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resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama síndrome do intestino curto - estado clínico de má-absorção intestinal secundário à perda da superfície mucosa funcionante, em consequência de ressecção cirúrgica (ex. doença de Crohn), ou seja, retira muito intestino, onde ressecções cirúrgicas e ressecções intestinais fazem com que a superfície intestinal não faça digestão e absorção seja insuficiente; derivações do trânsito intestinal, como no caso de fístulas (abertura, vazamento) e cirurgia bariátrica, ou por perda das células mucosas (enterócitos) devido à infecção, isquemia, quimio e/ou radioterapia. - intestino humano: 3 a 6 metros de comprimento - SIC: Perda de 2/3 dessa estrutura ou mais - a maioria dos indivíduos com intestino remanescente inferior a 2 metros, com ou sem cólon em continuidade, apresentam SIC - as manifestações clínicas, bioquímicas são diferentes pois depende do segmento intestinal afetado, resseccionado. Manifestações clínicas dependem: • da integridade da mucosa no intestino remanescente • da habilidade de compensação da porção restante • da presença ou ausência da válvula ileocecal e do cólon, pois permitem a transição do alimento do intestino delgado para o grosso e também evitam a passagem de microrganismos que poderiam causar um desequilíbrio, pois a microbiota está presente principalmente no intestino grosso, produzindo AG de cadeia curta, onde o cólon consegue absorvê-los sinais e sintomas clínicos no pós-operatório imediato: - diarreia aquosa - desidratação - esteatorreia - perda de peso - desnutrição - tudo em vermelho é o que pode ser afetado no SIC, mas sempre dependendo do segmento intestinal que foi retirado. - por exemplo a água, boa parte dela é absorvida no intestino grosso, se tira boa parte do intestino grosso, a pessoa fica com desidratação - é importante o exame bioquímico para monitorar os nutrientes - a SIC é dividida em três categorias de modo geral: • anastomose ileocólica • anastomose jejunocólica • jejunostomia terminal - cólica: cólon resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama anastomose ileocólica - remoção de parte do íleo, podendo ou não envolver o cólon. geralmente não se retira totalmente o cólon, pode ser parcial. - área remanescente (que sobra): • > 60 cm íleo + cólon total ou parcial = dieta via oral prejudicada, mas ainda é possível TNE e depois via oral • ≤ 60 cm íleo + cólon total ou parcial = necessidade NPT longo prazo. demora mais para evoluir para TNE e oral. necessita de processos adaptativos - melhor balanço hidroeletrolítico (cólon presente): presença de parte do cólon reduz velocidade do trânsito intestinal e promove reabsorção de sódio e água - cólon pode se adaptar e se tornar órgão com função digestiva anastomose jejunocólica - remoção do íleo e parte do jejuno, podendo ou não envolver o cólon - área remanescente (que sobra): • 50-100 cm jejuno + cólon parcial = possível manter dieta via oral • < 50 cm jejuno + cólon total ou parcial = necessidade NPT longo prazo - melhor balanço hidroeletrolítico se houver presença do cólon: reduz velocidade do trânsito intestinal e promove reabsorção de sódio e água - cólon pode se adaptar e se tornar órgão com função digestiva jejunostomia intestinal - Remoção do cólon, íleo e parte do jejuno - área remanescente (que sobra): • > 100 cm jejuno = possível manter dieta via oral • < 100 cm jejuno = necessidade de nutrição parenteral a longo prazo ou pelo restante da vida - pacientes podem ficar rapidamente depletados de líquidos e eletrólitos - rápido tempo de trânsito intestinal, má-absorção severa de gordura, ácidos biliares, vitamina B12 e vitaminas lipossolúveis SÍNDROME DO INTESTINO CURTO - após a ressecção cirúrgica, o intestino remanescente sofre um processo de adaptação individual, ainda não totalmente compreendido, que envolve alterações estruturais e de motilidade que melhoram o desempenho do intestino remanescente - os nutrientes por via digestiva são potentes estimuladores da adaptação intestinal, sendo por isso importante iniciar a NE ou alimentação oral logo que possível após a cirurgia - adaptação intestinal (3 meses): • 1º período (1 a 3 meses) - desequilíbrio hidroeletrolítico (diarreia); necessidade de NPT • 2º período (até 1 ano) - estabilização dos sintomas intestinais; início da dieta via oral e do desmame da NPT • 3º período (2 anos ou mais) - adaptação máxima; dieta via oral com os nutrientes