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Úlceras pépticas-2

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P á g i n a | 2 FARMÁCIA - UFRN 
FARMACOLOGIA 
Quadro clínico da úlcera gastroduodenal: 
• Dor epigástrica: padrão UD (não tem dor ao acordar) e UG (sente dor ao acordar), 
ritmicidade UD (se alimenta e a dor passa) e UG (quando se alimenta sente dor), fator 
de melhora UD (melhora ao comer) e UG (fazer jejum, não comer) e periodicidade UD 
(uma ou mais vezes ao dia, durante uma ou mais semana, desaparecendo sem 
tratamento) e UG (pode passar qualquer tempo sentindo dor, todos os dias ou meses, 
não tem periodicidade). 
• Clocking: quando o paciente acorda a noite com dor, e só alivia quando há a ingestão de 
alimentos alcalinos e água. Mais comum para pacientes classificados como UD. 
• Náuseas: mais comum em úlceras gástricas 
• Perda de peso: podem ser associados a complicações da úlcera. 
Curiosidade: 
• Cerca de 64% da úlcera gástrica atinge o corpo, uma parte mais central-mediana do 
corpo. 
• Cerca de 90% da úlcera duodenal é causada na parte inicial, quando o alimento ainda 
chega um pouco ácido. 
Causa das úlceras gástricas e duodenais: 
• Em qualquer uma das duas tem maior prevalência de causa a bactéria H.pylori, 
segundamente o uso de AINEs, sendo também uma causa importante, porém causa 
mais úlcera gástrica, sendo mais agressivo para o estômago. 
Papel do H.pylori na úlcera péptica: 
• Sobrevive ao HCl, produzindo a enzima urease, que vai quebrar ureia, gerando amônia 
e aumentando o pH, estimulando a célula G, produzindo gastrina, que induz a 
proliferação da célula parietal, que vai secretar cada vez mais HCl. 
• A H.pylori ainda induz mediadores inflamatórios, que bloqueiam a célula D (responsável 
por inibir a célula G através da somatostatina) sendo assim a produção de ácido fica sem 
freio, sem inibidor. 
Papel dos AINEs na úlcera péptica: 
• Efeito sistêmico: 
o inibem prostaglandinas, que tem papel de diminuir a secreção de HCl, aumenta 
a produção de bicarbonato e muco. 
o aumenta a expressão de moléculas de adesão, que vão fazer os neutrófilos se 
aderirem nos endotélios na mucosa gástrica. Esses neutrófilos vão produzir 
radicais livres e proteases, agredindo a mucosa. 
• Efeito tópico: por exemplo o AINE no estômago, vai ter uma fração absorvida no 
estômago devido o pH 2, que quando entra na célula que tem pH 7, então vai ionizar 
formando radicais livres.

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