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Lara de Aquino Santos Montagem do Modelo Superior OBJETIVO PRINCIPAL DA MONTAGEM EM ARTICULADOR: → Estudar a oclusão. O QUE SÃO OS ARTICULADORES: → São aparelhos que representa a ATM, onde os modelos são posicionados para reproduzir as relações existentes entre a maxila e mandíbula; → É a reprodução mais fiel possível das posições estáticas (MIH) e dinâmicas da mandíbula (movimentos) em relação à maxila; → Previne ajustes, intercorrências, desadaptações e repetições de trabalho. POSSIBILIDADES DE USO: → Estudo da oclusão e suas patologias; → Planejamento de reabilitações; → Ortodontia; → Cirurgia. MOVIMENTOS MANDIBULARES: → Protrusão; → Retrusão; → Lateralidade. TIPOS DE ARTICULADORES MAIS UTILIZADOS: ASA: Reproduz movimentos laterais e protrusivos. → Charneira (articulador não ajustável): Não realiza movimento de lateralidade e protrusão, apenas abertura e fechamento. Pode ser utilizado em casos de coroa unitária. FUNÇÕES DOS ARTICULADORES: → Visão geral dos dentes e estruturas adjacentes; → Exame da oclusão por uma visão lingual; → Reprodução dos movimentos da mandíbula; → Complementa achados clínicos e radiográficos (exame complementar); → Execução de enceramento diagnóstico; → Menor tempo clínico para ajustes; → Registro da situação inicial do paciente; → Montagem e reabilitação em RC ou MIH; → Observar relações intermaxilares; → Avaliar necessidade de ajustes oclusais; → Enceramento diagnóstico; → Confecção de coroas provisórias indiretas (moldagem, montagem em articulador e envio para o laboratório). DISPOSITIVOS CONDILARES: Alguns parâmetros do articulador podem ser personalizados, de acordo com o formato, tamanho e distância que cada paciente apresenta. 1. GUIA CONDILAR: → É o ângulo formado entre o plano horizontal e a vertente anterior da eminencia articular do osso temporal; Em Articulador Semiajustável (ASA) Lara de Aquino Santos → Padronizado em 30° - média geral da população; → Determina a amplitude de abaixamento da mandíbula durante a abertura e a fechamento. 2. ÂNGULO DE BENNET: → É o ângulo formado pela trajetória condilar lateral horizontal e pelo plano sagital; → Varia entre 2 a 44°, com um valor médio de 16° (tecnicamente); → Na prática padroniza-se de 15° e 30°; → Determina a amplitude do movimento de lateralidade. 3. DISTÂNCIA INTERCONDILAR: → A distância entre os côndilos influencia a direção das cristas e sulcos dos dentes posteriores e a conformação da concavidade palatina dos dentes anteriores; → Desgaste dos côndilos está relacionado ao desgaste dos dentes; → 3 possibilidades (é no arco facial que se individualiza a distância intercondilar): Menor (1), médio (2) e largo (3). 4. EIXO DE ROTAÇÃO DA MANDÍBULA: → É o movimento que se realiza, tendo o côndilo da mandíbula como centro, formando um círculo ou área radial no fechamento completo e abertura máxima; → Consegue-se transpor através do arco facial. POSSIBILIDADES DE MONTAGEM EM ASA NO MODELO SUPERIOR: 1. ARCO FACIAL; 2. MESA DE CAMPER. ARCO FACIAL: → Utilizado para a montagem do modelo superior no articulador. Para a montagem do modelo inferior é necessário o registro interoclusal; → O arco facial é um acessório do articulador que consegue transferir tridimensionalmente a posição da maxila para o mesmo. Lara de Aquino Santos CLASSIFICAÇÃO DOS ARCOS: Arbitrário, cinemático e pantográfico. Arco Facial Arbitrário: → Mais utilizado; → É um acessório do articulador; → Apresenta precisão de 75,5% (as olivas não ficam posicionadas exatamente onde estar o côndilo, o mesmo está localizado um pouco mais a frente); → Localiza a maxila em relação a base