necessários quadro 1 – Efeitos de peptídeos e hormônios na adaptação intestinal peptídeos/hormônios local de ação efeitos gastrina células enterocromafins - intestino ↑ secreção de HCl hiperplasia gástrica hormônio do crescimento (GH) receptor de GH no intestino delgado e grosso ↑ proliferação celular ↑ absorção de água, sódio e aminoácidos secretina estômago, cólon, pâncreas ↓ do esvaziamento gástrico resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama pep´tídeo YY receptor da família Y no Intestino delgado e grosso e no sistema nervoso central ↓ do esvaziamento gástrico ↑ tempo do trânsito intestinal peptídeo semelhante ao glucagon-2 (GLP-2) receptor do GLP-2 ↑ proliferação celular ↑ absorção neurotensina receptores em múltiplas células-alvo ↑ proliferação celular ↑ massa intestinal fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) receptor de IGF-I ↑ proliferação celular ↑ absorção de glicose e aminoácidos fator de crescimento do hepatócito (HGF) receptores c-MET (epitélio intestinal) ↑ proliferação e diferenciação celular fator de crescimento epidérmico receptor TGF-α/EGFR (epitélio intestinal) ↑ proliferação celular fator de crescimento de queratinócito (KGF) receptores de KGF (epitélio intestinal) ↑ proliferação celular IL-11 receptor de IL-11 (epitélio intestinal) ↑ massa intestinal ↑ absorção TERAPIA NUTRICIONAL NAS DIFERENTES FASES CLÍNICAS DO SIC - objetivos: • manutenção e/ou recuperação do estado nutricional • maximizar a capacidade digestiva e absortiva do intestino remanescente • proporcionar a adequada ingestão de calorias, carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais • garantir a reposição hidroeletrolítica • promover um balanço nitrogenado positivo (ingestão de nutrientes maior que sua perda) • evitar e tratar efeitos indesejáveis: diarreia, perda de fluídos e de eletrólitos. fase inicial (dependência da TNP) - iniciada logo após a ressecção intestinal - desequilíbrio hidroeletrolítico - incapacidade de utilização do TGI - início da Nutrição Parenteral Total (precoce): • iniciar quando hemodinamicamente estável • o tempo da NPT irá variar conforme a área e quantidade de intestino delgado ressecado • avaliação metabólica e do estado nutricional → algoritmo dos princípios de alimentação transicional para terapia nutricional na síndrome do intestino curto: resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama fase intermediária (transição de TNP para TNE) - desmame progressivo da TNP concomitante com a introdução da TNE - TNE início após balanço hidroeletrolítico estável e retorno dos ruídos gastrointestinais - mesmo que a oferta calórica seja mínima, deve ser mantida: estímulo às vilosidades intestinais, ↑ capacidade absortiva, pois estimula as vilosidades intestinais a se multiplicarem, aumentando a capacidade absortiva, ajudando na manutenção da microbiota intestinal e imunidade; se não há nutrientes o suficiente no intestino, o estímulo ao sistema imunológico diminui. - absorção média: 65% da ingestão calórica total. O restante deve ser compensado com o aumento da ingestão (1,5 a 3x o VCT). - adequar a dieta às necessidades proteico-calóricas do paciente, sem promover diarreia/esteatorreia - TCM: indicado para ↑ valor calórico (dependente da presença do cólon) - TCL: óleo de peixe e outros ácidos graxos ômega-3 (melhor adaptação do remanescente intestinal) - tipo da dieta: • poliméricas • isosmóticas • pobres em gorduras e lactose • estimulem a secreção biliopancreática → processo adaptativo • dietas elementares: apenas para pacientes intolerantes• observar diarreia, distúrbios hidroeletrolíticos, distensão abdominal, entre outros sinais e sintomas fase tardia (recuperação) - alimentação via oral - dieta fracionada 6 a 8 vezes por dia, com volume reduzido; • Hiperproteica e hipercalórica, normolipídica (até 30% das calorias totais), com restrição de lactose e sacarose: • a eliminação total destes sacarídeos deve ocorrer somente em casos de intolerância observada clinicamente (ex: aumento da diarreia, ostomias de alto débito) - consistência: de acordo com a idade e condições de mastigação, deglutição e absorção do paciente - fibras: evitar as insolúveis → diarreia - vitaminas e minerais: suplementação em caso de deficiência - não é recomendada a suplementação de glutamina, probióticos ou outros nutrientes para promover o processo de reabilitação intestinal resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama nutrientes cólon presente cólon ausente