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Resumo do cap. "Consciência Fonológica e Alfabetização", de Magda Soares (2016)

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Resumo do capítulo 5: consciência fonológica e Alfabetização de Madga Soares (2016)
Referência: SOARES, Magda. Alfabetização: A questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
1. Consciência Fonológica e Alfabetização: introdução 
Consciência fonológica é a habilidade de voltar a atenção aos sons que reproduzimos quando pronunciamos as palavras.
Esta habilidade está relacionada de forma significativa com a aprendizagem inicial da escrita. Para que aprendamos o princípio alfabético é preciso desenvolver antes a sensibilidade para reconhecer as cadeias sonoras da fala.
Kavanagh e Mattingly (1972) citadas por Soares (2016) destacam que o motivo pelo qual as crianças aprendem a falar muito mais cedo do que a escrever se deve ao fato de que a escrita, ao contrário da fala, exige consciência da atividade.
A consciência fonológica é um continuum que segue da consciência da palavra a consciência dos sons, na seguinte ordem: consciência lexical, consciência de rimas e alterações, consciência silábica, e, por fim, consciência fonêmica.
Crianças tem consciência de rimas e aliterações antes de ter consciência das sílabas, e tem consciência das sílabas antes de ter dos fonemas.
2. Consciência Lexical: do significado ao significante (superação do realismo nominal)
Palavras são nomes que designam coisas. Estes nomes são arbitrários ao seu referente.
Crianças que não estão alfabetizadas reconhecem facilmente palavras de conteúdo na fala enquanto unidades da língua, mas tem dificuldades para reconhecer palavras funcionais. A maneira com que elas analisam as palavras não é embasa nos princípios da escrita, e, por isso, elas não são capazes de entender que "casa" e "uma" são igualmente palavras.
Segundo Soares (2016) muitos autores consideram que é o processo de alfabetização que traz a compreensão de que palavras funcionais são igualmente palavras, assim como as palavras de conceito. Isso acontece porque a escrita individualiza visualmente as palavras, sobrando espaços em branco entre uma e outra. Partindo da referência gráfica elas tomam consciência da palavra na fala. Reconhecendo palavras visualmente o reconhecimento sonoro é facilitado.
Ex: vi a menina com o seu gato.
2.1. O Realismo Nominal:
Ausência da capacidade de dissociação entre significado e significante. Crianças nesta condição de pensamento não compreendem o caráter arbitrário da palavra e associam os nomes diretamente as características das coisas a que se referem.
Exemplo: para uma criança que pensa dessa forma a palavra vaca é maior que a palavra formiga porque ela se liga a sua compreensão acerca destes animais para dar a resposta e não na escrita das palavras em si.
Piaget (1926) citado por Soares (2016) confirma o caráter arbitrário da palavra e a dificuldade de crianças de dissociar significado do significante, signo do seu referente.
Exemplos da explicação, na visão da criança, do porquê determinado signo possui determinado referente:
a) sol se chama assim porque ele é quente e amarelo.
b) a lua se chama assim porque ela é branca.
Vygotsky (1989) citado pro soares (2016) diz que a criança tem dificuldade de dissociar a semântica da fonética, e que por isso, para elas, a palavra é parte integrante do objeto que denota.
Exemplos dados por crianças:
a) Um animal chama-se vaca porque tem chifres.
b) Cachorro chama-se assim porque é pequeno e não tem chifres.
c) Pardal se chama assim porque é um bicho que voa.
Para Vygotsky (1989) citado por soares (2016) as palavras são simbolismos de segunda ordem enquanto que as palavras são simbolismos de primeira ordem. Para que aprendam a escrever as criança precisam evoluir no sentido do simbolismo de 1ª ordem.
Para Maluf e Barreta (1997) citados por Soares (2016) o declínio do realismo nominal está associado a tomada de consciência fonológica, dos sons que compõem as palavras.
3. O que o texto diz sobre consciência Silábica:
Segundo Ferreiro (2013) citado por Soares (2016) as sílabas são as unidades morfológicas mais acessíveis às crianças. Elas são a menor unidade da fala que pode ser reproduzida isoladamente.
Desde cedo as crianças tem sensibilidade a reconhecer sílabas, e, segundo Ferreiro (2004) citado por Soares (2016) a consciência silábica introduz a criança no "período de fonetização da escrita", onde as crianças se guiam nas sílabas para escrever palavras, encontrando a letra correta para a escrita de tal ou tal "parte" (sílaba) das palavras.
4. Considerações finais do texto:
Tanto a consciência lexical, a consciência de rimas e alterações, quanto a consciência silábica são importantes para o processo de aquisição da escrita.
Sobre o método: o ensino deve desenvolver concomitantemente a compreensão de escrita alfabética, consciência fonológica e o conhecimento das letras. Inicialmente, levando a criança à superação do realismo nominal e ao desenvolvimento da sensibilidade a rimas e alterações com o fim de focar nos sons das palavras e dissociá-los dos significados. Em seguida, desenvolve-se a consciência silábica e a habilidade de segmentação de palavras em sílabas, que dá início ao período de fonetização da escrita e conduz a uma sensibilidade maior aos fonemas.

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