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@KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL CONTROLE DE VETORES NA PRODUÇÃO ANIMAL Vetores são considerados animais ou humanos que carregam e transmitem o parasita, é diretamente relacionado a transmissão, serve de fonte do protozoário e vai levar a enfermidade, seja ela qual seja, para outras espécies. Vetores são seres vivos que transportam organismos patogênicos de forma mecânica (vetores mecânicos) ou biológica (vetores biológicos), promovendo a disseminação desses agentes infecciosos e a infecção de novas pessoas ou animais. Então vetores se tratam de seres intermediários na propagação de alguma doença. Vetor Mecânico- é aquele que serve apenas como meio de transporte para o agente etiológico, é o vetor transportador, ex mosca doméstica carregando berne, não se trata de vetor biológico pois os ovos não ficam internamente na mosca. Vetor Biológico- é como um HI até chegar ao HD que seria o animal, é aquele onde existe uma necessidade do parasita se desenvolver por um tempo naquela espécie. Primeiro se desenvolve ou se multiplica e depois transmite, como os mosquitos (flebótomos) que transmitem a malária e a leishmaniose. Caramujo que transmite a fascíola. Carrapato que transmite a tristeza e a babesia. MEDIDAS PREVENTIVAS Controle dos vetores na propriedade. Animais silvestres, roedores, moscas, pássaros, insetos… Tomar medidas que impeçam a proliferação desses animais: -Cerca de isolamento; Destino adequado do lixo; Destino adequado dos animais mortos; Destino adequado dos restos de parição e de dejetos; Limpeza e organização da fábrica e depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores. ROEDORES Podem transmitir várias doenças, muitas zoonoses, entre elas leptospirose, sarnas, micoses e inúmeros ácaros e ectoparasitas. Medidas de prevenção: Primeiramente não tornar o ambiente favorável para sua proliferação, ou seja, limpeza e organização; eliminar resíduos que possam servir de alimento; guardar de forma correta rações sem que os roedores possam ter acesso. Controle: Meios mecânicos: (Armadilhas, Ratoeiras). Meios químicos: (raticidas) - cuidados com a intoxicação dos outros animais. Meios Biológicos: gatos/outros predadores. - Realizar desratização a cada seis meses. @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL MOSCAS As moscas são vetores de várias doenças entre os animais de produção, por exemplo: anaplasmose bovina e anemia infecciosa equina, etc. -Medidas de controle: Recomenda-se o controle integrado. - Medidas Mecânicas: destino e tratamento de dejetos (permanentemente); - Medidas Químicas ou Biológicas: eliminar inseto em alguma fase do ciclo de vida, através do uso de inseticidas, ex: pour-on e brincos mosquicidas. - Controle tático: tratamento feito somente em animais com alta infestação. O tratamento em todos animais, torna-se desvantajoso economicamente, e acelera a capacidade de resistência da mosca ao inseticida. - Controle estratégico: baseia-se no tratamento no período de abundância da mosca durante o ano (sazonalidade). Coincidência com outro período de vacinação para otimizar o manejo. MOSQUITOS Medidas Químicas e Biológicas: As medidas preventivas mais simples podem ser complementadas com a utilização de larvicidas biológicos e químicos em bebedouros de animais e outros locais com acúmulo frequente de água, assim como utilização de fumacê no controle de adultos em áreas muito infestadas. Inspecionar a propriedade rural e identificar locais de risco para proliferação do mosquito. Monitorar possíveis criadouros semanalmente; Se houver plantas ornamentais (ex: bromélias) que acumulam água, inspecionar e aplicar larvicida se houver água parada; Descartar as embalagens de insumos em locais apropriados, cobertos e secos; Inspecionar os pesqueiros desativados e barragens; Causa doenças como leishmaniose e a ‘bouba’ em aves. CARAMUJOS Responsáveis por perdas em produções de hortaliças e ornamentais; Catação: a coleta manual de adultos é factível quando a área cultivada for pequena, ou em áreas urbanas domiciliares (jardins, quintais, etc.). Deve-se coletá-los com luvas de borracha ou sacos plásticos, devido às doenças que podem transmitir. Os indivíduos deverão ser destruídos em água fervente ou manualmente (sem contato direto com as mãos). Também podem ser acondicionados em sacos plásticos de cor escura, bem fechados, deixando-os ao sol por algumas horas. Iscas tóxicas: normalmente à base de metaldeído (produto medianamente tóxico e de uso domissanitário), são pellets que