carboidrato 50 a 60% do VCT ofertar carboidratos complexos, limitando os simples 50 a 60% do VCT ofertar carboidratos complexos, limitando os simples gordura 20 a 30% do VCT Garantir ingestão adequada de ácidos graxos essenciais. Ofertar TCM e TCL 30 a 40% do VCT garantir ingestão adequada de ácidos graxos essenciais. Ofertar apenas TCL. proteína até 20% do VCT (1 a 1,5 g/kg) proteínas de alto valor biológico até 20% do VCT (1 a 1,5 g/kg) proteínas de alto valor biológico fibras ofertar fibra solúvel de acordo com as necessidades normais e com a tolerância individual ofertar fibra solúvel de acordo com as necessidades normais e com a tolerância individual oxalatos restrição sem restrição líquidos solução de reidratação oral, caso necessário evitar bebidas hipertônicas ou hipotônicas solução de reidratação oral requerida evitar bebidas hipertônicas ou hipotônicas CONSIDERAÇÕES FINAIS - a abordagem destes pacientes é altamente complexa e individualizada: heterogeneidade em termos de anatomia residual do intestino e necessidades nutricionais. - a TN deve ser individual e ajustada às necessidades do paciente: avaliar, educar e monitorar adequadamente e de forma contínua todas as fases - primordial: atuação de equipes multidisciplinares ostomias intestinais - abertura feita na parede abdominal = estoma (palavra de origem grega, significa "abertura", "boca", "orifício”) - novo trajeto para saída das fezes e gases - reto e ânus removidos: colostomia - ressecção de todo o cólon e ânus: ileostomia/jejunostomia - bolsa coletora: paciente não tem controle sobre a saída de material fecal resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama - descendente: fezes consistência sólida - transversa: fezes pastosas - ascendente: líquida e progride pastosa - int. delgado: lisas ILEOSTOMIA - volume de drenagem dos efluentes: está relacionado com os alimentos ingeridos (500 a 800 mL/dia). os gases e cheiros são reduzidos. - características das fezes: líquidas/semi-líquidas, de cor castanho esverdeadas. elimina grande quantidade de eletrólitos e enzimas, devido a diminuição de absorção pelo trato digestório - pH muito alcalino → CORROSIVO COLOSTOMIA - características das fezes: • cólon ascendente – Fezes semilíquidas logo após a cirurgia e pastosas após a readaptação intestinal • cólon transverso – Fezes semilíquidas a pastosas • cólon descendente – Fezes pastosas a sólidas (semelhante às fezes eliminadas pelo ânus) CUIDADOS NUTRICIONAIS NAS OSTOMIAS - necessidade energética: adequado às necessidades do paciente - alimentação normal, evitando somente as intolerâncias individuais - ingestão adequada de água devido a perdas excessivas de sal e água pela ileostomia - ileostomia: verificar necessidade de suplementação de vit. B12 - mastigar bem todos os alimentos - resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama síndrome do intestino irritável - a síndrome do intestino irritável (SII) é caracterizada por dor abdominal recorrente por pelo menos um dia por semana nos últimos 3 meses (com início dos sintomas nos últimos 6 meses), associado com duas ou mais das seguintes situações: 1. relacionado à defecação 2. associado com mudanças na frequência das evacuações 3. associado com mudanças na forma/frequência das evacuações - sintomas comuns como bases para diagnóstico: • frequência anormal de evacuações (< 3x semana ou > 3x dia) • formato anormal das fezes (duras e/ou moles) • dificuldade para evacuar • urgência para evacuar • sensação de evacuação incompleta • presença de muco nas fezes • distensão abdominal - características comportamentais que ajudam a reconhecer a SII na prática geral: • os sintomas se mantêm durante mais de 6 meses • o estresse agrava os sintomas • consultas frequentes por sintomas não gastrointestinais • antecedentes de sintomas anteriores sem explicação médica • agravamento depois das refeições • acompanhado de ansiedade e/ou depressão - sintomas não gastrointestinais associados: • apatia, fadiga • dor nas costas e outras dores musculares e articulares • fibromialgia • cefaleias • sintomas urinários: noctúria, frequência e urgência à micção, esvaziamento incompleto da bexiga • dispareunia • insônia • baixa tolerância aos medicamentos em geral - o diagnóstico da SII é suspeitado com base na anamnese e no exame físico do paciente, sem testes adicionais. A confirmação do diagnóstico requer a exclusão confiável de doença orgânica. - sinais de alarme para SII: • perda de peso involuntária (> 10% em três