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ação de obrigação de fazer decorrente da não transferência de imovel cc indenização por danos morais

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AO JUÍZO DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DO FORO DA 
COMARCA DE .............. (XX). 
 
 
 
Fulano de tal, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº: ....... 
SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº: ..........., residente e domiciliado à Rua ...., nº ...., 
bairro...., Cidade/SP, CEP: ....... (local sem entrega domiciliar), não possui endereço 
eletrônico, por intermédio de sua advogada devidamente constituída conforme 
instrumento de procuração em anexo, com escritório profissional à Rua..., nº...., 
cidade/SP, CEP:....., telefone:..... e-mail:....., vem com o devido acato perante o Juízo, 
propor a presente 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE 
URGÊNCIA em face de: 
Beltrano, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da cédula de identidade RG nº 
......., inscrito no CPF/MF sob nº ..........., residente na cidade de .........., junto a Rua 
.........., nº ............, bairro........., CEP: ......., pelos motivos de fato e de direito a seguir 
aduzidos: 
PRELIMINARMENTE 
DA JUSTIÇA GRATUITA 
O requerente não possui condições financeiras para arcar com às custas processuais e 
honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Motivo pelo 
qual anexa declaração de hipossuficiência para fins de comprovação de seu estado de 
necessidade. 
Consequentemente, pleiteia-se, os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela 
Constituição Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015, art. 98 e seguintes. 
DOS FATOS 
Em ___/____/_____o requerente e o requerido firmaram instrumento particular e de 
cessão e transferência de direitos e obrigações de compromisso de venda em compra de 
um lote de terreno sob o nº ........., da quadra.........junto a Rua .........., bairro..............., 
nesta urbe, registrado junto ao Cartório de Registro de Imóveis sob a matrícula ..........., 
e inscrição Cadastral Municipal de nº ..........., cadastro nº ............... 
O terreno foi vendido ao requerente pelo preço liquido e certo de R$........., tendo sido 
uma entrada de R$......... e vinte parcelas de R$., contrato em anexo.........., contrato e 
comprovantes de pagamento em anexo. 
Os pagamentos deveriam ser realizados em nome de .............., junto ao Banco ........, 
Agencia .........., conta corrente nº ..........., CPF nº ......... 
O requerente efetuou o integral pagamento do preço, tendo inclusive adiantado algumas 
prestações posto que perdeu seu emprego, mas, preferiu honrar com seu compromisso, 
conforme comprovantes inclusos. 
Ocorre que até a presente data o requerido não cumpriu com a sua obrigação de 
outorgar ao requerente a escritura definitiva do imóvel, conforme previsto junto a 
cláusula quinta do contrato em questão. 
O não cumprimento da obrigação de fazer consistente em outorgar a escritura definitiva 
do imóvel para o requerente tem lhe causado inúmeros prejuízos, estes irreparáveis e de 
difícil reparação. 
Após a posse do bem, o requerente construiu uma edícula no fundo do terreno, que 
ainda encontra-se inacabada, local aonde mora desde dezembro de ....... 
O requerente desde então vem tentando fazer ligação de energia elétrica e água no local, 
sem obter êxito. 
Note-se que o requerente apenas conseguiu fornecimento de água por força de 
determinação judicial, conforme cópia da sentença do processo ............., que 
determinou a obrigação de fazer contra a SABESP. 
Por diversas vezes o requerente procurou o requerido para realizar a outorga, mas, o 
requerido sempre se desvencilhou alegando estar muito ocupado, sempre arrumando 
desculpas e pretextos para não cumprir com sua obrigação. 
Causa suficiente para a propositura da presente demanda. 
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER 
Objetivo e singelo o aspecto jurídico que cerca as pretensões do requerente, pois nada 
mais pede além da outorga da Escritura Definitiva, a ser firmada entre as partes, pois 
com os documentos inclusos, fica claro que o requerido descumpriu com uma obrigação 
de fazer, sendo que seu descumprimento vem prejudicando o requerente de modo 
absurdo. 
A assertiva encontra respaldo legal entre outros, no artigo 481 do Novo Código Civil 
Brasileiro, vejamos: 
"Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio 
de certa coisa e o outrem, a pagar-lhe certo preço em dinheiro". 
Faz-se necessária, portanto, a propositura da presente demanda para o fim de obrigar o 
requerido a outorgar a escritura definitiva do bem objeto da lide para o requerente sob 
pena de multa diária no valor de R$200,00 (duzentos reais). 
DO DANO MORAL 
Dano moral segundo Neemias Domingues de Melo: é "toda a agressão injusta àqueles 
bens imateriais tanto de pessoa física quanto de pessoa jurídica suscetível de 
quantificação pecuniária, porém Indenizável com tríplice finalidade: satisfatório para a 
vitima, inibitório para o ofensor e de exemplaridade para a sociedade". 
No caso concreto resta estampada a agressão injusta a moral do requerente que se vê 
desde dezembro de ...... usurpado, por não dispor de energia elétrica e água encanada 
em razão do descumprimento do contrato por parte do requerido. 
Em razão do longo período posto a melhor sorte por parte do descaso do requerido faz-
se necessário um ressarcimento pelo abalo moral suportado pelo requerente este no 
valor de R$20.000,00(vinte mil reais), valor correspondente a quantia paga pelo terreno 