devem ser distribuídos na dose de 50 gramas por metro quadrado, propiciando uma redução de mais de 80% da população infestante. Há ainda, no mercado, iscas à base @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL de fosfato férrico, também em forma de pellets e de menor impacto ambiental (menos tóxica a animais silvestres, domésticos, etc.), que devem ser utilizadas seguindo as orientações do fabricante. MORCEGO -Principal transmissor da raiva para os animais de produção com uma mortalidade de quase 100% (zoonose). -Controle é muito difícil. -Métodos de controle pouco eficientes: Aplicação de produtos químicos (gel repelentes) - aplicado nos pontos de repouso dos morcegos; repelente eletrônico - causa incômodo sonoro aos morcegos; Passarinheiras. -Método de controle direto e indireto - uso de substâncias anticoagulantes. Direto: aplicado no dorso dos morcegos capturados por armadilhas; Indireto: aplicado nos animais, que possivelmente serão sugados. CARRAPATO É um vetor sem controle específico no Brasil, são causadores de grandes prejuízos e doenças, principalmente por serem os ectoparasitas mais importantes na bovinocultura; Pode causar prejuízos de até R$ 15 bilhões por ano. Em bovinos de leite o prejuízo é de menos 200 litros de leite por ano, no gado de corte se perde cerca de 17 a 35 quilos de carne por ano. O carrapato está disseminado no rebanho de todo o Brasil. Nos bovinos jovens, pode provocar a morte e nos adultos a perda de peso de até 100 quilos. Principais doenças causadas: - Tristeza Parasitária Bovina (TPB); - Babesia; Controle: Se trata principalmente da eliminação na propriedade. Medidas Químicas: aplicação de acaricidas, anti- carrapaticidas, podendo ser aplicado pelo banho de imersão, aspersão, pulverização manual ou usado na forma injetável. Para o controle químico existe uma série de agentes, como por exemplo: solução de nicotina, cal- enxofre, glicerina, sulfito de sódio, cresol, graxa, petróleo em óleo, óleo de semente de algodão, misturas de querosene, e petróleo bruto, entre outros. Medidas Mecânicas: manter o pasto baixo, é recomendado manter a vegetação rasteira, para eliminar, quando possível, ou diminuir o abrigo para os carrapatos e também realizar a vistoria nos animais. O objetivo do controle da população de carrapatos é manter a níveis mínimos de infestação, e não executar sua erradicação, já que as fases de vida livre do carrapato são mantidas conforme condições de vegetação favoráveis, não permitindo sua eliminação. Um exemplo da dificuldade da eliminação do carrapato é que se a fêmea do carrapato adulta cai no pasto, é capaz de eliminar de 2 a 3 mil ovos. @KAMILLACORNEL HIGIENE E PROFILAXIA RURAL @KAMILLACORNELHIGIENE E PROFILAXIA RURAL CONTROLE NAS INSTALAÇÕES Evitar contato de roedores, morcegos, animais silvestres e outros vetores citados com o alimento e o galpão, por isso a importância do cercamento em alguns casos, como também o uso de telas onde pombas possam vir a fazer ninhos, por exemplo. Limpeza: manejo sanitário de cochos, pisos (drenagem), camas e bebedouros, sanitização em geral; uma boa limpeza irá impedir a proliferação de organismos nocivos que causam doenças e dificultarão o aparecimento de vetores. Os cochos (tanto de água quanto de alimento) devem ser limpos, pois o alimento, principalmente se tratando de instalações de suínos, chamam a atenção de roedores, deve-se evitar também que a água molhe o alimento de forma geral. É preciso realizar a limpeza da cama (lavagem seca) trocar a cama se necessário, retirar as fezes e a urina, removendo o excesso de umidade. A limpeza úmida pode ser feita com amônia quaternária, álcool, iodo, cal, creolina, e até hipoclorídrico (água sanitária), porém pode corroer metais (recomendado a concentração 2%) e perde a eficácia com agentes orgânicos, por isso é necessário a limpeza sempre que necessário. Outro ponto interessante seria o isolamento da instalação a uma distância segura de possíveis focos de vetores; CONCLUSÃO Entre as principais formas de controle dos parasitas se destacam sempre a limpeza e o cuidado nas vistorias de propriedades, instalações e animais bem como o uso de ascaricidas, principalmente em animais que chegam na propriedade após a aquisição. O controle é possível, mas a eliminação completa não, isso reforça ainda mais a necessidade de sempre manter os animais vermifugados, vacinados e em completa sanidade. O controle de vetores é fundamental para uma boa produção, longe de prejuízos e para a zootecnia como um todo.
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