meses) • presença de melena não causada por hemorroidas ou fissuras anais • sintomas que acordam o paciente à noite • febre em associação com sintomas intestinais; • História familiar de câncer colorretal, DII ou doença celíaca • início dos sintomas da SII após 50 anos de idade fatores de risco - pessoais • sexo feminino • idade > 50 anos - condições sociais • história familiar de abuso de substâncias • história familiar de doenças mentais - questões somáticas • infecção gastrointestinal • sintomas somáticos (dores) • obesidade abdominal • doença diverticular • uso de antibióticos • cirurgia abdominal - fatores psicológicos • baixa qualidade de vida • estresse psicológico agudo • eventos estressantes no dia a dia • história de abuso físico ou sexual • ansiedade, depressão, somatização resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama PRINCIPAIS FATORES QUE INICIAM OU EXACERBAM O SII - gastroenterite prévia - intolerâncias alimentares - estresse crônico - doença diverticular - cirurgia CLASSIFICAÇÃO - depende da frequência evacuatória e do padrão das fezes (Escala de Bristol) - pelo menos 14 dias seguidos devem ser avaliados para classificar a SII - SII com DIARREIA (SII -D): mais de 25% das evacuações nos tipos 6 e 7 da escala de Bristol e menos de 25% das evacuações nos tipos 1 e 2 - SII com CONSTIPAÇÃO (SII -C): mais de 25% das evacuações nos tipos 1 e 2 da escala de Bristol e menos de 25% das evacuações nos tipos 6 e 7 - SII MISTA (SII -M): mais de 25% das evacuações nos tipos 1 e 2 da escala de Bristol e mais de 25% das evacuações nos tipos 6 e 7 - SII INDETERMINADA (SII -I): aqueles que cumprem os critérios para SII, mas que não se encaixam em nenhuma das classificações anteriores resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama FISIOLOGIA DO SII - a SII tem uma situação psicossomática muito importante. normalmente, pessoas que possuem SII já tem uma predisposição genética, mas é necessário gatilhos ambientais para que isso ocorra (ansiedade, depressão, síndrome do pânico, estresse). esses gatilhos estimula o processo de sensibilidade visceral - a SII é relacionada à microbiota intestinal. os gatilhos podem alterá-la, levando aos sintomas - como o indivíduo já possui uma predisposição genética, ele possui fatores de risco que se expõe frequentemente: uso de medicamentos para tratamento de doenças psiquiátricas, estresse frequente, etc. fragilizando o sistema imunológico e o epitélio intestinal - se isso está relacionado à uma dieta pobre em líquidos, pobre em fibras, poucas vitaminas e minerais, muito cho refinados, etc.isso pode condicionar a microbiota intestinal a predominância de bactérias e microrganismos com características patogênicas, então eles agem no epitélio, reduzindo-o e afetando a mucosa, causando uma inflamação. isso faz com que o epitélio não tenha produção esperada de proteínas que fazem junção inclusiva, aumentando a permeabilidade intestinal, entrando mais bactérias e toxinas na camada subendotelial. - o sistema imunológico e nervoso entérico dão sinais de sensibilidade visceral pelo processo inflamatório ativo. - por exemplo: o mastócito, que produz a triptase, se liga ao receptor interno no epitélio intestinal, que ativa a sensibilidade do epitélio. ao ativar, há uma comunicação do receptor PAR2 com o nervo aferente visceral, para identificar o que está acontecendo. o nervo integra essa informação através das vias espinhais, vagais e pélvicas para o cérebro, para ele processar essa informação, aumentando a sensibilidade visceral (dor - sinal de alerta para o corpo para resolver e ativação do sistema imunológico) - os mastócitos também produzem citocinas que ativam linfócitos, que saem do estado sem atividade, para o estado com fenótipo pró-inflamatório, para atuar na sensibilidade visceral, aumentando a resposta inflamatória. o sistema inato ativa as células do sistema adaptativo, gerando mais inflamação - os mastócitos também produzem histaminas e proteases que fazem o mesmo papel da triptase, elas também agem sobre neurônios entéricos, que atuam apenas localmente no SNE, que também aumenta a sensibilidade visceral. - a célula glial, que acompanham neurônios e produzem bainha de mielina (isolam neurônios) produzem fatores neurotróficos para aumentar essa produção, pois a histamina/proteases estão todo o tempo agindo sobre os neurônios - fatores neurotróficos, além de atuar junto com a célula glial, eles também atuam sobre receptores no epitélio, aumentando