objeto da lide. 
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
Da necessidade de deferimento de tutela de urgência requerida em caráter antecedente 
tendo cumprido todos os requisitos nos termos do artigo 300 do CPC, a tutela provisória 
de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a (i) 
probabilidade do direito e (ii) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Presentes tais requisitos, a tutela de urgência será deferida, desde que não haja perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
Com bem ressaltado pelo eminente doutrinador Rodolfo Kronemberg Hartmann, a 
probabilidade do direito implica no ônus de o demandante demonstrar, juntamente com 
a sua petição, a prova suficiente da verossimilhança, o que, de certa forma equivale à 
expressão latina “fumus boni iuris”. 
A probabilidade que autoriza o emprego da técnica antecipatória para a tutela dos 
direitos é a probabilidade lógica – que é aquela que surge da confrontação das alegações 
e das provas com os elementos disponíveis nos autos, sendo provável a hipótese que 
encontra maior grau de confirmação e menor grau de refutação nesses elementos. 
Já o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo correspondem ao 
“periculum in mora”, pois a demora da resposta jurisdicional gera uma situação de 
risco. Há urgência quando a demora pode comprometer a realização imediata ou futura 
do direito. 
Feita esta breve explanação, cumpre ressaltar que estão presentes todos os requisitos 
legais para o deferimento do pedido de tutela provisória de urgência em caráter 
antecedente, consoante as linhas anteriormente traçadas. 
O requerente trouxe à análise jurisdicional, a efetiva demonstração de que o requerido 
agiu de maneira flagrantemente imoral, negligente, omissa, e até mesmo ofensiva vez 
que o requerente não conseguiu alterar o cadastro do imóvel junto a Prefeitura para 
constar ao menos como compromissário do lote, para que com isso fosse possível a 
instalação do poste de distribuição de energia elétrica para o requerente, por se tratar de 
condição mínima de vida. 
Muito embora o requerente confie que a probidade de seus argumentos ecoe no integral 
acolhimento de suas pretensões, fato é que a espera pelo fim do trâmite processual pode 
lhe trazer inúmeros prejuízos. 
Como se vê, a probabilidade do direito está demonstrada através dos documentos 
juntados aos presentes autos, bem como a partir da narrativa apresentada. 
Já o perigo de dano se demonstra não só através dos evidentes prejuízos trazidos pela 
falta de energia elétrica, mas, também pela falta de outorgada escritura definitiva do 
imóvel, vez que o requerente cumpriu com sua obrigação de pagar o preço, mas, não viu 
cumprida a obrigação da outorga por parte do requerido. 
Por oportuno, o requerente informa que inexiste qualquer perigo de irreversibilidade dos 
efeitos da decisão, pois, caso a presente demanda seja julgada improcedente, as 
requeridas poderão se valer dos meios legais para regularizar a situação. 
Destarte, estando presentes os requisitos legais, inexistindo qualquer risco de 
irreversibilidade do provimento, requer a concessão da Tutela Provisória de Urgência 
nos termos do artigo 294 e seguintes do CPC, em caráter antecipado, de acordo com os 
pedidos a seguir deduzidos. 
DOS PEDIDOS 
Ante o exposto requer ao Juízo o recebimento a presente inicial, concedendo-se a tutela 
antecipada, liminarmente, em favor do requerente, "inaudita altera pars", 
determinando a expedição de oficio para o Cartório de Registro de Imóveis de .......... 
averbando-se na matrícula n. ..........., a existência da presente demanda, tornando 
indisponível o bem até a solução da lide, e após seja condenado o requerido a imediata 
outorga da Escritura Definitiva, sob pena de, não o fazendo, incidir na multa diária de 
R$200,00 (duzentos reais) a ser arbitrada pelo Juízo ; 
Efetivada a medida, sejam o requerido citados, via AR, junto ao endereço supra 
mencionado, para querendo apresentar no prazo legal defesa, sob pena de revelia e 
confissão; 
Ao final, seja o pedido julgado procedente, determinando ao requerido para que 
promova a outorga da Escritura Definitiva, em data a ser fixada e com cominação de 
multa diária pelo retardamento e, caso não o faça seja o ato volitivo suprido pelo Juízo; 
Requer ainda a condenação do requerido ao pagamento de uma indenização por danos 
morais em favor do requerente no valor de R$20.000,00(vinte mil reais), devendo este 
ser atualizado desde a data da sentença com incidência de juros de mora de 1% ao mês a 
partir da citação; 
Requer ainda a condenação do requerido ao pagamento das custas judiciais e honorários 
advocatícios no importe de 20% sobre o valor atualizado da causa, conforme previsão 
contratual junto a cláusula sexta. 
Informa o Requerente com base no art. 319, VII , do NCPC, que tem interesse em 
compor amigavelmente, por consequência, postula pela designação de audiência de 
conciliação em atenção ao disposto no Art. 334 do mesmo diploma legal, para a qual 
deverá ser intimado oportunamente; 
Requer a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça nos termos da preliminar. 
Postula provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido em especial 
as provas de cunho documental, bem como, juntada de documentos novos e oitiva de 
testemunhas que serão arroladas oportunamente. 
Atribui-se a causa o valor de R$..........., para fins de alçada. 
Termos em que, 
Pedem deferimento. 
(SP), xxxx de xxxxxxxxxxx de 20xxx. 
Adv... 
OAB/SP nº .....

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