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Universidade Federal do Pará – UFPA Instituto de Tecnologia - ITEC Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM Psicrometría e Ciclos de Refrigeração e de Climatização Aulas – Climatização de Ambiente Construído: Psicrometria e Ciclos – Aulas 5 a 10 eraldocs@ufpa.br Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng. mailto:eraldocs69@oi.com.br CICLO DE ROTINAS - UNIFEI.ppt#2. INTRODUÇÃO Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 2 AULAS DE CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTE CONSTRUÍDO Aula 2.1 – Introdução à Psicrometría Próximo CAC - Vídeo Aulas 5 a 9 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2020 - 4.pptx#7. PSICROMETRÍA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 3 REVISÃO Assuntos do Módulo Passado Introdução aos Sistemas Térmicos; Sistemas; Condição de Equilíbrio; Enunciados e Leis da Termodinâmica; Plano de Ensino: Identificação. Introdução à Climatização: Princípios; Filosofia. Conforto Térmico; Efeitos da Temperatura; Efeitos da Umidade Relativa. Conceitos, Definições, Fundamentos e Enunciados; Contaminação de Ambientes; Grandezas de Estado; Equações de Estado. Exercícios de Aplicação; Revisão. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 4 TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO À PSICROMETRÍA; CARTA PSICROMÉTRICA; INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS TÉRMICAS; CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS; CICLOS TÉRMICOS: CICLO GERADORES: Refrigeradores; Bomba de Calor; Ciclos de Refrigeração por Compressão de Vapor. BALANÇO DE ENERGIA PARA O CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR; Limitações dos Ciclos Geradores; COMPONENTES DO SISTEMA DE CLIMATIZAÇÃO; EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO; REVISÃO. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 5 PSICROMETRÍA INTRODUÇÃO À PSICROMETRÍA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 6 PSICROMETRÍA - Introdução Definição: É o estudo das propriedades termodinâmicas de misturas de ar seco e vapor de água, e da sua utilização para analisar processos que envolvem o ar úmido. Etimologia da Palavra Do grego psychro, arrefecer, esfriar, resfriar (Estudo de misturas binárias nas quais um dos componentes é um vapor condensável). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 7 PSICROMETRÍA - Introdução AR ÚMIDO REFRIGERAÇÃO AR CONDICIONADO CLIMATIZAÇÃO Processos para Conservação de Produto Processos para Conforto das Pessoas T E M P E R A T U R A Acima de 15 °C Abaixo de 15°C Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 8 PSICROMETRÍA - Introdução A psicrometría é o estudo da mistura de ar seco e vapor de água, ou seja, do ar úmido. Esta área de conhecimento possui inúmeras aplicações, sendo que as principais são: Climatização de ambientes e conforto térmico; Condensação em superfícies frias; Resfriamento evaporativo; Torres de Resfriamento; Demais aplicações que exigem o controle do conteúdo de vapor no ar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 9 PSICROMETRÍA – Propriedades do Ar A psicrometría estuda os parâmetros e processos termodinâmicos que ocorrem na mistura de ar seco - vapor d’água, que junto com os contaminantes são os componentes do ar atmosférico. Nesta unidade, serão abordados os conceitos fundamentais que permitem quantificar os parâmetros psicrométricos e os processos que ajudarão a analisar a termodinâmica dos sistemas de ar condicionado. Depois, tratar-se-á dos processos combinados de transferência de calor e massa que ocorrem quando ar úmido e a água são colocados em contato direto, como ocorre em serpentinas de resfriamento e desumidificação, torres de resfriamento, condensadores evaporativos e lavadores de ar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 10 PSICROMETRÍA - Propriedades do Ar Ar Seco e Ar Úmido O ar atmosférico é composto por uma mistura de gases, vapor d’água e contaminantes (por exemplo: poeira, pólens, gases poluentes, etc.). O ar seco é o que resta do ar atmosférico quando todo o vapor d’água e todos os contaminantes são removidos. O ar é úmido ocorre quando, além da mistura de gases, existe vapor d'água, que pode saturar à temperaturas ambiente, e então se condensar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 11 PSICROMETRÍA - Propriedades do Ar Ar Seco e Ar Úmido A composição do ar seco é relativamente constante ao longo do dia, porém, pequenas variações nas quantidades de um de seus componentes de forma individual podem ocorrer em função de alguns parâmetros do local da análise, como por exemplo: A da hora do dia; A localização geográfica; e A altitude do local. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 12 PSICROMETRÍA - Propriedades do Ar Composição Padrão do Ar Seco na Atmosfera A massa molecular - M do ar seco, na escala do carbono − 12, é 28,9645. Assim, a constante do gás para o ar seco é RA = 8.314,41/28,9645 = 287,055 (J/kg . K). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 13 PSICROMETRÍA - Propriedades do Ar Ar Úmido O ar úmido é uma mistura binária de ar seco com vapor de água. A quantidade de água no ar úmido varia de zero (ar seco) até um máximo que é função da temperatura e da pressão da mistura. Esta última condição é conhecida como ar úmido saturado. Nessa condição, há equilíbrio térmico entre o vapor d’água e o seu condensado. A massa molecular da água, na escala do carbono−12, é 18,01528. Assim, a constante do gás para o vapor d’água é RV = 8.314,41/18,01528 = 461,520 (J/kg . K). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 14 PSICROMETRÍA – Propriedades do Ar Ar Úmido A temperatura e a pressão barométrica do ar atmosférico variam consideravelmente com a altitude – H (m), a localização geográfica e a condição climática. O ar atmosférico padrão é uma referência para estimar as propriedades do ar em várias altitudes. Ao nível do mar, a temperatura de 20 (°C) e a pressão barométrica é 101,325 (kPa) são os valores padrões. Assim, em altitudes entre – 500 e 11.000 metros as temperaturas - T (°C) e pressões atmosféricas (barométrica) – patm (kPa), podem ser calculadas pelas equações: 𝑻 = 𝟐𝟎 − 𝟎, 𝟎𝟎𝟔𝟓 ∙ 𝒉 𝒑𝒂𝒕𝒎 = 𝟏𝟎𝟏, 𝟑𝟐𝟓 ∙ 𝟏 − 𝟐, 𝟐𝟓𝟓𝟕𝟕 ∙ 𝟏𝟎 −𝟓 ∙ 𝒉 𝟓,𝟐𝟓𝟓𝟗 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 15 PSICROMETRÍA PARÂMETROS PSICROMÉTRICOS Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 16 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Em psicrometría os componentes do ar que apresentam temperatura de condensação muito baixa, sendo assim eles são reunidos em uma única fase denominada ar seco, enquanto o vapor d’água, que condensa em condições típicas encontradas em sistemas de condicionamento de ar, é tratado independentemente. Desse modo, admite−se o ar úmido como sendo a mistura de dois gases ideais: ar seco e vapor d’água. As leis das pressões parciais, dos volumes parciais e a equação de estado do gás ideal são usadas para estabelecer as equações que definem os estados psicrométricos do ar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 17 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Entretanto, as seguintes hipóteses são admitidas: A fase líquida (vapor d’água) não contém gases dissolvidos; A fase gás (ar seco) pode ser tratada como uma mistura de gases ideais e, finalmente, quando a mistura e o condensado (água líquida) estão em uma dada pressão e temperatura, o equilíbrio entre o condensado e seu vapor não é afetado pela presença dos outros componentes, ou seja, quando o equilíbrio é alcançado a pressão parcial do vapor é igual à pressão de saturação correspondente à temperatura da mistura. A pressão total no ar (ar seco + vapor d’água) é a soma das pressões parciaisde cada componente, ou seja: 𝒑 = 𝒑𝑨 + 𝒑𝑽 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 18 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Se V é o volume total da mistura então o volume de cada componente também será o mesmo, ou seja: Em uma mistura de gases ideais tanto a mistura como cada um deles deve obedecer à equação de estado do gás ideal. Daí, para o ar seco: 𝑽 = 𝑽𝑨 + 𝑽𝑽 𝒑𝑨 ∙ 𝑽 = 𝒏𝑨 ∙ 𝑹 ∙ 𝑻 e para o vapor d’água: 𝒑𝑽 ∙ 𝑽 = 𝒏𝑽 ∙ 𝑹 ∙ 𝑻 Onde: pA – Pressão parcial do ar seco, em (kPa); pV – Pressão parcial do vapor d’água, em (kPa); nA – Número de moles do ar seco, em (kmolA); nV – Número de moles do vapor d’água, em (kmolV); R – Constante universal dos gases, em (8,314,4 kJ/kg ou mol . K); T – Temperatura absoluta da mistura, em (K). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 19 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos 𝒑𝑨 ∙ 𝑽𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝑹𝑨 ∙ 𝑻𝑨 𝒑𝑨 ∙ 𝑽𝑨 = 𝒏𝑨 ∙ 𝑹𝑨 ∙ 𝑻𝑨 Onde: PA – Pressão parcial do ar seco, em (kPa); PV – Pressão parcial do vapor d’água, em (kPa); mA – Massa de ar seco, em (kgA); mV – Massa de vapor d’água, em (kgV); nA – Número de moles do ar seco, em (kmolA); nV – Número de moles do vapor d’água, em (kmolV); RA – Constante do gás para o ar seco, em (kJ/kg . K); RV – Constante do gás para o vapor d’água, em (kJ/kg . K); VA – Volume de ar na mistura, em (m3); VV – Volume de vapor d’água na mistura, em (m3); TA – Temperatura absoluta do ar seco na mistura, em (K) e TV – Temperatura absoluta do vapor d’água na mistura, em (K). 