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Falência e Recuperação

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ATIVIDADE INDIVIDUAL AVALIATIVA DE A1 (Grupo). 
 
Falência e Recuperação de Empresas 
 
 
 Alunos: Anthony Zuluaga Blair, Claudia Gonçalves Brito, Larissa Macedo 
Monteiro e Letícia Ribeiro de Medeiros. 
 Matrícula:20191101825, 20202101324, 20181106928, 20191109260 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2022 
Tarefa: Tomando como base a falência da Gama Filho, responda com base em 
nossas aulas: 
A) Foi solicitada a falência direta? Explique com suas palavras. 
 
Resposta: Sim. Diante do cenário onde a Gama Filho e a Universidade 
encontra-se num processo falimentar que a Sociedade deseja uma via de 
recuperação judicial para que possa retomar as atividades educacionais, 
tendo como objetivo o cumprimento de suas obrigações, porém, a decisão 
do Juiz foi de deferimento ao pedido de recuperação judicial alegando a 
falta de atividade empresarial e a inexistência de patrimônio do grupo, 
assim sendo, não sendo capaz de gerir capital que poderia fazer o 
cumprimento das obrigações em razão ao vultoso passivo constituído. 
Ainda sobre a sociedade em tela, reconhecer que não possui 
condições financeiras capaz de aprovar o plano de recuperação judicial, 
dessa maneira, o Juiz decreta a falência da Sociedade por não existir a 
possibilidade de soerguimento da sociedade empresaria, já de antemão 
reconhecida pela devedora a inviabilidade legal e técnica da aprovação 
do plano de recuperação judicial, acrescenta-se o litigio entre a sociedade 
e os credores que foram por elas administradas que decai sobre o 
patrimônio dos bens imóveis, fato esse que o litigio em questão reafirma 
a impossibilidade da imediata venda dos referidos bens para o pagamento 
dos credores, nesse sentido descredencia por completo os termos do 
plano de recuperação judicial. Descredenciando por completo os termos 
do Plano de Recuperação. 
Resta, portanto, à vista da evidenciada e irreversível situação de 
insolvência e inatividade empresarial, conhecer e acolher de plano o 
pedido de convolação em falência, formulado pela própria devedora às 
fls. 4325/4326. Isso posto, REVOGO O DEFERIMENTO DO PEDIDO DE 
RECUPERAÇÃO JUDICIAL e, por conseguinte, com fundamento no art. 
73, II da Lei 11.101/2006, DECRETO hoje a FALÊNCIA da sociedade 
empresária GALILEO ADMINISTRADORA DE RECURSOS 
EDUCACIONAIS S.A, inscrita no CPMF n.º 12.045.897/0001-59 com 
sede na Rua do Rosário, 61, sala 601, Centro, Rio de Janeiro (Ata de fls. 
3856). 
 
 
 
B) A Universidade Estácio de Sá sofreu uma condenação no curso do 
processo falimentar. Qual foi a condenação? (Consultar no Processo no 
Tribunal de Justiça do RJ - Processo No 0105323-98.2014.8.19.0001 -> 
LISTAR MOVIMENTOS ANTERIORES). 
 
Resposta: A Universidade Estácio retirou peças do laboratório da Gama 
Filho e no decorrer do processo foi condenada devidamente a devolver 
todas as peças (cadavéricas) que foram retiradas do laboratório de 
anatomia do campus Piedade da Universidade Gama Filho e leva-las até 
o lugar de onde foram retiradas, devendo indicar também se estas foram 
utilizadas para o desenvolvimento de suas atividades econômicas. 
 
 
 
C) O Governo de Portugal realizou um pedido no curso do processo 
falimentar. Qual foi o pedido? Ele foi atendido? (Consultar no Processo no 
Tribunal de Justiça do RJ - Processo No 0105323-98.2014.8.19.0001 -> 
LISTAR MOVIMENTOS ANTERIORES). 
 
Resposta: O governo de Portugal entrou com um pedido para que a 
“Biblioteca Doutor Marcello Caetano”, composta por 17.963 títulos e 
21.506 volumes, passasse à guarda e acondicionamento nas instalações 
do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, ao Consulado-
Geral de Portugal. O pedido foi atendido por decisão do Juiz Fernando 
Viana, da 7ª Vara Empresarial, após a “cessão de todos os direitos sobre 
o acervo literário e documentos que a compõem”. A biblioteca estava 
entre os bens da Universidade Gama Filho, cuja falência de Galileo S.A. 
ocorre naquele juízo, e acondicionada em local inadequado, em imóvel da 
falida, com risco de danos por falta de conservação e exposta à ação do 
tempo. Os entendimentos iniciais entre o governo de Portugal e as 
autoridades judiciárias brasileiras ocorreram através do desembargador 
Luiz Felipe Francisco, e nasceu da manifestação de vontade da 
presidência da república portuguesa de ver resgatado o acervo de obras 
que aportaram no Rio de Janeiro no ano de 1977, como único bem trazido 
pelo Professor Marcello Caetano quando de seu exílio no Brasil. Após, foi 
doada à Universidade Gama Filho, que garantiu ao doador o pagamento 
de seu ordenado como professor até o fim de sua vida, em outubro de 
1980. A solenidade foi conduzida pelo presidente do Real Gabinete 
Português de Leitura, Francisco Gomes da Costa, e contou com a 
participação de autoridades brasileiras e portuguesas, que foram 
recepcionadas no Palácio São Clemente, pelo cônsul Jaime Leitão e pela 
consulesa Maria Eduarda Leitão, pelo presidente Marcelo Rebelo de 
Sousa e pelo primeiro-ministro António Costa, que, em nome de Portugal, 
agradeceram e ressaltaram a atuação do Poder Judiciário do Rio de 
Janeiro no resgate da memória portuguesa, possibilitando, assim, que 
pesquisadores e cientistas nacionais e internacionais pudessem fazer uso 
desse material em atividades culturais, acadêmicas e científicas. 
 
 
D) A Força Aérea Brasileira realizou um pedido no curso do processo 
falimentar. Qual foi o pedido? Ele foi atendido? (Consultar no Processo no 
Tribunal de Justiça do RJ - Processo No 0105323-98.2014.8.19.0001 -> 
LISTAR MOVIMENTOS ANTERIORES). 
 
Resposta: No caso da Força Aérea Brasileira foi a doação da estátua de 
bronze de Santos Dumont, pai da aviação brasileira. Tal pedido foi 
atendido, visto que a estátua não prejudicaria em nada a massa falida 
Universidade Gama Filho, já que é um valor simbólico e não econômico.

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