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Modelo -ação de obrigação de não fazer

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Modelo – Ação de Obrigação de não fazer 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA... COMARCA DE ... 
... (nome do autor, qualificação e endereço), por seu procurador judicial infra-assinado 
(doc. nº 01), com escritório situado nesta cidade, na Rua ..., onde recebe intimações, 
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER COM PEDIDO DE TUTELA 
ANTECIPADA E INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS 
em face de CONDOMÍNIO REQUERIDO, inscrito no CNPJ sob o nº ..., localizado na 
Rua..., nº..., Bairro..., São Paulo/SP, CEP..., e-mail, devidamente representado por seu 
SÍNDICO, sicrano, pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos. 
DOS FATOS 
O requerente é condômino do CONDOMÍNIO REQUERIDO, sendo proprietário de 
unidade autônoma do empreendimento sob nº..., Bloco..., conforme se observa da 
certidão extraída no ... Cartório de Registro de Imóveis. 
Eis que passou por situação de desemprego, e por este motivo chegou a inadimplir 
algumas mensalidades da prestação condominial, inclusive, tem filhos pequenos e 
acabou se deparando com situações outras de prioridade maior. De todo modo, sempre 
manteve contato com a administradora do condomínio a fim de explicar o motivo do 
atraso e de negociar o respectivo pagamento, consoante anexos. 
Atualmente paga a cota condominial do mês e parcela mensal do acordo vigente, que 
fora firmado em 10/03/2015, para pagamento em 24 parcelas no valor de R$450,00, 
cada, com primeiro vencimento em 30/03/2015 e os demais nos 30 dias subsequentes. 
Tal acordo representa o principal que estava pendente à época da negociação, acrescido 
de multa, juros, correção monetária e custas de cobrança, conforme se depreende do 
termo anexo. 
Em junho/2015, devido a problemas de saúde na família, o requerente precisou atrasar o 
pagamento da mensalidade do acordo e da coa condominial do mês, conforme parcela 
do acordo vencida em 30/06/2015, no valor de R$450,00 e cota vencida em 15/06/2015 
no valor de R$450,00. 
No mês de julho de 2015, porém, conseguiu uma quantia em dinheiro para providenciar 
o pagamento dos débitos, mas pensou que era melhor quitar a cota condominial e a 
parcela do acordo de julho/2015, que na sequência atualizaria o pagamento de 
junho/2015. Tinha um valor para receber até 10/08/2015, e este reservaria para atualizar 
os pagamentos de junho/2015. E assim procedeu. 
No final do mês julho/2015, recebeu uma notificação, datada de 27/07/2015, 
informando que as despesas de junho/2015 estavam pendentes, e que, se ainda não 
tivesse sido devidamente liquidadas, ocorreria a suspensão do fornecimento de água, 
bem como, que seria cobrada uma taxa de R$50,00 relativa ao restabelecimento do 
serviço, quando houvesse (notificação anexa). 
Em 03/08/2015, o fornecimento de água do imóvel realmente foi cortado, consoante 
documento anexo. Tão logo entrou em contato com a administradora para entendimento 
do ocorrido, foi-lhe informado que tal postura conta com a aprovação em assembleia, 
foi orientado a pagar a cota condominial e parcela do acordo referentes ao mês de 
julho/2015 para o religue. 
Imediatamente após a quitação entrou em contato com a administradora para solicitar o 
religue, informaram-lhe que na sequência iria ocorrer, mas não ocorreu; teve de 
procurar novamente pela administradora para cobrar da providência, e o fornecimento 
de água só foi restabelecido no dia seguinte. 
II-DO DIREITO 
a) Da falta de previsão do corte de água na Convenção Condominial 
Nos termos da Convenção Condominial ora anexada, as penalidades pela inadimplência 
da cota condominial são juros moratórios, multa e atualização do valor de até sua 
efetiva liquidação, conforme fls. ... 
Não restou identificada qualquer previsão de corte do fornecimento de água como 
penalidade ao condômino inadimplente na Convenção Condominial. 
b) Da irregular aprovação do corte de água em Assembleia 
Consoante Ata anexa, relativa à Assembleia Geral Extraordinária celebrada em .... as 
fls. ... Os condôminos estavam sujeitos a um sistema de individualização de água 
continuam sendo despesas comuns do condomínio. Por fim, como remanescente foi 
incluída ressalva de que todos os presentes foram favoráveis ao corte de fornecimento 
de água das unidades inadimplentes, após 40 dias de atraso. 
Todavia, o requerente não foi convocado para a discussão do corte do fornecimento de 
água das unidades inadimplentes, tanto que desconhecia. 
Deste modo, não se pode considerar a discussão de assunto que não constou das 
convocações para a realização da assembleia, por contrariar previsão da própria 
Convenção de Condomínio. 
Esta medida encontra-se alento no artigo 1.333, do CC, onde prevê que a convenção que 
constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo dois 
terços das frações ideais. 
c) Da contradição sobre o período de inadimplência para bloqueio 
Na Ata da Assembleia supracitada, consta que a discussão para o corte de fornecimento 