𝒑𝑽 ∙ 𝑽𝑽 = 𝒎𝑽 ∙ 𝑹𝑽 ∙ 𝑻𝑽 𝒑𝑽 ∙ 𝑽𝑽 = 𝒏𝑽 ∙ 𝑹𝑽 ∙ 𝑻𝑽 Para Misturas Próximo CAC - Vídeo Aulas 5 a 9 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2020 - 4.pptx#31. PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 20 Exercício 1: Determinar a temperatura e a pressão parcial do ar, que se comporta como gás ideal em um fluxo em um evaporador, com volume total de 1,85 (m3), cuja entalpia específica do fluido é de 85,78 (kJ/kg) e pressão de vapor de 4,75 (kPa) e comentar os resultados. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Sistema: Evaporador (sistema fechado); Fluido: Ar; Estado: Gás ideal; Conhecido: V = 1,85 (m3), h = 85,78 (kJ/kg), pV = 4,75 (kPa). Determinar: qual o temperatura – T e a pressão parcial do ar - pA. Solução do Exercício 1: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 21 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 1: Hipóteses: 1. Análise do escoamento em regime permanente; 2. O sistema é a ar contido no evaporador; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do evaporador; 3. O ar se comporta como um gás ideal; 3. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑇 = ? pA = ? V1 = 1,85 (m3) h = 85,78 (kJ/kgA) pV = 4,75 (kPa) 1 2 𝑸 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 22 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 1: Análise: Aplicando-se a Equação da temperatura em função a entalpia, tem-se: 1 Substituindo os valores: → 𝑇 = 20 − 0,0065 ∙ ℎ 𝑇 = 20 − 0,0065 ∙ 85,78 𝑻 = 𝟏𝟗, 𝟒𝟒 °𝑪 Calculando-se a pressão atmosférica em função da entalpia, vem: 𝑝𝑎𝑡𝑚 = 101,325 ∙ 1 − 2,25577 ∙ 10 −5 ∙ ℎ 5,2559 Logo, substituindo os valores: 𝑝𝑎𝑡𝑚 = 101,325 ∙ 1 − 2,25577 ∙ 10 −5 ∙ 85,78 5,2559 𝒑𝒂𝒕𝒎 = 𝟏𝟎𝟎, 𝟐𝟗𝟖𝟕 𝒌𝑷𝒂 2 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 23 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 1: Análise: A pressão de parcial pode ser calculada por: 3 Rearranjando: → Comentários: A temperatura do fluxo de ar no evaporador para as condições fornecidas no problema é de 19,44 (°C) para uma pressão parcial de ar de 95,5487 (kPa). Resolvendo, vem: 𝑝𝐴 = 100,2987 − 4,75 𝒑𝒂𝒕𝒎 = 𝒑𝑨 + 𝒑𝑽 𝑝𝐴 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 − 𝑝𝑉 𝒑𝑨 = 𝟗𝟓, 𝟓𝟒𝟖𝟕 𝒌𝑷𝒂 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 24 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 2: Determinar a pressão do ar úmido e de vapor em um condensador, num processo de formação de vácuo, a volume constante, cujo volume total de fluido é de 4,56 (l) para uma temperatura de fluido de 85,45 (°C) e temperatura de vapor de 145,95 (°C), para um título da mistura de 45,18 (%) e comentar os resultados. O ar se comporta como um gás ideal. Sistema: Condensador (sistema fechado); Fluido: Ar; Estado: Vapor úmido; Conhecido: são fornecidos os dados: V = 4,56 (l) = 4,56 . 10-3 (m3), TA = 85,45 (°C) = 358,61 (K); TV = 145,95 (°C) = 419,11 (K) e x = 45,18 (%) = 0,4518. Determinar: qual a pressão de ar úmido – pA e a pressão de vapor de ar seco - pV. Solução do Exercício 2: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 25 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 1: Hipóteses: 1. Análise do escoamento em regime permanente; 2. O sistema é a ar contido no condensador; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do condensador; 3. O ar se comporta como um gás ideal; 3. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑝𝑉 = ? pA = ? V1 = 4,56 . 10 -3 (m3) TA = 358,61 (K) 2 1 𝑸 x = 0,4518 TV = 419,11 (K) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 26 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 2: Análise: Calculando a massa total do fluxo a mistura no condensador, tem-se: 1 A massa específica para o ar é igual a 1,293 (kg/m3). Substituindo os valores na Equação 1, vem: → 𝑚 = 𝑉 𝑣 𝑚 = 4,56 ∙ 10−3 ∙ 1,293 𝒎 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟖𝟗𝟔 𝒌𝒈 Calculando-se as massas de vapor de água, usando o conceito de título: 𝑥 = 𝑚𝑉 𝑚 Logo, substituindo os valores: 𝑚𝑉 = 0,4518 ∙ 0,005896 𝒎𝑽 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟔𝟔𝟒 𝒌𝒈𝑽 2 → 𝑣 = 1 𝜌 → 𝑚 = 𝑉 ∙ 𝜌 → 𝑚𝑉 = 𝑥 ∙ 𝑚 → Calculando a massas de vapor de ar seco: 𝑚 = 𝑚𝐴 + 𝑚𝑉 → 𝑚𝐴 = 𝑚 − 𝑚𝑉 3 𝑚𝐴 = 0,005896 − 0,002664 → 𝒎𝑨 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟐𝟑𝟐 𝒌𝒈𝑨 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 27 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 2: Análise: Como o ar se comporta como um gás ideal, tem-se: 4 Reorganizando em função das pressões, vem: Como as constante para o ar seco e para o vapor de água são, respectivamente iguais a: RA = 0,287055 (kJ/kg . K), e RV = 0,461520 (kJ/kg . K), substituindo os valores, vem: 5 Para o ar seco Para o vapor de água 𝒑𝑨 ∙ 𝑽 = 𝒎𝑨 ∙ 𝑹𝑨 ∙ 𝑻𝑨 𝒑𝑽 ∙ 𝑽 = 𝒎𝑽 ∙ 𝑹𝑽 ∙ 𝑻𝑽 𝒑𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝑹𝑨 ∙ 𝑻𝑨 𝑽 𝒑𝑽 = 𝒎𝑽 ∙ 𝑹𝑽 ∙ 𝑻𝑽 𝑽 𝑝𝐴 = 0,003232 ∙ 0,287055 ∙ 358,61 4,56 ∙ 10−3 𝑝𝑉 = 0,002664 ∙ 0,461520 ∙ 419,11 4,56 ∙ 10−3 𝒑𝑨 = 𝟕𝟐, 𝟗𝟔𝟔𝟕 𝒌𝑷𝒂 𝒑𝑽 = 𝟏𝟏𝟐, 𝟗𝟔𝟔𝟏 𝒌𝑷𝒂 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 28 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 2: Comentários: O fluxo de ar no condensador, durante o processo de formação de vácuo movimentará uma massa de ar seco de 0,003232 (kgA) e uma massa de vapor de água de 0,002664 (kgV). Nestas condições a pressão de ar seco é de 72,9667 (kPa), enquanto que a pressão de vapor de água é de 112,9661 (kPa). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 29 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Uma série de parâmetros psicrométricos são utilizados para a caracterização do estado termodinâmico do ar úmido...: Umidade Absoluta; Umidade Relativa; Grau de Saturação; Volume Específico; Entalpia Específica; Calor Específico a Pressão Constante; Temperatura de Bulbo Seco; Temperatura de Orvalho; e Temperatura de Bulbo Úmido. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 30 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Exemplo de composição do ar a pressão de 101,325 (kPa), TBS = 20 (°C) e UR = 50 (%). Ar seco Vapor d'água Ar Seco + Vapor d'água T [°C] 20 20 20 mar [kg] 1 0 1 mv [kg] 0 0,007264 0,007264 par [Pa] 100143 0 100143 pv [Pa] 0 11821182 patm [Pa] 100143 1182 101325 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 31 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta - W Para uma dada amostra de ar úmido é a razão entre a massa de vapor d’água – mV e a de ar seco - mA. Logo, tem-se: 𝑾 = 𝒎𝑽 𝒎𝑨 𝒌𝒈𝑽 𝒌𝒈𝑨 ou 𝑾 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟏𝟗𝟖 ∙ 𝒑𝑽 𝒑 − 𝒑𝑽 Uma importante simplificação pode ser feita assumindo a mistura de dois gases perfeitos. Da Equação de estado para o gás perfeito e considerando a Lei de Mistura de Dalton, tem-se: 𝒎𝑨 = 𝒑𝑨 ∙ 𝑽 𝑹 𝑨 ∙ 𝑻 𝒎𝑽 = 𝒑𝑽 ∙ 𝑽 𝑹 𝑽 ∙ 𝑻 Substituindo em W, vem: 𝑾 = 𝑹𝑨 𝑹𝑽 ∙ 𝒑𝑽 𝒑𝑨 Como 𝑹𝑨 𝑹𝑽 = 𝒎𝑽 𝒎𝑨 = 𝟏𝟖, 𝟎𝟏𝟓𝟑𝟒 𝟐𝟖, 𝟗𝟔𝟒𝟓 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟏𝟗𝟖 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 32 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Umidade Absoluta em Saturação - Ws Se o ar estiver saturado, então se tem a umidade absoluta em saturação Ws(T, p) nas mesmas temperatura e pressão. Logo tem-se: 𝑾𝑺 = 𝟎, 𝟔𝟐𝟏𝟗𝟖 ∙ 𝒑𝑽𝑺 𝒑 − 𝒑𝑽𝑺 Onde: PVS é a pressão de saturação do vapor d’água na temperatura do ar - T. A pressão PVS é função somente da temperatura e apresenta valores ligeiramente diferentes da pressão de vapor d’água no ar úmido saturado. Na faixa de 0 a 200 (°C), a pressão de saturação é calculada por: 𝒍𝒏𝒑𝑽𝑺 = − 𝟓. 𝟖𝟎𝟎, 𝟐𝟐𝟏 𝑻 + 𝟏, 𝟑𝟗𝟏𝟒𝟗𝟗 − 𝟒, 𝟖𝟔𝟒𝟎𝟐𝟒 ∙ 𝟏𝟎−𝟐 ∙ 𝑻 + ⋯ +𝟒, 𝟏𝟕𝟔𝟒𝟕𝟗 ∙ 𝟏𝟎−𝟓 ∙ 𝑻𝟐 − 𝟏, 𝟒𝟒𝟓𝟐𝟎𝟗 ∙ 𝟏𝟎−𝟖 ∙ 𝑻𝟑 + 𝟔, 𝟓𝟒𝟓𝟗𝟔𝟕 ∙ 𝒍𝒏𝑻 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 33 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Umidade Específica - q A umidade específica - q do ar úmido é a razão entre a massa de vapor d’água - mV e a massa total da amostra de ar úmido - m, i.e., mV + mA. 𝒒 = 𝒎𝑽 𝒎𝑽 + 𝒎𝑨 𝒌𝒈𝑽 𝒌𝒈𝑨 𝒒 = 𝑾 𝟏 + 𝑾 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 34 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Umidade Relativa - 𝝓 A umidade relativa - 𝝓 do ar úmido é a razão entre a pressão parcial do vapor d’água no ar - pV e sua pressão parcial no ar saturado - pVS, à mesma temperatura e pressão, em percentual, ou ainda define-se como sendo a razão entre a fração molar do vapor d’água presente na mistura - xV e a fração molar que o vapor d’água teria se a mistura estivesse saturada na mesma temperatura e pressão (xWS). A umidade relativa é 0 % (zero) para o ar seco e 100 % (unitária) para o ar úmido saturado. Assim: 𝑼𝑹 = 𝝓 = 𝒙𝑽 𝒙𝑽𝑺 𝑻, 𝒑 𝑼𝑹 = 𝝓 = 𝟏𝟎𝟎 ∙ 𝒑𝑽 𝒑𝑽𝑺 𝑻, 𝒑 ou Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 35 PSICROMETRÍA - Propriedades Termo-Higrometro Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 36 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Grau de Saturação - 𝜇 É a razão entre umidade absoluta do ar – W e a umidade absoluta do ar saturado - WS, mantidas a temperatura e a pressão da mistura constantes. 𝝁 = 𝑾 𝑾𝑺 Substituindo as expressões simplificadas da umidade absoluta e da umidade relativa tem-se: 𝝁 = 𝝓 ∙ 𝒑 − 𝒑𝑽𝑺 𝒑 − 𝒑𝑽 ou 𝝁 = 𝝓 ∙ 𝒑 − 𝒑𝑽𝑺 𝒑 − 𝝓 ∙ 𝒑𝑽𝑺 Nota: se a umidade relativa for alta ou a pressão parcial do vapor for baixa face a pressão da mistura, o grau de saturação será aproximadamente o mesmo que o da umidade relativa. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 37 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Propriedades Específicas Propriedades específicas são dadas por unidade de massa da substancia de interesse. Na psicrometría convenciona-se referenciar tais propriedades a massa de ar seco (e não a massa da mistura). A razão dessa convenção deve-se ao fato de que nos processos com o ar úmido o fluxo de ar seco permanece constante enquanto que vapor d’água pode ser retirado ou adicionado ao ar úmido, ou seja, o fluxo mássico de ar seco se conserva no processo. Deste modo, o volume específico, a entalpia específica e o calor específico são referenciados a base de ar seco. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 38 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Volume Específico – 𝝊 𝝊 = 𝑽 𝒎𝑨 𝒎𝟑 𝒌𝒈𝑨 É a razão entre o volume total ocupado – V pela mistura e a massa de ar seco - mA presente na mesma, é obtido por: Usando a equação dos gases perfeitos tem-se: 𝝊 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕𝟎 ∙ 𝑻 𝒑 − 𝒑𝑽 𝒎𝟑 𝒌𝒈𝑨 Ou ainda, usando a definição de umidade absoluta, com temperatura, em (K) e pressão absolutas, em (kPa), tem-se: 𝝊 = 𝟎, 𝟐𝟖𝟕𝟎 ∙ 𝑻 𝒑 ∙ 𝟏 + 𝟏, 𝟔𝟎𝟕𝟖 ∙ 𝑾 𝒎𝟑 𝒌𝒈𝑨 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 39 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Volume Específico – 𝝊 𝝊𝒎 = 𝒗 𝟏 + 𝑾 𝒎𝟑 𝒌𝒈𝑨 Se o volume específico da mistura fosse referido a massa de ar úmido - vm, este seria ligeiramente menor que o volume específico referido a massa de ar seco. Com efeito, tem- se: Portanto, os dois volumes específicos diferem pelo fator (1 + W): É interessante notar que quanto maior a umidade absoluta maior será o volume específico do ar úmido, ou seja, menor sua densidade. Assim, o ar úmido é mais “leve” que o ar seco, o que implica na facilidade com que o ar úmido se dispersa na atmosfera. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 40 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Entalpia Total – H e Entalpia Específica - h A entalpia total da mistura – H é dada pela contribuição isolada da entalpia do ar seco – HA e do vapor d’água - HV, dada a hipótese do gás perfeito. Assim: 𝑯 = 𝑯𝑨 + 𝑯𝑽 → 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 A entalpia específica da mistura - h é obtida dividindo-se a expressão acima pela massa de ar seco, como, 𝒉 = 𝑯 𝒎𝑨 = 𝒎𝑨 ∙ 𝒉𝑨 𝒎𝑨 + 𝒎𝑽 ∙ 𝒉𝑽 𝒎𝑽 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 E, com a definição de umidade absoluta, tem-se a seguinte expressão final: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 41 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Entalpia do Ar Úmido - h Com a definição de umidade absoluta a entalpia de uma mistura de gases ideais é a soma das entalpias parciais de seus componentes. Deste modo, para o ar úmido tem-se: 𝒉 = 𝒉𝑨 + 𝑾 ∙ 𝒉𝑽 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 Onde: hA é a entalpia específica do ar seco, em (kJ/kgA) e hV é a entalpia específica do vapor d’água saturado na temperatura da mistura, em (kJ/kgV). Com boa aproximação, a entalpia é obtida por: 𝒉 = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 ∙ 𝑻 + 𝑾 ∙ 𝟐𝟓𝟎𝟏 + 𝟏, 𝟖𝟎𝟓 ∙ 𝑻 → 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 Onde T é a temperatura de bulbo seco do ar, em (°C). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 42 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Calor Específico – CP 𝑪𝑷 = 𝑪𝑷𝑨 + 𝑾 ∙ 𝑪𝑷𝑽 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 ∙ °C Referido a massa de ar seco é dado pela combinação dos calores específicos do ar seco – CPA e do vapor d’água – CPV , como, De forma simplificada: Com tais valores e com a definição CP = dh/dT, obtém-se uma expressão simplificada para a entalpia específica do ar úmido, 𝑪𝑷𝑨 = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 ∙ °C 𝑪𝑷𝑽 = 𝟏, 𝟖𝟎𝟓 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 ∙ °C 𝒉𝑨 = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 ∙ 𝑻 𝒉𝑽 = 𝟐𝟓𝟎𝟏, 𝟑 + 𝟏, 𝟖𝟎𝟓 ∙ 𝑻 Entalpia de vaporização da água 𝒉 = 𝟏, 𝟎𝟎𝟔 ∙ 𝑻 + 𝑾 ∙ 𝟐𝟓𝟎𝟏 + 𝟏, 𝟖𝟎𝟓 ∙ 𝑻 → 𝒌𝑱 𝒌𝒈𝑨 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 43 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Bulbo Seco - TBS É a temperatura do ar - T, medida por um termômetro comum na escala local. O adjetivo “bulbo seco” acompanha o termo temperatura simplesmente para não confundir com a temperatura de bulbo úmido, que será definida posteriormente. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 44 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho - 𝑻𝑶 É a temperatura correspondente ao ponto de início da condensação do vapor d’água presente no ar úmido quando seu resfriamento ocorre a pressão constante.Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 45 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho - 𝑻𝑶 Curva de saturação da água Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 46 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho - 𝑻𝑶 Entre outras palavras é a temperatura do ar úmido saturado à mesma pressão e à mesma umidade absoluta. É definida como a solução TO(p, W) da equação: 𝑾𝑺 𝒑, 𝑻𝑶 = 𝑾 E usando a equação do gás ideal, pode ser escrita como: 𝒑𝑽𝑺 𝑻𝑶 = 𝒑𝑽 = 𝒑 ∙ 𝑾 𝟎, 𝟔𝟐𝟏𝟗𝟖 + 𝑾 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 47 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura de Orvalho - 𝑻𝑶 Sendo pVS(TO) é a pressão de saturação do vapor d’água à TO. Alternativamente, a temperatura de orvalho pode ser calculada diretamente na faixa de 0 a 93 (°C) por: 𝑻𝑶 = 𝟔, 𝟓𝟒 + 𝟏𝟒, 𝟓𝟐𝟔 ∙ 𝒍𝒏𝒑𝑽 + 𝟎, 𝟕𝟑𝟖𝟗 ∙ 𝒍𝒏𝒑𝑽 𝟐 +∙∙∙ + 𝟎, 𝟎𝟗𝟒𝟖𝟔 ∙ 𝒍𝒏𝒑𝑽 𝟑 + 𝟎, 𝟒𝟓𝟔𝟗 ∙ 𝒑𝑽 𝟎,𝟏𝟗𝟖𝟒 Onde pV é pressão parcial do vapor d’água no ar úmido, medido em (kPa). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 48 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura Termodinâmica de Bulbo Úmido e Temperatura de Bulbo Úmido - TBU Considere o ar úmido inicialmente na temperatura - T, umidade absoluta - W, entalpia específica - h e pressão - P, escoando sobre uma lâmina de água de comprimento infinito, dentro de uma câmara adiabática. Se o ar úmido na entrada não está saturado, parte do líquido evapora na corrente de ar. Ao longo do escoamento a umidade absoluta do ar aumenta gradualmente até que este não possa mais absorver nenhum de vapor d’água. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 49 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura Termodinâmica de Bulbo Úmido e Temperatura de Bulbo Úmido - TBU Como não há transferência de calor com a vizinhança o calor latente necessário à evaporação da água origina-se do calor sensível liberado pelo próprio ar úmido. Este processo resulta na redução da temperatura do ar úmido e, no final da evaporação, o ar úmido estará saturado. Este processo, denominado saturação adiabática ideal, o ar saturado sai da câmara na mesma temperatura da água que evapora na corrente de ar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 50 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura Termodinâmica de Bulbo Úmido e Temperatura de Bulbo Úmido - TBU A TBU é a temperatura mais baixa que pode atingir o ar úmido quando é arrefecido apenas devido à evaporação de água. A temperatura do bulbo molhado (úmido) é sempre inferior à temperatura do bulbo seco, exceto quando o ar está saturado, neste caso as duas temperaturas são iguais. Quanto mais seco estiver o ar, maior será a diferença entre a temperatura de bulbo seco e a de bulbo úmido. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 51 PSICROMETRÍA - Propriedades Psicrômetros //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/76/Psicrometro.png Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 52 PSICROMETRÍA – Parâmetros Psicrométricos Temperatura Termodinâmica de Bulbo Úmido e Temperatura de Bulbo Úmido - TBU O estado do ar úmido na entrada da câmara adiabática define uma temperatura termodinâmica de bulbo úmido - T*, que é igual à temperatura do ar úmido saturado no final do processo ideal de saturação adiabática à pressão constante. Um balanço de energia na corrente de ar úmido, em regime permanente, fornece: Próximo CAC - Vídeo Aulas 5 a 9 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2020 - 4.pptx#58. PSICROMETRIA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 53 PERGUNTAS PERGUNTAS? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 54 AGRADECIMENTO MUITO OBRIGADO! Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 55 AULAS DE CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTE CONSTRUÍDO Aula 2.2 – Psicrometria e Carta Psicrométrica Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 56 PSICROMETRIA CARTA PSICROMETRÍA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 57 CARTA PSICROMÉTRICA É um ábaco que permite representar graficamente as evoluções do ar úmido, sendo que cada ponto da carta representa uma combinação de ar seco e de vapor d’água. A carta psicrométrica é geralmente baseada na pressão atmosférica, ao nível do mar, cujo valor é de 101,325 (kPa), pode ser usada sem correção até 300 (m) de altitude, para se determinar as variáveis, descritas pelas equações, onde se conheça duas propriedades naquele estado, por exemplo, conhecendo TBU e TBS pode-se determinar, 𝜙, w, h, 𝜐, TO etc. A carta psicrométrica constitui uma excelente ferramenta de trabalho para analisar os diversos processos para tratamento do ar. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 58 CARTA PSICROMÉTRICA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 59 CARTA PSICROMÉTRICA Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 60 CARTA PSICROMÉTRICA Umidade Absoluta Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 61 CARTA PSICROMÉTRICA (°C) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 62 CARTA PSICROMÉTRICA (gV/kgA) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 63 CARTA PSICROMÉTRICA (°C) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 64 CARTA PSICROMÉTRICA (kJ/kgA) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 65 CARTA PSICROMÉTRICA 100 (%) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 66 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação 4 5 6 Exercício 3: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 67 Exercício 4: Determinar a umidade absoluta do ar com umidade relativa de 60 (%) e temperatura de 30 (°C), em uma pressão de 101,325 (kPa). EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 5: Determinar a umidade absoluta do ar com entalpia de 61 (kJ/kg) e temperatura de 40 (°C), em uma pressão de 101,325 (kPa). Exercício 6: Qual o volume específico do ar úmido e a entalpia com umidade relativa de 20% e temperatura de 24 (°C), em uma pressão de 101,325 (kPa). Exercício 7: Qual a temperatura de bulbo úmido, a temperatura de orvalho e o volume específico do ar úmido com temperatura 30 (°C), UR de 40 (%) e, em uma pressão de 101,325 (kPa). CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#68. Apresentação do PowerPoint CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#70. Apresentação do PowerPoint CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#71. Apresentação do PowerPoint CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#72. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 68 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 69 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 4: W = 0,016 (kg/kgA) f = 60 (%) TBS = 30 (°C) CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#67. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 70 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 5: W = 0,008 (kg/kgA) h= 61 (kJ/kgA) TBS = 40 (°C) CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#67. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 71 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 6: 𝒗 = 0,848 (m3/kgA) h = 34,0 (kJ/kgA) f = 20 (%) TBS = 24 (°C) CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#67. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 72 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 7: TBU = 20 (°C) TO = 15 (°C) 𝒗 = 0,874 (m3/kgA) f = 40 (%) TBS = 30 (°C) CAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#67. Apresentação do PowerPointCAC - Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2022 - 2.pptx#73. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 73 Exercício 8: Determinar a quantidade de água condensada que resulta do processo de compressão de ar em um conjunto de compressores. O ar é aspirado a 25 (°C), 100 (kPa) e 50 (%) de umidade relativa, é então comprimido até 10 (MPa) e resfriado para a temperatura ambiente, novamente, é armazenado. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 9: O ar de uma sala atravessa uma SRD e tem sua umidade e temperatura reduzida. Calcular qual a capacidade da SRD se a condição de entrada foi de TBS = 32 (°C) e UR de 60 (%) e a de saída foi de 25 (°C) e UR de 50 (%). A vazão do ar que atravessou a serpentina foi de 3600 (m3/h). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 74 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 9: O ar de uma sala atravessa uma SRD e tem sua umidade e temperatura reduzida. Calcular qual a capacidade da SRD se a condição de entrada foi de TBS = 32 (°C) e UR de 60 (%) e a de saída foi de 25 (°C) e UR de 50 (%). A vazão do ar que atravessou a serpentina foi de 3600 (m3/h). Sistema: SRD serpentina de resfriamento e desumidificação (sistema fechado); Fluido: Ar; Estado: Vapor úmido; Conhecido: são fornecidos os dados: TBS1 = 32 (°C); f1 = 60 (%); TBS2 = 25 (°C); f2 = 50 (%); QV = 3600 (m 3/h).. Determinar: qual a capacidade da SRD - 𝑄 𝑆𝑅𝐷. Solução do Exercício 9: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 75 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 9: Hipóteses: 1. Análise do escoamento em regime permanente; 2. O sistema é a ar contido no fluxo da SRD; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas da tubulação onde se encontra a SRD; 3. O ar se comporta como um gás ideal; 3. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑄 𝑆𝑅𝐷 = ? TBS1 = 32 (°C) TBS2 = 25 (°C) f1 = 60 (%) f2 = 50 (%) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 76 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 9: Análise: Calculando a vazão mássica do fluxo de ar na SRD, tem- se: 1 Adotando-se a pressão de 101,325 (kPa), para as condições de entrada e saída do fluxo de ar na carta psicrométrica, vem: → 𝑚 𝑎𝑟 = 𝜌 ∙ 𝑄𝑉 ℎ𝑒𝑛𝑡 = 78,5 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐴 ℎ𝑠𝑎𝑖 = 50,5 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐴 Usando-se as condições de entrada, tem-se: 𝑣 = 0,89 𝑚3 𝑘𝑔 Calculando a vazão mássica do escoamento de ar, através da Equação 1: 𝑚 𝑎𝑟 = 𝑄𝑉 𝑣 𝑚 𝑎𝑟 = 3600 0,89 ∙ 𝟑𝟔𝟎𝟎 → 𝑣 = 1 𝜌 → 𝑚 𝑎𝑟 = 1 𝑣 ∙ 𝑄𝑉 → 𝒎𝟑 𝒉 𝒎𝟑 𝒌𝒈 → 𝒌𝒈 𝒉 ∙ 𝒉 𝟑𝟔𝟎𝟎 𝒔 → 𝒌𝒈 𝟑𝟔𝟎𝟎 𝒔 → 𝒎 𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟏𝟐𝟑𝟓 𝒌𝒈 𝒔 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 77 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 9: Análise: A capacidade de uma SRD para resfriamento é calculada por: 2 Substituindo os valores, vem: Resolvendo: 𝑸 𝑺𝑹𝑫 = 𝒎 𝒂𝒓 ∙ 𝒉𝒆𝒏𝒕 − 𝒉𝒔𝒂𝒊 𝑸 𝑺𝑹𝑫 = 𝟏, 𝟏𝟐𝟑𝟓 ∙ 𝟕𝟖, 𝟓 − 𝟓𝟎, 𝟓 𝒌𝒈 𝒔 ∙ 𝒌𝑱 𝒌𝒈 → 𝒌𝑱 𝒔 → 𝒌𝑾 𝑸 𝑺𝑹𝑫 = 𝟑𝟏, 𝟒𝟔 𝒌𝑾 Comentários: para uma SRD em um processo de resfriamento e de desumidificação, para as condições fornecidas no problema, tem-se uma capacidade mínima de 31,46 (kW). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 78 TECNOLOGIAS DE CLIMATIZAÇÃO TECNOLOGIAS PARA CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTES Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 79 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Nos sistemas de ar condicionado de expansão direta de gás o fluido refrigerante é o agente diretamente responsável pelo resfriamento e condicionamento do ar do ambiente interno através do processo de expansão de gás por meio do dispositivo de expansão. Os principais modelos de condicionadores de ar de expansão direta são: Condicionador de ar tipo de janela (ACJ) e Condicionador de ar tipo Split. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 80 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 81 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Estes condicionadores geralmente são instalados em janelas ou em paredes em uma altura de 1,60 m. Eles apresentam capacidade de resfriamento que variam de 0,5 a 3,0 TR, sendo geralmente resfriados a ar. ACJ Mecânico ACJ Eletrônico Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 82 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Vantagens Desvantagens Pequena capacidade, maior nível de ruído; Não tem flexibilidade; Maior custo energético (kW/TR), distribuição de ar a partir de ponto único; Alterações na fachada da edificação; São compactos e não requerem instalação especial; Fácil manutenção; Controle e atendimento específico de uma determinada área; Não ocupam espaço interno (útil); São produzidos para aquecimento por reversão de ciclo (bomba de calor). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 83 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Condensador Dispositivo de Expansão Evaporador Compressor Mancal dos Ventiladores Ventilador Tipo Turbina Ventilador Axial Quadro de Comandos Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 84 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 85 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 86 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Ar Condicionado de Janela (ACJ) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 87 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Componentes de um ACJ Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 88 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Componentes de um ACJ Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 89 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Princípio de Funcionamento Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 90 Sistema de Refrigeração com Expansão Direta de Gás Tipos de Sistemas de Climatização Ar Condicionado de Janela – ACJ e Split Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 91 Sistema de Climatização com Expansão Direta de Gás Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 92 PERGUNTAS PERGUNTAS? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 93 AGRADECIMENTO MUITO OBRIGADO! Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 94 AULAS DE CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTE CONSTRUÍDO Aula 2.3 – Introdução às Máquinas Térmicas Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 95 Exercício 10: Uma vazão de 4800 (m3/h) de ar atravessa uma serpentina elétrica que libera 4,0 (kW) de potência de aquecimento. Se as condições de entrada do ar são de 17 (°C), UR de 40 (%) e entalpia final de 34,0 (kJ/kgA). Determinar qual a TBS final, e qual a nova umidade relativa? a entalpia e temperatura final do ar partir da equação dos gases perfeitos. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 11: Um jato de ar úmido a temperatura de 15 (C) passa dentro de uma tubulação não isolada através de um ambiente cuja a TBS de 32 (C) e TBU de 23 (C). Haverá condensação em sua face externa da tubulação ou não? CAC - Vídeo Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2021 - 3.pptx#84. Apresentação do PowerPoint CAC - Vídeo Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2021 - 3.pptx#85. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 96 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO TBS1 TBS2 hENT hSAI Exercício 10: TBS = 21,4 (°C) f =30 (%) CAC - Vídeo Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2021 - 3.pptx#83. Apresentação do PowerPoint Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 97 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 11: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 98 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO TBS1 TBS2 Como: TBS2 > TO Não Haverá Condensação Exercício 11: TT = 15 (°C) TBS1 = 32 (°C) TBU = 23 (°C) TBS2 = TO = 19,1 (°C) CAC - Vídeo Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2021 - 3.pptx#83. Apresentação do PowerPoint CAC - Vídeo Aulas 5 a 10 - Psicrometria e Ciclo de Climatização - 2021 - 3.pptx#87. CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 99 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Exercício 12: Considere uma sala com ar a 1 (atm), 35 (°C) de (TBS) e umidade relativa de 40 (%). Usando a carta psicrométrica e através das equações, determinar o que se pede e comentar os resultados: a) A umidade absoluta; b) A entalpia; c) A temperatura de bulbo úmido; d) A temperatura do ponto de orvalho e) O volume específico Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 100 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 12: Na Carta Psicrométrica a) W = 0,0145 (kg/kgA) b) h = 72,4 (kJ/kgA) c) TBU = 24,0 (°C) d) TO = 19,5 (°C) e) 𝒗 = 0,894 (m3/kgA) Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 101 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Exercício 13: Complete a tabela abaixo: 𝝓 ou UR (%) 50 60 30 80 50 W (g/kg) 12 8 6 19 TBU (°C) 15 17 18 20 TBS (°C) 10 20 25 𝒗 (m3/kg) TO (°C) 5 h (kJ/kg) 50 Exercício 14: Ar atmosférico na vazão de 5 (m3/s) é resfriado da temperatura de 35 (°C) e umidade relativa de 80 (%) para 22 (°C) e umidade relativa de 70 (%). Determine a vazão mássica de condensado formado e o calor latente retirado. 20,8 28,0 0,870 16,6 59,2 9,5 19,8 0,842 12,0 42,0 38,0 27,0 0,862 10,5 48,0 78,0 8,2 0,810 6,50 26,0 80,0 12,0 0,848 16,6 50,5 48,8 9,5 16,8 0,858 13,5 1,55 0,8 5,0 0,79 14,0 25,0 27,8 0,878 24,0 76,2 11,5 27,5 0,868 16,2 58,0 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 102 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Exercício 15: Ar atmosférico na vazão de 10 (m3/s) é aquecido a temperatura de 5 (°C) e umidade relativa de 30 (%) para 24 (°C) e umidade relativa 70 (%). Determine a vazão mássica de água vaporizada e o calor sensível fornecido. Exercício 16: Determinar as propriedades da mistura de 70 (%) de ar atmosférico na temperatura de 35 (°C) e 70 (%) de umidade relativa com 30 (%) de ar de retorno na temperatura de 20 (°C) e 70 (%) de umidade relativa. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 103 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Exercício 17: Determinar a temperatura e umidade relativa necessária no ar atmosférico para que se misture na proporção de 1 : 1 com ar de retorno na temperatura de 20 (°C) e 60 (%) de umidade relativa para que se obtenha ar na temperatura de 24 (°C) e 75 (%) de umidade relativa. Exercício 18 Determinar a quantidade total de calor retirado e a vazão mássica de condensado formada ao se resfriar ar atmosférico na temperatura de 35 (°C) e umidade relativa de 60 (%) para 22 (°C) e umidade relativa de 80 (%) com 30 (%) de ar de retorno. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 104 CARTA PSICROMÉTRICA – Exercício de Aplicação Exercício 19: Determinar a quantidade total de calor fornecido e a vazão mássica de água vaporizada ao se aquecer ar atmosférico da temperatura de 8 (°C) e umidade relativa de 80 (%) para 24 (°C) e umidade relativa de 70 (%) com 40 (%) de ar de retorno. Exercício 20: Em um ambiente as leituras das temperatura de bulbo seco e de bulbo úmido, dadas por um psicrômetro de aspiração foram, respectivamente, de 27 (°C) e 18 (°C). Determinar a umidade relativa do ar neste ambiente. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 105 MÁQUINAS TÉRMICAS INTRODUÇÃO ÀS MÁQUINAS TÉRMICAS Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 106 MÁQUINAS TÉRMICAS Máquina Térmica Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 107 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Conceitos Fonte Quente: é o dispositivo responsável pela geração ou dissipação de calor (a partir da transformação de energia) em uma máquina térmica, com uma quantidade de calor (𝑄 𝐻) e temperatura quente (TH). Máquina Térmica: é um dispositivo térmico que opera segundo um ciclo termodinâmico, que produz ou recebe trabalho mecânico (𝑊 ), a partir da transformação de energia. Fonte Fria: é o dispositivo responsável pela remoção ou dissipação de frio (a partir da transformação de energia) em uma máquina térmica, com uma quantidade de calor (𝑄 𝐶) e temperatura fria (TC). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 108 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 109 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Conceitos Processo Reversível: um processo é chamado de reversível se o sistema e toda a vizinhança puderem ser exatamente restaurados aos seus respectivos estados iniciais depois do processo ter ocorrido. Processo Internamente Reversível: um sistema é dito ter realizado um processo internamente reversível se nada é realizado dentro do sistema para fazê-lo irreversível; não há irreversibilidades internas. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 110 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Conceitos Reservatório Térmico: é um tipo de sistema fechado que sempre mantém a temperatura constante mesmo que a energia seja adicionada ou removida por transferência de calor. Processo Irreversível: um processo é chamado de irreversível se o sistema e todas as partes de sua vizinhança não puderem ser exatamente restaurados aos seus respectivos estados iniciais depois do processo ter ocorrido. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 111 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Conceitos Normalmente um processo pode incluir uma ou mais das seguintes irreversibilidades: Atrito; Expansão não resistida; Troca de calor com diferença finita de temperatura; Mistura de duas substâncias diferentes; Reações químicas espontâneas; Corrente elétrica passando através de uma resistência; Magnetização ou polarização com histereses; Deformação inelástica; Outras. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 112 CONCEITOS, DEFINIÇÕES, FUNDAMENTOS E ENUNCIADOS Enunciados CLAUSIUS: É impossível para qualquer sistema operar de tal modo que o único resultado seria a transferência de energia por calor de um corpo frio para um corpo quente espontaneamente. KELVIN-PLANCK: É impossível para um sistema operar segundo um ciclo termodinâmico e entregar um trabalho líquido para a sua vizinhança enquanto recebe energia por calor de um único reservatório térmico. Wciclo 0 = para reversível e < para irreversível. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 113 CICLOS TÉRMICOS CICLOS TÉRMICOS Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 114 CICLOS TÉRMICOS CICLOS – Máquina Térmica Máquina Térmica Motora - MTM Máquina Térmica Geradora - MTG WQ 𝑾 = 𝑸 𝑯 − 𝑸 𝑪 −𝑾 = −𝑸 𝑯 + 𝑸 𝑪 Usando a 2ª. Lei da Termodinâmica 𝑾 = 𝑸 𝑯 − 𝑸 𝑪 𝜼𝑻 = 𝑾 𝑸𝑯 = 𝑸𝑯 − 𝑸𝑪 𝑸𝑯 = 𝟏 − 𝑸𝑪 𝑸𝑯 𝜼𝑻 = 𝑪𝑶𝑷 = 𝑸𝑪 𝑾 = 𝑸𝑪 𝑸𝑯 − 𝑸𝑪 𝜂𝑻 𝜂𝑻 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 115 Exemplos de Ciclos Motores MTM - Ciclo Vapor Fonte Quente Máquina de Transformação Fonte Fria Prof.Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 116 Exemplos de Ciclos Motores MTM - Ciclo Vapor Fonte Quente Máquina de Transformação Fonte Fria Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 117 Limitação dos Ciclos Motores - Teoremas de Carnot Eficiência Térmica de Carnot 1º Teorema: é impossível construir uma máquina motora irreversível que opere entre dois reservatórios térmicos (fontes) e tenha a eficiência térmica maior ou igual a uma máquina motora reversível operando entre os mesmos reservatórios térmicos. 2º Teorema: todas as máquinas motoras que operam segundo o ciclo reversível, entre os mesmos reservatórios térmicos, têm a mesma eficiência térmica. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 118 Limitação dos Ciclos Motores - Teoremas de Carnot 𝜂𝑻 = 𝑾 𝑢𝑡𝑖𝑙 𝑄𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜 𝜂𝑻 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐶 𝑄𝐻 = 1 − 𝑄𝐶 𝑄𝐻 Eficiência Térmica de Carnot 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 300 1300 2300 3300 Temperatura T (K) E fi ci ên ci a T ér m ic a M á x im a Ciclo Motor 𝑾 𝑼𝒕𝒊𝒍 = 𝑸𝑬𝒏𝒕 − 𝑸𝒔𝒂𝒊 𝜂𝑻𝑴á𝒙 = 𝜂𝑪𝒂𝒓𝒏𝒐𝒕 = 1 − 𝑻𝐶 𝑻𝐻 𝜂𝑻 < 𝜂𝑪𝒂𝒓𝒏𝒐𝒕 Condição de Existência de uma MTM Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 119 Limitação dos Ciclos Motores - Teoremas de Carnot A irreversibilidade se dá em processos espontâneos, porém, com gasto de energia, é possível fazer processos ocorrerem de modo inverso ao que ocorreria espontaneamente. Como exemplo, tem-se a geladeira, uma máquina que retira calor de seu interior (fonte fria) e despeja em uma fonte quente através de um trabalho executado por um compressor. Assim, em um refrigerador tem-se que: Refrigerador Trabalho (W) Fonte Fria Fonte Quente “Não existem refrigeradores perfeitos” Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 120 Exercício 21: Em uma máquina térmica, o calor adicionado é de 3150 (kJ) a 440 (°C) e é rejeitado para o meio ambiente a 20 (°C). Verificar se esta máquina pode rejeitar 1294 (kJ) para o meio ambiente, e em caso afirmativo calcular o trabalho, a eficiência térmica real e a eficiência da máquina de Carnot. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 22: A potência no eixo do motor de um automóvel é de 136 (hp) e a eficiência térmica do motor é igual a 30 (%). Sabendo que durante a queima do combustível existe o fornecimento de 35000 (kJ/kg) ao motor. Determinar a taxa de transferência de calor para o ambiente e a vazão mássica de combustível, em (kg/s). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 121 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 22: A potência no eixo do motor de um automóvel é de 136 (hp) e a eficiência térmica do motor é igual a 30 (%). Sabendo que durante a queima do combustível existe o fornecimento de 35000 (kJ/kg) ao motor. Determinar a taxa de transferência de calor para o ambiente e a vazão mássica de combustível, em (kg/s). Sistema: Motor automotivo - MTM (sistema aberto); Fluido: Combustível; Estado: Gás; Conhecido: 𝑊 = 136 (hp); hT = 30 (%) = 0,3; 𝑞 𝐻 = 35.000 (kJ/kg). Determinar: qual a taxa de transferência de calor - 𝑄 𝐿 e a vazão mássica de combustível - 𝑚 𝐶𝑂𝑀𝐵. Solução do Exercício 22: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 122 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 22: Hipóteses: 1. Análise do escoamento de combustível em regime permanente; 2. O sistema é o ar + combustível no motor; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do motor; 4. O ar + combustível se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑄 𝐿 = ? 𝑊 = 136 (hp) 𝑞 𝐻 = 35.000 (kJ/kg) hT = 0,3 𝑚 𝐶𝑂𝑀𝐵 = ? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 123 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 22: Análise: A eficiência térmica do motor pode ser calculada por: 1 Transformando a unidade da potência, tem-se: → 𝜂𝑇 = 𝑊 𝑄𝐻 𝑊 = 136 ℎ𝑝 𝐹𝐶 = 0,746 𝑘𝑊/ℎ𝑝 Substituindo na Equação 1: 𝑄𝐻 = 𝑊 𝜂𝑇 Aplicando a 2ª. Lei da Termodinâmica para determinação do calor rejeitado para o ambiente: → 𝑄𝐻 = 𝑊 𝜂𝑇 → → → 𝑊 = 136 ∙ 0,746 𝑊 = 101,456 𝑘𝑊 𝑄𝐻 = 101,456 0,3 𝑸𝑯 = 𝟑𝟑𝟖, 𝟏𝟓𝟔𝟕 𝒌𝑾 𝑊 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿 → 𝑄𝐿 = 𝑄𝐻 − 𝑊 𝑄𝐿 = 338,1567 − 101,456 → 2 𝑸𝑳 = 𝟐𝟑𝟔, 𝟕𝟑𝟔𝟕 𝒌𝑾 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 124 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 22: Análise: A vazão mássica de combustível pode ser calculada por: 3 Substituindo os valores, vem: Resolvendo: 𝒎 𝑪𝑶𝑴𝑩 = 𝑸𝑯 𝒒𝑯 𝒎 𝑪𝑶𝑴𝑩 = 𝟑𝟑𝟖, 𝟏𝟖𝟔𝟕 𝟑𝟓. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝑾 = 𝒌𝑱 𝒔 𝒌𝑱 𝒌𝒈 → 𝒌𝒈 𝒔 𝒎 𝑪𝑶𝑴𝑩 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟗𝟔𝟔𝟐 𝒌𝒈/𝒔 Comentários: no motor de combustão interna com uma potência de 136 (hp), tem-se uma quantidade de calor rejeitada para o ambiente de 𝟐𝟑𝟔, 𝟕𝟑𝟔𝟕 (kW), onde é recebido um fluxo mássico de calor de 35.000 (kJ/kg), o que fornece uma vazão mássica de 0,009662 (kg/s). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 125 PERGUNTAS PERGUNTAS? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 126 AGRADECIMENTO MUITO OBRIGADO! Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 127 AULAS DE CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTE CONSTRUÍDO Aula 2.4 – Ciclos Geradores Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 128 Exercício 23: Uma máquina térmica recebe 600 (kJ) de uma fonte de calor. Ela rejeita 400 (kJ) de calor para o ambiente. Determinar o que se pede e comentar os resultados: a) O trabalho realizado pela máquina; b) A eficiência da máquina. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 24: Um compressor de um aparelho de ar condicionado exige 5 (hp) para seu funcionamento. Ele rejeita 12 (kJ/s) de calor para o ambiente. Determinar o que se pede e comentar os resultados: a) A taxa de resfriamento, em (TR); b) o desempenho do ar condicionado. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 129 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 23: Uma máquina térmica recebe 600 (kJ) de uma fonte de calor. Ela rejeita 400 (kJ) de calor para o ambiente. Determinar o que se pede e comentar os resultados: a) O trabalho realizado pela máquina; b) A eficiência da máquina. Sistema: MTM (sistema aberto); Fluido: Combustível; Estado: Gás; Conhecido: 𝑄𝐻 = 600 (kJ); 𝑄𝐿 = 400 (kJ). Determinar: qual o trabalho realizado pela máquina – W e a eficiência térmica da máquina - hT. Solução do Exercício 23: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 130 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 23: Hipóteses: 1. Análise do escoamento de combustível em regime permanente; 2. O sistema é o combustível no motor; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do motor; 4. O combustível se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: = ? = 𝑄𝐿= 400 (kJ) = 600 (kJ) 𝜂𝑇 = ? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 131 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 23: Análise: A trabalho do ciclo do motor pode ser calculada por: 1 𝑊 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿 Substituindo na Equação 1: 𝜂𝑇 = 𝑊 𝑄𝐻 = 𝑄𝐻 − 𝑄𝐿 𝑄𝐻 = 1 − 𝑄𝐿 𝑄𝐻 A eficiência térmica real para é calculada por: → → → 2 𝑊 = 600 − 400 𝑾 = 𝟐𝟎𝟎 𝒌𝑱 Substituindo os valores na Equação 2: 𝜂𝑇 = 1 − 𝑄𝐿 𝑄𝐻 𝜂𝑇 = 1 − 400 600 𝜼𝑻 = 𝟎, 𝟑𝟑𝟑𝟒 → 33,34 (%) Comentários: para a MTM para as quantidades de calor adicionado e rejeitado, tem-se uma potência de 200 (kJ) e uma eficiência térmica de 33,34 (%). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 132 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 24: Um compressor de um aparelho de ar condicionado exige 5 (hp) para seu funcionamento. Ele rejeita 12 (kJ/s) de calor para o ambiente. Determinar o que se pede e comentar osresultados: a) A taxa de resfriamento, em (TR); b) O desempenho do ar condicionado. Sistema: Compressor de um aparelho de ar condicionado - MTG (sistema fechado); Fluido: Refrigerante; Estado: Gás; Conhecido: 𝑊 = 5,0 (hp) e 𝑄 𝐻 = 12,0 (kJ/s). Determinar: qual a taxa de resfriamento - 𝑄 𝐿 , em (TR) e o desempenho do ar condicionado - 𝐶𝑂𝑃. Solução do Exercício 24: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 133 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 24: Hipóteses: 1. Análise do fluxo de refrigerante em regime permanente; 2. O sistema é o refrigerante dentro do compressor; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do compressor; 4. O refrigerante se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑄 𝐿 = ? 𝑊 = 5,0 (hp) 𝑄 𝐻 = 12,0 (kJ/s) 𝐶𝑂𝑃 = ? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 134 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 24: Análise: Da 2ª. Lei da Termodinâmica para MTG, tem-se: 1 Transformando a unidade da potência, tem-se: → −𝑊 = −𝑄𝐻 + 𝑄𝐿 𝑊 = 5,0 ℎ𝑝 𝐹𝐶 = 0,746 𝑘𝑊/ℎ𝑝 Substituindo na Equação 1: 𝑄𝐿 = 𝑄𝐻 − 𝑊 → 𝑄𝐿 = 𝑄𝐻 − 𝑊 → → 𝑊 = 5,0 ∙ 0,746 𝑊 = 3,730 𝑘𝑊 𝑄𝐿 = 12,0 − 3,730 𝑸𝑳 = 𝟖, 𝟐𝟕 𝒌𝑾 Transformando para tonelada de refrigeração: 𝑄𝐿 = 8,27 𝑘𝑊 ∙ 1 𝑇𝑅 3,517 𝑘𝑊 𝑸𝑳 = 𝟐, 𝟑𝟓𝟏 𝑻𝑹 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 135 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 22: Análise: Comentários: no compressor de um aparelho de ar condicionado com uma potência necessária de 5,0 (hp), tem-se uma taxa de resfriamento do ciclo de 2,351 (TR) e um coeficiente de desempenho do refrigerador de 2,2171, quanto maior for o valor do COPR, mais eficiente é a MTG. O coeficiente de desempenho para refrigeradores é calculado por: 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 𝑄𝐿 𝑊 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 8,27 3,730 → 2 𝑪𝑶𝑷𝑹 = 𝟐, 𝟐𝟏𝟕𝟏 Logo: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 136 Exercício 25: Calor é transferido de uma fornalha para uma máquina térmica a uma taxa de 80 (MW). Considerando que a taxa na qual o calor é rejeitado para um rio próximo é de 50 (MW), determinar a potência líquida produzida e a eficiência térmica da máquina. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 26: Um motor de carro com potência 65 (hp) tem uma eficiência térmica 24 (%). Determinar a taxa de consumo de combustível desse carro se o poder calorífico do combustível for de 19.000 (Btu/lbm), ou seja, 19.000 (Btu) de energia liberada para cala (lbm) de combustível queimado. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 137 Exercício 27: A potência elétrica consumida no acionamento de um refrigerador doméstico é de 150 (W) e o equipamento transfere 400 (W) para o ambiente. Determinar a taxa de transferência de calor no espaço refrigerado e eficiência do refrigerador. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 28: Um motor térmico recebe uma taxa de calor de 1,0 (MW) na temperatura de 550 (°C) e rejeita energia para a sua vizinhança a 300 (K). A potência desse motor térmico, ou seja, a taxa de realização de trabalho, é de 450 (kW). Determinar a taxa de transferência de calor par o ambiente e a eficiência térmica desse motor e compare os resultados com a eficiência de Carnot e comente os resultados. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 138 Exercício 29: Uma máquina térmica ideal (Carnot) é classificada com tendo 50 (%) de eficiência quando é capaz de eliminar calor a um sumidouro frio a 20 (°C). Se a temperatura do sumidouro cair para - 30 (°C) qual será a nova eficiência? EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 30: Uma máquina reversível tipo Carnot recebe 3000 (kcal) de uma fonte quente [vapor a 2,5 atas e 150 (°C)] e rejeita calor para o reservatório frio a temperatura de 30 (°C). Determinar: a) o rendimento do ciclo; b) o trabalho realizado, em (hp). Exercício 31: Determinar a quantidade de calor a ser transferida a uma máquina por minuto para obter uma potência de 140 (cv), sabendo que o calor rejeitado é da ordem de 105 (kcal/h). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 139 CICLOS GERADORES CICLOS GERADORES Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 140 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 141 Ciclos Geradores O compressor envia o gás liquefeito (condensado) comprimido por uma tubulação (serpentina) de pequeno diâmetro localizada na parte traseira do refrigerador. Na unidade de evaporação, localizada no congelador e painéis de resfriamento, o gás passa a uma tubulação de maior diâmetro e expande-se rapidamente, evaporando em um processo adiabático, o que provoca seu resfriamento. Ao longo da tubulação do evaporador, o calor flui do interior da geladeira para o gás, que retornará ao compressor. Então, pode-se representar esquematicamente o trabalho (W), o calor lançado na fonte quente (QH) e o calor retirado da fonte fria (QC). QC W QH Imagem: Ilmari Karonen / GNU Free Documentation License. Imagem: SEE-PE Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 142 Ciclos Geradores Ciclo de Climatização Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 143 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Os ciclos mais usados, na sequência, são: Ciclo de refrigeração por compressão de vapor; Ciclo de refrigeração por absorção; Compressão de Vapor Absorção Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 144 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Ciclo por compressão de vapor O ciclo é constituído dos seguintes processos sucessivos: Compressão de vapor; Condensação do vapor; Expansão do líquido; Evaporação do líquido; Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 145 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Compressão de Vapor - o compressor transfere potência ao vapor vindo do evaporador; Condensação do Vapor - o vapor vindo do compressor é resfriado trocando calor com ar ou água no condensador provocando sua condensação (respectivamente condensação a ar ou condensação a água); Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 146 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Expansão do Líquido - o líquido na saída do condensador entra em um dispositivo de expansão (válvula termostática ou tubo capilar) onde perde pressão e, consequentemente. sua temperatura abaixa muito; Evaporação do líquido - o líquido em baixa pressão e muito frio retira calor do ar ou da água no evaporador, e este calor recebido provoca sua evaporação. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 147 Exemplos de Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 148 Exemplos de Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Reverso Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 149 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 150 Ciclos Geradores Ciclo de Climatização Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 151 Ciclos Geradores Ciclo de Climatização Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 152 Ciclos Geradores Ciclo de Climatização Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 153 CICLOS TÉRMICOS - GERADORES CICLOS DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 154 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração por Compressão (Climatização) Processos: 1 - 2: Compressão isentrópica do fluido refrigerante, com adição de trabalho (energia elétrica); 2 - 3: Transferência de calor a pressão constante para o reservatório quente - QH (rejeição da calor para o meio ambiente); 3 - 4: Expansão isentálpica;(redução brusca da temperatura e pressão); 4 - 1: Transferência de calor a pressão constante do reservatório frio - QL (retirada de calor do ambiente a ser climarizado). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 155 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração por Compressão (Climatização) Componente 𝑾 𝑪 = 𝒎 ∙ 𝒉𝟏 − 𝒉𝟐 Compressor Primeira Lei Processo S Constante 𝑸 𝑯 = 𝒎 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑 Condensador p Constante 𝒉𝟑 − 𝒉𝟒 Válvula de Expansão DS > 0 𝑸 𝑪 = 𝒎 ∙ 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒 Trocador de Calor Evaporador p Constante Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 156 Exercício 32: Calcular o rendimento térmico de um motor de Carnot que opera entre 500 (°C) e 40 (°C). EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 33: Calcular o coeficiente de eficácia - l (ou coeficiente de desempenho ou COP) de uma bomba de calor de Carnot que opera entre 0 (°C) e 45 (°C). Exercício 34: Propõe-se aquecer uma residência durante o inverno usando uma bomba de calor. A residência deve ser mantida a 20 (°C). Estima-se que quando a temperatura do meio externo cai para - 10 (°C), a taxa de perda de calor da residência seja de 25 (kW). Determinar a a mínima potência necessária para acionar essa unidade de bomba de calor? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 157 Exercício 35: Um ciclo de refrigeração de Carnot opera em uma sala onde a temperatura ambiente é 20 (°C). Nestas condições, necessita-se de uma taxa de transferência de calor do espaço refrigerado de 5 (kW) para manter a sua temperatura a - 30 (°C). Determinar qual a potência do motor necessária para operar esse refrigerador. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 36: Um inventor alega ter desenvolvido uma unidade de refrigeração que mantém o espaço refrigerado a -10 (°C), operando em uma sala onde a temperatura é de 35 (°C), e que tem um COP de 8,5. Como você avalia a alegação de um COP de 8,5? Comente o resultado. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 158 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 35: Um ciclo de refrigeração de Carnot opera em uma sala onde a temperatura ambiente é 20 (°C). Nestas condições, necessita-se de uma taxa de transferência de calor do espaço refrigerado de 5 (kW) para manter a sua temperatura a - 30 (°C). Determinar qual a potência do motor necessária para operar esse refrigerador. Sistema: Unidade de refrigeração - MTG (sistema fechado); Fluido: Refrigerante; Estado: Gás; Conhecido: 𝑇𝐿 = - 30 (°C) = 243,16 (K), 𝑇𝐻 = 20 (°C) = 293,16 (K) e QL = 5,0 (kW). Determinar: qual a potência do motor – W, para operar o refrigerador. Solução do Exercício 35: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 159 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 35: Hipóteses: 1. Análise do fluxo de refrigerante em regime permanente; 2. O sistema é a máquina térmica geradora; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas da máquina térmica; 4. O refrigerante se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑇𝐿= 263,16 (K) TH = 293,16 (K) 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 𝛽𝑀á𝑥 = ? = ? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 160 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 35: Análise: O coeficiente de desempenho para refrigeradores máximo é o coeficiente de Carnot, calculado por: 𝜷𝐦𝐚𝐱 = 𝑪𝑶𝑷𝑹 = 𝐓𝑳 𝐓𝐇 − 𝐓𝑳 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 243,16 293,16 − 243,16 → 1 𝜷𝐦𝐚𝐱 = 𝑪𝑶𝑷𝑹 = 𝟒, 𝟖𝟔𝟑𝟐 Logo: Para calcular a potência necessária para a operação do refrigerador, tem-se: 𝛽𝑚𝑎𝑥 = 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 𝑄𝐶 𝑊𝑀𝐼𝑁 → 𝑊𝑀𝐼𝑁 = 𝑄𝐶 𝐶𝑂𝑃𝑅 𝑊𝑀𝐼𝑁 = 5,0 4,8632 𝑾𝑴𝑰𝑵 = 𝟏, 𝟎𝟐𝟖𝟏𝟑 𝒌𝑾 → 2 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 161 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 35: Comentários: o máximo coeficiente de desempenho do refrigerador possível calculado é o de Carnot cujo valor é de 4,8632, para este valor a potência mínima necessária para a realização dos serviços é de 1,02813 (kW). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 162 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 36: Um inventor alega ter desenvolvido uma unidade de refrigeração que mantém o espaço refrigerado a - 10 (°C), operando em uma sala onde a temperatura é de 35 (°C), e que tem um COP de 8,5. Como você avalia a alegação de um COP de 8,5? Comente o resultado. Sistema: Unidade de refrigeração - MTG (sistema fechado); Fluido: Refrigerante; Estado: Gás; Conhecido: 𝑇𝐿 = - 10 (°C) = 263,16 (K), 𝑇𝐻 = 35 (°C) = 308,16 (K) e COPR = 8,5. Determinar: avaliar o COPR = 8,5 e comentar o resultado. Solução do Exercício 36: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 163 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 36: Hipóteses: 1. Análise do fluxo de refrigerante em regime permanente; 2. O sistema é a máquina térmica geradora; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas da máquina térmica; 4. O refrigerante se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Esquema de Dados: 𝑇𝐿= 263,16 (K) TH = 308,16 (K) 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 𝛽𝑀á𝑥 = ? Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 164 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 36: Análise: Comentários: o máximo coeficiente de desempenho do refrigerador possível calculado é de 5,848 que é inferior ao alegado pelo inventor de 8,5, portanto, esta MTG é impossível!! O coeficiente de desempenho para refrigeradores máximo é o coeficiente de Carnot, calculado por: 𝜷𝐦𝐚𝐱 = 𝑪𝑶𝑷𝑹 = 𝐓𝑳 𝐓𝐇 − 𝐓𝑳 𝐶𝑂𝑃𝑅 = 263,16 308,16 − 263,16 → 1 𝜷𝐦𝐚𝐱 = 𝑪𝑶𝑷𝑹 = 𝟓, 𝟖𝟒𝟖 Logo: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 165 Exercício 37: Em uma máquina térmica geradora, o calor adicionado é de 3150 (kJ) a 440 (°C) e é rejeitado para o meio ambiente a 20 (°C). Verificar se esta máquina pode rejeitar 1294 (kJ) para o meio ambiente, e em caso afirmativo calcular o trabalho, a eficiência térmica real e a eficiência da máquina de Carnot. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Exercício 38: A potência no eixo do motor de um automóvel é de 104 (hp) e a eficiência térmica do motor é igual a 28,5 (%). Sabendo que durante a queima do combustível existe o fornecimento de 39.500 (kJ/kg) ao motor. Determinar a taxa de transferência de calor para o ambiente e a vazão mássica de combustível, em (kg/s). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 166 BALANÇO DE ENERGIA PARA O CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR BALANÇO DE ENERGIA PARA O CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 167 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor O balanço de energia do ciclo de refrigeração é feito considerando-se o sistema operando em regime permanente nas condições de projeto, ou seja, à temperatura de condensação (TC), e temperatura de vaporização (T0). Os sistemas reais e teóricos têm comportamentos idênticos, tendo o ciclo real apenas um desempenho pior. A análise do ciclo teórico permitirá, de forma simplificada, auxilia a verificar quais parâmetros têm influência no desempenho do ciclo. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 168 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Parâmetros de Refrigeração: Capacidade Frigorífica (𝑄 0) - Evaporador; Potência teórica de compressão (𝑊 𝐶) - Compressor; Calor rejeitado no condensador (𝑄 𝐶) - Condensador; Energia no dispositivo de expansão – Válvula ou dispositivo de expansão; Coeficiente de performance do ciclo (COP). Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 169 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeraçãopor Compressão de Vapor A Capacidade Frigorífica (𝑸 𝟎), é a quantidade de calor, por unidade de tempo, retirada do meio (ambiente) que se quer resfriar (produto), através do evaporador do sistema frigorífico. Considerando-se que o sistema opera em regime permanente e desprezando-se as variações de energia cinética e potencial, pela primeira Lei da Termodinâmica, tem-se: 𝑸 𝑶 = 𝒎 𝒇 ∙ 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒 Capacidade Frigorífica (𝑸 𝟎); Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 170 Ciclos Geradores Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Normalmente, deve-se conhecer a capacidade frigorífica do sistema de refrigeração, a qual deve ser igual à carga térmica, para operação em regime permanente. Se for estabelecido o ciclo e o fluido frigorífico com o qual o sistema deverá trabalhar, pode-se determinar o fluxo mássico que irá circula através dos equipamentos, pois as entalpias h1 e h4 são conhecidas e, consequentemente, o compressor fica determinado. Capacidade Frigorífica (𝑸 𝟎); Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 171 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Potência Teórica de Compressão (𝑊 𝐶): Chama-se de potência teórica de compressão ( 𝑊 𝐶 ) à quantidade de energia, por unidade de tempo, que deve ser fornecida ao refrigerante, no compressor, para se obter a elevação de pressão necessária ao do ciclo teórico. Neste ciclo o processo de compressão é adiabático reversível (isentrópico). No sistema de refrigeração real o compressor perde calor para o meio ambiente, entretanto, este calor é pequeno quando comparado à energia necessária para realizar o processo de compressão. Aplicando-se a Primeira Lei da Termodinâmica, em regime permanente, no volume de controle da figura a seguir e desprezando-se a variação de energia cinética e potencial tem- se: Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 172 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor 𝑾 𝑪 = 𝒎 𝒇 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟏 Potência Teórica de Compressão (𝑊 𝐶): Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 173 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Calor rejeitado no condensador (𝑄 𝐶): Conforme mencionado, a função do condensador é transferir calor do fluido frigorífico para o meio de resfriamento do condensador (água ou ar). Este fluxo de calor pode ser determinado através de um balanço de energia no volume de controle do sistema. Assim, considerando o regime permanente, tem-se: 𝑸 𝑪 = 𝒎 𝒇 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 174 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Calor rejeitado no condensador (𝑄 𝐶): O condensador a ser especificado para o sistema de refrigeração deve ser capaz de rejeitar a taxa de calor, a qual depende da carga térmica do sistema e da potência de acionamento do compressor. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 175 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Energia no dispositivo de expansão: No dispositivo de expansão, que pode ser de vários tipos, o processo teórico é adiabático, e, neste caso, aplicando- se a primeira lei da termodinâmica, em regime permanente, desprezando-se as variações de energia cinética e potencial, tem-se: 𝒉𝟑 = 𝒉𝟒 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 176 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Coeficiente de performance do ciclo (COP): O coeficiente de performance, COP, é um parâmetro importante na análise das instalações frigoríficas. Embora o COP do ciclo real seja sempre menor que o do ciclo teórico, para as mesmas condições de operação, pode-se, com o ciclo teórico, verificar que parâmetros influenciam no desempenho do sistema. Assim, o COP é definido por: 𝐂𝐎𝐏 = 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 Ú𝒕𝒊𝒍 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 𝑮𝒂𝒔𝒕𝒂 = 𝑸 𝟎 𝑾 𝑪 = 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒 𝒉𝟐 − 𝒉𝟏 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 177 Balanço de Energia para o Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor Coeficiente de performance do ciclo (COP): 𝐂𝐎𝐏 = 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 Ú𝒕𝒊𝒍 𝑬𝒏𝒆𝒓𝒈𝒊𝒂 𝑮𝒂𝒔𝒕𝒂 = 𝑸 𝟎 𝑾 𝑪 = 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒 𝒉𝟐 − 𝒉𝟏 Para o ciclo teórico, o COP é função somente das propriedades do refrigerante, consequentemente, depende das temperaturas de condensação e de vaporização. Para o ciclo real, entretanto, o desempenho dependerá em muito das propriedades na sucção do compressor, do próprio compressor e dos demais equipamentos do sistema. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 178 Exercício 39: Um ciclo ideal de compressão de vapor se comunica termicamente com uma região fria a 0 (°C) e com uma região quente a 26 (°C). Esse ciclo tem como fluido de trabalho o refrigerante R – 134a. O vapor saturado entra no compressor a 0 (°C) e o liquido saturado deixa o condensador a 26 (°C). A vazão mássica do refrigerante é de 0,08 (kg/s). Determine o que se pede e comente os resultados: a) A potência do compressor, em (kW); b) A capacidade frigorífica, em (TR); c) O coeficiente de desempenho e d) O coeficiente de desempenho de um ciclo de refrigeração de Carnot, que opere entre as regiões quente e fria a 26 (°C) e 0 (°C), respectivamente. EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 179 Exercício 39: Esquema de dados e gráfico: EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 180 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Sistema: Compressor de vapor - MTG (sistema fechado); Fluido: Refrigerante R-134a; Estado: Gás; Conhecido: 𝑇𝐿 = 0 (°C) = 273,16 (K), 𝑇𝐻 = 26 (°C) = 299,16 (K) e 𝑚 = 0,08 (kg/s). Determinar: a) WC = ?; b) 𝑄 0 = ?; c) COPR = ?; d) COPMáx = ? Solução do Exercício 39: Hipóteses: 1. Análise do fluxo de refrigerante em regime permanente; 2. O sistema é a máquina térmica geradora; 3. O volume de controle será colocado nas áreas internas do compressor do ar condicionado; 4. O refrigerante se comporta como um gás ideal; 5. Variação das energias potencial e cinética são desprezíveis. Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 181 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 39: Análise: Para o Ponto 1 – Vapor Saturado Usando a Tabela A-10 (Moran e Shapiro 8ª. Edição), para T1 = 0 (°C), tem-se: ℎ1 = 247,23 𝑘𝐽/𝑘𝑔 𝑝2 =6,8530 (bar) 𝑠1 = 𝑠2 = 0,9190 𝑘𝐽 𝑘𝑔 ∙ 𝐾 Para o Ponto 2s – Vapor Superaquecido A pressão no Ponto 2s do diagrama é a pressão de saturação, para T2 = 26 (°C), logo: 𝑠1 = 0,9190 𝑘𝐽 𝑘𝑔 ∙ 𝐾 Com o valor da entropia do Ponto 2s, usa-se a Tabela de vapor superaquecido (Tabela A-12 Moran e Shapiro), interpola-se para encontrar a entalpia do ponto 2s, igual a: ℎ2𝑠 = 264,7 𝑘𝐽/𝑘𝑔 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 182 EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Solução do Exercício 39: Análise: Para o Ponto 3 – Líquido Saturado Usando a Tabela A-10 (Moran e Shapiro 8ª. Edição), para T3 = 26 (°C) e 𝑥 = 0, tem-se: ℎ3 = 85,75 𝑘𝐽/𝑘𝑔 𝑊𝐶 = 𝑚 ∙ ℎ2𝑠 − ℎ1 𝑊𝐶 = 0,08 ∙ 264,7 − 247,23 a) A potência de acionamento do compressor é dada por: Substituindo as valores tem-se: 𝑾𝑪 = 𝟏, 𝟑𝟗𝟕𝟔 𝒌𝑾 1 → Para o Ponto 4 – Vapor Úmido Usando a Tabela A-10 (Moran e Shapiro 8ª. Edição), para T4 = 0 (°C) e 𝑥 = 0, tem-se: ℎ4 = ℎ3 = 85,75 𝑘𝐽/𝑘𝑔 𝒌𝒈 𝒔 ∙ 𝒌𝑱 𝒌𝒈 → 𝒌𝑱 𝒔 → 𝒌𝑾 Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 06/04/2022 183