do crânio (plano de Frankfurt); → Orienta a fixação dos modelos no articulador; → Individualiza a distância intercondilar; → Pode admitir a individualização do eixo terminal de rotação. TÉCNICA DE TRANSFERÊNCIA (TOMADA DO ARCO FACIAL): 1. Obter as impressões dos dentes no garfo de mordida: → Pode ser feito em godiva ou através dos elastômeros (pasta pesada); → Em godiva: Aquecê-la na lamparina e colocar 3 pontos no garfo (1 anterior e 2 posteriores) para proporcionar estabilidade oclusal. Importante vaselinar os dentes previamente; → Em elastômeros deve-se acrescentar no garfo todo (evitar instabilidade): → Importante não perfurar o garfo; → Analisar a adaptação do modelo nas impressões criadas. 2. Posicionamento e Imobilização do Garfo: → O garfo deve ser posicionado na boca do paciente em relação à linha média da face. 3. Posicionamento do Arco Facial: → O paciente estabiliza o garfo com os polegares; → Posicionar as olivas auriculares no meato acústico externo e prender cuidadosamente, fechando o parafuso central; → Encaixar o cabo do garfo nas borboletas do arco facial. 4. Posicionamento do Relator Nasion: → Posicionar o násio na região da glabela e apertar a haste contra a face do paciente; → Fazer a fixação antes de ajustar o parafuso; Lara de Aquino Santos → O násio é fundamental para que o arco facial permaneça fixo no paciente; → É a parte mais incômoda para o paciente (ser breve). 5. Fixação do Garfo: → Apertar (bastante) as borboletas simultaneamente. 6. Verificar a Distância Intercondilar: → Atenção na verificação da fixação dos 3 parafusos do arco (bem fechados). 7. Remoção do Arco Facial: → Manter todo o conjunto estável; → Soltar apenas 1 parafuso (do meio – remover as olivas do meato acústico externo). APÓS A REMOÇÃO DO ARCO FACIAL (AJUSTES DO ARTICULADOR): 1. Calibragem da Distância Intercondilar: → Menor, médio ou largo – conforme ficou no paciente. 2. Calibragem do Ângulo de Bennet e da Inclinação Condilar: → Ângulo de Bennet em 15°; → Guia condilar em 30°; → Caso o paciente possua uma Cefalometria pode-se personalizar as angulações. 3. Posicionamento do Modelo de Gesso no Registro do Garfo. MONTAGEM DO MODELO SUPERIOR: 1. Parafusa a placa de montagem superior; 2. Remover o pino incisal; 3. Posicionar o arco fácil no articulador e apertar os parafusos; 4. Posicionar o modelo de gesso no garfo; Lara de Aquino Santos 5. Manipular o gesso (tipo III ou IV) e preencher na base do modelo e na borracha, para que fique preso no articulador; 6. Fixar o modelo na placa com o gesso. Importante que a haste do ramo superior toque a haste metálica transversal do arco facial; 7. Remover todo o arco facial após o gesso tomar presa, soltando o parafuso central para que as olivas possam se abrir; 8. Posicionar o pino incisal no seu local novamente. MESA DE CAMPER: → É um acessório a parte, que compramos; → Não necessita do paciente para montar; → Utilizada em casos de prótese total; → Consiste em uma montagem padronizada do modelo superior no articulador, com uma inclinação de 12 a 15° (média de inclinação do plano oclusal da população); → Funciona bem em pacientes que não possuem grandes discrepâncias ósseas e inclinação oclusal. Não individualiza tridimensionalmente a posição da maxila. LINHAS DE REFERÊNCIA: → Possui linhas de referência medianas, laterais e anterior para o posicionamento do modelo de gesso; → O modelo deve ser centralizado na linha média e quando for posicionado e permanecer alinhado, por exemplo, com a 2° linha lateral vertical deve-se descer o mesmo até a 2° linha horizontal, para que fique alinhado.
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