresenta uma raiz e um corpo ( Dois ramos, dois corpos cavernosos e glande do clitóris); Atua apenas como um órgão de excitação sexual; É um órgão muito sensível e aumenta de tamanho à estimulação tátil; A glande do clitóris é a parte mais inervada. Vestíbulo da vagina Espaço circundado pelos pequenos lábios, no qual se abrem os óstios da uretra e da vagina e os ductos das glândulas vestibulares maiores e menores; De cada lado do óstio externo da uretra há aberturas dos ductos das glândulas uretrais; Verusca Luiza O tamanho e a aparência do óstio da vagina variam com a condição do hímen (Uma prega de túnica mucosa que proporciona oclusão parcial ou total do óstio da vagina); Após a ruptura do hímen são visíveis as carúnculas himenais remascentes (esses remanescentes delimitam a vagina e o vestíbulo); O hímen não tem função fisiológica estabelecida, no entanto, sua condição muitas vezes oferece dados decisivos em casos de abuso de crianças e de estupro; Bulbos do vestíbulo São massas de tecido erétil alongado; Situam-se lateralmente ao longo do óstio da vagina; Glândulas vestibulares As glândulas vestibulares maiores (Glândulas de Bartholin) estão situadas do espaço superficial do períneo; Situam-se de cada lado do vestíbulo da vagina; Secretam muco para o vestíbulo da vagina durante a excitação sexual; As glândulas vestibulares menores ficam de cada lado do vestíbulo da vagina; Secretam muco que umedece os lábios do pudendo e o vestíbulo da vagina. Órgãos Genitais Internos Ovários, tubas uterinas e a vagina; Ovários São as gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes de uma amêndoa, no qual se desenvolvem os oócitos (gametas femininos); Também são glândulas endócrinas que produzem hormônios sexuais; Cada ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal, o mesovário. Tubas uterinas Antigamente chamadas de trompas de Falópio; Verusca Luiza Conduzem o oócito que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil; Local habitual de fertilização; As tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes, da região lateral para a medial: 1. Infundíbulo: Extremidade mais distal que se abre na cavidade peritoneal através do óstio do abdominal. Apresenta a fimbria ovárica que está fixada no polo superior do ovário; 2. Ampola: Parte mais larga e mais longa da tuba, corresposnte a extremidade medial da tuba. Geralmente, a fertilização ocorre na ampola; 3. Istimo: Parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino; 4. Parte uterina: segmento curto da tuba qye atravessa a prede do útero e se abre, através do óstio uterino, para a cavidade do útero no corno do útero. Útero Órgão muscular oco com paredes espessas; Local onde o embrião e o feto se desenvolvem; As paredes musculares adaptam-se ao crescimento do feto e garantem força para sua expulsão durante o parto; É uma estrutura muito dinâmica, cujas dimensões e proporções modificam-se durante várias fases da vida; Pode ser dividido em duas partes principais: o corpo e o colo do útero; 1. Corpo do útero: forma os 2/3 superiores do órgão e inclui o fundo do útero (situada superiormente aos óstios uterinos); Tem duas faces: anterior (relacionada com a bexiga urinária) e posterior (intestinal); É separado do colo do útero pelo ístimo do útero. Verusca Luiza 2. Colo do útero: corresponde ao 1/3 inferior e é dividido em duas porções: porção supravaginal (entre o istimo e a vagina) e a porção vaginal (se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina); A porção vaginal circunda o óstio do útero. A cavidade do útero se estende do óstio uterino até o fundo do útero; Cornos do útero: regiões onde penetram as tubas uterinas; A cavidade do útero continua inferiormente como canal do colo do útero; A cavidade do útero (canal do colo do útero) e o lúmen da vagina constituem o canal de parto. A parede do corpo do útero é formada por três camadas: 1. Perimétrio: túnica serosa externa – consiste em um peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo; 2. Miométrio: corresponde a camada média de musculo liso – é muito distendido durante a gravidez. Durante o parto a contração do miométrio é estimulada hormonalmente e durante a menstruação as contrações do miométrio podem causar cólica; Istmo do útero Fundo do útero Verusca Luiza 3. Endométrio: túnica mucosa interna – firmemente aderido ao miométrio subjacente. O endométrio participa ativamente do ciclo menstrual, sofrendo modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo. Se houver concepção, o blastocisto se implanta nessa camada, se não houver, a face interna dessa camada é eliminada durante a menstruação.Vagina Tubo musculomembranáceo distensível; Estende-se do meio do colo do útero até o óstio da vagina; O óstio da vagina, o óstio externo da uretra e os ductos da glândula vestibular maior e menor abrem-se no vestíbulo da vagina; Serve como canal para o líquido mestrual; Forma a parte inferior do canal de parto; Recebe o sêmen ejaculado durante a relação sexual; Comunica-se superiormente com o canal do colo do úterno e inferiormente com o vestíbulo da