ainda mais a sensibilidade visceral - grupos bacterianos específicos estimulam a produção de serotonina pelas células enterocromafins e, quando ela está sendo produzida em excesso, ela informa os nervos aferentes viscerais para aumentar também a sensibilidade visceral resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama - os macrófagos, ao entrar em contato com bactérias, eles se ativam e também produzem citocinas para ativar os linfócitos, gerando mais resposta inflamatória - todo esse arcabouço aumenta a permeabilidade intestinal, o epitélio intestinal fica agressivo pela redução de glândulas que produzem muco, células de paneth também são agredidas, aumentando a produção de células imunológicas e consequentemente aumentando a inflamação, gerando muita dor. GÊNEROS BACTERIANOS AUMENTADOS NA SII Enterobacteria Veillonella Streptococcus* Dorea Blautia Roseburia Ruminococcus Methanobrevibacter** GÊNEROS BACTERIANOS DIMINUÍDOS NA SII Bifidobacterium Collinsella Streptococcus** Faecalibacterium Christensenella Clostridiales Methanobrevibacter§ *SII com diarreia. **SII com constipação. §SII misto TERAPIA NUTRICIONAL - objetivos: • garantir a ingestão adequada de nutrientes • adequar a dieta ao padrão gastrointestinal específico da síndrome • nutrir e recuperar o peso • esclarecer ao paciente o papel dos alimentos no manejo dos sintomas recomendações nutricionais - dieta normal é recomendada, embora algumas dietas especializadas (de exclusão: glúten, lactose, FODMAPs) podem melhorar os sintomas em alguns pacientes - ingestão suficiente de líquidos - evitar alimentos que aumentem a formação de gases - evitar excessos de gordura dietética, cafeína, açúcares e álcool - identificar alergias e intolerâncias alimentares - fibras: • alimentos com alto teor de fibras (total: 20 a 30 g/dia) • benefício aos pacientes com predominância de constipação • constipação: fibras insolúveis aumentadas (≥ 30 g/dia) • diarreia: fibras solúveis aumentadas (muitos alimentos ricos em fibras insolúveis possuem componentes muito fermentativos, agravando a situação do paciente) - FODMAPs • são oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos fermentáveis e polióis • pouco absorvidos no intestino delgado, altamente osmóticos e rapidamente fermentáveis por bactérias (muitos gases e atraem muito líquido) • restrição de alimentos que contêm frutose, lactose, oligossacarídeos, polióis (sorbitol, manitol, xilitol e maltitol, cheios em alimentos industrializados) resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama • alguns estudos sinalizam que pode ser uma estratégia efetiva no tratamento da síndrome do intestino irritável - metabólitos bioativos produzidos podem não ser bons - LPS: bactérias - gases resumo feito por: Giulia Akemi Sadoyama @giusadoyama RELAÇÕES ENTRE ANTÍGENOS ALIMENTARES E SII - pseudomonas é um grupo bacteriano predominando em microbiotas pouco diversificadas, elas conseguem clivar o glúten em frações peptídicas menores. para fazer isso, ela produz a enzima elastase, que é reconhecida por receptores no epitélio intestinal, ativando o sistema imunológico inato, causando todo aquele arcabouço, ou seja: disfunção colinérgica, aumento da permeabilidade, dismotilidade intestinal, causando dor - já os lactobacillus conseguem minimizar o efeito de outra fração proteica do trigo, os inibidores de amilase tripsina, que quebram essa proteína e não se encaixa no TLR4, não havendo ativação da inflamação. pessoas com SII tem baixa quantidade de lactobacillus, pois indivíduos param de consumir alimentos lácteos, e isso impede a quebra da amilase tripsina, e ela acaba sendo reconhecida pelo TLR4, ativando o processo inflamatório - dietas pobres em FODMAPs costumam levar a microbiota intestinal mais perturbadas do ponto de vista quantitativo e também do tipo de bactéria que está presente. então, se faz uma dieta pobre em FODMAPs, porém escolhe também alimentos que o indivíduos não possui sintomas, mas são ricos em FODMAPs e inclui na dieta, isso promove uma dieta junto ao indivíduo que seja sensorialmente agradável, que ele vai se alimentar e que seja pobre em FODMAPs - pensar em combinações alimentares que promovem uma microbiota mais diversificada, evitando inflamação. tem que ser palatável - dieta de exclusão somente se for NECESSÁRIO. seguir a dieta para população saudável, somente retire alimentos que causam a dor, promovendo uma dieta mais diversificada possível
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