de água seria realizado para as unidades inadimplentes a partir de 40 dias de atraso. No 
documento entregue ao requerente após o desligue promovido em sua unidade, consta 
que é realizado a partir de 20 dias de atraso. 
Tal informação, além de inverídica, deixa clara a intenção do requerido em constranger 
o requerente, bem como qualquer outro condômino que passe pela mesma situação, 
visando a impedir que o atraso no pagamento da cota exceda 20 dias. 
d) Das penalidades legais da inadimplência 
É sabido que o inadimplemento da cota condominial é responsabilidade de todos os 
condôminos. 
Em decorrência do atraso, porém, o CC traz previsão de penalidades aplicáveis aos 
condôminos, tais como juros moratórios, multa do artigo 1.336, § 1º e artigo 1.337, do 
CC), além da possibilidade de cobrança judicial dos valores pendentes. 
e) Do fornecimento de água 
O serviço de fornecimento de água é essencial, assim estabelecido, pela Lei nº 7.783/89, 
em seu artigo 10, inciso I, onde diz que são considerados serviços ou atividades 
essenciais. Além disto, o fornecimento de água é condições intrínsecas da dignidade da 
pessoa humana, próprio inserido no artigo 1º, inciso III, da Magna Carta. 
No Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 3º, onde visa a reiterar que o 
fornecimento de água é ligado diretamente à dignidade da pessoa humana, 
principalmente para os cuidados básicos para com os seus filhos. Tem três filhos 
menores, e como medida arbitraria cortando-lhe o fornecimento. 
f) Da obrigação de não fazer 
Eis que o ocorrido gerou grandes transtornos a toda a família do requerente, 
acarretando-lhes latente sensação de insegurança. Tem o requerente com total interesse 
em cumprir com sua obrigação no pagamento da cota condominial, mantendo-o em dia, 
porém, está sujeito aos imprevistos normais da vida cotidiana. Não é possível viver com 
normalidade sabendo que, se por ventura atrasar qualquer dos pagamentos da cota ou do 
acordo vigente, poderá ser privado de serviço essencial para suprir necessidades básicas 
de sua família, além de arcar com os correspondentes encargos decorrentes do atraso, 
nos termos legais. 
Nesta seara, faz-se imprescindível a prestação da obrigação de ‘’não fazer’’, de maneira 
que o requerido se atenha à aplicação das penalidades legais em havendo inadimplência 
da cota do requerente, restando impedido de cortar seu fornecimento de água. Esta 
medida, embora a principio desnecessária, vez que está claro a natureza ilegal do corte 
do fornecimento de água, porém neste caso é imprescindível, porque visa acarretar 
tranquilidade e segurança para o requerente e sua família, de que serão aplicadas apenas 
as medidas legais caso vier a atrasar o pagamento da cota ou do acordo, não lhe sendo 
impedido o gozo de serviço essencial como a água. 
g) Da indenização por danos morais 
Sobre o tema, preceitua a CF, em seu art. 5º, inciso X, que todo aquele tem direito aindenização pelo dano material sofrido. Assim como, o artigo 186, do CC, onde todo 
aquele que comete ato ilícito em decorrência de um dano deverá ressarci-lo. 
h) Da antecipação de tutela 
É inegável o direito do autor. Assim, os requisitos para a concessão da tutela antecipada, 
prescritos no artigo 273, do CPC estão presentes: a prova inequívoca da 
verossimilhança da alegação e fundado receio de dano irreparável ou de difícil 
reparação 
A prova inequívoca da verossimilhança das alegações encontra-se sobejamente 
demonstrada pela documentação anexa, consistentes em ...,. Ainda, o receio de dano 
irreparável encontra-se no fato de o autor ficar sem água em sua residência. 
Requer-se a concessão da antecipação de tutela, inaudita altera parte, para que o 
requerimento se abstenha de cortar o fornecimento de água do requerente em havendo 
atraso no pagamento da cota condominial, observadas as penas cominatórias diárias 
necessidades; 
 
III- DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) A concessão da antecipação de tutela, inaudita altera pars, para que o requerimento se 
abstenha de cortar o fornecimento de água do requerente em havendo atraso no 
pagamento da cota condominial, observadas as penas cominatórias diárias necessidades; 
b) A citação do requerido para responder à presente ação, sob pena dos efeitos da 
revelia; 
c) Seja julgada totalmente procedente a presente ação, com julgamento antecipado da 
lide ou com sua final confirmação, para o fim de condenar o requerido a se abster de 
cortar o fornecimento de água do requerente em havendo atraso no pagamento d cota 
condominial, e corresponde indenização por danos morais; 
d) Por fim, sejam todas as intimações, sejam realizadas na pessoa do advogado... 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direitos admitidos, notadamente pela 
prova documental ora apresentada, inclusive depoimento pessoal do requerente e prova 
testemunhal, cujo rol será oportunamente juntado. 
Atribui-se a causa o valor de R$... 
Nestes Termos 
Pede e Espera Deferimento. 
Local e Data... 
Advogado... 
OAB/....

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