vagina. Gametogênese - Ovogênese Importante para manter a fecundação; Os gametas são haploides (n); A ovogênese começa ainda no período intrauterino, devido a influência de hormônios da mãe; Fase de multiplicação: Ovogônia sofre inúmeras divisões mitóticas; Fase de crescimento: Ovogônia aumenta seu volume citoplasmático e se transforma em ovócito primário; Fase de maturação: Ovócito primário origina o ovócito secundário (após a puberdade até a menopausa); Ovulação: Liberação do ovócito secundário em metáfale II Meiose I: reducional Meiose II: equacional A criança nasce com o ovócito primário em prófase I da meiose I Para terminar a gametogênese feminina é necessário ocorrer fecundação, para que ocorra o termino da maturação do ovócito em óvulo. As células da linhagem germinativa são envolvidas por células foliculares (Folículo ovariano = ovócito + células foliculares). Verusca Luiza Gonadotrofinas FSH (Hormônio folículo estimulante) e LH (Hormônio Luteinizante); Esses hormônios agem sobre as gônadas, estimulando seu crescimento e diferenciação, tornando-as aptas para sua função reprodutora e endócrina; O controle hormonal segue o padrão básico: Hipotálamo Adeno hipófise glândula periférica; Hipotálamo: GnRH (Hormonio liberador de gonadotrofinas) controla a secreção das gonadotrofinas; Adeno hipófise: FSH e LH Vias de regulação As vias dos hormônios tróficos seguem os padrões gerais de retroalimentação negativa; Os hormônios gonadais atuam sobre a secreção de GnRh, FSH e de LH em retroalimentação de alça longa; Quando os níveis de circulantes dos esteroides gonadais estão baixos, a adeno libera mais FSH E LH; Conforme a secreção de esteroide aumenta, a retroalimentação negativa inibe a liberação das gonadotrofinas; Os androgênios sempre mantêm uma retroalimentação negativa sobre as gonadotrofinas. Obs: O GnRH é liberado em pulsos a cada 1 e 3 horas e não de forma contínua. Estudos apontam que, aparentemente, altos níveis de GnRH de forma continua causam uma regulação para baixo dos receptores de GnRH nas células produtoras de gonadotrofinas. Verusca Luiza Efeitos biológicos do FSH O FSH, junto dos homônios esteroides gonadais, é importante para iniciar e manter a gametogênese; Nas gônadas femininas: 1. Estimula o crescimento e maturação dos folículos ovarianos; 2. Síntese dos esteroides sexuais femininos pelas células da granular (estrógenos); 3. Sintese de inibina, ativina e folistatina, que são fatores de regulação da produção dos esteroides ovarianos e maturação do gameta feminino. Efeitos fisiológicos do LH Nas gônadas femininas: 1. O LH age conjuntamente com o FSH durante o período de desenvolvimento dos folículos ovarianos; 2. Também é responsável pelo processo de ovulação que acontece aproximadamente na metade do ciclo sexual feminino; 3. Estimula a síntese de progesterona. Efeitos do estrogênio sobre os órgãos alvo Útero: promovem a proliferação do endométrio, sensibiliza o musculo liso do útero aos efeitos da ocitocina, aumentam a produção de muco cervical aquoso; Ovários: Ação de estimulação mitótica sobre as células da granulosa; Mama: Estimulam o crescimento e a diferenciação do epitélio dos ductos SNC: ação neuroportetora e seu declínio relacionado com a idade está relacionada a um declínio da função cognitiva. Osso: Reduz a atividade dos osteoclastos. Verusca Luiza Aumento do órgão genital (todas as estruturas) Características sexuais primárias e secundárias; Características das mamas femininas; Deposito de gordura nas mamas, grandes lábios, monte pubiano, coxas e glúteos. Nas tubas uterinas aumenta o número de células ciliadas e a atividade dos cílios; Efeitos da progesterona sobre órgãos alvo Prepara o endométrio para a implantação do óvulo; Estimula o crescimento lóbulo – alveolar; Antagoniza os efeitos da prolactina, impedindo a produção de leite antes do parto; Alto nível de progesterona inibe LH e GnRh. Hormônios envolvidos na gravidez A placenta secreta vários hormônios que previnem a menstruação durante a gestação: Gonadotrofina coriônica humana, hormônio lactogênio placentário humano, estrogênio e progesterona; 1. O HCH mantém o corpo lúteo produzindo progesterona para manter o endométrio intacto (Depois da sétima semana a placenta assume a produção de progesterona); Também estimula a produção de testosterona nos testículos do feto; É a molécula detectada pelo teste de gravidez; 2. O HPL provavelmente contribui para a lactação, mas mulheres que não produzem HPL durante a gestação também apresenta desenvolvimento das mamas e produção de leite. Um segundo papel é a alteração do metabolismo da glicose e de ácidos graxos para sustentar o crescimento fetal. 3. Estrogênio (desenvolvimento do ducto das mamas) e progesterona (manutenção do endométrio e supressão das contrações uterinas) Mulher grávida: estrogênio e progesterona secretados pela placenta a partir de uma certa idade gestacional; Não grávida: Estrogênios (Beta estradiol, estriol e estrona) secretados pelos ovários e progesterona secretada pelo corpo lúteo. Verusca Luiza
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